Fonte: DCI
Na CAS, a oposição derrotou o governo, por 10 a 9, tendo rejeitado o parecer favorável do relator, Ricardo Ferraço. Prevaleceu, diante da queda do relatório de Ferraço, o voto em separado do senador Paulo Paim (PT-RS).
Acordo
Antes de o relator ler o voto favorável ao projeto foi acertado que na próxima terça-feira (27), a CCJ vai fazer duas audiências públicas, a fim de debater o PLC 38/17.
Na próxima quarta-feira (28) serão lidos, das 9h45 às 16h, os votos em separado da oposição e também o do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), contrário ao projeto, e depois inicia-se o processo de discussão e votação da matéria.
Conteúdo do projeto
O projeto chegou à Câmara dos Deputados, enviado pelo Executivo, com a previsão de alterar sete artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Saiu da Casa com 117 artigos modificados. Trata-se, pois, de ampla “reforma” na CLT. O texto revoga dispositivos da CLT e propõe, entre outras medidas:
1) que acordos e convenções coletivas têm mais força que a legislação trabalhista;
2) demissões coletivas mesmo sem negociação coletiva;
3) demissão imotivada de um empregado com mais de um ano na empresa sem o aval do sindicato;
4) que mulher pode trabalhar em condições de insalubridade durante a gravidez e a amamentação, a não ser que apresente atestado médico que recomende o afastamento;
5) o contrato intermitente para a prestação de serviços de forma descontínua. O empregado só recebe o pagamento pelas horas trabalhadas, mas deve ser convocado com antecedência de pelo menos três dias;
6) autoriza a redução do intervalo do almoço de uma para meia hora. A medida não é obrigatória e depende de negociação coletiva;
7) que os 30 dias de férias anuais podem ser divididos em três períodos;
8) prevê a possibilidade de jornada de 12 horas seguidas de trabalho por trinta e seis ininterruptas de descanso. A medida depende de acordo individual ou coletivo;
9) que o empregador e empregado podem extinguir o contrato de trabalho de comum acordo. Neste caso, o trabalhador receberia metade do aviso prévio e da indenização sobre o saldo do FGTS;
10) acaba com a contribuição sindical obrigatória; e
11) atualiza o valor de multas para quem descumprir obrigações básicas, como a anotação da Carteira de Trabalho.
Fonte:DIAP
SAPERJ EM AÇÃO
VIGILANTE DO MAR
A frota pesqueira nacional, que é uma parcela importante do Poder Marítimo, necessita se conscientizar que também deve contribuir pela integridade e soberania da nossa Amazônia Azul.
Desta forma, faz-se necessário que os armadores de pesca orientem e motivem os seus patrões de pesca para baixar o aplicativo, que estará disponível, gratuitamente, a partir de 01 de julho na App Store, para comunicar a presença de barcos estrangeiros capturando os recursos pesqueiros existentes em nossas águas jurisdicionais.
Leia matéria do nosso Comandante Flávio Leme que coloca o Saperj na vanguarda de uma iniciativa que defende as águas jurisdicionais brasileiras.
“A vulnerabilidade a ataques vindos do mar para os países que margeiam o Atlântico Sul é intuitiva e histórica. Desde o século XVI, toda a coerção de conteúdo militar, exercida por alguma potência do norte foi conduzida a partir do mar, tendo como objetivo primeiro as comunicações marítimas e o litoral. Das incursões dos piratas e corsários no período colonial, até os ataques dos submarinos do Eixo na Segunda Guerra Mundial, passando pelas agressões isoladas promovidas pela Marinha Britânica no século passado, assim tem sido e nada do que preconiza a nova ordem nos leva a crer que será diferente no futuro”, escreve o Almirante Guilherme Mattos de Abreu, no seu artigo “A Amazônia Azul: O Mar que nos Pertence”.
O futuro é agora. Nas duas últimas edições da revista “Pesca e Mar” foram publicadas matérias referentes à pesca na Amazônia Azul, que a Marinha define como sendo uma área marítima de 4,5 milhões de km2 que faz parte das águas jurisdicionais brasileiras– AJB.
Na primeira reportagem foi alertado que havia fortes indícios da presença de barcos estrangeiros de pesca pescando no interior de nossas águas e, portanto, invadindo a soberania nacional.
O SAPERJ também enviou ofício ao Comando de Operações Navais da Marinha solicitando que fossem tomadas as medidas cabíveis para coibir e negar a presença de embarcações de pesca estrangeiras pescando nas AJB.
O Comandante de Operações Navais respondeu ao ofício informando que não havia confirmação de que a mencionada possibilidade teria se concretizado de fato.
