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O mercado de trabalho deu sinais de melhora no segundo trimestre, mas puxado pelo aumento do subemprego. A taxa de subocupação cresceu 11,5% dos primeiros três meses do ano para o segundo trimestre, passando de 5,2 milhões para 5,8 milhões de trabalhadores, informou o IBGE.

Entram nessa categoria as vagas com jornada inferior a 40 horas semanais, atingindo pessoas que trabalham menos horas do que gostariam, por exemplo.

"Em um primeiro momento, a saída da crise se dá pela criação de vagas informais. Essas tem uma qualidade menor no emprego, e a subocupação é uma delas", afirmou o coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

A taxa de desemprego no Brasil registrou, no segundo trimestre, a primeira queda desde o final de 2014. O total da população desocupada -que são desempregados em busca de oportunidade- somou 13,5 milhões de pessoas, queda de 4,9%. No período, o total de empregados formais permaneceu praticamente estável (recuo de 0,2%), enquanto o número de trabalhadores sem carteira assinada cresceu 4,3% e atingiu 10,6 milhões de pessoas.

Ao todo, o contingente da força de trabalho subutilizada –que inclui desempregados, subocupados e a força de trabalho potencial– chegou a 26,3 milhões de pessoas no segundo trimestre. Os dados constam da pesquisa ampliada da Pnad Contínua, divulgada nesta quinta-feira (17).

No primeiro trimestre esse grupo era ainda maior e havia somado quase 26,5 milhões de pessoas. "São essas pessoas que poderiam estar no mercado de trabalho de forma adequada mas não estão", destacou Cimar Azeredo.

Assim, a taxa de subutilização caiu para 23,8% no segundo trimestre. Entre janeiro e março, o índice estava em 24,1%.

NA FILA

Cerca de 38,5% dos desempregados no segundo trimestre estavam procurando trabalho havia mais de um ano, segundo a Pnad Contínua. Isso quer dizer que dos 13,5 milhões de desempregados no país, 5,2 milhões de pessoas estavam na fila da desocupação por esse longo período. Quanto mais a crise econômica se prolonga, mais tempo o trabalhador fica na fila da desocupação, frisou Cimar Azeredo.

No primeiro trimestre deste ano, esse contingente somava cerca de 5,3 milhões de pessoas dos 13,4 milhões de desempregados no país, o equivalente a 39,6% da população desocupada naquele período.

No segundo trimestre do ano passado esse porcentual era de 38,6%, mais de 4,4 milhões de pessoas procuravam emprego há mais de um ano sem sucesso.

Em 2012, quando a Pnad Contínua começou a ser divulgada, esse percentual era de 20,8%. Dos 7,2 milhões de desempregados no segundo trimestre daquele ano, 2,5 milhões estavam procurando emprego sem encontrar há mais de dois anos.

A cada três meses o IBGE, além de divulgar a taxa de subutilização da força de trabalho, detalha informações sobre o mercado de trabalho com dados regionais, de escolaridade e raça.

IDADE E SEXO

Os dados do IBGE indicam que as mulheres tiveram uma recuperação um pouco mais acelerada que os homens no mercado de trabalho. Entre elas, a taxa de desocupação caiu de 15,8% para 14,9% entre os três primeiros meses do ano e o segundo trimestre. Uma diferença de 0,9 ponto porcentual. Entre eles essa diferença foi menor, de 0,6 ponto porcentual. A taxa de desocupação masculina foi de 12,1% para 11,5%.

A taxa de desemprego caiu também entre todas as faixas etárias, principalmente no grupo entre 18 e 24 anos, que representa 22% da população desocupada. Caiu de 28,8% para 27,3%, do primeiro para o segundo trimestre.

Houve queda ainda na faixa entre 25 e 39 anos, que passou de 12,8% para 12%; no grupo de 40 a 59 anos, que recuou de 7,9% para 7,6%; e também entre os trabalhadores com mais de 60 anos, que foi de 4,6% para 4,5%.

ESTADOS

Entre os Estados, o desemprego caiu em 11 das 27 unidades da federação no segundo trimestre, na comparação com os três primeiros meses de 2017. Pernambuco é o estado com a maior taxa, de 18,8%; são 767 mil de desempregados. Por outro lado, Santa Catarina tem o menor índice, de 7,5%, com 283 mil pessoas na fila da desocupação.

