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IMAGEM: Flávio Emanuel / Agência Petrobras

 

Landim foi funcionário de carreira da estatal, tendo presidido a Gaspetro e a BR Distribuidora. Governo indicou oito nomes para o Conselho de Administração e seis para o Conselho Fiscal

O governo Bolsonaro quer Rodolfo Landim, atual presidente do Flamengo, na presidência do Conselho de Administração da Petrobras (PETR3 e PETR4).

A estatal confirmou a informação, antecipada pela coluna do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, em fato relevante enviado a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de sábado (05).

No documento, a Petrobras lista os nomes dos oito indicados pelo governo, acionista majoritário da companhia, para o Conselho de Administração, além de seis indicados para o Conselho Fiscal.

O responsável pelas indicações para o Conselho de Administração e para quatro das cadeiras do Conselho Fiscal é o Ministério de Minas e Energia. Duas das indicações do Conselho Fiscal ficam a cargo do Tesouro Nacional. Confira a lista completa:

Conselho de Administração

  • Luiz Rodolfo Landim Machado - presidência
  • Carlos Eduardo Lessa Brandão
  • Joaquim Silva e Luna (atual presidente da estatal)
  • Luiz Henrique Caroli
  • Márcio Andrade Weber
  • Murilo Marroquim de Souza
  • Ruy Flaks Schneider
  • Sonia Julia Sulzbeck Villalobos
  • Conselho Fiscal

    • Agnes Maria de Aragão da Costa (titular)
    • Marisete Fátima Dadald Pereira (suplente)
    • Janete Duarte Mol (titular) - representante do Tesouro Nacional
    • Otavio Ladeira de Medeiros (suplente) - representante do Tesouro Nacional
    • Sérgio Henrique Lopes de Sousa (titular)
    • Alan Sampaio Santos (suplente)
    • Rodolfo Landim

      Landim é presidente do Flamengo desde 2019, mas tem longo histórico de ligação com a Petrobras, tendo sido funcionário de carreira na estatal por 26 anos, onde ocupou diversas posições gerenciais.

      Foi presidente da Gaspetro e da BR Distribuidora, e posteriormente atuou como diretor geral da MMX e CEO da OGX e da OSX, todas empresas do grupo X, de Eike Batista.

      Engenheiro com especialização em obras hidráulicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), fez pós-graduação em engenharia de petróleo pela Petrobras e a Universidade de Alberta, além de administração de negócios pela Universidade Harvard.

      À imprensa esportiva, Landim afirmou que a ocupação da presidência do Conselho de Administração da Petrobras não o levaria a deixar seu cargo à frente do clube carioca, para o qual foi reeleito há três meses.

    • AGO da Petrobras ocorre em abril

      A Assembleia Geral Ordinária, na qual os acionistas da Petrobras irão deliberar sobre as indicações, será realizada no dia 13 de abril.

      O atual presidente do Conselho de Administração, almirante Eduardo Bacellar Ferreira, está no cargo desde 2019 e não será reconduzido, tendo alegado motivos pessoais para deixar a posição.

      Entre os indicados do governo para o conselho estão também o atual presidente da estatal e membro do conselho, o general da reserva Joaquim Silva e Luna, e quatro outros membros atuais, que seriam reconduzidos: Márcio Andrade Weber, Murilo Marroquim de Souza, Ruy Flaks Schneider e Sonia Julia Sulzbeck Villalobos.

      Entre os novos nomes estão o do engenheiro Carlos Eduardo Lessa Brandão e o do almirante Luiz Henrique Caroli.

FONTE: MONEY TIMES

Tanques e soldados russos estão nas ruas da Ucrânia

IMAGEM: ANATOLII STEPANOV / AFP - 24.02.22

 

Sergey Lavrov disse acreditar que alguns líderes estrangeiros estão se preparando para uma guerra contra a Rússia

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse nesta quinta-feira (3) acreditar que alguns líderes estrangeiros estão se preparando para uma guerra contra a Rússia e que Moscou vai continuar com sua operação militar na Ucrânia até “o final”.

