Crédito: Sergei Supinsky/AFP/Metsul

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invasão da Ucrânia pela Rússia afetará toda a economia global ao desacelerar o crescimento e aumentar a inflação, e pode remodelar fundamentalmente a ordem econômica global a longo prazo, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) na terça-feira.

Além do sofrimento humano e dos fluxos históricos de refugiados, a guerra está elevando os preços de alimentos e energia, incitando a inflação e corroendo o valor da renda, ao mesmo tempo em que afeta o comércio, as cadeias de suprimentos e as remessas em países vizinhos à Ucrânia, afirmou o FMI em um post em seu site.

Também está minando a confiança empresarial e provocando incertezas entre os investidores, o que reduzirá os preços dos ativos, apertará as condições financeiras e poderá desencadear saídas de capital de mercados emergentes, acrescentou.

“O conflito é um grande golpe para a economia global que prejudicará o crescimento e aumentará os preços”, disse o FMI.

Autoridades do FMI já disseram que esperam reduzir a previsão anterior do Fundo de crescimento econômico global de 4,4% em 2022.

No post de terça-feira, eles sugeriram que suas previsões de crescimento regional também seriam revisadas para baixo.

FONTE: REUTERS

 

A Hidrovia Tietê-Paraná é muito importante para a economia Brasileira

IMAGEM: BRASIL ESCOLA

 

Após melhora nos reservatórios, retomada da hidrovia Tietê-Paraná é anunciada.

Com a melhora nos reservatórios da bacia do Rio Paraná, a hidrovia Tietê-Paraná voltará a operar na próxima terça-feira, após a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) e o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) indicarem que, com base em suas previsões para o mês, será possível a liberação parcial da navegação.

A decisão foi tomada na segunda-feira (7), quando ficou acordada uma operação por ondas de vazão do reservatório de Nova Avanhandava, na bacia do Tietê. Segundo o departamento hidroviário de São Paulo, a navegabilidade ocorrerá de forma gradativa, com calado inicial de 2,40 metros.

A previsão é de que a operação atinja sua forma plena até o fim de março. As atividades da hidrovia estavam paralisadas desde o ano passado, devido à condição crítica dos rios no Sudeste, por causa da crise hídrica.

 

FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO

Transporte de cargas na hidrovia do rio Paraguai em Mato Grosso do Sul (Foto: Reprodução/TV Morena)

IMAGEM: REPRODUÇÃO TV MORENA

 

Nível de hidrovia sobe e porto em MS tem primeiro embarque de 2022

Segundo o Imasul, hidrovia continua abaixo do normal, mas longe dos índices críticos dos últimos anos 

A navegação da hidrovia do Rio Paraguai voltou à normalidade, na região de Porto Murtinho e Corumbá. Dados da Sala de Situação do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) apontam que o trecho de Ladário chegava a 1,67 metros na terça-feira (15) e 2,39 metros em Porto Murtinho. 

A navegação da hidrovia do Rio Paraguai voltou à normalidade, na região de Porto Murtinho e Corumbá. Dados da Sala de Situação do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) apontam que o trecho de Ladário chegava a 1,67 metros na terça-feira (15) e 2,39 metros em Porto Murtinho.

“Entre os dias 24 e 25 serão embarcadas 20 mil toneladas de soja. Essa é uma operação que comemoramos, pois a hidrovia tem um papel fundamental para a logística sul-mato-grossense”, declarou o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

O gerente de operações portuárias da FV Cereais, Genivaldo Santos, confirmou que a empresa iniciou a descarga de caminhões na semana passada. “Estamos fazendo carga dentro do armazém para ao final de março vamos ter um comboio entre os dias 24 e 25 para embarque de 20 mil toneladas. É o primeiro do ano”, salientou.

Ele lembrou que, neste momento, o Rio Paraguai na região de Porto Murtinho está com 2,39 metros de altura. “Em alguns trechos existem algumas restrições, mas outras empresas já estão navegando normalmente. A navegabilidade da hidrovia está tranquila e estamos tocando os contratos de exportação”, adiantou.

Santos lembrou que no ano passado a empresa tinha contrato de 400 mil toneladas, mas com a estiagem movimentaram apenas 250 mil toneladas de soja. “Este ano a expectativa é de 420 a 450 mil toneladas dependendo da demanda e nível do rio. Vamos aguardar movimentando abril e maio que sabemos que é bastante intenso para ver como se comporta o rio”, finalizou.

