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IMAGEM: GOVERNO FEDERAL/SECRETARIA GERAL

 

Em levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União, os técnicos constataram a falta de planejamento de longo prazo na área de infraestrutura hídrica no âmbito do Ministério do Desenvolvimento Regional.

Para os auditores, além da falta de planejamento de longo prazo que, quando existe, ocorre no âmbito do órgão setorial, sem integração com demais setores, há também deficiências na coordenação central da carteira de investimentos no âmbito do governo, sem uma maior coordenação com os demais órgãos públicos intervenientes.

Inexistem igualmente um sistema centralizado de informações sobre os empreendimentos em andamento e critérios técnicos e objetivos que orientem a seleção e a priorização de investimentos.

O ministro-relator, Aroldo Cedraz, comentou “a baixa capacidade do país em executar e fazer entregas dos empreendimentos de recursos hídricos é aparente, segundo informações trazidas no relatório apresentado pela equipe de auditoria”.

Conforme dados coletados no Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (SIOP), entre os anos de 2012 e 2020, somente foram pagos 50% dos recursos empenhados nos programas de investimento federais em infraestrutura hídrica e 36% dos valores estabelecidos como dotação na Lei Orçamentária.

FONTE: MONEY TIMES

 

IMAGEM: MARITIME GATEWAY

 

A guerra da Ucrânia: quanto mais longa a guerra, mais provável é ser vencida por uma potência marítima

A guerra na Ucrânia está em um ponto de virada estratégico. À medida que a ofensiva russa se intensifica no Donbass sem resultar em ganhos substanciais, os líderes ocidentais alertam que a guerra será longa e que o apoio à Ucrânia deve ser sustentado a longo prazo. Ao mesmo tempo, uma mudança menos perceptível está acontecendo. A guerra no mar está se intensificando. 

Do bloqueio no Mar Negro às crescentes tensões no Mar Báltico, à assertividade da Ucrânia na destruição dos meios navais russos e ao papel desempenhado pelo setor naval civil na sanção da Rússia, os aspectos marítimos da guerra estão agora emergindo e provavelmente serão mais influentes na o resultado do conflito. Consequentemente, a Rússia, que é uma potência continental, agora tem mais chances de ser derrotada estrategicamente. 

Quanto mais longa uma guerra, maior a probabilidade de ser vencida por uma potência marítima. À medida que a dimensão marítima do conflito se intensifica, o domínio ocidental do mar, seu domínio de fóruns marítimos relevantes (como a Organização Marítima Internacional (IMO)) e sua influência sobre grandes corretores de seguros e companhias de navegação, acabará por ser fatal para Putin. guerra.

A Rússia, como sua antecessora, a União Soviética, carece de uma perspectiva marítima – o que impede Moscou de compreender a importância estratégica do poder marítimo além de sua preponderância naval de curto prazo no Mar Negro. 

A Ucrânia é uma potência terrestre tanto quanto a Rússia. Mas Putin também é confrontado por uma coalizão de nações marítimas (principalmente ocidentais), que defendem a liberdade de navegação, têm capacidades navais superiores e uma forte influência nos assuntos marítimos do mundo. Isso concede ao Ocidente a capacidade de sufocar gradualmente o regime de Putin, exercendo o poder marítimo estratégico. 

O bloqueio da Ucrânia, que impede o embarque de grãos e outros produtos agrícolas para o sul global, é responsável por uma crise alimentar mundial. Isso chamou a atenção para a importância da liberdade de navegação.

Movimentos e estratégias

À primeira vista, a Rússia parece estar em posição dominante. Pode bloquear a Ucrânia e usar a crise alimentar resultante como moeda de troca (ou ferramenta de chantagem) para negociar o levantamento das sanções ocidentais. Mas isso também está oferecendo ao Ocidente uma oportunidade de levar vantagem onde eles têm uma vantagem comparativa: defender a liberdade do mar e reunir parceiros sob a bandeira do humanitarismo. 

Dificuldades técnicas, jurídicas, operacionais e estratégicas tornam difícil estabelecer um corredor seguro de e para a Ucrânia. Em particular, acordar procedimentos e salvaguardas com a Rússia, limpar o corredor de minas a um nível aceitável para seguros e operadores marítimos e gerir a interpretação da Turquia da Convenção de Montreux, que dá a Ancara o controlo das rotas de acesso entre o Mar Negro e o Mediterrâneo e além. 

