IMAGEM: Rodrigo Steffen (COSEG/SPI)

 

É a segunda operação da montadora alemã no município neste ano

Na madrugada de terça-feira, 19.abr.2022, navio com veículos da montadora alemã BMW atracou novamente no Porto de Itajaí, no berço 3 (cais público). Ao todo, 379 veículos da desembarcaram na cidade na atracação do California Highway. As operações de transporte de veículos (Roll On Roll Off) no Porto foram retomadas em março deste ano, após a paralisação em 2020 por conta da pandemia de Covid-19.

O navio com bandeira do Panamá pertence à companhia de transporte oceânico Armador K-LINE. A embarcação chegou do Porto de Santos (SP) e vai até Lima, no Peru. Essa é a segunda atracação da montadora BMW em Itajaí. Desta vez, a carga totalizou 745.308 toneladas.

A operação em Itajaí

A movimentação Roll On Roll Off é um sistema em que os veículos são levados para fora do navio até uma área primária do Porto. Esse tipo de operação pode ser encerrado em menos de cinco horas, dependendo do volume e também do número de veículos a bordo.

FONTE: CLICK CAMBORIÚ

Estudo sobre a Hidrovia Brasil-Uruguai contemplou, no lado brasileiro, as bacias da lagoa Mirim e da lagoa dos Patos, o lago Guaíba, a lagoa do Casamento, os rios Jacuí, Taquari, Caí, Sinos, Gravataí, Camaquã e Jaguarão
IMAGEM: O NACIONAL
 
Entregue a autoridades dos governos brasileiro e uruguaio, o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental da Hidrovia da Lagoa Mirim, que ligará comercialmente o sul do Estado ao nordeste do país vizinho por via fluvial, prevê uma concessão de 30 anos (25 anos com possibilidade de renovação por mais cinco) à iniciativa privada e a possibilidade de transportar uma carga anual de cerca de 5 milhões de toneladas entre as duas fronteiras.
 
O projeto, primeiro voltado ao transporte hidroviário qualificado no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) federal, é visto como fundamental para impulsionar o desenvolvimento econômico regional, reduzir custos logísticos e fortalecer as relações binacionais.
 
O projeto, com valor estimado de R$ 30 milhões, vai viabilizar o acesso de embarcações uruguaias ao porto de Rio Grande por meio da conexão hidroviária entre a Lagoa Mirim e a Lagoa dos Patos.
 
A dragagem e sinalização serão pelo canal de São Gonçalo, que conecta ambas as Lagoas, no trecho entre o Canal do Sangradouro (Extremo Norte) e o Canal de Acesso ao Porto de Santa Vitória do Palmar (Extremo Sul).

 

IMAGEM: TRANSPORTES&NEGÓCIOS

 

A MSC é cada vez mais primeira no ranking no ranking dos maiores operadores de shipping de contêineres elaborado pela Alphaliner.

Se no início do ano, a MSC destronou a Maersk, líder mundial durante um quarto de século, por menos de dois mil TEU, agora, de acordo com os últimos dados da Alphaliner, a vantagem já é de cerca de 100 mil TEU, ou 0,4% em termos de quota de mercado (em capacidade).

Desde o início do ano, a MSC cresceu de 4 284 728 TEU para 4 351 960, ao passo que a Maersk baixou de 4 282 840 TEU para 4 248 120 TEU. Com isto, a MSC detém uma quota de mercado de 17,1%, enquanto a Maersk se fica pelos 16,7%.

A MSC garante que ter a maior frota não é um objectivo em si, mas tudo indica que continuará a distanciar-se da da parceira na aliança 2M, uma vez que tem encomendados 88 navios com uma capacidade agregada de 1,24 milhões de TEU, enquanto a Maersk apenas aguarda a entrega de 29 navios, com 319 mil TEU de capacidade. Mesmo assumindo que muitos dos navios novos serão para substituir arqueação antiga, a diferença é por demais evidente.

A Maersk sempre desvalorizou a perda da liderança mundial e insiste em que o seu objetivo passa por manter a frota entre os 4 e os 4,4 milhões de TEU de capacidade, apostando sobretudo na integração vertical da oferta de serviços e no aumento da rentabilidade das operações.

 

FONTE: TRANSPORTES&NEGÓCIOS

 

(Imagem: Unsplash)

IMAGEM: UNSPLASH

 

Justiça condena empresas de cruzeiros marítimos por danos existenciais

Segundo o colegiado, nos casos de cumprimento de jornada excessiva, o trabalhador passa a ser tratado como coisa e não como ser humano.

