A Comissão de Direitos Humanos e Legislação participativa (CDH) promove audiência pública, nesta sexta-feira (18), para discutir o chamado estatuto do trabalho. A iniciativa é de uma subcomissão temporária da CDH criada para aprofundar o debate sobre a reforma trabalhista — Lei 13.467/17, que vai entrar em vigor em novembro.
O requerimento é do senador Paulo Paim (PT-RS). Foram convidados para a audiência pública representantes do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait); da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (Anamatra); do Ministério Público do Trabalho (MPT); da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (ANMJT); da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat); da Associação Latino-Americana de Juízes do Trabalho (ALJT); do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit); e de centrais sindicais.
A reunião interativa está marcada para às 10h. Os interessados podem enviar comentários ou perguntas pelo Portal e-Cidadania ou pelo telefone do Alô Senado (0800 61 2211).
FONTE:DIAP
Valor equivale a 30% do seu déficit previsto para este ano
Conseguir certidão de nascimento na fase adulta é uma estratégia disseminada pelo país. Tão comum que é responsável até por falsos efeitos populacionais. Na cidadezinha de Marzagão, em Goiás, houve um boom populacional que seria recorde, não fosse completamente fictício. No município de 2.200 habitantes, foram registradas 1.200 certidões de nascimento tardias. A concessão de vários benefícios de Amparo Social ao Idoso para pessoas que tiraram o registro na fase adulta, no mesmo cartório da cidade, chamou a atenção da Polícia Federal, que deu início a uma investigação.
O Projeto de Lei 6.969/2013, que institui a Política Nacional para a Conservação e o Uso Sustentável do Bioma Marinho Brasileiro (PNCMar), foi aprovado no dia 9 de agosto pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara dos Deputados.
Conhecido como “Lei do Mar”, o PL estabelece os objetivos, princípios, diretrizes e instrumentos para o uso sustentável dos recursos marinhos aliado à conservação da biodiversidade.
Para o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), relator do PL, a aprovação na CMADS foi um primeiro e importante passo. “Em seguida, será feita a análise de constitucionalidade na Comissão de Constituição e Justiça, por onde a proposta deve passar sem maiores impedimentos a caminho do plenário da Câmara, na confirmação de sua importância e relevância para a proteção dos oceanos e da vida marinha”, destaca Molon.
Mais de 70 especialistas, representantes de diferentes setores – governo, academia, setor privado e sociedade civil – participaram da construção desse texto de lei, que tramita na Câmara dos Deputados desde 2013. A autoria é do então deputado Sarney Filho (PV-MA), atual Ministro do Meio Ambiente.
Leandra Gonçalves, bióloga e especialista em Mar da Fundação SOS Mata Atlântica, explica que a construção coletiva do projeto de lei garantiu que o texto não se baseasse apenas em princípios de conservação ambiental, mas que trouxesse também ferramentas inovadoras de gestão inspiradas em modelos internacionais, como é o caso do Planejamento Espacial Marinho (PEM). “Com essa iniciativa, elevaremos o país ao mesmo patamar de outras nações desenvolvidas que olham para o mar em busca de um futuro sustentável, com desenvolvimento econômico e bem-estar social.
Demissão sem justa causa por aplicativos tem rendido dor de cabeça para as empresas, que em muitos casos têm sido condenadas ao pagamento de multas de até R$ 10 mil reais
O gaúcho Vitor Koehler estava de férias no Rio de Janeiro em fevereiro do ano passado quando recebeu no WhatApp uma mensagem que o informava da sua demissão. Sua reação, primeiro de espanto, logo se transformou em raiva pela indelicadeza do gesto. Em um trecho da mensagem, lia-se: "Ele [o chefe] pediu teu afastamento porque não fechou com o teu estilo, e que teu foco é somente ganhar dinheiro".
O recado foi repassado por uma amiga de Vitor que trabalhava na mesma academia em Porto Alegre. "Meu ex-chefe não teve nem a coragem de esperar eu retornar e falar diretamente comigo", reclama.
Com o uso cada vez mais intenso das redes sociais também no ambiente de trabalho, histórias de rescisão contratual pelas redes sociais têm se repetido pelo País. A demissão, sem justa causa, por aplicativos tem rendido dor de cabeça para as empresas, que em muitos casos têm sido condenadas ao pagamento de indenização por danos morais.