Também é crucial evitar que a aproximação à cidade portuária de Odesa se torne vulnerável a um ataque russo após sua desminagem e evitar uma potencial escalada entre as forças russas e os navios de escolta. No entanto, esta opção ainda está na mesa.

A própria Ucrânia está mirando proativamente os ativos russos no Mar Negro. Desde o naufrágio do cruzador Moskva em abril, a marinha russa não está segura ao operar muito perto da costa. 

A pressão exercida pela Ucrânia no Mar Negro aumentou ainda mais em junho. Usando mísseis de arpão fornecidos pelo oeste, a Ucrânia atacou com sucesso um rebocador russo que abastecia a Ilha da Cobra, que é estrategicamente vital para o controle da Rússia sobre a área. A Ucrânia também atacou plataformas de petróleo localizadas nas águas da Crimeia (ocupadas desde 2014) e lançou ataques aéreos contra instalações russas na Ilha da Cobra. 

Essas vitórias táticas desafiarão a capacidade da Rússia de negar o acesso da Ucrânia ao noroeste do Mar Negro – com consequências estratégicas de longo prazo. Além disso, uma Rússia enfraquecida no Mar Negro pode abrir a porta para o estabelecimento de um corredor seguro.

Em nível diplomático, a liberdade de navegação – especialmente quando sua interrupção causa escassez de alimentos – é uma norma central da ordem marítima global que as nações marítimas, lideradas pelo Ocidente, estão empenhadas em defender. O alto representante da UE para assuntos externos e política de segurança, Josep Borrell, disse que o bloqueio da Ucrânia que interrompe os embarques de grãos é “um verdadeiro crime de guerra”. 

O bloqueio pode contribuir para isolar ainda mais a Rússia diplomaticamente, fazendo com que o sul global, até agora relutante em condenar a agressão da Rússia, revise sua postura e fique do lado do Ocidente ao apontar os erros da Rússia. Mas ainda há um longo caminho a percorrer. 

Além do Mar Negro

Há também uma forte dimensão marítima civil na guerra. Todas as principais companhias de navegação, exceto os chineses, interromperam as operações de e para a Rússia. Navios que são de propriedade ou operados pela Rússia ou navegam sob a bandeira russa são proibidos na UE, Reino Unido, EUA e na maioria dos outros portos. Isso está gradualmente colocando uma grande pressão na economia russa e – no futuro – em sua máquina de guerra. 

O Mar Báltico também está se tornando um palco de tensões entre a Rússia e o Ocidente. A potencial adesão da Finlândia e da Suécia à Otan transformará ainda mais o Mar Báltico em um “lago” controlado pela UE e pela Otan, enquanto sempre foi uma importante via marítima de comunicação para a Rússia. Tanto a Otan quanto a Rússia realizaram recentemente exercícios navais no Mar Báltico.

Além disso, para aplicar as sanções da UE, a Lituânia bloqueou agora o trânsito de mercadorias proibidas (principalmente minério de metal) da Rússia para Kaliningrado, que é a sede da Frota do Mar Báltico. Como resultado, a liberdade de navegação no Mar Báltico torna-se ainda mais crucial para a Rússia, a fim de garantir o abastecimento do “exclave” russo. 

Ao mesmo tempo, as recentes incursões de navios de guerra russos nas águas territoriais da Dinamarca (que, aliás, abasteceram a Ucrânia com mísseis arpões) realçam a vontade da Rússia de afirmar o seu estatuto de potência do Mar Báltico, mas também demonstram o seu nervosismo perante a determinação da nações. 

Vantagens do poder marítimo

O consenso entre os estudiosos do poder marítimo (por exemplo, ver livros do especialista marítimo americano Colin S Gray e do estrategista marítimo britânico Geoffrey Till) é que a posse de forças navais poderosas não é suficiente para vencer uma guerra. Mas o comando do mar garante vantagens estratégicas – desde a capacidade de controlar a cadeia de suprimentos global até a realização de operações de projeção, como ataques aéreos direcionados e ataques anfíbios. 

Mas para que o poder marítimo exerça sua influência sobre um inimigo continental requer tempo e perseverança. Assim, quanto mais longa a guerra, maior a probabilidade de ser vencida por uma coalizão de nações marítimas. 