Em São Paulo, a taxa de desocupação caiu 0,7 ponto percentual no segundo trimestre e foi para 13,5%. O Estado ainda tem 3,3 milhões de desempregados, segundo o IBGE. "A situação do mercado de trabalho se mostra mais favorável e tem a característica de ter o efeito farol", indica Azeredo. "Ou seja, a situação melhora primeiro em São Paulo e depois acaba se refletindo em outras regiões."

Entre as regiões, o pior cenário é no Nordeste, embora a taxa de desocupação tenha desacelerado para 15,8%, de 16,3% no trimestre anterior. São 3,9 milhões de pessoas procurando trabalho sem encontrar nenhuma vaga naquela região.

Do primeiro para o segundo trimestre, o mercado de trabalho melhorou no Sudeste, de 14,2% para 13,6%; no Sul, de 9,3% para 8,4%; no Centro-Oeste, de 12% para 10,6%; e na região Norte, de 14,2% para 12,5%.

"Essa é uma melhora em relação ao primeiro trimestre, em relação ao ano passado do quadro continua crítico na maioria dos locais", afirmou Cimar Azeredo.

FONTE:FOLHA DE S.PAULO

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Entidades se manifestaram contra mudanças anunciadas pelo governo

Após o governo anunciar uma série de mudanças que afetam as regras do funcionalismo público, sindicatos de servidores começaram a se manifestar. Já há casos de entidades dispostas a levar a questão à Justiça, como a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), ou mesmo prometer greve e manifestações, como a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condserf). As principais críticas são ao adiamento do reajuste salarial e ao aumento da contribuição previdenciária que, na avaliação da entidade, representa uma redução indireta de salário.
Segundo Flavio Werneck, vice-presidente da Fenapef, a entidade acionou o departamento jurídico para estudar as possibilidades de contestar as medidas, assim que elas se concretizarem (ainda não se sabe se por meio de projeto de lei ou medida provisória). A estratégia deve ser protocolar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e uma ação em primeira instância, para tentar garantir uma medida liminar, de urgência, que impeça as mudanças.
A categoria tinha dois reajustes previstos nos próximos dois anos, ambos de 5%. A medida posterga em um ano o reajuste de 2018, mas Werneck também já teme pelo aumento previsto para 2019.
— O que mais deixa o policial federal abismado é a situação da diminuição indireta do salário. Quando se sobe uma alíquota de 11% para 14%. A alíquota de aposentadoria do militar é de 7,5% — destaca o sindicalista.
As mudanças também foram criticadas pela Proifes, federação que representa os professores de instituições federais do Ensino Superior e do Ensino Básico Tecnológico e Técnico. A entidade criticou principalmente o aumento da alíquota e a reestruturação de cargos. Segundo o presidente da federação, Eduardo Rolim, não há reajuste previsto para 2018.
— Não entendi por que fomos incluídos nesse anúncio. Acabamos de assinar um acordo no final de 2015, que entra em vigor exatamente hoje. O governo faz toda a negociação conosco. Não entendo querer rediscutir carreira agora, na medida em que acabou de ter uma reestruturação de carreira — disse Rolim, que avalia que é cedo para mover ações na Justiça, já que a proposta não foi protocolada ainda.
Werneck, do sindicato da PF, também criticou o plano de reestruturação, principalmente o que prevê a redução de salários iniciais. Ele afirmou que a categoria já tinha um plano em análise, que prevê o ingresso único na corporação, o que reduziria os salários. Hoje, é possível ingressar na PF em cargos de chefia, com rendimentos na faixa de R$ 20 mil. A medida defendida pelo sindicato prevê que todos entrem na base, com salários na ordem de R$ 10 mil, em média.
— Essa limitação de valores tira a atratividade da carreira de policial federal, sim. Pela proposta, um policial federal teria que ingressar com um salário de R$ 5 mil, metade do salário do que recebe na base. De qualquer forma, acredito que, se fosse feito um plano de carreira com meritocracia, com similitude às melhores carreiras policiais mundo afora, isso daria para ser contemporizado — afirma.
Em nota, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado, que reúne carreiras de gestão, como funcionários do Banco Central, e auditores da Receita Federal, também criticou a medida.
"Sem desconhecer a séria crise por que passa o Brasil, as entidades que compõem o Fonacate entendem que a precariedade das contas públicas do Governo brasileiro deve ser atribuída às suas reais justificativas. Ao mesmo tempo em que anuncia o “pacote de maldades" ao funcionalismo público, o Governo trabalha no Congresso Nacional para a aprovação de um perdão de dívidas de cerca de R$ 543 bilhões, por meio do novo Programa de Refinanciamento de Dívidas (REFIS), a criação de um fundo para financiamento de campanhas eleitorais de R$ 3,7 bilhões e a liberação de bilhões em emendas parlamentares", afirma o documento.
A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condserf) também se manifestou e já promete greves, manifestações e pressão no Congresso Nacional contra as medidas que atingem os funcionários públicos.
— Nós não concordamos com essa política, que concentra a renda a alarga a faixa de empobrecimento no país. Nós vamos lutar com todos os trabalhadores e categorias unidos. A nossa pressão é no Congresso Nacional, nas ruas, e vamos fazer greve dentro dos órgãos públicos contra as medidas. Essa nossa reação vai mesclar todas as atividades. O que couber ação na Justiça, também vamos fazer — disse o diretor da Condserf, Valter Cezar Dias.
Todas as medidas que atingem os servidores públicos precisam passar pelo Congresso Nacional antes de entrar em vigor. O objetivo do governo com o arrocho é enxugar despesas para conter o déficit nas contas públicas, que chegará a R$ 159 bilhões em 2017 e 2018.
— O governo não conseguiu as receitas que programou, inclusive sofrendo derrotas no Congresso, a economia não cresceu na forma como eles disseram. Agora vem para cima dos servidores, que é a parte mais fraca desse elo. São medidas de desmonte do Estado, que vão fechar a porta da administração pública e partir para cima do servidor. E faz tudo isso na parte mais fraca, que são os servidores do Executivo — afirmou Valter Cezar.