Lavrov também disse que a Rússia não pensa em uma guerra nuclear.

Não oferecendo nenhuma evidência para apoiar suas declarações em uma entrevista à televisão estatal, uma semana depois que os russos invadiram a Ucrânia, ele também acusou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, um judeu, de presidir “uma sociedade onde o nazismo está florescendo”.

Ele disse não ter dúvidas de que uma solução para a crise na Ucrânia será encontrada, e uma nova rodada de negociações está prestes a começar entre autoridades ucranianas e russas.

Mas ele disse que o diálogo da Rússia com o Ocidente deve se basear no respeito mútuo, acusou a Otan de tentar manter a supremacia e disse que, embora a Rússia tenha muita boa vontade, não pode deixar ninguém prejudicar seus interesses.

Moscou não deixaria a Ucrânia manter a infraestrutura que ameaçava a Rússia, disse ele.

Moscou também não poderia tolerar o que ele disse ser uma ameaça militar da Ucrânia, disse ele, acrescentando que estava convencido de que a Rússia estava certa sobre a Ucrânia.

“O pensamento de energia nuclear está constantemente girando na cabeça dos políticos ocidentais, mas não na cabeça dos russos”, disse ele. “Asseguro-lhe que não permitiremos que nenhum tipo de provocação nos desequilibre.”

A Rússia não se sente politicamente isolada, e a questão de como a Ucrânia vive deve ser definida por seu povo, disse ele.

Autoridades ucranianas acusaram as forças russas de atingir áreas civis, mas Lavrov disse que as tropas russas receberam ordens estritas de usar armas de alta precisão para destruir a infraestrutura militar.

Não oferecendo nenhuma evidência, Lavrov disse que a Rússia tinha informações de que os Estados Unidos estavam preocupados com a perspectiva de perder o controle sobre o que ele descreveu como laboratórios químicos e biológicos na Ucrânia e acusou o Reino Unido de construir bases militares lá.

Últimas notícias da guerra

No oitavo dia de guerra, as tropas russas se posicionaram perto de Kiev, capital da Ucrânia, nesta quinta-feira (3). Segundo o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, os russos estão “parados” para um reagrupamento antes de uma possível invasão da capital, ou enfrentando desafios como falta de suprimentos ou resistência de civis. Apesar dos avanços das forças russas, as autoridades de ambos os lados esperam discutir um possível cessar-fogo.

Delegações de Rússia e Ucrânia devem se reunir nesta quinta-feira (3) pela segunda vez em Belarus, para continuar as negociações em busca de resolução para o conflito.

A primeira conversa entre as delegações após o início dos ataques ocorreu na segunda-feira (28) e teve duração de cinco horas, mas terminou sem um avanço. Na terça-feira (1º), o presidente Volodymyr Zelensky disse que a Rússia deveria parar o bombardeio de cidades ucranianas antes que as negociações pudessem ocorrer.

Os russos assumiram o controle de Kherson, uma cidade estrategicamente importante em uma enseada do Mar Negro com uma população de quase 300 mil habitantes. O prefeito de Kherson, Ihor Kolykhaiev, declarou na quarta-feira (2) que os militares da Ucrânia não estão mais na localidade e que seus habitantes devem agora cumprir as instruções de “pessoas armadas que vieram para a administração da cidade.”

FONTE: CNN

IMAGEM: Sérgio Lima/Poder360  


O ingresso e a circulação de pessoas nas dependências do Tribunal ficam condicionados ao uso de máscaras e à apresentação de comprovante de vacinação contra a covid-19.

Servidores, estagiários e colaboradores do TST retornam ao trabalho presencial na próxima segunda-feira, 7. As medidas foram previstas no ato conjunto 89/22, assinado pelo presidente da Corte, ministro Emmanoel Pereira, e tiveram como fundamento o avanço da cobertura da vacinação sobre a população brasileira, especialmente no DF e na força de trabalho do TST, e o abrandamento das condições epidemiológicas relacionadas à transmissão da covid-19 no âmbito local.

