IMAGEM: SÉRGIO LIMA/PODER360

Mesmo que não tenha votado o projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), o Congresso Nacional — Câmara dos Deputados e Senado Federal —, faz recesso branco a partir desta quinta-feira (18).

Sem o recesso formal, o prazo de vigência das medidas provisórias — 120 dias —, por exemplo, continua sendo contado. Quando há recesso formal, essa contagem é suspensa. A votação do parecer do relator à LDO, senador Confúcio Moura (MDB-RO), está prevista para agosto.

Pela Constituição, o recesso do Congresso vai até dia 31 de julho. Ou seja, o retorno seria dia 1º de agosto, mas, em razão do calendário eleitoral, o retorno aos trabalhos foi adiado.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), comunicou que, por acordo entre líderes, serão realizadas 3 semanas de esforço concentrado na Casa antes do primeiro turno das eleições — em 6 de outubro.

Esforço concentrado

Na Câmara dos Deputados, vai haver sessões entre os dias 12 e 14; e 26 e 28 de agosto; e ainda em 9 e 11 de setembro.

No primeiro período, a tentativa é para votar o segundo projeto que trata da regulamentação da Reforma Tributária, sobre o Comitê Gestor — o PLP (Projeto de Lei Complementar) 108/24, do Poder Executivo.

No Senado, vai haver sessões dias 6 e 7 e 13 e 14 de agosto. Entre os projetos que podem ser analisados nesse período está o que trata da dívida dos estados e municípios com a União.

PLP de Pacheco
Trata-se do PLP 121/24, de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) apresentado em 9 e junho. A proposta visa facilitar o pagamento dos valores devidos pelos estados à União.

O montante da dívida ultrapassa os R$ 700 bilhões. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul respondem pela maior parte dos débitos. A proposta prevê a mudança de indexador da dívida.

O senador Davi Alcolumbre (União-AP) deve ser o relator do projeto.

FONTE: DIAP

IMAGEM:  Rodolfo Almeida/SUMAÚMA

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) estuda voltar a oferecer ao mercado áreas exploratórias nas bacias da margem equatorial brasileiraalvo de embate entre as áreas ambiental e energética do governo.

A região não é incluída em leilões da ANP desde 2013, quando foram arrematadas o bloco 59 da bacia da Foz do Amazonas, que a Petrobras tenta licenciar. Segundo a ANP, os estudos respondem a elevada demanda do setor por dados sobre as áreas.

"Alguns dados de aquisição e processamento dispostos nas áreas da Bacia de Pelotas, do Sul da Bacia de Santos, e das bacias da Margem Equatorial, estão sendo solicitados constantemente nos últimos meses", diz a nota técnica que aprovou cronograma de estudos. 

Em abril, por exemplo, as bacias de Barreirinhas e da Foz do Amazonas receberam, cada, seis requisições de acesso a dados geológicos. Assim, defendeu a Superintendência de Dados Técnicos da agência, "seria interessante focar nessas bacias devido ao seu alto interesse mapeado e potencial associado".

A ANP diz que fará avaliações geoeconômicas para definir quais blocos podem ser oferecidos na chamada oferta permanente de áreas petrolíferas —o modelo de leilão vigente desde 2017 no país, no qual a agência oferece setores de blocos que receberam manifestação prévia de interesse de petroleiras.

Os estudos, diz a ANP, têm o objetivo de "dar continuidade à promoção de transparência e previsibilidade para que o mercado possa direcionar seus investimentos futuros com mais assertividade". A margem equatorial será estudada em 2025. Este ano, o foco são as bacias de Pelotas e Santos. 

As bacias da margem e quatorial foram retiradas de leilões diante de incertezas com relação à obtenção de licença ambiental. Em pareceres recentes, o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) indica não ver viabilidade para a exploração da região.

