Antes de iniciar o seu discurso, Adilson Araújo entregou um exemplar de seu livro “Pedras no Caminho” ao líder do Movimento Direitos Já, Fernando Guimarães
O evento, organizado pelo “Movimento Direitos Já!”, é uma reação à escalada de violência motivada por questões políticas e aos sucessivos ataques ao sistema eleitoral.
Entre os convidados, estava o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Gonçalves de Araújo, que criticou os ataques à democracia, principalmente aqueles que afetam os direitos trabalhistas.
“Essa turma que advoga a tese defendida pelos tecnocratas absorveu uma máxima de que o custo da Constituição de 1988 com licença-maternidade, seguro-desemprego e muito pouco de benefício não cabe mais no orçamento da União. Ademais, com o advento da pandemia, quando as dificuldades aumentaram, tudo o que a gente deveria discutir no Brasil é o orçamento público, para radicalizar na universalização de serviços públicos. Eles trouxeram o orçamento secreto e seguem saqueando os cofres de forma desavergonhada”, observou.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) ressaltou a importância da mobilização dos agentes sociais presentes ao evento e da união dos partidos em defesa da democracia, ocasião em que rememorou a história de seu partido e as lutas enfrentadas durante o período em que os brasileiros tiveram as suas liberdades suspensas.
“Esse ato não acontece por acaso. Esse ato acontece porque nós estamos sendo chamados a enfrentar a tentativa, mais uma vez, de se violar a democracia brasileira, de se violar a Constituição brasileira, de não se respeitar o sistema eleitoral e a paz nas eleições. Por isso nós estamos aqui. E digo que nós temos que responder juridicamente e politicamente. Pode ser em espaços fechados, mas eu quero concordar que nós precisamos ocupar os espaços públicos e é dessa forma que nós vamos mostrar que não temos medo. Não há ameaça de golpe que nos intimide”, disse, ao apoiar a sugestão de outro parlamentar.
Já o deputado federal Marcelo Ramos (PSD) fez um chamado a todos os que se consideram democratas para que se posicionem contra os ataques do atual governo à democracia.
“É impressionante como a força do atraso nos faz andar para traz. Num país de 33 milhões de pessoas passando fome, num país em que 10 milhões de crianças acordam todos os dias sem ter o que comer, num país que avança cada vez mais no desmatamento sobre a Amazônia, num país do desemprego, do subemprego, da informalidade, da queda da renda média do brasileiro, nós precisamos gastar energia para defender a democracia e o sistema eleitoral, mas é preciso gastar essa energia. E é preciso perceber que gastar essa energia não é tarefa de democratas de esquerda. É tarefa de todos os democratas”, enfatizou.
Além de Adilson Araújo – que representou o Fórum das Centrais, o qual reúne a CTB, a CUT, a Força Sindical, a UGT, a Nova Central e a CSB – o presidente da Conttmaf, Carlos Müller, se uniu às diversas lideranças presentes ao ato pela democracia e o respeito ao resultados das eleições.