Segundo o Imasul, mesmo com o maior volume de chuvas e melhora nas condições de navegabilidade, a hidrovia ainda está abaixo do normal. Em Porto Murtinho neste período o ideal seria mais de 4 metros no nível do rio. Hoje está em 2,39 metros. O nível do rio melhorou neste início de ano e não está tão crítico, mesmo assim continua abaixo de 2020 e 2021.

Novos empreendimentos – Considerada um importante hub logístico e entrada da Rota Bioceânica, Porto Murtinho aguarda dois novos portos com investimentos que superam R$ 400 milhões. O projeto mais adiantado é da Docas Fluvial de Murtinho, que já está autorizado na Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). O outro que está sendo viabilizado é o de Porto Saladero. 

Além desse projeto, outros grupos estudam empreendimentos, e já adquiriram áreas próximas ao terminal do governo. O investimento da Docas Fluvial de Murtinho será acima de R$ 100 milhões na construção de um terminal de granel sólido (para produtos agrícolas, fertilizantes e insumos) com capacidade de movimentar mais de 2,2 milhões de toneladas no ano.

A previsão é gerar 450 empregos diretos e indiretos. A empresa já possui área de cinco hectares na barranca do rio Paraguai onde vai construir as linhas de carregamento, três silos de 15 mil toneladas cada e um armazém para 35 mil toneladas de fertilizantes. 

FONTE: CAMPO GRANDE NEWS

 

Services

IMAGEM: CMA CGM/DIVULGAÇÃO

 

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) avaliará a prorrogação, por tempo indeterminado, de contrato entre a Maersk e a CMA CGM para operação de linha de contêineres entre a Costa Lerte da América do Sul e o Mediterrânio. O edital de ato de concentração, como é chamado o procedimento, foi publicado nesta quinta-feira (10) no Diário Oficial da União.

A CMA CGM, companhia global de transporte marítimo, tem sede na França. A empresa oferece mundialmente os serviços de transporte marítimo, gestão de frota de contêineres e navios, entrega de cargas, logística, cruzeiros de carga e outros serviços de transporte. A Maersk, por sua vez, é uma subsidiária com sede na Dinamarca e opera no setor de transportes e logística integrada e em serviços conexos no setor de transporte marítimo regular de contêineres.

Segundo as empresas, o objetivo do negócio é prorrogar, por tempo indeterminado, contrato que termina em março de 2022 referente à continuação da operação de linha regular para transporte internacional de contêineres entre a Costa Leste da América do Sul e o Mediterrâneo, na qual compartilham espaço para alocação de contêineres em suas respectivas embarcações.

Conforme a legislação, a análise concorrencial de atos de concentração deve ser concluída em até 240 dias. Esse prazo legal pode ser ampliado por mais 90 dias, mediante decisão fundamentada do Tribunal Administrativo do Cade, ou por 60 dias a pedido de advogados das partes.

Os atos de concentração podem ser enquadrados pelo Cade como sumários, considerados mais simples do ponto de vista concorrencial, ou ordinários, que demandam uma análise mais aprofundada. A apreciação das operações submetidas ao procedimento sumário deve ser finalizada em até 30 dias.

 

FONTE: PORTOSeNAVIOS

IMAGEM: GETTY IMAGES

 

O Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou recurso do Banco do Brasil que pretendia, por meio de correição parcial, afastar decisão da Justiça do Trabalho da 1ª Região (RJ) que havia mantido o trabalho remoto de empregados do grupo de risco para a Covid-19 e vedado sua convocação para o trabalho presencial.

Por unanimidade, o colegiado confirmou o entendimento de que o caso não se enquadra como situação extrema e excepcional que autorize a atuação correcional, uma vez que a determinação, diante do agravamento da pandemia, foi razoável e proporcional à proteção da saúde e da segurança dos empregados considerados do grupo de risco. 

Em novembro de 2021, o banco editou norma interna determinando o retorno dos bancários do grupo de risco que, até então, estavam em teletrabalho, de forma que até o fim de dezembro todos tivessem voltado às atividades presenciais.

Contra a medida, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Niterói e Regiões ajuizou ação coletiva com o argumento de que a medida era contrária ao acordo coletivo de trabalho específico sobre esse grupo, firmado em março de 2021, com vigência de dois anos. Com o indeferimento de tutela de urgência para sustar o ato, o sindicato impetrou mandado de segurança e obteve liminar favorável. 