O órgão ambiental já se posicionou contra a perfuração de poços tanto na bacia da Foz do Amazonas, que fica no litoral do Amapá, quando na Bacia de Barreirinhas, no litoral do Maranhão. A Petrobras foca hoje em tentar liberar a licença do bloco 59 da Foz do Amazonas e conta com apoio da área energética.

Atualmente, há 37 concessões marítimas para exploração de petróleo nas cinco bacias que compõem a margem equatorial: Potiguar, Ceará, Barreirinhas, Pará-Maranhão e Foz do Amazonas. Destas, 16 estão suspensas por questões ambientais nas três últimas bacias.

A maior parte dos contratos suspensos está na bacia de Barreirinhas: são 10 dos 14 contratos em vigência atualmente. Em agosto de 2023, consórcio liderado pela Shell decidiu devolver quatro concessões nessa área, arrematadas em 2013 por um valor equivalente hoje a R$ 500 milhões.

A resistência à exploração na área ganhou apoio de organizações ambientalistas, contrárias à abertura de novas fronteiras exploratórias em um cenário de emergência climática. 

Petrobras e a área energética do governo defendem, por outro lado, que o Brasil precisa de novas reservas para não se tornar importador de petróleo já na próxima década, quando a produção pré-sal começa a entrar em declínio.

A presidente da estatal, Magda Chambriard, defendeu em sua cerimônia de posse que a renda do petróleo é necessária para financiar a transição energética no país. "Não existe falar em transição energética sem mencionar quem vai pagar essa conta. É o petróleo que vai pagar essa conta", afirmou.

O ex-diretor da ANP Allan Kardec vê grandes chances de que as bacias voltem a leilões já em 2025. "O momento político é da margem equatorial", afirma, lembrando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem se manifestando de forma favorável à exploração.

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

IMAGEM: POLITIZE

O cumprimento de jornada de 12 horas diárias em regime de turnos ininterruptos de revezamento — o que perfaz, em média, 72 horas semanais — configura ato ilícito causador de dano existencial pelo empregador, uma vez que priva o empregado das horas necessárias para o exercício de direitos fundamentais previstos na Constituição Federal.

A partir desse entendimento, a 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou, em decisão unânime, uma companhia de energia elétrica a pagar R$ 50 mil de indenização a um eletricitário que era submetido a essa jornada. 

Na reclamação trabalhista, o eletricitário, admitido em 1997, disse que trabalhava em turnos ininterruptos de revezamento de oito horas, mas essa jornada era frequentemente extrapolada para até 12 horas, sem intervalo.

O juízo da Vara do Trabalho de Bagé (RS), além de determinar o pagamento de horas extras, condenou a empresa a indenizar o trabalhador por dano existencial. Mas o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) excluiu a indenização. Apesar de confirmar a extrapolação recorrente da jornada, o TRT-4 entendeu que a prestação habitual de horas extras não acarretaria dano passível de reparação, mas apenas o direito ao pagamento dessas horas.

Princípio da dignidade humana
 

O relator do recurso de revista do trabalhador, ministro Alberto Balazeiro, apontou que a Constituição Federal estabelece o limite de oito horas diárias e 44 semanais para a jornada de trabalho e assegura proteção contra condutas que possam comprometer a dignidade humana. A CLT, por sua vez, limita as horas extras a duas por dia.

Essas limitações, na visão do relator, decorrem da necessidade de convívio familiar, saúde, segurança, higiene, repouso e lazer. No caso do eletricitário, ele observou que, computadas 12 ou 13 horas de trabalho e seis horas de sono, restariam somente de seis a sete horas para a vida pessoal, sem contar as horas gastas com deslocamento. 

Na sua avaliação, esse tempo reduzido impede o exercício de direitos fundamentais, o que viola o princípio da dignidade humana. “Não se trata de mera presunção. O dano está efetivamente configurado”, afirmou o relator.

Para o ministro, jornadas extenuantes, além de comprometerem a dignidade do trabalhador, também aumentam significativamente o número de acidentes de trabalho, repercutindo na segurança de toda a sociedade. Com informações da assessoria de imprensa do TST.