Além de seu domínio naval, o Ocidente – como um coletivo de nações marítimas – esteve em posição de moldar a ordem internacional no mar, dos procedimentos da IMO à Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS), às leis de guerra naval. Da mesma forma, as principais partes interessadas civis, especialmente as seguradoras marítimas, estão intimamente associadas aos interesses ocidentais.

A preponderância do poder marítimo em contextos de guerra, paz e híbridos (como o atual confronto entre a Rússia e o Ocidente) deriva da capacidade das nações marítimas de usar seu domínio para produzir efeitos estratégicos por meio de seu controle da cadeia de suprimentos global e sua capacidade de negar tal controle aos estados continentais. Esses efeitos só podem ser sentidos a longo prazo. 

A Rússia é capaz de exercer alguma pressão sobre a Europa por meio de seu controle do fornecimento de energia no médio prazo. Também conseguiu operar unidades navais no Mar Negro de uma maneira que – atualmente – impede o livre fluxo de mercadorias de e para a Ucrânia. 

Mas como uma potência continental tradicional, a Rússia não tem a capacidade de se opor à coalizão de nações marítimas a longo prazo e em nível global. O poder marítimo acabará por contribuir para o fracasso estratégico de Moscou. 

 

FONTE: GCAPTAIN

Sessões por Videoconferência | Tribunal Marítimo

IMAGEM: MARINHA DO BRASIL/TM

 

O Registro Especial Brasileiro (REB) completa em 27 de junho 25 anos do primeiro Registro no Tribunal Marítimo. A data é duplamente memorável, pois marca também o primeiro REB de uma embarcação autorizada a operar na cabotagem com base no novo dispositivo da Lei nº 14.301, de 7 de janeiro de 2022.

A novidade é, que com a alteração, pôde ser incluída no REB a embarcação “Bow Atlantic”, afretada a casco nu pela empresa Flumar Transportes de Químicos e gases Ltda., sem a necessidade de comprovação de tonelagem, na navegação de cabotagem. Pela nova lei, a cada ano aumenta-se em uma unidade o direito a esse benefício, nos primeiros quatro anos, Após isso, não haverá limite de embarcações.

Com a promulgação da Lei nº 14.301, de 7 de janeiro de 2022, que instituiu o programa “BR do Mar” e que também alterou a Lei nº 9.432/1997, foi criada a Empresa Brasileira de Investimento da Navegação (EBIN) e a possibilidade de empresas brasileiras de navegação (EBN), de forma gradual, solicitarem o REB de embarcação estrangeira afretada a casco nu, com suspensão provisória de bandeira, na navegação de cabotagem, sem a necessidade de ter tonelagem disponível, independentemente de contrato de construção em eficácia ou de propriedade de embarcação.

O limite de afretamento autorizado de que trata a lei será ampliado da seguinte forma: após o primeiro ano, para duas embarcações; após o segundo ano, para três; após o terceiro ano, para quatro; e após 48 meses de vigência da lei não haverá limitação. A regulamentação da lei 14.301/22 poderá trazer ainda mais inovações para a navegação em nossas águas jurisdicionais.

O REB foi instituído pela Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997, e regulamentado pelo Decreto nº 2.256, de 17 de junho do mesmo ano. À época, o registro pioneiro foi da embarcação “Independente”, armada pela empresa Aliança Navegação e Logística Ltda. Até hoje, o REB beneficia várias EBN com incentivos fiscais, propiciando mais facilidade na construção, reparo e reformas das embarcações.

O presidente do Tribunal Marítimo, Vice-Almirante Wilson Pereira de Lima Filho, destaca que, desde sua criação até o mês de junho do corrente ano, já foram registradas no REB mais de 3,4 mil embarcações, sendo que 220 são estrangeiras e 94 dessas estão em plena operação. "Sopram ventos favoráveis para a navegação no Brasil", afirma o presidente.

FONTE: PORTOS&NAVIOS

 

Nautilus

IMAGEM: NAUTILUS INTERNATIONAL

 

Em 25 de junho, a indústria naval comemora o Dia do Marítimo. Não poderia vir em melhor hora, pois os marítimos continuam a enfrentar desafios sistêmicos de bem-estar. A guerra na Ucrânia e a pandemia em curso tornaram as condições ainda mais difíceis para muitos. 