Na correição parcial, apresentada diretamente à Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho, o banco sustentou que a juíza que deferira a liminar fez uma análise equivocada das cláusulas do acordo coletivo. Segundo o BB, a norma garantia apenas a priorização do trabalho remoto para os empregados do grupo de risco "quando as condições assim exigirem ou recomendarem, e consoante definição do empregador". 

Ainda de acordo com o banco, a decisão era uma "intolerável interferência" do poder público na esfera privada, "cerceando o livre exercício da atividade econômica", sobretudo porque havia provado o cumprimento das medidas legais e das recomendações das autoridades públicas competentes no combate à pandemia.

Outro argumento foi o de que a atividade bancária é essencial e que os bancos foram autorizados a retomar o atendimento, e o não retorno desses empregados poderia acarretar prejuízos e comprometer o atendimento das necessidades inadiáveis das comunidades locais.

Sem conciliação
O então corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, chegou a determinar a realização de uma audiência de conciliação, que se mostrou inviável. Em decisão monocrática, ele julgou o pedido do banco improcedente, levando a instituição a interpor o agravo julgado pelo Órgão Especial.

Em seu voto, o ministro explicou que, de acordo com o artigo 13 do Regimento Interno da CGJT, os limites de atuação do corregedor-geral, em correição parcial, são claros. "Trata-se de medida excepcional, sendo cabível para corrigir erros, abusos e atos contrários à boa ordem processual", disse ele.

Além disso, trata-se, em liminar, de medida condicional, somente cabível quando não houver recurso ou outro meio processual cabível contra a decisão questionada. No caso, o recurso cabível contra a decisão da Justiça do Trabalho da 1ª Região seria o agravo regimental, que já foi interposto pelo BB.

O ministro ressaltou que, a partir da mudança no panorama epidemiológico do país, entre o fim de 2021 e o início de 2022, com a identificação da variante ômicron, a CGJT passou a entender que a ordem de abstenção de convocação ao trabalho presencial, quando ponderada em face dos princípios da livre iniciativa e do poder diretivo do empregador, tem maior preponderância, diante da situação de excepcionalidade institucional e da necessidade de proteger a saúde e a segurança dos empregados considerados como grupo de risco.

Outra particularidade identificada no caso é que a decisão questionada não se mostrou genérica ou pautada em elementos abstratos, mas analisou, de forma efetiva, o teor da cláusula coletiva que ampara a pretensão do sindicato profissional. Com informações da assessoria de imprensa do TST.

 

FONTE: REVISTA CONSULTOR JURÍDICO/CONJUR

S-BREEZE photo

IMAGEM: VesselFinder

 

As Filipinas comemoram o retorno bem-sucedido de 21 marítimos do navio graneleiro "S-Breeze", como parte do esforço em curso por várias embaixadas estrangeiras e armadores para libertar suas tripulações dos portos fechados da Ucrânia.

A Administração Marítima da Ucrânia fechou seus portos no início do ataque russo, com pelo menos 100 navios mercantes de bandeira estrangeira atracados ou no entorno. A Bloomberg fez um cálculo informando que poderia haver até 120 navios com mais de mil tripulantes.

Segundo a Reuters, a administração marítima ucraniana informou que estão trabalhando para remover as tripulações dos navios estrangeiros. É possível que até agora pelo menos 100 marítimos tenham sido transferidos para a vizinha Moldávia.

Entre os esforços bem-sucedidos estão os da embaixada e do consulado das Filipinas na Romênia e na Moldávia, que se uniram para tirar seus cidadãos da Ucrânia. Enquanto os 21 que chegaram a Manila nesta terça-feira (8) de março foram o primeiro grupo a chegar às Filipinas, o Departamento de Relações Exteriores relata que um total de 63 filipinos foram repatriados, enquanto 136 foram evacuados da Ucrânia.

Um grupo adicional de sete marítimos do navio porta-contêineres "Joseph Shulte", que permanece ancorado em Odesa, também estava em rota para Manila, enquanto outros marítimos de quatro graneleiros também foram evacuados de seus navios em vários portos da Ucrânia e estão atualmente em Bucareste, Romênia.

A vizinha Índia também está relatando que conseguiu iniciar a repatriação de seus cidadãos. Na terça-feira, a missão indiana na Ucrânia twittou uma mensagem informando que 52 marinheiros, incluindo indianos, libaneses e sírios, foram evacuados do Porto de Mykolaiv, devastado pela guerra.