 

Fonte: O Globo

Os enormes navios porta-contêineres que transportam tênis, bananas e bonecas Barbie por todo o mundo continuam ficando maiores. O mesmo ocorre com as empresas proprietárias deles.

Uma enorme consolidação está em andamento nessa indústria global de US$ 500 bilhões e as sobreviventes agora desfrutam de grandes economias de escala e de uma demanda maior um ano depois de a capacidade excedente ter provocado a pior crise da história do setor — a falência da sul-coreana Hanjin Shipping.

A maior linha de contêineres da Ásia, a chinesa Cosco Shipping Holdings, afirmou no mês passado que pagaria mais de US$ 6 bilhões pela rival Orient Overseas International, dona do maior navio do mundo — um cargueiro mais longo que o Empire State Building. A dinamarquesa A.P. Moller-Maersk A/S está no meio do processo de compra de uma concorrente alemã e ostenta sua própria frota de meganavios, incluindo um capaz de transportar cerca de 180 milhões de iPads.

Essas empresas de navegação superdimensionadas exercem muito mais poder de precificação sobre fabricantes e empresas de varejo como Wal-Mart Stores e Target. As cinco maiores linhas de contêineres controlam cerca de 60 por cento do mercado global, segundo a firma provedora de dados Alphaliner. As taxas de frete estão subindo e um índice que monitora os fretes dos carregamentos das principais rotas com saída da Ásia apresenta alta de cerca de 22 por cento em relação ao ano anterior.

“O transporte marítimo de contêineres atualmente é uma brincadeira apenas para gente grande com bolsos cheios”, disse Corrine Png, CEO da Crucial Perspective, uma empresa de pesquisa de transporte com sede em Cingapura. A crescente concentração do mercado “dará às linhas de navegação um maior poder de precificação e de barganha”, prevê.

O colapso da Hanjin, em agosto do ano passado, afetou a indústria de forma muito similar à influência da falência do Lehman Brothers no setor financeiro durante a crise de 2008. Uma das maiores empresas de navegação do mundo na época, a Hanjin enfrentou uma crise de liquidez quando a oferta superou a demanda no setor, enfraquecendo o poder de precificação e os lucros das empresas transportadoras. A companhia atualmente está em processo de liquidação depois que um tribunal sul-coreano declarou sua falência em fevereiro.

“Desde a falência da Hanjin Shipping, a busca pela qualidade ficou mais perceptível no negócio do transporte marítimo de contêineres”, disse Um Kyung-a, analista da Shinyoung Securities em Seul. “É por isso que o mercado está ficando cada vez mais dominado pelas maiores empresas com grandes navios e aquelas que não tiverem supernavios podem acabar se tornando cada vez mais obsoletas.”

O uso crescente de navios gigantes é a chave da recuperação. As empresas donas de navios desse tipo são capazes de usar menos embarcações e de transportar mais cargas em uma única viagem para se beneficiarem de fretes mais altos, disse Um.

Segundo suas estimativas, existem atualmente cerca de 58 cargueiros gigantes em todo o mundo capazes de transportar mais de 18.000 contêineres, e o número deverá duplicar em dois anos. Cerca de metade dos novos navios serão adicionados pelas maiores empresas.