Foi o caso de Vitor. Ele acionou seu advogado e decidiu entrar com um processo contra a academia por danos à sua imagem, e, após um ano de disputa jurídica, venceu a ação. Ele não quis informar à reportagem o valor da multa que receberá.
Cuidado redobrado. Para Arthur Mendes Lobo, sócio do Wambier Advogados e Professor de Direito do Trabalho da UFPR, as novas formas tecnológicas de comunicação digital exigem um cuidado redobrado dos empresários, departamentos de RH e empregadores de modo geral. Se a presença física for impossível e o comunicado por meio digital for a única forma viável, deve-se evitar a exposição da situação a terceiros, orienta.
"A informalidade na demissão por WhatsApp e outros aplicativos de comunicação rápida pode ser interpretada como um desrespeito à dignidade humana do trabalhador. Para diminuir o risco de condenações por dano moral e, consequentemente, o custo com indenizações, é recomendável uma conversa pessoal, tranquila e reservada no momento da demissão", orienta Arthur.
Em Brasília, a instrumentadora cirúrgica Rosângela Sousa recebeu o aviso de demissão em um grupo de Whatsapp com outros funcionários do hospital. Ela entrou com um processo contra a empresa pela situação considerada "vexatória" pela qual passou diante dos seus colegas. A juíza Maria Socorro de Souza Lobo, da 19ª Vara do Trabalho do Distrito Federal, condenou o hospital ao pagamento de R$ 10 mil de indenização por danos morais à imagem de Rosângela.
Mas os Tribunais Regionais do Trabalho, responsáveis pelo julgamento desse tipo de ação, ainda não têm um entendimento único sobre o tema. Também em Porto Alegre, um juiz indeferiu um outro pedido de dano moral em virtude da demissão pelo WhatsApp. Para ele, esse tipo de demissão é mero dissabor, pois faz parte da normalidade do nosso dia a dia.
A especialista em Direito Digital da Peixoto & Cury, Poliana Banqueri, explica que não existe uma regulamentação específica para um determinado tipo de tratamento no ambiente virtual. Segundo ela, os princípios de relacionamento devem ser os mesmos que regem as relações de trabalho, como proteção à dignidade da pessoa humana, proteção à privacidade e legitimidade, e direito à indenização em caso de assédio moral. Este último item, contudo, tem um valor subjetivo.
"A indenização no caso de demissão via redes sociais acontece pela análise do conteúdo do que foi dito. É preciso avaliar se o empregador foi agressivo no tom das palavras, e medir a abrangência do dano causado à imagem daquela pessoa", afirma Poliana.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Em resposta ao pacote do governo para tentar reduzir o rombo das contas públicas, anunciado nessa terça-feira (15), centrais sindicais e associações de servidores públicos prometem uma mobilização geral para os próximos dias. As medidas irritaram servidores públicos atingidos com a proposta e está mobilizando diversas categorias contra os cortes de benefícios, congelamentos de reajustes e reduções de salários iniciais, entre outras providências de arrocho. A greve geral ainda não tem data, mas as centrais garantem que paralisarão serviços essenciais com o intuito de pressionar o governo a voltar atrás e engavetar o pacote anunciado contra o funcionalismo.
Fonte: Congresso em Foco
A ministra-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Grace Mendonça, afirmou na última sexta-feira, 18, que a entidade está pronta para defender o governo de possíveis ações de servidores questionando a decisão da equipe econômica de congelar por 12 meses salários de funcionários públicos federais, decisão que faz parte da estratégia para o governo para reduzir gastos e conseguir cumprir a meta fiscal. Entre outras medidas para o funcionalismo, foi anunciada ainda a extinção de cargos e o aumento da contribuição previdenciária.
“Em eventuais ações desta natureza, a AGU está preparada para fazer a defesa dessa política pública fundamental no contexto das contas públicas”, disse a ministra na última sexta-feira a jornalistas em São Paulo. Segundo ela, até agora não houve nenhum questionamento do tipo, até porque a medida foi anunciada muito recentemente, na última terça-feira e ainda dependem de aprovação do Congresso.
“A AGU fará a defesa da política pública”, disse ela, falando que a decisão do congelamento de salários para fazer o governo cumprir a meta fiscal é juridicamente defensável. “Há precedentes até da Suprema Corte do país que respaldam a atuação dessa natureza. Na perspectiva jurídica, há teses fundamentadas que darão suporte à defesa adequada da política pública.”