Também foram consideradas a redução da gravidade dos efeitos da doença e da taxa de incidência de infecções por 100 mil habitantes no DF, além da resolução 764/22 do STF, que prevê a retomada do trabalho presencial naquele órgão na mesma data.

Máscara e vacina

O ingresso e a circulação de pessoas nas dependências do Tribunal ficam condicionados ao uso de máscaras e à apresentação de comprovante de vacinação contra a covid-19. Para tanto, deve-se apresentar certificado físico ou digital emitido por autoridade pública competente, nacional ou internacional, atestando a imunização completa. O documento precisa conter a identificação da pessoa, as datas das aplicações, o lote e o nome do fabricante da vacina. O acesso de não vacinados ocorrerá mediante apresentação de teste PCR ou de antígeno não reagente para covid-19 realizado nas últimas 72h.

Sessões

Permanece a possibilidade da utilização do regime híbrido (presencial e telepresencial) para a realização de sessões de julgamento, conforme conveniência e oportunidade de cada órgão judicante. Às sessões de julgamento híbridas são aplicáveis, subsidiariamente, os procedimentos adotados nas sessões de julgamento telepresenciais.

O funcionamento do restaurante será restrito ao público interno. As disposições do ato poderão ser revistas, a qualquer tempo, em caso de mudanças das condições epidemiológicas do coronavírus e de suas variantes.

FONTE: PORTAL TST

Palácio do Supremo Tribunal Federal na Praça dos Três poderes em Brasília

IMAGEM: FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

 

Processos administrativos sancionadores devem obedecer o princípio da publicidade

"Os processos administrativos sancionadores instaurados por agências reguladoras contra concessionárias de serviço público devem obedecer ao princípio da publicidade durante toda a sua tramitação, ressalvados eventuais atos que se enquadrem nas hipóteses de sigilo previstas em lei e na Constituição."

Essa foi a tese fixada pelo Supremo Tribunal Federal para declarar a inconstitucionalidade do artigo 78-B da Lei 10.233 /2001, que estabelece sigilo em processos administrativos para a apuração de infrações e aplicação de penalidades, instaurados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).

O procurador-geral da República, autor da ação direta de inconstitucionalidade, alegou que a publicidade dos atos estatais é a regra no Estado democrático de direito, sendo o sigilo admitido apenas excepcionalmente, nos termos do artigo 5º, XXXIII e 37, caput e § 3º, II, da Constituição.

Em seu voto, o relator, ministro Luis Roberto Barroso ressaltou que somente em regimes ditatoriais pode ser admitida a edição ordinária de atos secretos, imunes ao controle social, já o regime democrático obriga a Administração Pública a conferir máxima transparência aos seus atos.

Segundo o magistrado, os atos contrários à transparência, que não se insiram em exceções constitucionalmente admitidas, devem ser catalogados como uma “ocultação ilegítima, que apenas contribui para a opacidade da Administração Pública”. Em situações semelhantes à do caso concreto, ele destacou que a jurisprudência do STF é uníssona em prestigiar a liberdade de informação.

Além disso, a prevalência da publicidade em detrimento do sigilo foi reforçada pela Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011) que estabelece a publicidade como regra e o sigilo como exceção, a divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações, e o fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública.

Assim, para o ministro, as exceções à publicidade devem ser interpretadas restritivamente, sob forte escrutínio do princípio da proporcionalidade. Barroso entendeu que o dispositivo discutido na ADI não se amolda às exceções legítimas à publicidade.

"Ao menos em abstrato, não vislumbro, nesses processos administrativos instaurados pela ANTT e pela ANTAQ, nenhuma informação cujo sigilo seja imprescindível à segurança do Estado e da sociedade ou que configure violação ao núcleo essencial do direito à privacidade e à honra", concluiu. O julgamento foi unânime.