Fonte: Bloomberg/Portos&Navios

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Trabalhadores iniciaram um processo de mobilização na última sexta, quando pararam o setor de estamparia da fábrica
 
Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira, 16, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informou os trabalhadores na Ford sobre o andamento das negociações com a empresa, retomadas na terça-feira, 15 - cinco dias após o anúncio de demissão de 364 metalúrgicos que estavam em layoff (suspensão temporária de contratos de trabalho).
O sindicato reivindica o imediato cancelamento das dispensas e se dispõe a discutir a abertura de um novo PDV (Programa de Demissão Voluntária) como alternativa para o gerenciamento do excedente de trabalhadores alegado pela montadora.
"A fábrica alega que desde 2015 vem enfrentando um cenário difícil e tem sido sustentada pela matriz. E diz que de lá veio a ordem de demissão", afirmou durante assembleia o coordenador do Comitê Sindical na Ford, José Quixabeira de Anchieta. "Ela alega também que não consegue mais manter trabalhadores em layoff. Será mais uma negociação muito difícil, mas não será a primeira."
Os trabalhadores iniciaram um processo de mobilização na última sexta, quando pararam o setor de estamparia da fábrica. De acordo com José Quixabeira, como o diálogo foi retomado, as manifestações foram suspensas. O dirigente ressalta, no entanto, que o sindicato vai continuar em negociação, mas dará como prazo até a sexta-feira para que a empresa consiga apresentar uma proposta viável a ser apresentada aos metalúrgicos.
Fonte: Estadão Conteúdo
 
 

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A escassez de óleos pesados no mercado internacional devido aos cortes de produção da Opep valorizou os óleos produzidos no Brasil. Atualmente, a maior parte do óleo produzido no país é considerada pesada (15,1%) ou média (50,5%), mais escassos após a diminuição da extração na Arábia Saudita, país com forte tradição nesse tipo de produção.

Outras regiões fornecedoras de óleos pesados também vêm enfrentando quedas na produção, como a Venezuela, que passa por turbulências políticas, e o México, que ainda está no início do processo de abertura do setor ao mercado privado.

Também contribui o crescimento da produção não convencional nos Estados Unidos, majoritariamente de óleo leve. A maior parte das refinarias da Costa do Golfo americano, por exemplo, é apta a processar óleo pesado, com alta capacidade de coqueamento e dessulfurização, e, por isso, tem aumentado as importações, principalmente de óleo vindos do México.

“A Arábia Saudita tem um óleo bem parecido com o do campo de Polvo e a escassez desse produto no mercado fez a busca pelo nosso óleo aumentar”, comentou Blener Mayhew, CFO da PetroRio, durante conferência com analistas para anunciar os resultados do primeiro semestre.

O assunto também ganhou destaque nos resultados operacionais da OGX. Dados da petroleira indicaram um estreitamento de US$ 4 a US$ 5/barril no desconto dos óleos pesados em relação ao brent nos seis primeiros meses do ano. Toda a produção da companhia vem do campo de Tubarão Martelo, que tem um óleo considerado pesado, com 21 graus API.

Hoje, apenas 34,4% da produção brasileira tem grau API leve, acima de 31º. Em junho, dados mais recentes disponibilizados pela ANP, o grau API médio da produção brasileira foi de 26,8º, nível médio.

Maior produtora do país, a Petrobras percebeu que não é apenas a oferta que está ditando a valorização do óleo brasileiro. De acordo com a companhia, além de a China importar cada vez mais óleos médios e pesados, houve uma valorização recente do óleo combustível, fruto da demanda por combustível marítimo no Extremo Oriente e da menor exportação pela Rússia.

Há alguns meses, a própria Opep já havia notado um aumento das exportações brasileiras para a Ásia, continente que ampliou as compras de óleos como os de Marlim, Roncador e Lula.

“Esse conjunto de efeitos permitiu maior atratividade à exportação de petróleo brasileiro, tanto para o mercado chinês quanto para os mercados americano e europeu”, explica a Petrobras.

Hoje, o óleo mais pesado produzido offshore no Brasil vem do campo de Peregrino, na Bacia de Campos, operado pela Statoil, com 14ªAPI. A partir do ano que vem, no entanto, a área passa a dividir o posto com o campo de Atlanta, de mesmo grau, previsto para entrar em produção no primeiro semestre de 2018.