Fonte: Estadão Conteúdo
No segundo trimestre deste ano, o Brasil tinha 2,924 milhões de pessoas em busca de emprego há dois anos ou mais, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No primeiro trimestre, esse contingente era um pouco menor, de 2,896 milhões de pessoas.
É natural que, com o prolongamento da crise, as pessoas passem mais tempo em busca de uma vaga no mercado de trabalho. A queda da taxa de desemprego no segundo trimestre frente ao primeiro permitiu, contudo, recuo no número de pessoas procurando vaga nas outras faixas de tempo pesquisadas.
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o contingente de desempregados em busca de emprego há menos de um mês, contudo, recuou de 1,757 milhão para 1,451 milhão de pessoas do primeiro para o segundo trimestre, baixa de 17%.
A maior parte das pessoas desempregadas (6,745 milhões) buscava emprego de um mês a menos de um ano. Esse contingente era maior no primeiro trimestre deste ano, quando somava 6,975 milhões. De 1 ano a menos de 2 anos, eram 2,361 milhões no segundo trimestre, queda frente aos 2.548 milhões dos três meses anteriores.
Trabalhadores subutilizados
Segundo a Pnad Contínua, o país tinha 26,337 milhões de trabalhadores subutilizados no segundo trimestre, uma pequena redução em relação a 26,516 milhões nos três primeiros meses do ano. Um ano atrás, o número era de 22,651 milhões trabalhadores subutilizados.
Esse contingente inclui a população desempregada, subocupadas por insuficiência de horas (estão empregadas, mas gostariam e poderiam trabalhar mais) e a força de trabalho potencial (pessoas que não buscam emprego, mas estão disponíveis para trabalhar; ou que buscaram, mas não estavam disponíveis para trabalhar).
"Essa queda é pouca porque o mercado contratou mais pessoas subocupadas no segundo trimestre. O número de desocupados caiu, mas o de subocupados cresceu. Na prática, essa queda da população subutilizada está estatisticamente estável" disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
São pessoas que, na prática, gostariam de trabalhar ou de trabalhar mais, mas que não conseguem encontrar oportunidade.
O contingente de 26,3 milhões de trabalhadores subutilizado equivale a 23,8% da força de trabalho ampliada (que inclui a força de trabalho e a força de trabalho potencial). Esta é a chamada taxa de subutilização. Ela estava em 24,1% no primeiro trimestre deste ano. E em 20,9% no segundo trimestre de 2016.
De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, a taxa de subutilização apresentou queda na passagem do primeiro para o segundo trimestre nas seguintes regiões: Norte (27,4% para 26,8%), Nordeste (35,1% para 34,9%), Sudeste (21% para 20,9%), Sul (15,3% para 14,7%) e Centro-Oeste (18,3% para 17,4%).
A maior taxa de subutilização foi registrada no Estado do Piauí (38,6%). também Bahia (37,9%) e Maranhão (37,7%) apresentavam patamares elevadaos.
A menor estava em Santa Catarina (10,7%). Em São Paulo, a taxa era de 20,5% — estável frente ao indicador do primeiro trimestre.
No Nordeste, um em cada três trabalhadores está subutilizado. São 9,879 milhões de pessoas na região desempregadas, subocupadas por insuficiência de horas (empregadas, mas que gostariam e poderiam trabalhar mais) ou na força de trabalho potencial (pessoas que não buscam emprego, mas estão disponíveis para trabalhar; ou que buscam, mas não estão disponíveis para trabalhar).
De acordo com a Pnad Contínua, esse contingente representa 34,9% da força de trabalho da região (28.337 pessoas). Esta é a chamada taxa de subutilização no Nordeste, que supera a média nacional (23,8%) e também as demais regiões do país.
Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, a taxa de subutilização da mão de obra no Nordeste tem origem nos problemas crônicos da região (baixa escolaridade, falta de oportunidades), que acabaram sendo potencializados pela crise econômica atravessada pelo país.
Do contingente de subutilizados, 3,9 milhões estão desempregados, 2,5 milhões subocupados por insuficiência de horas e 3,4 milhões na força de trabalho potencial.
Subocupados
A informalidade que ajudou a reduzir a taxa de desemprego nacional no segundo trimestre deste ano trouxe um efeito colateral no mercado de trabalho: o aumento dos trabalhadores subocupados por insuficiência de horas (pessoas empregadas, mas que gostariam e poderiam trabalhar mais).