Embora o Dia do Marítimo tenha como principal objetivo celebrar os esforços corajosos de homens e mulheres no transporte marítimo, também é um dia para defender soluções para os muitos desafios que enfrentam. 

Os Emirados Árabes Unidos tomaram essa direção ao marcar o dia. Liderado pelo Ministro de Energia e Infraestrutura, Exmo. Suhail Al Mazrouei, ele lançou uma nova iniciativa chamada “Salmeen” para orientar os esforços do governo dos Emirados Árabes Unidos para priorizar o bem-estar dos marítimos.

O pilar fundamental da iniciativa é abrir as portas para que os marítimos obtenham o apoio de que precisam. Isso implicará identificar e remover barreiras físicas e sociais por meio da cooperação entre os setores público e privado. Também inclui um pacote para providenciar cuidados médicos para os marítimos, bem como oportunidades de treinamento e educação marítima. 

“Quando falamos sobre o setor de transporte marítimo nos Emirados Árabes Unidos, devemos reconhecer o papel influente que os Emirados Árabes Unidos desempenham no cenário marítimo global. O lançamento da iniciativa 'Salmeen' confirma nosso apoio contínuo aos marítimos e reflete nossa firme crença no papel ativo que desempenham no fortalecimento dos Emirados Árabes Unidos como um centro marítimo global incomparável ”, comentou Suhail Mazrouei.

Esta iniciativa baseia-se no “Our Blue Army Scheme” lançado pelo Ministério em agosto do ano passado. Deu aos marítimos o mesmo status que os profissionais de saúde da linha de frente, garantindo o acesso às vacinas Covid-19 e permitindo a substituição da tripulação quando necessário.

Atualmente, os Emirados Árabes Unidos recebem mais de 21.000 navios anualmente e movimentam mais de 17 milhões de contêineres nos portos do país a cada ano. Como um movimentado centro marítimo, também é uma jurisdição comum para o abandono de embarcações, um grande desafio para o bem-estar dos marítimos, de acordo com dados compilados pela RightShip.

FONTE: SHIPPING NEWS

IMAGEM: José Cruz/Agência Brasil

 

A ampla legitimidade dos sindicatos tem previsão na Constituição Federal

A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho assegurou ao Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios Telégrafos e Similares de Santa Catarina o direito de propor ação de execução de sentença proferida em ação coletiva em nome de apenas um empregado da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). De acordo com o colegiado, os sindicatos têm ampla legitimidade para atuar na defesa dos interesses coletivos ou individuais dos integrantes da categoria que representam. 

Execução individual 

O ação de execução foi ajuizada na 2ª Vara do Trabalho de Jaraguá do Sul, com o sindicato na condição de substituto processual, visando ao pagamento de diferenças salariais devidas a seu associado, reconhecidas em ação coletiva de iniciativa da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), em tramitação no Tribunal Regional do Trabalho da 10 Região (DF/TO).

Interesses pessoais 

O juízo de primeira instância e o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC) entenderam que a legitimidade do sindicato diz respeito à defesa dos direitos e dos interesses individuais homogêneos, decorrentes da mesma lesão (ou ameaça) a um direito ou interesse geral, “não abrangendo os interesses meramente pessoais de cada integrante da categoria”. Para o TRT, a prerrogativa da execução provisória e individual da sentença deve ser exercida, exclusivamente, pelo titular do direito reconhecido judicialmente.

Garantia constitucional 

No recurso ao TST, o sindicato observou que a finalidade da ação de execução provisória era a homologação dos cálculos para que, após a decisão definitiva na ação proposta pela Fentect, o valor seja atualizado e expedida a respectiva requisição de pequeno valor. Alegou, ainda, que sua legitimidade é garantida no artigo 8º, inciso III, da Constituição Federal.

Legitimidade ampla

O relator, ministro Augusto César, explicou que, no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 883642, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a ampla legitimidade dos sindicatos para defender, em juízo, os direitos e os interesses coletivos ou individuais dos integrantes da categoria que representam, inclusive nas liquidações e execuções de sentença, independentemente de autorização dos substituídos. 