FONTE:BRASIL ENERGIA

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Cartas começaram a ser enviadas aos aposentados por invalidez

Os aposentados por invalidez devem ficar atentos às correspondências. Uma delas pode colocar em jogo o dinheiro recebido todo mês. É que o INSS começou a enviar cartas para convocar 1 milhão de segurados para a segunda fase do pente-fino de revisão dos benefícios por incapacidade.
O objetivo do Governo Federal, assim como fez com os auxílios-doença na primeira fase da operação, é cortar gastos. Desta vez, o foco são os benefícios dos aposentados por invalidez. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), o público-alvo será chamado até setembro.
Estão isentos do pente-fino os aposentados maiores de 60 anos com benefício sem revisão há mais de dois anos e aqueles com 55 anos ou mais que recebem benefício há pelo menos 15 anos. 
No total, serão convocados 1.004.886 aposentados em todo o Brasil. Não há dados regionais.
O que fazer
Assim que receber a carta do INSS, o beneficiário tem cinco dias para pegar o telefone e ligar no número 135 para agendar a perícia.
Como as estatísticas dos auxílios-doença mostram que o páreo será duro, é bom se preparar e conseguir um laudo médico atualizado. De acordo com o último balanço do Governo, 80% dos benefícios que passaram por revisão até 14 de julho - no Estado e no País todo - foram cancelados.
“É melhor se adiantar e já procurar o médico antes mesmo de receber a carta”, orienta o advogado previdenciário João Badari. “Tem que pegar com o médico o atestado dizendo que a pessoa continua incapacitada e o motivo da incapacidade e juntar todo o prontuário médico para o perito do INSS analisar”.
O advogado previdenciário Cleiton Leal Dias Júnior ressalta que o atestado deve conter o que estabelece a Resolução 1.658 do Conselho Federal de Medicina (CFM): o diagnóstico, os resultados de exames complementares, o tratamento, a consequência à saúde do paciente e o tempo estimado de recuperação, entre outras coisas.
“Eu ouso dizer que a maior parte dos cancelamentos decorre mais da falta de cumprimento dessas formalidades e não por conta de o INSS atestar que a pessoa está realmente curada”, avalia o especialista.
Ele ainda dá a letra de que, ao contrário do que o povão pensa, a concessão da aposentadoria por invalidez pode, sim, ser revista. “O INSS nunca havia estabelecido uma força-tarefa para revisar as aposentadorias. Houve um acirramento da crise e o Governo enxergou nisso uma maneira de economizar”.
Fonte: A Tribuna On-line

Os 10 principais armadores globais, que na década de 1990 representavam 48% do mercado de transporte marítimo no mundo, alcançaram 83% de participação em 2016. A expectativa é que em 2026 esse percentual seja de 90%. O consultor Robert Grantham, sócio da Solve Shipping Intelligence Specialists, acredita que a corrida dos grandes armadores para incorporar a suas frotas navios da ordem de 20 mil TEUs fez com que a oferta rapidamente se descolasse da demanda. Ele explicou que essa tendência ocasionou fusões, aquisições e formação de consórcios de grandes grupos mundiais de navegação. O excesso de oferta e demanda fraca fez o frete cair até 80% am algumas rotas. 

O consultor projeta que novos sistemas e tecnologias também estreitarão as relações entre embarcadores e armadores levando agentes intermediários (freight forwaders/NVOCCs) a perderem mercado. Grantham cita declaração recente do presidente da Maersk que disse que o tráfego mundial deve ser reduzido a cinco ou seis grandes armadores. "Se espera mais transparência do processo, pois as informações estarão online. Haverá novo desenho das rotas em fusão de fusões e incorporações", enxerga Grantham, que participou da 14ª edição da Marintec South America, no Rio de Janeiro.

Com esse cenário, o número de diferentes serviços de longo curso nos portos brasileiros, que era de 39 em dezembro de 2010, já caiu para 21 serviços em abril de 2017 — uma queda de 46%. A movimentação nesse período variou de 115 mil TEUs para 105 mil TEUs, uma redução de 8,5%. Nesse período, os maiores navios recebidos nos portos nacionais aumentaram capacidade de 7 mil TEUs para 9.600 TEUs.

Grantham entende que terminais no mundo todo enfrentam dificuldade pelo tamanho dos maiores navios em operação nas grandes rotas. A profundidade em alguns dos grandes portos mundiais está entre 17 e 20 metros, porém alguns têm desafios na bacia de evolução. No Brasil, os portos costumam ter mais problemas com a manutenção dos calados devido à demora na contratação dos serviços de dragagem. "Precisamos buscar solução de equilíbrio entre armadores, terminais e usuários", resume o consultor.