No site da GLOBAL FISHING WATCH, que registra as atividades pesqueiras no Atlântico Sul, pode ser constatada a presença de barcos de pesca do Japão, China, Taiwan e Espanha, trabalhando por fora e muito próxima do limite externo da nossa Zona Econômica Exclusiva.
Estas informações são provenientes do sistema AIS SATELITAL e, portanto, são reportadas apenas quando o equipamento está ligado. Depreende-se que, uma vez desligado o equipamento, os barcos podem perfeitamente invadir as nossas águas jurisdicionais, sem que as suas posições sejam registradas no site.
Em comum, tanto no documento enviado pelo SAPERJ como na resposta da Marinha, foi mencionada a importância dos barcos de pesca nacionais reportarem à Autoridade Marítima a presença de barcos estrangeiros de pesca não autorizados a trabalhar nas AJB.
A fim de que nossas embarcações de pesca também possam atuar como sentinelas avançadas do mar sob jurisdição nacional, o SAPERJ interagiu com uma empresa para desenvolver um aplicativo que possibilitasse o repasse de partes de contato de barcos estrangeiros de forma simplificada, porém com as informações e dados necessários para embasar o planejamento de ações de patrulha costeira de unidades navais da Marinha do Brasil nas áreas consideradas focais, onde poderão incidir a presença de barcos estrangeiros de pesca.
Atendendo à nossa solicitação a empresa CARRIERWEB desenvolveu um aplicativo para celular denominado VIGILANTE DO MAR para comunicar barcos estrangeiros de pesca trabalhando em nossas águas.
No aplicativo, além da possibilidade de fotografar a embarcação, serão fornecidos dados importantes como a latitude e longitude da origem da informação, introduzida manual ou automaticamente, características porventura registradas do barco de pesca estrangeiro como cor do casco, tamanho aproximado, nome e outras informações consideradas pertinentes.
Estas informações ficarão armazenadas na memória do celular e serão enviadas automaticamente para o SAPERJ quando o barco estiver no alcance de um sinal 3G, 4G ou WiFi.
O SAPERJ por sua vez providenciará o encaminhamento das partes de contato para a Autoridade Marítima.
A frota pesqueira nacional, que é uma parcela importante do Poder Marítimo, necessita se conscientizar que também deve contribuir pela integridade e soberania da nossa Amazônia Azul.
Desta forma, faz-se necessário que os armadores de pesca orientem e motivem os seus patrões de pesca para baixar o aplicativo, que estará disponível, gratuitamente, a partir de 01 de julho na App Store, para comunicar a presença de barcos estrangeiros capturando os recursos pesqueiros existentes em nossas águas jurisdicionais.
Flavio Leme
Presidente da Comissão Nacional da Pesca da CNA
Fonte: Estadão Conteúdo
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado debate, nesta quarta-feira (21), o relatório favorável do senador Romero Jucá (PMDB-RR) à reforma trabalhista-sindical (PLC 38/17). O projeto foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), na semana passada, e, rejeitado, nesta terça-feira (20), na Comissão de Assuntos Sociais.
Na próxima quarta-feira (28), a CCJ agendou para votar o parecer do senador Jucá. O texto, em seguida, estará disponível para análise e voto no plenário, que poderá ocorrer até 17 de julho, já que o recesso parlamentar ocorre entre os dias 18 e 31 de mesmo mês.
“Inevitavelmente, à medida que o fosso entre os sete principais operadores e todos os outros se amplia, aumentará a especulação sobre se os operadores mais pequenos podem manter-se e permanecer competitivos em termos de custos”, refere a nota da Drewry.
O exemplo mais recente da onda de consolidação do sector, é que é ao mesmo tempo uma resposta dos mais pequeno aos desafios colocados pelos maiores é a fusão das áreas de negócio de contentores da K Line, MOL e NYK, A Ocean Network Express (ONE) daí resultante entra directamente para o quinto lugar no ranking global, com cerca de 1,7 milhões de TEU de capacidade (contabilizando já as encomendas em carteira), de acordo com a consultora.
A Hapag-Lloyd é o sexto maior operador, com aproximadamente 1,6 milhões de TEU, e a Evergreen ocupa o sétimo lugar, com cerca de 1,3 milhões de TEU (de novo já com a contabilização da carteira de encomendas).
A distância é substancial para os oitavo e nono maiores operadores, respectivamente a OOCL – com aproximadamente 769 000 TEU – e a Yang Ming – com cerca de 708 000 TEU. E daí para baixo a situação repete-se, ou agrava-se.
Estes números estão muito longe dos das três maiores companhias, Maersk Line, MSC e CMA CGM. De resto, com as fusões e aquisições registadas ao longo dos anos, esse domínio é ainda mais avassalador.