A 1ª câmara do TRT da 15ª região condenou três empresas do ramo de cruzeiros marítimos, pertencentes ao mesmo grupo econômico, a pagarem a uma tripulante indenização de R$ 5 mil a título de danos existenciais por jornada excessiva.

O colegiado verificou que a empregada, que trabalhava embarcada e exercia a função de garçonete, cumpria jornada de trabalho das 8:00 ou 9:00 até 00:00, com dois intervalos de até 2 horas, sem folga semanal.

As empresas se defenderam afirmando, entre outros, que ao caso se aplicam as regras do acordo coletivo de trabalho, e que a CLT "apenas regulou a atividade do tripulante da marinha mercante (arts. 248 a 252 da CLT), mas não as específicas dos trabalhadores dos cruzeiros que são regidas por normas internacionais". 

Jornada excessiva

O desembargador José Carlos Abile, relator, ressaltou que em situações como essas, "o pagamento das horas extras representa apenas a justa contraprestação pelo serviço complementar que o trabalhador prestou e não repara o grande desgaste físico e psíquico imposto ao trabalhador, assim como a sua privação do lazer e do convívio social".

O acórdão salientou que "nos casos de cumprimento de jornada excessiva, o trabalhador passa a ser tratado como coisa e não como ser humano", e concluiu que mesmo exercendo atividade peculiar (tripulante de navio de cruzeiro), não se pode impor à trabalhadora jornada estafante, suprimindo seu direito ao lazer e ao repouso, e que portanto

"Não tem nenhuma validade a cláusula contratual que suprime tal direito sagrado do trabalhador, afinal, independente do lugar onde os serviços são prestados (em alto mar, em terra firme, nas minas, no ar, etc..), é imprescindível o respeito à dignidade humana e ao direito ao descanso."

Por fim, o colegiado condenou as empresas, pertencentes ao mesmo grupo econômico, a pagarem a pagar indenização de R$ 5 mil a título de danos existenciais por jornada excessiva a trabalhadora.

https://www.migalhas.com.br/quentes/364058/justica-condena-empresas-de-cruzeiros-maritimos-por-danos-existenciais

FONTE: MIGALHAS

Iraque defende retorno gradual da oferta de petróleo pela Opep também para 2022

IMAGEM: Shutterstock

 

“Cartel” da Opep precifica petróleo, diz conselheiro do Cade Segundo ele, Petrobras adota “conduta anticoncorrencial” ao aderir ao conluio.

Para Gustavo Augusto Freitas de Lima, novo conselheiro do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), a Petrobras adota uma “conduta anticoncorrencial” ao aderir “a cartel da Opep [Organização dos Países Exportadores de Petróleo]”. Ele refere-se a definição do preço dos combustíveis pela estatal.

Lima foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que já criticou a Petrobras pelo preço da gasolina em diversas ocasiões. Antes de assumir como conselheiro do Cade, ele atuava como assessor especial do gabinete de Bolsonaro.

“Não é papel do Cade regular preço, mas podemos observar se há alguma conduta anticoncorrencial. E um dos sintomas é o sobrepreço”, disse o conselheiro em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, publicada nesta 4ª feira (20.abr.2022).

“Falam que a Petrobras trabalha com valor de mercado, mas isso é definido por um cartel clássico. Um cartel de países fixa artificialmente o preço lá fora, e uma grande companhia aqui diz que vai reproduzir. Como vamos lidar com isso? Quando você adere a uma conduta do cartel, você está cometendo uma conduta anticoncorrencial.”

Lima declarou ser preciso questionar se o setor produz em sua capacidade máxima. “Se tiver conluio para a Petrobras não produzir o que poderia, para maximizar o lucro e inflar o preço, pode caracterizar uma conduta [anticoncorrencial]”, falou.

O conselheiro ainda falou que “o Cade foi leniente com a Opep”, acrescentando: “Mas qual órgão regulador enfrentou a questão? Talvez o Brasil seja pioneiro.”

Em 14 de abril, José Mauro Coelho tomou posse na presidência da Petrobras. Durante a posse, defendeu a atual política de preços da estatal, equiparada ao preço do barril do petróleo no exterior. Ele disse que o aumento da produção de petróleo e gás natural só foi possível graças a essa nova política.

Lima disse que sua missão não é resolver a alta dos combustíveis e que, apesar de ter sido indicado por Bolsonaro, tem autonomia para atuar como entender ser correto.