Seguindo essa interpretação, o TST entende que o artigo 8º, inciso III, da Constituição Federal autoriza, direta e expressamente, essa atuação ampla, inclusive em favor de apenas um substituído. 

A decisão foi unânime, e o processo retornará ao Tribunal Regional para prosseguir o julgamento. 

FONTE TST

Taxa de desemprego na Espanha é grande

IMAGEM: EURODICAS

 

Nos últimos dez anos, o Brasil ganhou mais de 2,2 milhões de desempregados só nas duas pontas mais sensíveis do mercado de trabalho: de jovens e de profissionais acima de 50 anos. Na geração mais nova, entre 18 e 24 anos, um em cada quatro jovens está desocupado no País. No outro extremo, cerca 880 mil pessoas acima de 50 anos perderam o emprego no período. No total, são 7,6 milhões de desempregados nas faixas de 14 a 29 anos e no chamado 50+, segundo pesquisa da consultoria Idados.

Hoje, essas duas gerações são as que mais têm dificuldade para conseguir emprego. O que sobra para um falta para o outro. A mais nova, apesar de ser antenada e tecnológica, não tem a experiência que as empresas pedem. Os sêniores, por outro lado, têm a experiência e a vivência de trabalho, mas sofrem com o preconceito em relação ao potencial para acompanhar as inovações do mercado e por, supostamente, serem menos flexíveis.

No primeiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego dos brasileiros entre 14 e 17 anos era de 36,4% – ou seja, mais de um terço dessa população estava sem emprego, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para aqueles entre 18 e 24 anos, as taxas caem um pouco, para 22,8%. Entre os mais velhos, esse porcentual é bem menor, em torno de 7%, mas dobrou nos últimos dez anos.

Em 2012, segundo o IDados, o número de desempregados acima de 50 anos era de 508,9 mil pessoas. Hoje, eles são 1,4 milhão de pessoas em busca de uma recolocação. A expectativa é de que esse grupo continue subindo nos próximos anos por causa das mudanças nas regras da Previdência Social, diz o pesquisador da consultoria Bruno Ottoni. Com o aumento da faixa etária para se aposentar (62 anos para mulheres e 65 anos para homens), as pessoas vão precisar ficar mais tempo no mercado.

Apesar da taxa de desemprego desse grupo ser menor comparada à média nacional de 11%, os números escondem uma situação complicada. Sem oportunidades, muitos desses trabalhadores desistem de buscar trabalho, vivem na informalidade ou tentam o empreendedorismo. Há também os chamados “nem nem nem”, aqueles que não trabalham, não buscam emprego e não são aposentados.

‘Etarismo’

Segundo a gerente Sênior da Catho, Bianca Machado, esses profissionais sofrem com o etarismo. Existe a crença de que os profissionais mais velhos não conseguem acompanhar a tecnologia. Por isso, diz ela, os recrutadores têm receio de contratar essas pessoas, mesmo elas tendo experiência.

Bianca conta que há um movimento, ainda tímido, para criar programas e iniciativas que estimulem a contratação desse grupo de pessoas. O objetivo é dar suporte, desenvolver carreiras e aprimorar a cultura de diversidade. O grupo Elfa, empresa de soluções e serviços logísticos de saúde, criou no ano passado o programa Talento Sênior para atrair e engajar profissionais com 50 anos ou mais. Hoje, a média de idade na companhia é de 27 anos.

O primeiro ano do programa teve mais de 1 mil inscrições para oito vagas. “É um processo que exige uma certa experiência”, diz o diretor de Gente e Gestão da empresa, Fred Lopes. Os profissionais foram contratados para áreas de recursos humanos, TI, comercial e digital. Todos estão em posição de gerência e coordenação. Para este ano, uma nova seleção deverá ser feita no segundo semestre.

“A população está envelhecendo, mas com uma expectativa de vida cada vez maior. Então, tenho de estar preparado para essa mudança”, diz Lopes. Segundo o IBGE, em 2060 as pessoas com 65 anos ou mais vão representar 25% da população brasileira e somarão 60 milhões de pessoas.

Na avaliação do diretor da FGV Social, Marcelo Neri, a perspectiva para os mais jovens é um pouco melhor no longo prazo. “A última década foi muito difícil para os jovens (de 2014 para cá, eles perderam 14% da renda), mas acho que o jogo está virando para eles. Com a digitalização e a transição geográfica, eles serão mais valorizados.”