De acordo com a Pnad Contínua, esse contingente de trabalhadores cresceu de 5,258 milhões no primeiro trimestre deste ano para 5,829 milhões no segundo trimestre. “O crescimento da ocupação no segundo trimestre se deu por meio do aumento do trabalho por conta própria e por meio do emprego sem carteira assinada. Isso pode explicar o aumento de subocupados”, disse Azeredo.
Segundo ele, a crise também aumentou o número de pessoas na força de trabalho potencial (pessoas que não buscam emprego, mas estão disponíveis para trabalhar; ou que buscaram, mas não estavam disponíveis para trabalhar). Esse contingente cresceu de 6,231 milhões no segundo trimestre de 2016 para 7 milhões no segundo trimestre deste ano. “Parte disso são as pessoas que veem na internet e nos jornais que existe um crise no mercado de trabalho e não sai de casa para procurar”, disse Azeredo. Frente ao primeiro trimestre de 2017, o número ficou estável.
Taxa de desemprego
Como divulgado no fim de julho pelo IBGE, a taxa de desemprego do país foi de 13% no segundo trimestre deste ano, a primeira queda estatisticamente significativa desde o último trimestre de 2014.
Nesta quinta-feira, o instituto divulgou esse desempenho detalhado pelas grandes regiões e unidades da federação.
Em São Paulo, a taxa de desemprego foi de 13,5% no segundo trimestre deste ano, abaixo da apresentada entre janeiro e março (14,2%). Um ano atrás, a taxa estava em 12,2%. Já no Rio de Janeiro, o indicador passou de 14,5% no primeiro trimestre para 15,6% no segundo trimestre.
Fonte: Valor Econômico
Inicialmente, o prazo de cinco dias a partir da publicação da convocação terminaria no dia 5 de agosto
Termina nesta segunda-feira (21) o prazo para que beneficiários do auxílio-doença convocados pelo Diário Oficial da União (DOU) procurem o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para agendar nova perícia médica.
Os beneficiários convocados no dia 1º de agosto são aqueles com os quais o INSS não conseguiu entrar em contato por meio de cartas, que, devido às informações insuficientes ou erradas, foram devolvidas pelo Correios.
Inicialmente, o prazo de cinco dias a partir da publicação da convocação terminaria no dia 5 de agosto. No entanto, horas antes do fim do prazo, o Ministério do Desenvolvimento Social anunciou, por meio de nota enviada à imprensa, que a data limite estava sendo prorrogada para 21 de agosto.
A prorrogação foi divulgada um dia após a 20ª Vara Federal de Porto Alegre (RS) conceder liminar favorável à Defensoria Pública da União (DPU), que pedia que o INSS restabelecesse o pagamento de benefícios por incapacidade cancelados antes que os segurados tivessem passado por nova perícia.
Segundo Ana Luisa Zago de Moraes e Thales Arcoverde Treiger, respectivamente defensores públicos federais no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, beneficiários procuraram o órgão com a queixa de que não conseguiam agendar a data da perícia pela central telefônica do instituto e, mesmo assim, estavam tendo seus benefícios suspensos.
Na ação, os defensores públicos citam nominalmente exemplos de segurados que, embora só tenham conseguido agendar a perícia para novembro, tiveram o auxílio-doença suspenso. A liminar judicial tem abrangência nacional.
Quem recebe o seguro por incapacidade e não recebeu, pelo Correio, a convocatória para agendar a perícia, deve conferir se seu nome consta da lista publicada no dia 1º de agosto.
Os convocados devem entrar em contato com a Central de Teleatendimento do INSS, no número 135, e agendar a reavaliação. No momento da perícia, o segurado deve apresentar toda documentação médica que justifique o recebimento do benefício, como atestados, laudos, receitas e exames.
Caso o segurado se encontre internado ou enfermo e não puder comparecer à perícia, deverá pedir a uma pessoa de sua confiança que informe, em uma agência do INSS, sobre o impedimento. É necessário que esse representante apresente a identidade do segurado e um documento que comprove o impedimento. Com isso, ele poderá solicitar uma perícia hospitalar ou domiciliar.
O não atendimento à convocação ou o não comparecimento na data agendada pode levar o auxílio a ser suspenso ou cancelado.
Até meados de julho, foram realizadas quase 200 mil perícias em todo o país. Como resultado, 160 mil pessoas tiveram o benefício cancelado por não precisarem mais recebê-lo.
Fonte: Agência Brasil
Fonte: UOL