FONTE:PORTOS&NAVIOS

 

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Em junho, segmento registrou alta de 1,3%, graças a turismo

O setor de serviços registrou crescimento de 1,3% em junho, na comparação com maio, informou o IBGE nesta quarta-feira. Foi a terceira alta seguida (em maio, a alta havia sido de 0,5%). O resultado, no entanto, não foi suficiente para tirar o setor mais importante da economia brasileira do vermelho: no semestre, os serviços ainda acumulam queda de 4,1% e, em 12 meses, tombo de 4,7%.

O número de junho foi influenciado principalmente pelo desempenho das atividades turísticas, que cresceram 5,3%, frente ao mês anterior. Segundo o IBGE, no entanto, trata-se de um segmento de comportamento volátil, ora cresce, ora recua. “As atividades de alojamento e transporte aéreo cresceram no mês, devido ao turismo de negócios, que costuma beneficiar especialmente São Paulo e o Distrito Federal”, explicou Roberto Saldanha, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços, em comunicado.

Também contribuiu para o resultado de junho os segmentos de serviços prestados às famílias e de transportes, ambos com 1%. O número ainda contou com a alta de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,*). O único recuo ficou por conta dos serviços de informação e comunicação, com queda de 0,2%.

Fonte: Extra

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O novo serviço, que substituirá o actual SAEC, terá a seguinte rotação: Roterdão – Londres Gateway – Bremerhaven – Hamburgo – Antuérpia – Le Havre – Sines – Rio Sepetiba – Santos –  Navegantes – Buenos Aires – Montevideu – Rio Grande – Navegantes – Paranaguá –  Santos – Rio Sepetiba – Salvador – Pecém – Roterdão.

A oferta será assegurada por nove navios das duas companhias, com capacidade de frio acrescida para melhorar corresponder ao incremento do tráfego de produtos perecíveis.

Na apresentação do novo SAEC, a MSC sublinha que “o novo serviço escalará Pecém e Salvador, no Brasil, para corresponder às épocas de colheitas frutícolas, fornecendo ligações rápidas a destinos europeus. Ofereceremos excelentes ligações entre Zarate, Vitória, Paraguai e Rosário através dos nossos portos na América do Sul, bem como para os portos escandinavos, russos e bálticos”.

A primeira viagem de ida iniciar-se-á a 27 de Setembro. O regresso começará a 24 de Outubro.

FONTE:TRANSPORTES&NEGÓCIOS

 

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A pouco mais de um ano das eleições para a Presidência, os governos estaduais e o Congresso Nacional, os brasileiros manifestam rejeição generalizada à classe política, independentemente de partidos, e ao atual modelo de governo. Segundo pesquisa do instituto Ipsos, apenas 6% dos eleitores se sentem representados pelos políticos em quem já votaram.

Desde novembro do ano passado, houve queda de nove pontos percentuais na taxa dos que se consideram representados. A onda de negativismo contamina a percepção sobre a própria democracia.

Quando os eleitores são questionados especificamente sobre o modelo brasileiro de democracia, a taxa de apoio é baixa: 38% consideram que é o melhor regime e 47% discordam disso.

Passado pouco mais de um ano das manifestações de massa que culminaram no fim do Governo Dilma Rousseff (PT), nada mais do que 81% dos entrevistados pelo Ipsos manifestaram concordância com a afirmação de que "o problema do País não é o partido A ou B, mas o sistema político".

Para 94%, os políticos que estão no poder não representam a sociedade. Apenas 4% acham o contrário. Quem está na oposição também é alvo de desconfiança. Quando a pergunta é sobre os políticos em que a população já votou em algum momento, 86% dizem não se sentir representados.

Distância

"Segundo a opinião pública, os eleitos não representam os eleitores", observa Rupak Patitunda, um dos responsáveis pelo levantamento. 

Somente um em cada dez cidadãos veem o Brasil como um país onde a democracia é respeitada. Tal percepção de desrespeito às normas democráticas pode estar relacionada à ideia de desigualdade. 

Para 96% dos entrevistados, todos devem ser iguais perante a lei, mas somente 15% consideram que essa regra é devidamente observada no Brasil.

É quase consensual a noção de que a corrupção é um entrave para que o País alcance um nível mais avançado de desenvolvimento. Nove em cada dez eleitores concordam com as avaliações de que "o Brasil tem riquezas suficientes para ser um país de primeiro mundo", de que "o Brasil poderia ser um país de primeiro mundo se não fosse a ação da corrupção" e de que "o Brasil ainda pode ser um país de primeiro mundo quando acabar com a corrupção".