Essa geração, diz Neri, fez uma transição educacional forte e tem um nível educacional bem superior ao de seus pais. O problema é que isso não significou melhora na produtividade, ou seja, não houve avanço em termos de inserção trabalhista, diz Neri. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), trata-se de uma geração mais pobre que a de seus pais. Isso porque o número de empregos bem remunerados de nível médio diminuiu. 

Um exemplo é Gustavo Henrique Felix Salviano. Ele tem 20 anos e não consegue emprego por falta de experiência. Já fez várias entrevistas, mas sempre é barrado por esse motivo. Atualmente, está fazendo um curso de programação para melhorar o currículo e facilitar sua entrada no mercado.

FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO

 

IMAGEM: ITF

 

Mais de 100 sindicatos de trabalhadores em transportes de 52 países escreveram ao Secretário de Estado dos Transportes do Reino Unido, Grant Shapps, clamando que ele se reúna com os sindicatos britânicos em greve.

A carta, coordenada pela Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (ITF), que representa 20 milhões de trabalhadores em transportes no mundo inteiro, expressou o choque de que “o governo britânico está decidido a impor cortes nos serviços ferroviários e projetos de infraestrutura”, com os signatários alertando sobre o risco de prejudicar a credibilidade do Reino Unido nas relações industriais.

A greve de membros dos sindicatos, incluindo o RMT, Unite the Union e ASLEF, em toda a rede ferroviária do Reino Unido e o metrô de Londres atraiu a atenção mundial, uma vez que os sindicatos de outros setores de transporte e países se preparam para uma ação de greve por preocupações semelhantes com salários e condições de trabalho. Na quinta-feira, os trabalhadores do aeroporto britânico de Heathrow anunciaram que entrariam em greve durante as próximas férias de verão.

Antes de outras greves do RMT no sábado, 25 de junho, Stephen Cotton, secretário-geral da ITF, disse:

“Os sindicatos em todo o mundo estão chocados que menos de um ano após se comprometer a apoiar o diálogo com os sindicatos na COP26, o Reino Unido esteja disposto a cortar serviços ferroviários e eliminar projetos de infraestrutura enquanto deveria estar ampliando e promovendo o transporte público.

“O governo injetou milhões para manter empresas privadas operando, os trabalhadores mantiveram o sistema em funcionamento. Durante a pandemia, o Secretário de Estado de Transportes elogiou os trabalhadores ferroviários como “verdadeiros heróis”, mesmo assim, a primeira reação que vimos ao sairmos da crise – enquanto a crise do custo de vida piora e a inflação no Reino Unido é a maior em 40 anos – foi fazer com que os mesmos trabalhadores sofram os danos.

“Grant Shapps deve perceber que a reputação internacional do Reino Unido em relações industriais está em risco. Se ele não se dispuser a nem mesmo conversar com os sindicatos nacionais, que esperança ele acha que seu governo terá ao engajar sindicatos internacionais como parte da pauta ‘Global Britain’ do governo?”

“Internacionalmente, seja no setor ferroviário, aeroviário ou marítimo, onde os sindicatos estão dialogando com a indústria, os empregadores e o governo, presenciamos uma transição mais tranquila ao sairmos da crise da Covid. O governo do Reino Unido tem a oportunidade de liderar uma recuperação econômica sustentável da pandemia. Isso deve incluir financiamento sustentável em longo prazo para o National Rail (Ferrovias Nacionais) e TFL (Transportes de Londres). A recusa em negociar desperdiçará uma oportunidade em nome da política.”

De Sydney, Austrália, o presidente da ITF, Paddy Crumlin, declarou:

“O mundo está assistindo o desenrolar dessa disputa. Grant Shapps tem uma decisão a tomar. Sentar-se à mesa e tratar os trabalhadores em transportes do Reino Unido com o respeito e a dignidade que ele mesmo declarou que eles merecem. Ou continuar a contradizer a si mesmo e ao seu governo e trair os trabalhadores que elogiou há meses e que pretende representar para, em vez disso, alinhar-se com os bolsos dos chefes ferroviários milionários.