 

FONTE: REVISTA CONSULTOR JURÍDICO/CONJUR

IMAGEM: ENOVA BUSINESS SOLUTIONS

Segundo consultoria, transporte marítimo está pagando valores recordes após início da guerra na Ucrânia

Enquanto a Petrobras segura repasses da disparada da cotação do petróleo ao preço da gasolina e do diesel, o transporte de cargas já começa a sentir os efeitos da guerra na Ucrânia em seus custos, com o aumento dos combustíveis de navegação.

Segundo a S&P Global Platts, esses produtos atingiram recordes históricos na América Latina após o início do conflito no Leste Europeu. No Porto de Santos, o principal do país, já se aproximam dos US$ 1.000 (R$ 5.000) por tonelada, de acordo com o setor.

Companhias de navegação dizem que essa é hoje a principal preocupação do setor, que já convive com fretes elevados desde que a paralisação da atividade industrial no início da pandemia desequilibrou a logística global.

"No momento a mais evidente preocupação é o rápido aumento dos custos de combustíveis", diz, em nota, o CentroNave (Centro Nacional de Navegação Transatlântica), entidade que reúne as 19 maiores empresas de navegação de longo curso atuando no Brasil. 

A entidade diz que os impactos da guerra no transporte mundial de contêineres ainda são pequenos e localizados na região do conflito. "Contudo é preciso ponderar que se trata de um cenário volátil e que a situação pode mudar rapidamente."

Diferentemente da gasolina e do diesel, em que os reajustes são definidos por um comitê interno da Petrobras de acordo com a evolução das condições de mercado, os preços dos combustíveis para navegação são alterados diariamente. 

Na terça-feira (1º), de acordo com a S&P Global Platts, o bunker com 0,5% de enxofre, mais usado nos motores de grandes embarcações, bateu US$ 798 (cerca de R$ 4.000) por tonelada em Santos.

Segundo a Abac (Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem), a cotação chegou a bater US$ 900 (R$ 4.500) nesta quinta-feira (2). No início de 2020, o preço do produto oscilava em torno de US$ 680 por tonelada.

O gasóleo marítimo, conhecido como MGO e usado principalmente para geração de energia nos navios, chegou a US$ 893 por tonelada na terça, também o maior preço já registrado desde que a consultoria começou a acompanhar o porto, em 2016.

O presidente da Abac, Luiz Resano, diz que os navios de grande porte costumam ter grandes estoques de combustível, mas em breve começarão a comprar produtos com os preços mais altos.

Os contratos de frete, afirma, geralmente têm cláusulas que permitem o repasse imediato de grandes oscilações no preço do combustível. "Se o preço não cair no curto prazo, vai haver impacto tanto na cabotagem quanto no longo curso", diz. "E o frete certamente vai aumentar."

O presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro, diz que ainda não há impacto da crise atual no custo do frete, mas a expectativa é que os preços fiquem ainda mais pressionados.

"Por enquanto, está todo mundo paralisado para ver o que vai acontecer", afirma. "Mas se o frete aumentar ainda mais, vai acabar inviabilizando algumas operações."

Procurada, a Petrobras afirmou que "mantém seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado internacional". A empresa disse ainda que os preços do bunker nos principais portos do mundo "seguem a dinâmica do petróleo, que já vinha de um momento de volatilidade alta, agravada pelos últimos eventos".

A Petrobras vem repetindo que está observando o cenário antes de decidir por repasses aos preços da gasolina e do diesel, decisão que conta com apoio de representantes dos acionistas privados no conselho de administração da companhia, segundo a Folha apurou.

No próprio mercado financeiro, há dúvidas sobre a viabilidade de reajustes nesse momento. Analistas do banco UBS BB, por exemplo, acreditam que a estatal não mexerá nos preços agora.

"Concordamos que as incertezas continuam altas e que o cenário ainda não é claro", escreveram os analistas Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt e Tasso Vasconcellos, que veem os preços internos 25% abaixo das cotações internacionais.