“Agora, seria de uma cegueira deliberada não ver o óbvio: esse é o grande tema. É extremamente difícil chegar ao posto de gasolina, ver o preço a R$ 8 e achar que é normal”, declarou.

O preço da gasolina voltou a subir de 10 a 16 de abril, conforme dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Apresentava queda nas últimas 3 semanas. Na época, o preço médio do litro do combustível chegou a custar R$ 8,327.

FONTE: JORNAL O ESTADO DE S.PAULO

 



 

IMAGEM: TST

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), ministro Emmanoel Pereira, recebeu, na terça-feira (12), dirigentes das oito maiores centrais sindicais do Brasil. Durante o encontro, foi entregue ao presidente a Agenda Legislativa e Jurídica de 2022, com os temas a serem discutidos no  Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF). 

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, enfatizou a importância do encontro como um espaço para dar visibilidade aos interesses de todas as categorias profissionais e mostrar a união das centrais sindicais. “Iremos também apresentar uma pauta, resultante da terceira conferência da classe trabalhadora, com propostas para que o país possa voltar ao desenvolvimento, ao crescimento e à  geração de empregos”, resumiu.

Atuação relevante 

O assessor jurídico da Central Única dos Trabalhadores (CUT), José Eymard Loguercio, elogiou a atuação do ministro Emmanoel nas conciliações e nas mediações, no período em que foi vice-presidente do TST. “O ministro desempenhou um relevante trabalho, em especial, após a Reforma Trabalhista, conduzindo soluções para setores como o aeroviário e outros”, ressaltou. “Além disso, assegurou cláusulas importantes, valorizando a negociação coletiva e o sistema de custeio das atividades sindicais pela contribuição negocial definida em assembleias”.

O presidente agradeceu a visita dos representantes e enfatizou o apoio e o compromisso com os temas da agenda apresentada. Na ocasião, ele entregou o livro comemorativo dos 80 anos da Justiça do Trabalho.

Entidades 

O encontro contou com representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Força Sindical, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), da Intersindical Central da Classe Trabalhadora, da Pública Central do Servidor; da Intersindical Instrumento de Luta; e da Nova Central  Sindical de Trabalhadores (NCST).

FONTE: (Secom/TST)

IMAGEM: DINHEIRAMA

País continua andando devagar mesmo para os padrões menos que medíocres da vizinhança

As maiores economias do mundo vão crescer menos em 2022 do que o FMI previa antes da guerra. O Brasil é uma das pouquíssimas que se salvaram da revisão para baixo das estimativas do Fundo Monetário Internacional. Em vez de crescer 0,3% neste ano, cresceria 0,8%.

Quanto América Latina e Caribe vão crescer, na estimava do Fundo? O triplo do crescimento brasileiro: 2,5%. No caso de 2023, chute ainda mais arriscado, o Brasil cresceria 1,4% e América Latina & Caribe de novo 2,5% (o que inclui o crescimento brasileiro, claro, empurrando a média regional para baixo).

Previsões de crescimento costumam estar bem erradas. As do FMI (e as do Banco Mundial e as da OCDE) foram horrivelmente erradas assim que começou a epidemia, em particular para o Brasil. Mas, além dos números, a historinha contada pelo Fundo tem algum interesse, embora não seja também lá novidade.

O argumento de base para revisão "para cima" no caso brasileiro é que o país poderia se beneficiar da alta do preço de commodities (petróleo, grãos, minérios), essas mesmas carestias que empurram a inflação para cima e desgraçam o poder de compra dos salários. 

Além do mais, o Brasil não está no grupo dos países emergentes que padeceram de fuga de capitais por causa da crise da guerra. Na verdade, o vaivém de dinheiro melhorou no Brasil desde o início deste ano (depois de anos muito ruins, diga-se de passagem).

E daí? 

Daí que, mesmo beneficiado pela sorte equívoca e duvidosa de faturar inadvertidamente uns trocados com a guerra, o Brasil continua andando devagar mesmo para os padrões menos que medíocres da vizinhança. Tem sido assim desde o começo da década de 2010. Nas contas dos economistas do Fundo, ainda seria o caso de 2019 a 2023.

Tomando como base o ano de 2019, o último antes da epidemia, e levando as estimativas até 2023, o Brasil cresceria 2,4% no quadriênio. América Latina & Caribe, 4,4% (mesmo incluindo o peso morto brasileiro. Sem o Brasil, vai crescer bem mais).

