IMAGEM: REUTERS/Edgar Su

 

O construtor naval de Cingapura Keppel Offshore & Marine ganhou um contrato de US$ 2,9 bilhões para construir um dos maiores FPSOs do mundo para a Petrobras.

 O contrato abrange a engenharia, aquisição e construção (EPC) da P-80, uma embarcação flutuante de produção, armazenamento e descarga (FPSO) que irá trabalhar no campo de Búzios, no Brasil, planejado para o primeiro semestre de 2026. 

O P-80 será o segundo FPSO que a Keppel O&M está construindo para a Petrobras destinado ao campo de Búzios, um dos maiores campos de petróleo em águas profundas do mundo. O primeiro, o P-78, foi encomendado em maio de 2021 por US$ 2,3 bilhões e está atualmente em construção com entrega prevista para o final de 2024. 

Quando concluída, a P-80 estará entre as maiores plataformas produtoras de petróleo do Brasil e uma das maiores unidades flutuantes de produção do mundo, com capacidade de produção de 225 mil barris de óleo por dia (bopd), capacidade de injeção de água de 250 mil bpd , 12 milhões de metros cúbicos de (Sm3/d) de processamento de gás por dia e capacidade de armazenamento de dois milhões de barris de petróleo. 

O projeto e a engenharia serão realizados pela Keppel O&M em Cingapura, Brasil, China e Índia. A fabricação dos módulos topside, que pesarão cerca de 47.000 toneladas métricas (MT) no total, será espalhada por suas instalações em Cingapura, China e Brasil, com os trabalhos de integração e comissionamento a serem concluídos em Cingapura. A construção do casco e alojamento será realizada pela CIMC Raffles na China. A Keppel O&M também realizará a fase final de comissionamento offshore quando o FPSO chegar ao campo de Búzios. 

Assim como a P-78, a P-80 será capaz de capturar carbono e reinjetá-lo no reservatório onde está armazenado, minimizando a necessidade de queima de gás. 

Além da capacidade de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS), a P-80 também será equipada com sistemas de recuperação de energia para energia térmica, calor residual e gás, bem como desaeração da água do mar para reduzir o consumo de combustível e as emissões de carbono da embarcação.

FONTE: GCAPTAIN