Eles acrescentam que reajustes nesse momento têm altos custos políticos e reputacionais, já que poderiam dar combustível a defensores de mudanças na política de preços da companhia.

 

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 

 
 
 
 

(Imagem: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

IMAGEM: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

 

Deputados federais, estaduais e distritais poderão mudar de partido até 1º de abril para disputar o pleito sem perder o mandato por infidelidade partidária. Migrações começam a definir quadro das eleições de 2022

A chamada “janela partidária” será aberta nesta quinta-feira (3) e deve alterar a composição das bancadas na Câmara dos Deputados e começar a definir o quadro das eleições de 2022. Deputados federais, estaduais e distritais poderão por um período de 30 dias, até 1º de abril, mudar de partido para disputar o pleito sem perder o mandato por infidelidade partidária. A regra só vale, portanto, para as eleições proporcionais, não abrangendo as majoritárias, que incluem a escolha dos senadores.

Segundo a Secretaria-Geral da Mesa, órgão da Câmara dos Deputados que acompanha a movimentação parlamentar, antes mesmo da janela, 39 deputados já deixaram a legenda pela qual foram eleitos em 2018. E agora aguardam para a entrada oficial em novo partido. Há quatro anos, ao menos 85 parlamentares trocaram de legenda para disputar a eleição anterior. 

Até o momento, a previsão é o que o PL, com a filiação do presidente Jair Bolsonaro, seja a sigla com maior crescimento, saindo dos atuais 43 para cerca de 60 deputados. O partido também poderá ser o maior da Casa, a partir de abril, com a saída de parlamentares bolsonaristas do União Brasil que, atualmente, dispõe da maior bancada da Câmara, com 81 deputados. A legenda, contudo, deve encolher, com a migração dessa ala tanto para o PL quanto outras siglas do centrão. Aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em fevereiro, o União Brasil, com a fusão entre o DEM e o PSL, deve ficar com 50 a 60 parlamentares.

Cenário eleitoral

Segunda maior bancada na Casa Legislativa, o PT deve ficar praticamente intacto ao período da janela. Programático e ideológico, o partido normalmente não sofre defecções significativas. E deve passar de 53 para 54 parlamentares com a volta do deputado Josias Gomes, hoje secretário de Desenvolvimento Rural da Bahia. Além de permitir uma reconfiguração das forças políticas no cenário das eleições, a movimentação partidária também vem sendo vista como um teste de força para os presidenciáveis da chamada terceira via, enfraquecida, de acordo com as pesquisas eleitorais, e distante dos mais bem posicionados, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Bolsonaro. 

Com uma bancada mediana de 34 deputados, atualmente, o MDB não tem expectativa de que o número de parlamentares se altere substancialmente. Uma possível federação com o União Brasil e o PSDB era vista como uma saída para aumentar o poder na Câmara e garantir visibilidade à candidatura da senadora Simone Tebet ao Palácio do Planalto. Mas, de acordo com informações da coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, as direções nacionais das siglas já confirmaram que a federação não se concretizará para esta eleição. Contudo, as conversas serão prolongadas como estratégia para segurar sinalizações de apoio a Lula ou Bolsonaro. 

Rachado em torno da candidatura de João Doria à Presidência, o PSDB corre também o risco de perder 10 dos seus 31 deputados no período de janela. O PDT, no qual Ciro Gomes irá disputar as eleições, também deve perder cinco deputados dos 25 que hoje compõem a bancada do partido na Câmara. Incluindo o deputado Túlio Gadêlha que deve se transferir para o Rede com objetivo de ajudar na federação com o Psol.

Outras mudanças

Já o Podemos, a legenda de Sergio Moro que tem hoje 11 deputados, tem confirmada apenas uma única adesão, de Kim Kataguiri que deve acompanhar o pré-candidato a governador de São Paulo, hoje deputado estadual, Arthur do Val, o Mamãe Falei. O PSD não espera uma mudança significativa no tamanho de sua bancada, formada por 35 deputados. 