Embora esses esforços tenham sido bem-sucedidos em começar a remover os marítimos da Ucrânia, nenhuma das autoridades tem uma estimativa sólida de quantos mais permanecem presos no porto ou no mar. Os navios estão sendo abandonados em grande parte.

FONTE: REUTERS

O Canal de Suez tem grande importância para o comércio mundial

IMAGEM: Shutterstock

Um ano depois que o meganavio encalhou, a maior passagem navegável entre a Europa e a Ásia trabalha dia e noite para ganhar tamanho e profundidade

A uma curta distância do ponto no Canal de Suez onde o megacontêiner Ever Given encalhou em março de 2021 - bloqueando uma das artérias mais importantes para o transporte marítimo mundial por seis dias - erguem-se imponentes as duas maiores dragas do Oriente Médio e da África . Com capacidade de dragagem de até 3.600 metros cúbicos por hora, mesmo nos solos rochosos que caracterizam este trecho sul da estrada, o Mohab Mamish e o Hussein Tantawi estão agora na vanguarda do último grande desafio neste local: um macro projeto de expansão da principal hidrovia entre a Europa e a Ásia.

O objetivo das autoridades egípcias era iniciar o projeto em janeiro, mas as doses de euforia injetadas pelo resgate Ever Given aceleraram seu programa. Desde o final de junho, a Autoridade do Canal de Suez (ACS) trabalha dia e noite para ampliar e aprofundar a seção sul do canal e para alongar um segundo canal construído em 2014 que corre paralelamente ao longo de um terço do canal histórico. O objetivo do projeto, com término previsto para meados de 2023, é aumentar a capacidade de recepção de navios sem afetar o tempo de trânsito pelo canal, por onde circula mais de 10% do comércio mundial, segundo a ACS.

A comandar este projeto está uma das figuras mais proeminentes do Egito: o Almirante Osama Rabie. A ACS conseguiu fechar 2021 com uma receita sem precedentes, apesar do incidente Ever Given e da interrupção sem precedentes da pandemia no comércio mundial. Os números renderam Rabie no ano passado como um dos 10 principais CEOs do Oriente Médio pela revista Forbes. E, mais importante, parecem ter reforçado a confiança nele depositada pelo presidente egípcio, Abdelfatá al-Sisi. “No ano passado atingimos 6,3 bilhões de dólares, o maior faturamento da história do canal. E isso foi pela graça de Deus e graças ao novo Canal de Suez”, diz Rabie em conversa com o Business a bordo da draga Mohab Mamish.

O macroprojeto, supervisionado de perto por Rabie, começa apenas sete anos depois que o Egito concluiu a construção do canal de 35 quilômetros que corre paralelo ao canal histórico em tempo recorde. O objetivo da obra foi quase dobrar sua capacidade de acomodação de navios, reduzir o transit time em 40% e multiplicar a receita por 2,5, o que representa uma importante fonte de divisas para os cofres do Estado. O primeiro macroprojeto de Al Sisi após assumir o poder em 2013 foi cercado de críticas de quem o via como uma forma de propaganda. E de nada adiantou que nos anos seguintes à sua inauguração, não só o faturamento esperado não atingiu, como seus lucros diminuíram. Mas essa tendência começou a mudar em 2019.

“Graças ao novo Canal de Suez conseguimos aumentar o número médio diário de navios em trânsito: antes variava entre 42 e 45; hoje a média diária de navios subiu para 65”, defende o almirante. “Além disso, o maior calado do canal permite acomodar navios de até 17 metros. Um exemplo é o Ever Ace , um dos maiores navios do mundo. Graças ao novo canal podemos recebê-lo”, acrescenta.

Atingir esses números, principalmente nos últimos dois anos, não tem sido fácil. Primeiro veio o choque no comércio internacional causado pela pandemia, que obrigou a autoridade do canal a adotar uma política de marketing agressiva que permitiu ao canal aumentar ainda que ligeiramente seu tráfego em 2020, quando o comércio marítimo contraiu 3,8%. . Então, em março de 2021, ocorreu o incidente Ever Given . Enquanto estava preso, Rabie disse que sua entidade sofria perdas de cerca de 13 milhões de euros por dia. Alguns navios até começaram a derivaao Cabo da Boa Esperança em dúvida se o navio poderia ser reflutuado rapidamente, algo que foi finalmente alcançado com uma grande operação de resgate. E apesar das duas crises, o canal bateu recordes. “Durante o incidente Ever Given , tínhamos 422 navios esperando no sul e no norte, e foi graças ao novo Canal de Suez e à crescente capacidade de acomodação da pista que conseguimos acomodar mais de 100 navios por dia [para desentupir o funil]”, diz Rabie.