Segundo a Drewry, aqueles três operadores concentram, no presente (incluindo as respectivas carteiras de encomendas), 42% da capacidade mundial de transporte marítimo de contentores. Em 2005, a sua quota de mercado conjunta ficava-se por 26%.
A Maersk Line lidera, com os seus 4,2 milhões de TEU a representarem 18% da capacidade mundial. A MSC tem uma quota de 13,5% da capacidade global (ronda os 3,1 milhões de TEU). Já a capacidade da CMA CGM, de cerca de 2,4 milhões de TEU, representa 10,4% do total mundial, de acordo com a Drewry.
Fonte:Transportes&Negócios
População jovem
Atualmente, apenas 8% da população brasileira possui mais de 65 anos de idade, nível próximo ao de países com demografia jovem como Turquia, México e Chile, apontam os dados mais recentes do Banco Mundial, de 2015.
Por ter gasto elevado e população ainda jovem, o Brasil é exceção à regra, comenta o economista e especialista em Previdência Paulo Tafner. “A literatura considera que gastos previdenciários acima de 13% ou 14% são elevados e, mais importante, associados a países envelhecidos", diz.
Um estudo da assessoria econômica do ministério do Planejamento, de 2015, mostra o Brasil como uma “notável exceção à regra” da “estreita relação entre os gastos previdenciários e a proporção da população acima de 65 anos”.
Envelhecimento acelerado
Por ser considerado um país de população ainda jovem, o Brasil está em situação favorável quanto à proporção entre o número de idosos e adultos em idade economicamente ativa, a chamada razão de dependência demográfica (RDD).
Mas o ritmo de envelhecimento da população tende a se acelerar mais rapidamente nos próximos anos, invertendo essa relação. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a razão de dependência no Brasil vai saltar dos 11% atuais para 36% até 2050. Ou seja, para cada 100 adultos aptos a contribuir no mercado de trabalho – "braços" –, o país terá 36 idosos (ou "bocas") para alimentar.
Um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI), de dezembro do ano passado, previa que os gastos previdenciários do Brasil, somando INSS e servidores, vão crescer para cerca de 26% até 2050. “As razões são novamente o envelhecimento da população e as regras de aumento dos benefícios”, aponta o órgão.
Descompasso
O peso dos gastos previdenciários nas contas públicas e a tendência de envelhecimento da população são os principais argumentos em defesa da reforma da Previdência, que está em análise no plenário da Câmara dos Deputados. A proposta cria uma idade mínima de aposentadoria que, na prática, fará com que os segurados se aposentem mais tarde.
O diretor de pós-graduação em direito Previdenciário da PUC/SP, Wagner Balera, defende que o descompasso entre gasto com Previdência e o perfil etário se deve a um atraso de duas décadas na agenda de reformas do sistema. “Países mais avançados fizeram suas reformas a partir da década de 1980”, afirma. Na avaliação de Balera, quanto mais tempo a reforma demorar para sair, mais penosos serão seus efeitos.
Para o especialista em Previdência do Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas (IBEP), Theodoro Vicente Agostinho, não se pode comparar a realidade brasileira à de países ricos e menores como os europeus como argumento para modificar o sistema previdenciário.
Agostinho acredita que um dos motivos para o gasto elevado do sistema brasileiro é a aposentadoria por tempo de contribuição, que permitiu a uma boa parcela da população se aposentar com idade precoce e continuar trabalhando para receber um complemento de renda.
“Sou favorável a uma readequação do sistema previdenciário, já que a população viverá mais e terá mais qualidade de vida. Mas há outras formas de atacar o gasto elevado que não estão sendo discutidas”, diz.
O especialista em Previdência considera que as mudanças propostas na Previdência deveriam vir acompanhadas não só da criação de uma idade mínima, mas também de uma política pública de empregabilidade para adequar as regras às condições do mercado de trabalho e garantir o equilíbrio entre gasto e arrecadação.
“Poderiam também incentivar meios de arrecadação, como aumentar o poder de fiscalização da Receita, ter leis mais rígidas para estados e municípios e estimular a população a contribuir para a Previdência”, afirma Agostinho.
Pontos da reforma da Previdência
Entre os principais pontos da proposta de reforma da Previdência que deverá ser votada no plenário da Câmara estão a idade mínima de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres para aposentadoria pelo INSS, além da exigência de pelo menos 25 anos de tempo de contribuição. A proposta cria ainda uma regra de transição para quem já está no mercado de trabalho.
Por se tratar de uma proposta de alteração na Constituição, a proposta precisará de pelo menos 308 votos, em dois turnos de votação, no plenário da Câmara.
Fonte: Valor Econômico
Fonte: AssCom Força Sindical