Os dados do Ipsos mostram que, após um ciclo de acirramento da polarização política no País, há uma ânsia por iniciativas de conciliação. Nada mais do que 88% dos entrevistados concordam com a afirmação de que "as pessoas deveriam se unir em torno das causas comuns" e "não brigar por partido A ou B". Parcela similar considera que "brigar por partido A ou B faz com que as pessoas não discutam os reais problemas do Brasil".

Radicalismo

A combinação de desencanto com a democracia e rejeição aos políticos pode abrir espaço para radicalismos ou líderes autoritários na eleição de 2018? Para Rupak Patitunda, um dos responsáveis pela pesquisa do Ipsos, a resposta é sim. Mas o próprio levantamento indica que a população não espera que seus problemas sejam resolvidos por um regime de força.

"Testamos três frases na pesquisa, e cada uma indicaria uma solução institucional". A primeira é "colocar no poder líderes fortes para instituir a ordem, que seria a solução pelo Executivo". 

A segunda frase, "criar regras firmes contra políticos corruptos", significaria uma solução legislativa. A terceira, "aplicar efetivamente as regras já existentes contra corrupção", significaria uma solução de fiscalização. "Dentre todas a solução mais apontada não vem do Executivo, mas da criação de mecanismos legais".

Um ponto positivo da pesquisa é o fato de ser minoritária a parcela da população que concorda com frases como 'o que realmente vale são políticos e partidos que roubam, mas fazem" (22%) e "a corrupção no Brasil é culpa do povo, que elege políticos corruptos" (44%).

"Por outro lado, ‘eu acredito que é possível governar sem corrupção’ recebeu 84%. O brasileiro ainda tem esperança quanto ao problema", conclui Patitunda.

Fonte: Estadão Conteúdo

Maersk

A subida dos fretes (22% em termos homólogos) e dos volumes transportados (1,7%, idem) atirou a Maersk Line de volta para os resultados positivos no segundo trimestre. Para o final do ano mantém-se o objectivo dos mil milhões, apesar dos custos de 300 milhões do ciber-ataque.

A Maersk Line anunciou um resultado positivo de 339 milhões de dólares no segundo trimestre, em contraste com as perdas de 150 milhões sofridas no período homólogo de 2016.

Entre Abril e Junho, o volume de receitas da companhia cresceu mil milhões de dólares, para 6,1 mil milhões, empurrado pelo aumento dos volumes transportados (2,7 milhões de FEU) e pela forte recuperação dos fretes (de 1 716 dólares/FEU, há um ano, para 2 086 dólares/FEU, agora). O aumento dos fretes (22% em termos homólogos; 7,6% face ao primeiro trimestre) atingiu mesmo os 36% no Leste-Oeste.

Com tudo isto, e apesar dos custos do fuel terem disparado, de 194 dólares para 313 dólares/tonelada, os lucros do trimestre chegaram aos 339 milhões de dólares e 0 ROIC atingiu os 6,7% (depois de no período homólogo de 2016 ter sido de -3%).

Ao longo do trimestre, refere a Maersk Line, a procura de transporte marítimo de contentores cresceu 4%, enquanto a oferta aumentou apenas 1,4%. No caso da companhia, a frota operada cresceu cerca 300 mil TEU, para 3,4 milhões de TEU, destacando-se a entrada ao serviço de dois novos navios de última geração.

Lucros de 273 milhões no semestre

No balanço do primeiro semestre, a Maersk Line atingiu um resultado líquido de 273 milhões de dólares, quando na primeira metade de 2016 perdeu 114 milhões.

O EBITDA foi de 1 295 milhões de dólares (851 milhões em termos homólogos) e o EBIT de 334 milhões (-107 milhões, idem).

Até ao final de Junho, a companhia transportou 5,3 milhões de FEU (cinco milhões há um ano), a um frete médio de  2 014 dólares (1 782 dólares).

Para o final do exercício, a Maersk Line mantém a previsão de superar os mil milhões de dólares de lucros, depois de em 2016 ter perdido 384 milhões de dólares.

O resultado só não será ainda melhor porque o ciber-ataque de que o grupo foi alvo deverá ter-lhe custado 200-300 milhões de dólares em receitas em Julho.