Essa atuação deu ao almirante maior margem para acelerar os planos de expansão do canal, divididos em duas fases. O primeiro inclui o alargamento de 40 metros e o aumento da profundidade de 66 para 72 pés do troço que liga a entrada sul da estrada, na cidade de Suez, com o primeiro dos dois lagos a meio da estrada, e que foi onde encalhou. o EverGiven . A segunda inclui a ampliação do novo canal em 10 quilômetros.

Rabie acredita que o projeto melhorará a navegação do canal, aumentará seus padrões de segurança e aumentará sua capacidade em seis navios sem adicionar tempo de trânsito. Aumentar a profundidade da pista busca atrair navios ainda maiores, mas isso ainda terá que esperar porque toda a pista terá que ser nivelada com o mesmo calado, obra para a qual não há data. Devido ao anúncio aparentemente apressado do projeto, os planos mais uma vez levantaram dúvidas sobre sua necessidade, rentabilidade e capacidade do canal de continuar crescendo. Rabie, no entanto, insiste que o plano é uma aposta independente e segura. “Não só executamos projetos para necessariamente obter mais renda, mas também para oferecer melhores serviços; esse é o objetivo principal”, desliza. 

Impacto da guerra

Rabie terá também de gerir os efeitos que a guerra na Ucrânia tem no Egito, o que, por um lado, poderá provocar uma diminuição do tráfego de navios do Mar Negro e, por outro, aumentar a pressão sobre os graves problemas de liquidez sofridos pelo Cairo, tornando a receita do canal mais crucial do que nunca. Nesse sentido, a ACS anunciou recentemente um aumento inesperado em suas taxas de trânsito entre 5% e 10% a partir de 1º de março, apenas um mês depois de aumentar o pedágio em 6%. “A decisão de aumentar as taxas ocorre em um contexto de aumento dos preços das matérias-primas globalmente, e é provável que tenha sido levada em consideração porque o canal tem custos operacionais. Mas como a margem de lucro dos exportadores de matérias-primas, como combustíveis, também aumenta, Ao mesmo tempo, o canal está em processo de criação de um fundo soberano ambicioso que daria ao ACS grande independência e o tornaria uma entidade ainda mais estratégica. O objetivo, como explica Rabie, é poder lidar com planos de desenvolvimento, crises ou emergências de forma mais autônoma no futuro, já que até agora todas as suas receitas foram para o tesouro público e seu orçamento foi alocado pelo Estado.

 

FONTE: EL PAÍS

 

 

Vista aérea da Refinaria Landulpho Alves-Mataripe em São Francisco do Conde.

IMAGEM: SAULO CRUZ/JORNAL GRANDE BAHIA

 

Escalada de preços praticados pela ex-estatal localizada na Bahia derruba argumento de que privatizações aumentam a concorrência e beneficiam os consumidores

A privatizada Refinaria Mataripe, em São Francisco do Conde (BA), tem os combustíveis mais caros do país. A antiga Landulpho Alves (Rlam), vendida ao capital privado pelo governo Bolsonaro, é administrada pela Acelen desde 1º de dezembro do ano passado. A gasolina vendida pela Mataripe custa atualmente 27,4% a mais, na comparação com os preços praticados pela Petrobras. No chamado diesel S-10, a diferença é ainda maior, e chega a 28,2%. A checagem foi feita pelo Observatório Social da Petrobras (OSP) e publicada nesta quarta-feira (9) pelo jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com a reportagem, a Acelen já aumentou cinco vezes os preços dos combustíveis somente neste ano. O reajuste mais recente ocorreu no sábado (5). A empresa pertence ao fundo de investimento Mudabala Capital, com sede nos Emirados Árabes .

A escalada de preços na Mataripe derruba o argumento de que as privatizações aumentariam a concorrência no setor de refino, fazendo cair os preços aos consumidores. Isso porque, em função da distribuição geográfica das refinarias, elas não concorrem entre si. Pelo contrário, acabam tendo um mercado regional cativo, exercendo praticamente um monopólio na região.

Agenda privatista

Para o economista do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), Eric Gil Dantas, diante do exemplo da privatizada refinaria Mataripe, a sociedade brasileira deve decidir se pretende seguir com tal “agenda privatista”.