Nas economias avançadas, o crescimento seria de 6,3% nesse quadriênio (trata-se de Estados Unidos, Canadá, Japão, União Europeia do euro, Reino Unido e uns ricos menores). Na média ponderada do mundo, o crescimento acumulado a partir de 2019 até 2023 seria de 10,3%.

Sim, nesse pacote mundial tem o peso da China, da Índia e países do leste da Ásia. Mas por que estamos arrumando desculpas, por assim dizer? Sim, desculpas: dizer que a China é um caso excepcional. Ou dizer que a Índia é um caso diferente e compreensível de país de muito pobre que tem sucesso em sair da renda baixa (como o Brasil já o fez), como é também o caso de certos países da África.

Mas o que está acontecendo mesmo com os países do Oriente Médio e na Ásia Central? Vão crescer 11,3% no quadriênio 2020-2023. Ah, sim, lá estão os países petrolíferos, como a Arábia Saudita, mas não apenas. Mas, sim, somos uma aberração, não importa muito para onde se olhe. O crescimento da economia da África Subsaariana nesse período seria de 10,9%, segundo os chutes mais ou menos informados do FMI.

Não é novidade, o Brasil tem sido uma aberração desde 2014. Mesmo o crescimento da economia depois de 2010 e antes da Grande Recessão caía pelas tabelas, na comparação com a vizinhança sul-americana.

Mais incrível é que o assunto praticamente desapareceu da conversa, como se o nosso destino manifesto fosse afundar no esquecimento e como se agora estivéssemos limitados apenas a manter "as instituições funcionando" a fim de que muitos de nós não tenhamos de ir para o exílio.

 

FONTE: FOLHA DE S.PAULO/VINICIUS TORRES FREIRE

www.brasil247.com - Crise econômica

IMAGEM: SPUTNIK

 

Questão financeira ocupa o primeiro lugar na lista de temores de 2022 para 37% dos entrevistados com renda de até dois salários mínimos

pandemia deu lugar à questão financeira quando se trata de preocupação entre os brasileiros. É o que mostra a pesquisa do Instituto Travessia, que colheu, por telefone, a opinião de mil entrevistados nos dias 5 e 6 de abril.

A crise econômica ocupa o primeiro lugar no ranking de temas que afligem todas as classes sociais. O tópico é citado por 37% dos brasileiros com renda de até dois salários mínimos, e por 33% dos entrevistados com renda superior.

A redução no número de casos e mortes por Covid-19 observada na comparação entre o início do ano de 2021 e o mesmo período de 2022 vem gerando um sentimento de “pós-pandemia”, para o cientista político e sócio-proprietário do Instituto Travessia, Renato Dorgan Filho.

“A nossa guerra é a Covid-19. Ela devastou a economia, especialmente entre os mais pobres, levando a uma situação de endividamento e até fome. Em contrapartida, os mais ricos são os que menos se vacinaram. São eles também que têm acesso ao sistema particular de saúde e aos melhores tratamentos, o que, claramente, reduz o medo da contaminação”, pontuou Renato.

Vacinação

A pesquisa destacou uma resistência à continuidade do programa vacinal da Covid-19. O percentual de entrevistados que são contra a aplicação da quarta dose é de 37%. São pessoas que afirmam que não vão tomar a dose de reforço, enquanto 20% dizem não ter opinião formada e 43% garantem que irão participar de todas as etapas de imunização.

Na opinião de 42% dos entrevistados com renda inferior a dois salários mínimos, a pandemia acabou no Brasil. O percentual cresce entre os financeiramente privilegiados: 66% dos participantes com renda acima de cinco salários mínimos consideram que o coronavírus ficou para trás.

Celso Ramos, infectologista membro da Academia Nacional de Medicina, diz que a situação epidemiológica no momento realmente é muito favorável. No entanto, ele lembra que este resultado foi possibilitado graças à vacinação, e ressalta que é essencial manter a prevenção para chegar ao número zero de internações e mortes por Covid-19.

“Quem não tomou as doses disponíveis e está atrasado com o calendário deve se atualizar. A quarta dose é fundamental, e ainda temos uma quantidade significativa de crianças e adolescentes não vacinados, além de pessoas que não tomaram a terceira dose”, disse.

“Não podemos deixar de lado esta preocupação, mesmo já tendo outras, como a financeira. É fato que a dor no bolso pesa, mas, tudo que não queremos é reviver uma pandemia”, alertou o infectologista.Inflação

O segundo lugar na lista de preocupações para 2022 é a inflação. As projeções são motivo de aflição para 29% dos brasileiros que ganham até dois salários mínimos; para 28% dos que recebem entre dois e cinco salários mínimos, e para 23% dos entrevistados com renda superior à base salarial.