“O RMT declarou que continuará sua campanha industrial até que um acordo seja negociado. Hoje, os sindicatos de transporte do mundo inteiro declararam categoricamente sua solidariedade com todos os corajosos trabalhadores ferroviários nas linhas de piquete em todo o Reino Unido e se comprometeram a apoiar o RMT até que um acordo seja feito.”

Sindicatos europeus também contribuíram com Frank Moreels, presidente da ETF, pedindo ao Secretário de Estado de Transportes que avance:

“Esta semana, 50.000 trabalhadores ferroviários em todo o Reino Unido saíram em protesto na maior disputa nas ferrovias britânicas desde 1989. Não se engane sobre isto: os sindicatos de transportes em toda a Europa e no mundo estão prontos para apoiar os sindicatos ferroviários do Reino Unido se a ação de greve se intensificar após a greve desta semana. O governo deve intervir e mediar uma resolução que garanta segurança no emprego e um aumento salarial em linha com a crescente crise do custo de vida.”

FONTE: ITF

G7

IMAGEM: DIVULGAÇÃO G7/ALEMANHA

G7 quer investir US$ 600 bilhões em infraestrutura mundial, diz Biden

Dinheiro deve ser destinado a nações em desenvolvimento, especialmente a países da África e da América

Os países do G7 lançaram um grande programa de investimento de 600 bilhões de dólares (cerca de R$ 3,1 trilhões) para as nações em desenvolvimento, destinado a responder às grandes obras financiadas pela China, anunciou neste domingo (26) o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

"Com os parceiros do G7, buscamos mobilizar 600 bilhões de dólares até 2027 para investimentos globais em infraestrutura", declarou a Casa Branca pouco antes de um discurso de Biden,no qual ele apresentou essa proposta, durante a cúpula dos sete países mais industrializados do mundo no sul da Alemanha.

A "Associação Mundial para Infraestrutura" (Partnership for Global Infrastructure) deve, segundo a mesma fonte, "fornecer infraestrutura sustentável de qualidade". 

O G7 "estabeleceu como ambição fazer no mundo uma melhor oferta em matéria de investimento em infraestrutura", ressaltou o chanceler alemão Olaf Scholz, que apresentou o projeto ao lado do presidente americano.

Os Estados Unidos prometeram "mobilizar" cerca de "200 bilhões de dólares" (cerca de R$ 1 trilhão) em cinco anos para esse programa. Mas essa palavra, "mobilizar", não significa que os Estados aportarão essas enormes quantias.

Os países do Ocidente desejam se destacar em relação à China, que investiu maciçamente em muitos países para construir infraestruturas através do programa chamado de "Novas Rotas da Seda" e para garantir acesso a algumas matérias-primas.

A China é acusada de realizar projetos através de empréstimos pouco vantajosos, ou francamente perigosos, que agravarão os problemas de endividamento dos países mais vulneráveis.

A ofensiva de Pequim "existe há alguns anos e se traduz por muitos investimentos em dinheiro e investimentos múltiplos", disse neste domingo um alto responsável da Casa Branca. "Mas ainda não é tarde", assegurou em relação à iniciativa do G7.

"A África Subsaariana será claramente uma prioridade maior" da associação lançada pelo G7, acrescentou o alto responsável americano.

Além disso, garantiu que a América Central, o Sudeste Asiático e a Ásia Central são também "regiões bastante importantes".

FONTE: AFP

 

IMAGEM: EPSJV/Fiocruz

Levantamento do BTG Pactual/FSB também revela que mais da metade dos entrevistados acha que a economia está ruim

desemprego e a inflação são os principais problemas da economia, segundo a opinião de entrevistados para a 5ª pesquisa de intenção de votos para presidente feita a pedido do BTG Pactual e produzida pela FSB.  

A pesquisa, realizada entre 24 e 26 de junho e divulgada nesta segunda-feira, 27, entrevistou 2 mil pessoas e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o código BR-05022/2022. Sobre os problemas econômicos, os entrevistados podiam dizer quais eram os primeiros e segundos principais problemas que o País enfrenta. 

O desemprego foi citado como primeiro problema entre 19% dos entrevistados. O porcentual dos que consideram o desemprego como segundo principal problema também foi de 19% dos participantes, totalizando 38% nas duas categorias.

Já a inflação foi citada como o primeiro principal problema entre 23% dos entrevistados e como o segundo principal problema entre 14% dos entrevistados, totalizando 37%. 