Desde o governo golpista de Michel Temer, a intenção é privatizar oito das 13 refinarias da Petrobras. O governo Bolsonaro manteve o mesmo plano. Mas, até agora, somente as venda da Rlam e da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), em Manaus, saíram do papel.

Dantas ressaltou que a guerra na Ucrânia contribui para a elevação dos preços dos combustíveis. Mas disse que, com a privatização, o encarecimento da gasolina e do diesel na Bahia já é “estrutural”. “Se o processo de privatização do parque de refino da Petrobras continuar, isso que está acontecendo na Bahia se ampliará para o restante do Brasil”, disse ele à repórter Denise Luna.

Desabastecimento

Desde o início das operações privadas, Mataripe também parou de abastecer navios que passam pelo Porto de Salvador. A refinaria produz óleo combustível próprio para grandes embarcações, mas a empresa decidiu exportar a produção. Assim, navios que percorrem a Baía de Todos os Santos precisam agora abastecer em outros portos.

De acordo com o Sindicato das Agências de Navegação do Estado da Bahia (Sindinave), cerca de 220 embarcações passam pelo Porto de Salvador por mês. Dessas, cerca de 40 aproveitavam a parada ali para abastecer.

 

FONTE: REDE BRASIL ATUAL

 

afrmm-01

IMAGEM: DIVULGAÇÃO

 

Com a alta no preço dos combustíveis e as turbulências no setor de fertilizantes, ganhou força no governo e no Congresso o plano para baixar encargos no frete marítimo, por meio de um corte no Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM).

A medida deve reduzir custos de importação, com reflexos nos insumos usados pelo agronegócio brasileiro, por exemplo. Criado para abastecer o Fundo da Marinha Mercante (FMM), o AFRMM é uma cobrança realizada sobre o transporte aquaviário de carga descarregada nos portos brasileiros. 

A tesourada na tributação é ensaiada em duas frentes. Em uma, o governo estuda editar um decreto para reduzir em cerca de 30% as alíquotas do encargo, ato que pode ser publicado nas próximas duas semanas. Na segunda, está uma articulação para reverter um veto do presidente Jair Bolsonaro sobre o tema, que barrou o corte nas alíquotas aprovado dentro do projeto de incentivo à cabotagem, o BR do Mar.

A expectativa é de que o Congresso analise a decisão do presidente nos próximos dias. Uma das bancadas mais fortes do Parlamento, a Frente Nacional da Agropecuária (FPA) vai trabalhar para derrubar o veto.

Em janeiro, o Planalto afirmou que, por questões orçamentárias, não poderia sancionar a redução nas alíquotas do AFRMM.

Veto presidencial ao frete

O ponto mais crítico em relação aos tributos no frete marítimo no Brasil é a cobrança sobre a navegação de longo curso, hoje em 25% e fortemente criticada pelo agronegócio. Com a redução avaliada pelo governo federal, a alíquota cairia para em torno de 16%.

A proposta dentro do BR do Mar, por sua vez, era mais agressiva, e cortaria a cobrança para 8%. A diferença pode dar margem para o veto do presidente Jair Bolsonaro continuar na mira de setores do Congresso. Segundo uma fonte ouvida reservadamente, o corte planejado no decreto foi o “máximo” conseguido dentro do governo, sem que haja contestação das áreas técnicas e a necessidade de uma compensação orçamentária.

O veto à redução do AFRMM surpreendeu em janeiro, uma vez que o impacto positivo das reduções tinha sido destacado pelo próprio Ministério da Economia no mês anterior, em nota técnica da Secretaria de Política Econômica (SPA). No texto, divulgado logo após o Congresso aprovar o BR do Mar, o órgão apontou que a contração poderia reduzir o preço dos itens da cesta básica em, pelo menos, 4%, facilitar a importação, baratear a produção interna e impactar o PIB em até 0,2%.

Mobilização

Com a pressão sobre o preço dos alimentos e fertilizantes, setores afetados pela cobrança se mobilizam para retomar a redução nas alíquotas. A atuação conta com o apoio da FPA, que trabalhará pela derrubada do veto, afirmou o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), integrante da bancada. A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) destacou ainda que o corte na alíquota reduz o preço de fertilizantes, produto fortemente afetado pela guerra na Ucrânia e que tem preocupado o agronegócio brasileiro.

