A subida dos fretes (22% em termos homólogos) e dos volumes transportados (1,7%, idem) atirou a Maersk Line de volta para os resultados positivos no segundo trimestre. Para o final do ano mantém-se o objectivo dos mil milhões, apesar dos custos de 300 milhões do ciber-ataque.
A Maersk Line anunciou um resultado positivo de 339 milhões de dólares no segundo trimestre, em contraste com as perdas de 150 milhões sofridas no período homólogo de 2016.
Entre Abril e Junho, o volume de receitas da companhia cresceu mil milhões de dólares, para 6,1 mil milhões, empurrado pelo aumento dos volumes transportados (2,7 milhões de FEU) e pela forte recuperação dos fretes (de 1 716 dólares/FEU, há um ano, para 2 086 dólares/FEU, agora). O aumento dos fretes (22% em termos homólogos; 7,6% face ao primeiro trimestre) atingiu mesmo os 36% no Leste-Oeste.
Com tudo isto, e apesar dos custos do fuel terem disparado, de 194 dólares para 313 dólares/tonelada, os lucros do trimestre chegaram aos 339 milhões de dólares e 0 ROIC atingiu os 6,7% (depois de no período homólogo de 2016 ter sido de -3%).
Ao longo do trimestre, refere a Maersk Line, a procura de transporte marítimo de contentores cresceu 4%, enquanto a oferta aumentou apenas 1,4%. No caso da companhia, a frota operada cresceu cerca 300 mil TEU, para 3,4 milhões de TEU, destacando-se a entrada ao serviço de dois novos navios de última geração.
Lucros de 273 milhões no semestre
No balanço do primeiro semestre, a Maersk Line atingiu um resultado líquido de 273 milhões de dólares, quando na primeira metade de 2016 perdeu 114 milhões.
O EBITDA foi de 1 295 milhões de dólares (851 milhões em termos homólogos) e o EBIT de 334 milhões (-107 milhões, idem).
Até ao final de Junho, a companhia transportou 5,3 milhões de FEU (cinco milhões há um ano), a um frete médio de 2 014 dólares (1 782 dólares).
Para o final do exercício, a Maersk Line mantém a previsão de superar os mil milhões de dólares de lucros, depois de em 2016 ter perdido 384 milhões de dólares.
O resultado só não será ainda melhor porque o ciber-ataque de que o grupo foi alvo deverá ter-lhe custado 200-300 milhões de dólares em receitas em Julho.
FONTE:TRANSPORTES&NEGOCIOS