Segundo o relatório do BCB, a previsão da inflação gira em torno de 6%, acima da meta de 3,5% e do teto de 5%. Entretanto, a perspectiva do mercado é que a inflação seja ainda maior, já que no período de março de 2021/2022, o acumulado dos 12 meses é de 11,30%. Neste ano, nos três primeiros meses, a inflação é de 3,20%.

O professor e economista Ricardo Macedo explica que o ceticismo e pessimismo são justificados por um conjunto de fatores. Dentre eles estão a guerra na Ucrânia, o preço do barril de petróleo, o novo lockdown na China, a inflação norte-americana e as incertezas geradas por um ano eleitoral. Todos refletem no aumento da inflação e das taxas de juros.

“Com o dólar pressionado, os investidores tendem a sair do Brasil, buscando títulos do tesouro americano, ou seja, o dinheiro deixa de ser aplicado aqui. Isso também causa aumento da inflação”, afirmou.

“Em consequência, há uma redução no consumo e desaceleração no ritmo de crescimento do país. É um círculo vicioso afetado por eventos externos, e a gente sofre as consequências”, acrescentou o economista.

Outro recorte feito pela pesquisa mostra que a parcela da população com maior renda também foi a que mais conseguiu manter o emprego no sistema de “home office”.

70% dos entrevistados com rendimentos acima de cinco salários mínimos aderiram ao esquema de trabalho, contra apenas 43% dos brasileiros que ganham até dois salários mínimos. Para o economista, o dado tem relação direta com a possibilidade de o colaborador ter estrutura para trabalhar em casa.

“Algumas pessoas têm esse suporte, outras, não. Quem percebeu nitidamente os benefícios foram os empresários, que economizaram com aluguel e energia elétrica, por exemplo. Muitos, inclusive, aderiram ou pensam em aderir definitivamente ao ‘home office'”, explicou Ricardo.

E apesar das perspectivas ainda travadas e da crise ser apontada como o principal temor entre os entrevistados, os gastos com viagens já estão nos planos dos mais abastados.

No grupo dos que ganham acima de cinco salários mínimos, 8% planejam voltar a gastar com turismo, enquanto o setor não pontuou entre os que possuem renda inferior a dois salários.

FONTE: CNN


IMAGEM: PCdoB

Programa dos partidos também defende revogação do teto de gastos e enquadramento de big techs; Também nesta segunda, PSOL aprovou federação com Rede Sustentabilidade

federação partidária que reunirá PT, PC do B e PV incluiu a defesa da revogação da reforma trabalhista e do teto de gastos em sua carta-programa.

A Federação Brasil da Esperança foi registrada nesta segunda-feira (18) em cartório eleitoral junto com o programa e o estatuto para depois ser encaminhada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O documento final foi redigido em reunião que começou no sábado (16) e terminou no domingo (17) com representantes dos partidos. 

Eles usaram como base documento discutido e aprovado na reunião do diretório nacional petista, na quarta (13), embora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconheça entraves para a iniciativa.

Como a Folha mostrou, um documento preliminar indicava o termo "revisão" da reforma trabalhista, que foi alterado após as discussões no encontro da direção do PT. A opção pela palavra "revogação" teve apoio de todas as correntes do partido, inclusive a de Lula.

A opção por usar o termo "revogação" pode ser entendida como um passo além das declarações do próprio ex-presidente, que não tem falado explicitamente nessas condições.

Em entrevistas, ele tem afirmado que pretende retomar direitos que foram extintos. O petista também tem dito que é a favor da valorização do papel dos sindicatos e de uma legislação que inclua trabalhadores de aplicativos.

Em evento com sindicalistas na quinta (14), Lula afirmou, ao citar as condições dos trabalhadores por aplicativo e a "contrarreforma" trabalhista espanhola, que é preciso adaptar uma nova legislação à realidade atual. "Não queremos voltar para trás", disse.

No sábado, os dirigentes de PV e PC do B referendaram o novo termo e decidiram encampar a defesa da revogação do teto de gastos.

Aliados de Lula, porém, dizem que na prática só devem ser revogados trechos pontuais da reforma. Até porque é preciso que o Congresso aprove as alterações.

No texto aprovado pela federação, os partidos afirmam que, além da revogação, eles defendem a implementação de uma nova reforma "feita a partir da negociação tripartite, que proteja os trabalhadores, recomponha direitos, fortaleça a negociação coletiva e a representação sindical e dê especial atenção aos trabalhadores informais e de aplicativos".