Dentro do governo, no entanto, há uma ala de técnicos que defendem uma redução aplicada apenas na navegação de longo curso. Com isso, a irrigação do Fundo da Marinha Mercante não seria afetada bruscamente, reduzindo resistências da indústria naval.

A posição do governo sobre o veto no BR do Mar deve ser discutida em reunião desta segunda-feira (14), quando o Planalto deve definir sua orientação sobre os assuntos pautados para a próxima sessão do Congresso, a princípio prevista para o dia 16.

 

FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO

IMAGEM: TRIBUNAL MARÍTIMO/DIVULGAÇÃO

 

Na última terça-feira (8), o Tribunal Marítimo realizou pela primeira vez julgamentos pelo Sistema Eletrônico de Informações (SEI), um marco para a instituição.

Celeridade e tecnologia marcaram a sessão sessão plenária nº 7.558 em que o colegiado utilizou a funcionalidade responsável pelo trâmite administrativo dos processos por meio digital.

Os processos julgados pelo SEI foram: nº 34.348/2020, conduzido pelo juiz relator Marcelo David Gonçalves, e o de nº 34.252/2020, do juiz relator Attila Halan Coury. A sessão marcou mais uma fase da implantação do Processo Eletrônico do Tribunal Marítimo, capitaneado por militares de Tecnologia da Informação (TI) da própria instituição. Dentre as capacidades do sistema estão o acompanhamento de processos online e a assinatura de documentos eletronicamente, o que automatiza todas as etapas do processo e reduz o tempo de tramitação.

Desde que foi implantado, houve distribuição de 1.065 processos pelo SEI desde 12 de novembro de 2020, além de 217 representações recebidas. A primeira sessão plenária por meio do SEI ocorreu em 20 de abril de 2021, quando foi recebida representação oferecida pela Procuradoria Especial da Marinha (PEM).

Dentre as capacidades do Sistema estão o aumento da produtividade e a diminuição do uso do papel no trâmite de processos, além de possibilitar aos representados ou advogados das partes peticionarem em qualquer computador ou até mesmo pelo celular, facilitando o acesso aos autos. A customização do SEI, com a funcionalidade SEI Julgar, foi totalmente desenvolvida por oficiais e praças de TI do TM.

 

FONTE: PORTOSeNAVIOS

 

As agências do INSS retomam também o chamado atendimento espontâneo

IMAGEM: PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO

 

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) retoma hoje (14) o serviço de agendamento presencial nas agências de todo o país.

A modalidade , que permite marcar um horário para ser atendido, foi suspensa em função da pandemia de covid-19.

O agendamento pode ser feito pelo site e pelo aplicativo Meu INSS e o telefone 135. Nos casos em que o cidadão não tem acesso à internet ou ao telefone, o agendamento pode ser feito diretamente nas agências.

Caso prefira o atendimento eletrônico, o cidadão continua tendo à disposição cerca de 91 serviços que podem ser solicitados de forma digital, sem a necessidade de comparecimento pessoal ao INSS.

As agências também vão retomar o atendimento presencial para retirar dúvidas dos usuários, sem a necessidade de prévio agendamento.

 

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

 

 Construtor fala ao telefone ao lado de gasoduto da empresa russa Gazprom, em São Petersburgo, Rússia (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 27.02.2022

IMAGEM: AP Photo / Dmitry Lovetsky

 

Os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Europeia anunciaram que vão restringir as importações de petróleo russo. A medida foi tomada depois que a Rússia alertou que poderia cortar o fornecimento de gás aos países europeus se o boicote às importações de petróleo do país fosse adiante.

Nesta reportagem, entenda os principais dados relacionados ao comércio de petróleo e gás da Rússia.

Que sanções existem sobre o petróleo e gás russos?

Os EUA anunciaram uma proibição completa das importações russas de petróleo, gás e carvão, depois que a Ucrânia fez um apelo para que as sanções fossem ampliadas.

O Reino Unido deve acabar gradualmente com as importações de petróleo russo até o fim deste ano, e a União Europeia está reduzindo suas importações em dois terços.

O governo britânico diz que a medida permite tempo suficiente para encontrar outros fornecedores.

O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, afirmou que rejeitar o petróleo russo levaria a "consequências catastróficas para o mercado global".

Os preços do petróleo e do gás já subiram drasticamente e podem aumentar ainda mais se a Rússia interromper as exportações.

Mas não se trata apenas de combustível - o custo de vida em diversos países será afetado, com os preços globais das commodities subindo ainda mais.