A janela partidária está prevista na Lei das Eleições (Artigo 93-A da Lei 9.504/1997). Além de fazer parte do calendário eleitoral, a mudança partidária também está regulamentada na Reforma Eleitoral de 2015 (Lei nº 13.165/2015).

 

(*) Com informações dos jornais Folha de S. Paulo, Commercio (JC) e Jota

FONTE: REDE BRASIL ATUAL

Exercícios da Marinha russa no Mar Negro

IMAGEM: Pavel Rebrov, Reuters

 

Guerra na Ucrânia paralisa parte da frota mercante global

A Associação Alemã de Armadores (VDR) avalia que cerca de 100 navios da frota mercante mundial estejam parados, sem possibilidade de seguir viagem, em portos no Mar Negro e no adjacente Mar de Azov, uma semana após o início da invasão russa à Ucrânia. Entre eles, estariam vários navios alemães, segundo afirmou nesta quarta-feira (02/03) a presidente da VDR, Gaby Bornheim.

"Exigimos que todos os navios e suas tripulações possam deixar a zona de conflito ilesos", disse Bornheim. "A Rússia deve respeitar a liberdade de navegação. Navios mercantes não participantes não devem ser atacados."

Bornheim apelou às partes em conflito para "garantirem que – além da população ucraniana – os homens e mulheres a bordo, independentemente da nacionalidade, não venham a se tornar vítimas desta guerra".

MARINHEIROS RUSSOS E UCRANIANOS

Segundo informações da VDR, marinheiros ucranianos e russos também constituem uma parte importante das tripulações dos navios da frota mercante alemã. "Um total estimado de cerca de 5 mil marinheiros de ambos os países estão trabalhando a bordo. Muitas vezes também a bordo do mesmo navio", informou a associação, acrescentando que até agora essa situação não provocou maiores incidentes. "É uma colaboração profissional", diz Bornheim. 

De acordo com a VDR, os tripulantes de ambas as nações representam 14,5% de todos os 1,89 milhão de marinheiros em todo o mundo. Quase 200 mil são russos e 76 mil são ucranianos.

Conforme com informações da VDR, ainda não existem regulamentos para lidar com navios de bandeira russa. O porta-voz do VDR disse que isso deve ser decidido pelos países membros da União Europeia (UE). O Reino Unido fechou seus portos para navios russos. 

COLAPSO NO COMÉRCIO MARÍTIMO COM A RÚSSIA

O grupo alemão especializado em logística portuária HHLA informou a seus clientes que não aceitará nenhum contêiner vindo ou com destino à Rússia, devido às sanções da UE. Isso também se aplica à carga transportada por trem, barcaça ou caminhão. A empresa afirmou que segue o exemplo dos operadores de terminais em outros portos europeus.

O motivo é que contêineres vindos ou destinados à Rússia não estão mais sendo despachados em Roterdã e Antuérpia. Assim, os navios têm que procurar outro porto para se livrar de seus contêineres.

Com a medida, a HHLA quer evitar que o espaço de armazenamento dos contêineres, que já é escasso devido às perturbações no transporte, fique ainda mais reduzido.

APENAS MEDICAMENTOS E ALIMENTOS

Grandes companhias de navegação, como Maersk e Hapag-Lloyd, não estão mais aceitando contratos de carga de e para a Rússia. "Na medida em que isso for possível sob as sanções existentes, estamos conduzindo cargas já contratadas para a Rússia", disse um porta-voz da companhia de navegação de Hamburgo. Isso se aplica principalmente a alimentos.

A maior empresa de transporte de contêineres do mundo, Maersk, está interrompendo temporariamente todas as entregas para a Rússia. A Maersk anunciou na terça-feira que os portos russos não seriam mais servidos "até segunda ordem". Exceções se aplicam a entregas de alimentos, medicamentos e outros bens humanitários. A Maersk já havia interrompido as viagens à Ucrânia por motivos de segurança.