Já a revogação do teto foi defendida pelo entendimento de que não é possível alterar o sistema macroeconômico sem alterar o limite de gastos públicos. A eliminação do mecanismo também já foi defendida por Lula em diversas declarações.

Em entrevista em março, por exemplo, o petista afirmou que, em um eventual governo, irá "gastar o que for preciso gastar".

"Vamos fazer o que for necessário para melhorar a vida do povo. Vamos gastar o que for preciso gastar. Muitas vezes o gasto é investimento", afirmou na ocasião. Lula disse ainda que não acredita em teto de gastos, principal âncora fiscal do governo, e que ele é "incompetência de quem governa o país".

Em publicação nas redes sociais nesta segunda (18), o ex-presidente afirmou que "um governo que faz teto de gastos para evitar políticas para melhorar a vida do povo é um retrocesso".

O texto da federação versa ainda sobre a criação de marcos legais e institucionais que "enfrentem os grandes monopólios das plataformas digitais, privadas e internacionais" que, segundo os partidos, têm sido utilizadas "pelos setores mais retrógrados para promover o negacionismo, a desinformação e o ódio, interferindo em processos políticos democráticos no Brasil e no mundo".

Aliados de Lula temem a mobilização da base bolsonarista via redes sociais e o disparo de fake news, daí a defesa de maiores controles de big techs.

Além disso, propõe ampliar o acesso à internet. "É preciso assegurar uma internet de qualidade em todo o território nacional e a toda a população e que lhe seja assegurado o efetivo direito à informação", continua a carta.

Na primeira versão do documento havia a defesa de recriação do Ministério do Trabalho. O trecho foi retirado, porém, após avaliação de que a carta-programa não era o espaço ideal para defender esse tipo de mudança, que está ligado a um programa de governo.

Há ainda a avaliação de que "é fundamental construir um amplo e robusto programa de transferência de renda para reduzir desigualdades no Brasil".

A leitura de representantes da federação é que é preciso alterar o Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família, marca de governos petistas.

Não só a previsão de pagamento de R$ 400 mensais aos beneficiários é temporária, como também existe a leitura de que o programa é frágil e que é preciso construir um plano que seja mais efetivo.

A federação ainda defende uma reforma "política e eleitoral", com a "recriação de instrumentos como conferências e conselhos".

"É preciso realizar reformas do aparelho de Estado e dos órgãos de controle, que assegurem a transparência da máquina administrativa, o combate à corrupção sem desvios políticos e ideológicos e com a abertura dos processos decisórios aos interesses populares", diz o texto.

Na noite desta segunda (18), o diretório nacional do PSOL aprovou a federação com a Rede Sustentabilidade por 38 votos a 22. "É mais um passo importante do ponto de vista da decisão do PSOL em relação à federação", afirmou o presidente do PSOL, Juliano Medeiros.

"A decisão é consolidada, mas ainda precisamos encaminhar o registro da federação, definir o nome da federação, eleger o presidente, a presidenta. Ainda temos um caminho a ser percorrido ao longo do mês de maio para que essa federação possa se consolidar", complementou.

Wesley Diógenes, porta-voz nacional da Rede, elogiou a aprovação da união dos partidos. "Para nós, a federação da Rede com o PSOL será um importante instrumento para derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo, além de apresentamos um programa que coloca a defesa socioambiental no centro do processo da disputa eleitoral."

 

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 
 
 

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IMAGEM: JORNAL EM DIA

 

Organizadores do ato que será realizado pelas centrais sindicais em 1º de Maio, Dia do Trabalho, querem reunir cerca de 100 mil pessoas na praça Charles Miller, que fica em frente ao estádio Pacaembu, em São Paulo.

Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, o evento já reuniu público dessa dimensão anteriormente e, inclusive, teria recebido mais de um milhão de pessoas quando havia sorteio de carros.

"Vamos trabalhar por 100 mil. A convocatória começará a partir de terça-feira (19) na praça Ramos [em São Paulo]", diz Juruna. 

No folheto de convocação não há menção à presença de políticos, mas sim o anúncio de shows de artistas como Daniela Mercury.

O flyer também elenca 10 pontos de pautas das centrais.

Participam da organização do evento CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical Central, CSP Conlutas, Intersindical IL e Publica. 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ir ao ato e também espera que o 1º de maio reúna milhares de pessoas. Embora não vá ser o ato que marcará o lançamento de sua pré-candidatura, o petista quer participar de evento com público lotado para alavancar a campanha.