Mais da metade considera que a economia está ruim. Perguntados sobre a situação atual, 24% consideram a economia ruim, e 39%, muito ruim, totalizando 63% dos entrevistados.

Já sobre a expectativa em relação à economia daqui a três meses, 35% estão otimistas, enquanto 34% estão pessimistas. A parcela dos que acham que vai continuar igual é de 28%.

A atual situação financeira dos entrevistados é considerada regular entre 43% deles, 28% ruim e 28% boa. Mas 97% deles sentiram a inflação avançar nos últimos três meses.

FONTE: TERRA

 

 Mariupol

IMAGEM: EyePress News

 

Em reunião nesta sexta-feira, 24, os ministros das Relações Exteriores do G7 exortaram a Rússia a encerrar o bloqueio a portos ucranianos no Mar Negro, segundo comunicado divulgado pela Alemanha, que exerce a presidência rotativa do grupo.

Os representantes acusaram Moscou de agravar a crise global de insegurança alimentar por meio do bombardeio de silos de grãos e a danificação de infraestrutura de agricultura.

Expressaram ainda apoio aos esforços da Organização das Nações Unidas (ONU) para reabrir os portos.

Os ministros também reiteraram “inabalável” apoio à Ucrânia, inclusive por assistência militar e de defesa, “pelo tempo que for necessário”.

O grupo se comprometeu com auxílio humanitário, ajuda na reconstrução e estabilização do país e também a fortalecer a resiliência de nações vizinhas, em particular a Moldávia.

FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO

Edifício sede da Petrobras

IMAGEM: AGÊNCIA BRASIL

 

A Petrobras anunciou o reinício, nesta segunda-feira (27), dos processos de venda de três refinarias. Fazem parte do pacote a Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), no Paraná, e Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul, bem como os ativos logísticos integrados a elas.

Os documentos com as principais informações sobre os ativos e os critérios de elegibilidade para a seleção de participantes estão disponíveis na página da Petrobras, no link Resultados e Comunicados. As etapas subsequentes dos processos de venda dessas três refinarias serão informadas oportunamente ao mercado

O plano de desinvestimento em refino da Petrobras representa, aproximadamente, 50% da capacidade de refino nacional, totalizando 1,1 milhão de barris por dia de petróleo processado, e considera a venda integral dos seguintes ativos: Refinaria Abreu e Lima (RNEST), Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), Refinaria Landulpho Alves (RLAM), Refinaria Gabriel Passos (REGAP), Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), Refinaria Isaac Sabbá (REMAN) e Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR), bem como os ativos logísticos integrados a essas refinarias.

As operações estão em consonância com a Resolução nº 9/2019 do Conselho Nacional de Política Energética, que estabeleceu diretrizes para a promoção da livre concorrência na atividade de refino no país, e integram o compromisso firmado pela Petrobras para a abertura do setor de refino no Brasil.

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

 

IMAGEM: CGTN

 

Uma subsidiária da China State Shipbuilding Corporation (CSSC) entregou o maior porta-contêineres do mundo esta semana em Xangai.

A embarcação, chamada Ever Alot, tem uma capacidade de carga de 24.004 unidades equivalentes a vinte pés (TEU), dando-lhe o título não oficial de recordista mundial. A embarcação mede 400 metros de comprimento por 61,5 metros de largura e um calado de 17 metros. 

Ever Alot foi entregue pela Hudong-Zhonghua Shipbuilding, uma subsidiária da CSSC, para uma subsidiária da empresa de transporte taiwanesa Evergreen Marine Corporation.

 A embarcação é a sétima na chamada classe Evergreen A e o primeiro navio da classe – e do mundo – a ultrapassar a marca de 24.000 TEU. Os primeiros seis navios da classe foram construídos pela Samsung Heavy Industries na Coreia do Sul, no entanto, eles têm uma capacidade um pouco menor de 23.992 TEU, apesar de terem as mesmas dimensões. O primeiro navio da classe, Ever Ace, já detinha o título de maior do mundo após sua entrega em julho de 2021. 

No total, há 13 navios planejados para a Classe Evergreen A, incluindo quatro construídos pela Hudong-Zhonghua. 

A entrega de Ever Alot foi confirmada pela empresa de mídia estatal chinesa CGTN.

 FONTE: GCAPTAIN