 

FONTES: FOLHA DE S.PAULO/DW

O petróleo Brent recuou 0,86%

IMAGEM: REUTERS/Pilar Olivares

 

Os preços de referência globais do petróleo subiram acima de US$ 110 por barril, atingindo um recorde de vários anos, à medida que aumentava a preocupação de que o crescente isolamento econômico da Rússia desde a invasão da Ucrânia interromperia o fornecimento global de energia.

O último aumento ocorreu mesmo depois que membros da Agência Internacional de Energia (AIE) concordaram nesta terça-feira, 1º, em liberar suprimentos de suas reservas de petróleo e apesar dos esforços dos governos ocidentais para excluir petróleo e gás de suas sanções à Rússia.

No final da manhã desta quarta-feira, no horário de Hong Kong, os contratos futuros do petróleo Brent para maio estavam 5,5% mais altos, a US$ 110,72 o barril, mostraram dados do FactSet. O aumento levou os ganhos do Brent este ano para cerca de 42% e colocou a referência internacional do petróleo no caminho para se estabelecer em seu nível mais alto desde julho de 2014.

O equivalente nos EUA, West Texas Intermediate, também saltou. Os contratos WTI mais negociados subiram cerca de 5,1%, para US$ 108,65.

As ações de empresas de petróleo e gás subiram no pregão asiático, com a australiana Woodside Petroleum Ltd. avançando mais de 5% e a japonesa Inpex Corp., quase 8%.

O aumento dos preços das commodities pode forçar o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que já enfrenta a inflação na máxima de 40 anos, a acelerar os aumentos das taxas de juros neste verão, aumentando potencialmente o risco de recessão no próximo ano. 

Uma regra prática afirma que uma alta de US$ 10 no preço do barril de petróleo aumenta a inflação geral dos EUA em 0,4 a 0,5 ponto porcentual. A Rússia é um dos principais fornecedores de petróleo e gás natural e um ator importante em algumas outras commodities, incluindo vários metais.

Em outros mercados globais, os futuros de ações dos EUA subiram modestamente, sugerindo que as ações podem recuperar nesta quarta-feira algumas das perdas do dia anterior. Os índices de ações asiáticos foram em sua maioria negativos. Fonte: Dow Jones Newswires.

 

FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO

IMAGEM: Miguel A. Lopes/Lusa

 

O desemprego na zona do euro caiu para mínimas recordes em janeiro, já que a economia continuou se recuperando do tombo da pandemia, mas os preços ao produtor industrial mostraram um salto histórico na comparação com o mesmo período do ano anterior, com os preços de energia quase dobrando, mostraram dados nesta quinta-feira.

O escritório de estatísticas da União Europeia, Eurostat, disse que o desemprego nos 19 países que compartilham o euro caiu para 6,8% da força de trabalho em janeiro, de 7,0% em dezembro, indo à menor taxa já registrada na zona.

Economistas consultados pela Reuters esperavam leitura de 6,9%. O Eurostat disse que 11,225 milhões de pessoas estavam desempregadas em janeiro, abaixo dos 11,439 milhões do mês anterior.

Mas os preços nos portões das fábricas, que sinalizam tendências de inflação para os consumidores, aumentaram 5,2% no mês –mais que o dobro das expectativas do mercado– para uma taxa anual recorde de 30,6%, acelerando ante salto de 26,3% registrado em dezembro.

Economistas consultados pela Reuters esperavam ganho anual de 27,0%.

O enorme aumento foi resultado principalmente de um salto mensal de 11,6% e anual de 85,6% nos preços do petróleo e gás, impulsionados apenas pela ameaça de uma invasão russa da Ucrânia, antes que o ataque realmente acontecesse.

 

FONTE: REUTERS

Embarcação afunda transportando milhares de carros de luxo

IMAGEM: Reprodução/Marinha Portuguesa

Incêndio atingiu a embarcação no último dia 16; operação de reboque chegou a ser iniciada, mas não obteve sucesso

O navio Felicity Ace afundou ontem, terça-feira (1), a cerca de 170 quilômetros ao sul da ilha do Faial, nos Açores. A embarcação estava sendo rebocada na sequência do incêndio que se deflagrou em 16 de fevereiro, em alto mar, e que obrigou à retirada dos 22 tripulantes.