Já Ciro Gomes (PDT-CE), que também será convidado, não participará. Segundo o presidente do PDT, Carlos Lupi, no mesmo dia será realizado um evento em homenagem ao centenário de Leonel Brizola, em Brasília.

 

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

financiamento à marinha mercante

IMAGEM: RBNACONSULT

Valores somam R$ 570 milhões e são destinados a docagens, reparos, conversões e construção de embarcações de apoio portuário e apoio marítimo, além de uma suplementação para ampliação de estaleiro. Montante repassado para a indústria naval no ano passado soma R$ 214 milhões.

Dados do Ministério da Infraestrutura indicam que foram firmadas 10 contratações de financiamentos com recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM) em 2021. Os termos foram estabelecidos com três dos principais grupos que atuam na navegação brasileira e tiveram como agente financeiro o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), principal banco repassador de recursos do fundo setorial. Os empréstimos contratados totalizam aproximadamente R$ 570 milhões e são destinados a docagens, reparos, conversões e construção de embarcações de apoio portuário e apoio marítimo, além de uma suplementação para ampliação de estaleiro. Os prazos variam de dois a 15 anos, dependendo da finalidade pleiteada. O ministério, porém, contabiliza que os valores do FMM repassados para a indústria naval no ano passado somam R$ 214,1 milhões.

A Wilson Sons contratou financiamento da ordem de R$ 118 milhões referente à docagem e reparo de 29 rebocadores, com prazo de amortização de 24 meses. A empresa firmou outro contrato junto ao BNDES para cinco projetos para construção de rebocadores, no valor de R$ 227 milhões e prazo de amortização de 180 meses (15 anos). A empresa fechou ainda contrato para obtenção de crédito para o projeto de construção de um rebocador, no valor de R$ 46,7 milhões e prazo de amortização de 15 anos.

A Bram Offshore, do grupo norte-americano Edison Chouest, contratou junto ao BNDES financiamento para a conversão de cinco PSVs (transporte de suprimentos), no valor total de R$ 31,7 milhões e amortização em 42 meses. A empresa firmou outros dois contratos de financiamento com o banco para docagem e reparo: um para três PSVs, no valor de R$ 7,7 milhões, e outro para um WSV (well stimulation vessel), no valor de R$ 2,5 milhões. O prazo de amortização dos contratos para essas quatro embarcações é de dois anos.

A Alfanave, outra subsidiária da Edison Chouest, assinou um contrato para a conversão de dois PSVs, no valor de R$ 8,4 milhões e prazo de três anos e meio, e outro para docagem/reparo de dois PSVs, pelo prazo de dois anos e com crédito no valor de R$ 7,9 milhões.

O levantamento mostra ainda que, no ano passado, o Navship (SC) foi o único estaleiro a firmar contrato de financiamento via FMM. O termo entre o BNDES e a empresa do grupo Edison Chouest corresponde ao crédito de R$ 5,3 milhões, em caráter de suplementação, destinado à obras de ampliação do estaleiro. O contrato prevê prazo de amortização de 42 meses.

Já Starnav fechou contrato com o agente financeiro para o repasse de R$ 114,5 milhões do FMM para a construção de quatro rebocadores portuários, com prazo de amortização de 180 meses.

FONTE: Portos e Navios – Danilo Oliveira

Lula e centrais sindicais

IMAGEM: REDE BRASIL ATUAL

 

“A luta sindical deu ao Brasil o maior líder popular desse país, Lula”, afirmou Alckmin, que também discursou em evento com as centrais

Em encontro com representantes de dez centrais sindicais, o virtual pré-candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta quinta-feira (14), a Pauta da Classe Trabalhadora. O virtual vice na chapa de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), participou do evento. O documento unitário contém propostas do movimento sindical para a “reconstrução do Brasil”. Aprovada na Conferência da Classe Trabalhadora 2022 (Conclat-2022), no último dia 7, a plataforma já foi apresentada aos poderes Legislativo e Judiciário nesta semana.

O encontro ocorre um dia depois de a direção nacional do PT aprovar proposta de revogação da “reforma” trabalhista no programa da federação partidária que formará com PV e PCdoB. A opção pela palavra “revogação” teve apoio de todas as correntes do partido. “O PT defende uma nova proposta de reforma trabalhista que seja mais moderna, inclusiva e que resgate os direitos históricos dos trabalhadores. E por isso a revogação. Hoje, temos outros agentes no mundo do trabalho que surgiram com as novas tecnologias”, diz Jilmar Tatto, secretário de comunicação do PT em reportagem da Folha de S.Paulo. A ideia vai ao encontro das expectativas dos sindicalistas.