FONTE:TRANSPORTES&NEGOCIOS

 

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Há quem fique na casa dos pais ou volte a ela. Mães e pais aposentados sustentam filhos adultos

V. tem 24 anos. De uma família de classe média alta do interior paulista, frequentou escola particular. Faculdade de artes cênicas. E cursos para se aprimorar. Excelente aluno, formou-se cedo. Saiu em busca de emprego. Procurou, procurou, procurou... No início, muitas exigências. Só queria algo dentro de sua área, artística. Depois, pediu socorro ao pai. Um emprego! Sem chance. A empresa familiar também não está nos melhores dias. Um irmão já se ancorou lá. Há uma semana, recebi a grande notícia. Conseguiu trabalho! De garçom. Uma folga por semana. Em pé oito a dez horas por dia. A família não tinha mais como bancar sua vida. Não era exatamente a expectativa de quem fez curso universitário. É o que apareceu.

Na outra ponta, I. era garçom profissional. Fazia faculdade a duras penas. No último semestre, trancou a matrícula. A família, no Nordeste, precisa de sua ajuda. I. pediu demissão: os horários do restaurante em que trabalhava o impediriam de voltar aos estudos. Achava ser fácil arrumar outro emprego, como sempre foi. Deixou de ser. Participou do processo de seleção em vários restaurantes. Só em um deles havia, segundo me contou, uns 50 candidatos na fila. Não passou. Os locais mais sofisticados, que pagam bem, andam preferindo garçons sem tanta experiência, mas com a leve sofisticação da classe média. I. está se virando com eventos. Tipo distribuir amostras de produtos, num supermercado ou shopping. Só não tem todo dia. Difícil juntar para o aluguel do mês.

Mais complicada é a história de B. Morava com a família em outro estado. Viviam com dificuldade. Mas não faltava nada. Veio para São Paulo, para melhorar de vida. Nos dois primeiros meses, segurou-se com as economias. Trabalho não apareceu. Eu o conheço do Facebook, mas não pessoalmente. Outro dia, anunciou: já tem máquina de cartões. Tive minhas suspeitas. Perguntei para que servia a máquina.

– Estou fazendo programa – explicou. – Os clientes podem pagar em cartão.

– Já fazia antes, na sua terra?

– Não. Mas agora não teve outro jeito.

Em Brasília, J. fez faculdade de administração. Não conseguiu colocação. Entrou na pós, para se tornar mais qualificado. Terminou. Continua sem nada. A jovem T., em Goiânia, está no doutorado.

– Minha esperança é conseguir algo na universidade – contou-me ela. – Posso dar aulas.

Enquanto isso, mora com os pais.

Há uma geração inteira sem conseguir emprego. Grande parte sonha com um concurso público. Não é novidade, multidões sempre correram atrás de emprego municipal, estadual ou federal. Espanta é a disposição para trabalhar em qualquer área, fora do que consideravam sua vocação. Em crise, vocação é ter salário. Há quem continue na casa dos pais, indefinidamente. Ou quem volte. O problema é que nem sempre dá certo. Conheci R., marido de uma antiga secretária. Foram para a casa da mãe dela, onde se abrigaram com os filhos num quartinho minúsculo. As relações entre genro e sogra nunca foram boas. Pioraram. Ele saiu da casa. Ficou numa pensão dois meses. Tornou-se morador de rua. Visitava a família nos fins de semana. Agora, sumiu.

Mães e pais que têm aposentadoria ainda seguram a sobrevivência dos filhos. Não falta quem tope bicos. Talvez por ser uma pessoa conhecida, recebo semanalmente vários pedidos de emprego. Universitários que querem cuidar do jardim. Pintar paredes. Pedidos de socorro. R., no Rio de Janeiro, era vendedor numa loja de equipamento de surfe. Atrasaram o pagamento dois meses. Ficou com o nome sujo no banco. Finalmente, fecharam a loja. Estudante de informática, conseguiu dar aulas. Mas não consegue pagar os atrasados. A. estava no último ano da faculdade. Mas o governo cortou o empréstimo. Não pôde terminar o curso. Agora, veio a cobrança pelos anos em que estudou. Está com o nome sujo também. Desesperada, só vive de bicos em eventos, como recepcionista. Eu aconselhei:

– Quem não cumpriu o contrato foi o governo. Você não terminou o curso porque ele cortou o financiamento. Processe.

Financiamento? Sim, o governo brasileiro gasta em educação. Financiou estudantes para cursarem universidades particulares. E investe nas públicas, que têm, muitas, algum grau de excelência. Custam caro. Mas todo esse dinheiro investido em educação vai pelo ralo. A crise abateu as esperanças de multidões que ou não conseguiram concluir os cursos ou simplesmente não têm o que fazer com seu diploma.

É uma geração à deriva.

 

Fonte: Revista Época