A bordo estavam cerca de quatro mil automóveis das marcas Volkswagen, Porsche, Audi e Lamborghini, que acabaram, assim, no fundo do mar.

O navio tinha começado a ser rebocado em 25 de fevereiro, mas, segundo a Marinha portuguesa, “perdeu estabilidade” e acabou por afundar a 46 quilômetros do limite da Zona Econômica e Exclusiva de Portugal, em uma área com cerca de três mil metros de profundidade.

“No local registam-se alguns destroços e uma pequena mancha de resíduos oleosos, que está se dispersando pelos jatos de água dos rebocadores e que se encontra sendo monitorizada pela Direção de Combate à Poluição da Autoridade Marítima Nacional e pela Agência Europeia da Segurança Marítima”, refere a autoridade, que continua acompanhando a situação.

O Felicity Ace, com bandeira do Panamá, tinha partido de Emden, na Alemanha, com destino ao porto de Davisville, no estado norte-americano de Rhode Island.

 

FONTE: CNN

 

IMAGEM: Gcaptain

 

Um míssil ou bomba atingiu um navio cargueiro de propriedade de Bangladesh no porto ucraniano de Olvia, no Mar Negro, matando um de seus tripulantes, e esforços estão em andamento para resgatar os outros do navio, disse seu proprietário.

"O navio foi atacado e um engenheiro foi morto", disse Pijush Dutta, diretor executivo da Bangladesh Shipping Corp, à Reuters. "Não ficou claro se foi uma bomba ou míssil ou qual lado lançou o ataque. Os outros 28 tripulantes estão ilesos", disse ele, sem fornecer mais detalhes.

O Banglar Samriddhi, com bandeira de Bangladesh, estava preso no porto de Olvia desde que a invasão russa da Ucrânia começou em 24 de fevereiro e foi atingido por um míssil na noite de quarta-feira, disse um funcionário do Ministério das Relações Exteriores de Bangladesh na quinta-feira.

Na capital de Bangladesh, Dhaka, a Embaixada da Rússia disse em um comunicado em inglês em sua página no Facebook que as circunstâncias do incidente estavam “sendo estabelecidas”. Vídeos nas redes sociais mostraram membros da tripulação pedindo ajuda depois que o navio foi atingido.

FONTE: REUTERS

 

Empresa dinamarquesa disse que a estabilidade e a segurança das suas atividades já estão sendo afetadas de forma direta e indireta pelas sanções internacionais.

Maersk se junta a outras grandes empresas em boicote à Rússia

IMAGEM: PIXABAY

 

A gigante de transporte marítimo Maersk anunciou que interromperá temporariamente todo o transporte de contêineres em direção ou partida da Rússia, se juntando a uma série de outras empresas após as sanções ocidentais impostas a Moscou devido à guerra na Ucrânia.

A empresa destacou que a estabilidade e a segurança das suas atividades já estão sendo ser afetadas de forma direta e indireta pelas sanções internacionais, pelo que decidiu tomar esta decisão.

A suspensão, que abrange todos os portos russos, não inclui alimentos, suprimentos médicos e humanitários, disse a Maersk.

A medida segue decisões semelhantes da Ocean Network Express (ONE), com sede em Singapura, da Hapag Lloyd da Alemanha e do grupo de transporte marítimo MSC, com sede na Suíça.

Diversas empresas internacionais também anunciaram a decisão de deixar o país e de interromper investimentos após a invasão da Ucrânia por Moscou, incluindo as gigantes do petróleo Shell e BP, que atuam no país há décadas.

A Maersk detém 31% da operadora portuária russa Global Ports, que opera seis terminais na Rússia e dois na Finlândia.

A empresa dinamarquesa tem cerca de 500 funcionários na Rússia.

FONTE: G1