Quanto petróleo a Rússia exporta?

A Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo, atrás apenas dos EUA e da Arábia Saudita.

Dos cerca de cinco milhões de barris de petróleo bruto que exporta por dia, mais da metade vai para a Europa.

As importações russas representam 8% da demanda total de petróleo do Reino Unido.

Os EUA são menos dependentes, com cerca de 3% de seu petróleo importado vindo da Rússia em 2020.

 tGráfico mostra 10 maiores produtores de petróleo

E os fornecedores alternativos de petróleo?

O analista de pesquisa de política energética Ben McWilliams diz que deve ser mais fácil encontrar fornecedores alternativos de petróleo do que de gás, "já que não são tantos oleodutos". "Alguns vêm da Rússia, mas também há muitas remessas de outros lugares".

Os EUA têm pedido à Arábia Saudita que aumente sua produção, mas o país rejeitou pedidos anteriores do governo americano para aumentar a produção a fim de reduzir os preços do petróleo.

A Arábia Saudita é o maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), cartel que responde por cerca de 60% do petróleo bruto comercializado internacionalmente. Por isso, a Opep tem um papel fundamental na influência dos preços do petróleo.

A Rússia não está na Opep, mas trabalha com ela desde 2017 para impor limites à produção de petróleo, a fim de manter os ganhos dos produtores.

Os EUA também estão avaliando relaxar as sanções petrolíferas da Venezuela. O país sul-americano costumava ser um importante fornecedor dos EUA, mas recentemente tem vendido seu petróleo em grande parte para a China.

O que aconteceria se o gás russo parasse de fluir para a Europa Ocidental?

Os preços do aquecimento — que já estão altos — aumentariam ainda mais.

O gás russo representa cerca de 40% das importações de gás natural da União Europeia.

Se esta fonte secar, a Itália e a Alemanha ficariam especialmente vulneráveis.

Gráfico mostra países que mais importam gás da Rússia

A Europa poderia recorrer a exportadores de gás existentes, como o Catar — ou a Argélia e a Nigéria, mas há obstáculos práticos para expandir rapidamente a produção.

A Rússia fornece apenas cerca de 5% do suprimento de gás do Reino Unido, e os EUA não importam gás russo.

No entanto, os preços no Reino Unido e nos EUA ainda estão em alta significativa devido ao efeito da escassez de oferta.

Gráfico mostra variação do preço do gás

Podem ser encontradas alternativas ao gás russo?

Não tão facilmente.

"É mais difícil substituir o gás porque temos estes dutos enormes que estão levando o gás russo para a Europa", explica Ben McWilliams.

O think tank Bruegel prevê que, se a Rússia interromper o fornecimento de gás para a Europa, a Europa poderia importar mais gás natural liquefeito (GNL) dos EUA.

"As energias renováveis ​​levam tempo para serem implementadas, então, no curto prazo, isso não é uma solução", diz o analista de pesquisa Simone Tagliapietra.

"Então, para o próximo inverno, o que pode fazer a diferença é a troca de combustível, como a abertura de usinas a carvão, como a Itália e a Alemanha planejam fazer em caso de emergência."

A União Europeia propôs um plano para tornar a Europa independente dos combustíveis fósseis russos até 2030 — incluindo medidas para diversificar o fornecimento de gás e substituir o gás no aquecimento e na geração de energia.

O que pode acontecer com as contas de energia e o preço do combustível?

Em diversos países, os consumidores vão enfrentar o aumento das contas de energia e combustível como resultado desta guerra.

No Reino Unido, por exemplo, as contas de energia domésticas foram mantidas sob controle até agora por um teto de preço de energia. Mas as contas vão aumentar em abril, quando o teto subir.

Os preços da gasolina e do diesel no Reino Unido também dispararam.

Nos EUA, o preço da gasolina atingiu o nível mais alto desde 2008, com a American Automobile Association dizendo que os preços nas bombas subiram 11% na semana passada.

"Acho que se estamos em um cenário em que o petróleo e o gás russos param de fluir para a Europa, precisaremos de medidas de racionamento", diz McWilliams.

"Parte da conversa agora é: podemos dizer às famílias para diminuir um grau em seus termostatos, o que pode economizar uma quantidade significativa de gás."

No Brasil, paira uma grande incerteza sobre o que vai acontecer com os preços da gasolina, diesel e do gás de cozinha no Brasil.

 

FONTE: BBC