Aos sindicalistas, Lula lembrou do papel importante exercido pelas centrais sindicais durante os governos do PT. Ele relatou as diversas discordâncias em debates e as cobranças feitas pelas trabalhadores, em Brasília. “Nós conversamos muitas vezes, mesmo discordando muito, estabelecemos um governo que, em 12 anos, geramos 22 milhões de empregos com carteira assinada. Pela primeira vez na história, os 10% mais pobres tiveram, proporcionalmente, mais renda que os 10% mais rico”, disse o ex-presidente.

União e reconstrução

O petista afirmou ainda que, “graças as centrais sindicais”, o Brasil provou que aumentar o salário mínimo não causa inflação. Mas aquece a atividade econômica e ajuda a criar empregos. Lula prometeu estudar o documento entregue pelas entidades e reunir a sociedade para construir um projeto de país.

“Nós vamos estudar esse documento e chamar empresários para conversar. As universidades vão participar. Dizem que os trabalhadores são contra o crescimento das empresas, mas não percebem que o trabalhador quer é o crescimento do empresário, para ter mais salário e emprego. Queremos chamar as centrais, mas também o presidente da CNI, da Fiesp e da Febraban, para saber o compromisso de cada um em reconstruir esse país, em combater a pobreza, em melhorar a vida do povo brasileiro. Todos irão falar, mas os trabalhadores estarão na mesma mesa, para o povo voltar a ser feliz”, acrescentou.

Além disso, o ex-presidente disse que o governo Temer e a gestão de Bolsonaro destruíram a soberania. “A nação precisa ser soberana, cuidar do seu próprio povo. A maior fotografia da soberania é a qualidade de vida do povo. Então, como se falar em soberania quando somos o terceiro maior produtor de alimentos do mundo, mas com mais de 100 milhões de brasileiros com insegurança alimentar.”

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) classificou como “dia histórico, reunindo as maiores centrais sindicais do país” a iniciativa das centrais. “Todas as vezes em que o Brasil estava em risco, o país se uniu. Hoje, temos um governo que odeia a democracia e admira a tortura. É nesse momento de fome, desemprego e 660 mil mortos que vamos nos reerguer e reconstruir o Brasil”, disse. Em seguida, Alckmin celebrou o nome do petista: “A luta sindical deu ao Brasil o maior líder popular desse país, Lula”.

Centrais com a palavra

No início do encontro das centrais sindicais com o ex-presidente Lula, representantes de sindicatos discursaram e lembraram dos direitos conquistados nos governos anteriores. O coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, defendeu o trabalho do governo petista no fortalecimento das estatais, principalmente da Petrobras.

“Lula pegou uma Petrobras com lucro liquido de R$ 5 bilhões, fez um processo de capitalização gigante e bateu recorde de lucros, aumento para R$ 20 bilhões. Haviam 34 mil trabalhadores e, em seu governo, chegamos a mais de 87 mil petroleiros e funcionários da indústria naval. E acreditamos que, com Lula presidente, vamos ter de volta essa Petrobras, abrasileirando os preços dos combustíveis e reconstruindo o Brasil”, defendeu.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC), Moisés Selerges, lamentou que, nos últimos anos, o cenário da indústria é de retrocesso. “Em 2011, tínhamos 107 mil trabalhadores na base. Em 2022, nossa base foi reduzida para 68 mil trabalhadores. Ou seja, 37% dos empregos deixaram de existir. Ainda durante o governo de Lula, os salários tiveram um aumento de 11%. O Brasil necessita crescer e gerar emprego, então você vai voltar ao governo carregado os braços da classe trabalhadora.”

O presidente da CUT, Sergio Nobre, também tomou a palavra e discursou em nome das centrais sindicais. Ele pediu que o próximo 1º de Maio seja uma data história para a democracia e para os trabalhadores. “Se nós queremos preparar nossa vitória em outubro, precisamos trabalhar muito a partir de agora. Na nossa agenda, iremos construir um grande 1º de maio em todas as capitais. Em São Paulo, iremos à Praça Charles Muller, com Lula e Alckmin. Vamos sair daqui para organizar os comitês de luta e dar consciência à população”, concluiu.

FONTE: REDE BRASIL ATUAL