FONTE: CONJUR

IMAGEM:  Photo courtesy Indian Navy

IMB relata declínio na pirataria marítima, mas alerta para aumento da violência contra tripulações

O Bureau Marítimo Internacional (IMB) relata uma diminuição nos incidentes de pirataria e assaltos à mão armada contra navios no primeiro semestre de 2024. No entanto, o Bureau apela a uma vigilância sustentada para proteger os marítimos num contexto de violência crescente.

No primeiro semestre de 2024, foram registados 60 incidentes de pirataria e assaltos à mão armada contra navios, uma diminuição em relação aos 65 incidentes registados no mesmo período de 2023, de acordo com o relatório do IMB do 1º semestre de 2024. Dos 60 incidentes relatados, 46 embarcações foram abordadas, oito sofreram tentativas de ataque, quatro foram sequestradas e duas foram alvejadas, com uma taxa de sucesso de abordagem de 85%.

O relatório do IMB revelou um preocupante aumento da violência contra os tripulantes, com 85 feitos reféns, 11 sequestrados e dois ameaçados. Armas e facas estiveram envolvidas em 34 incidentes.

“Embora estejamos tranquilos ao ver uma queda no número geral de atos de pirataria relatados, o aumento preocupante de incidentes de natureza violenta sublinha a necessidade de vigilância contínua por parte da comunidade internacional para garantir a segurança de todos os marítimos – especialmente neste momento de maior incerteza para o transporte marítimo”, disse o secretário-geral da ICC, John W.H. Dentão.

Pirataria Somali

Apesar do declínio global nos incidentes relatados, a pirataria somali continua a ser uma ameaça, com oito incidentes relatados no primeiro semestre de 2024, incluindo três sequestros. Os piratas somalis continuam a demonstrar a capacidade de atacar navios até 1.000 milhas náuticas da costa somali.

O Diretor do IMB, Michael Howlett, pediu cautela, aconselhando os armadores e comandantes a endurecerem suas embarcações e seguirem as diretrizes recomendadas nas mais recentes Melhores Práticas de Gestão durante o trânsito nas águas da Somália.

Golfo da Guiné

No Golfo da Guiné, os incidentes caíram de 14 para 10 nos primeiros seis meses de 2024, mas as ameaças à segurança e ao bem-estar da tripulação continuam. A região é responsável por 11 sequestros de tripulantes em todo o mundo no primeiro semestre deste ano, em dois incidentes separados, e 21 tripulantes feitos reféns num incidente. O IMB sublinha a necessidade de uma presença naval regional e internacional robusta para responder a estes incidentes.

Estreito de Singapura

O Estreito de Singapura registou uma diminuição notável nos incidentes relatados, de 13 no primeiro semestre de 2024, em comparação com 20 no mesmo período do ano passado. No entanto, a localização e o embarque de grandes navios que transitam nestas águas continuam a ser uma preocupação. Os crimes oportunistas de baixo nível continuam, com 10 tripulantes feitos reféns em seis incidentes separados, e armas e facas relatadas em 11 incidentes.

O relatório do IMB destaca que, apesar do declínio nos incidentes relatados, alguns permanecem não relatados. O arquipélago indonésio registou 12 incidentes, o maior desde o início de 2021, com dois tripulantes feitos reféns e um ameaçado. Facas estiveram envolvidas em seis incidentes e armas em um. A ancoragem de Dumai viu um aumento para seis incidentes este ano, de um no primeiro semestre de 2023.

No Bangladesh, os incidentes de baixa intensidade aumentaram de um nos primeiros seis meses de 2023 para dez em 2024, o número mais elevado registado no primeiro semestre desde 2015. Todos os navios estavam ancorados, com oito incidentes comunicados em Chattogram.

O IMB reitera a necessidade de vigilância contínua e de esforços regionais e internacionais robustos para salvaguardar a vida no mar.

“Embora o declínio nos incidentes relatados seja bem-vindo, a cooperação marítima regional sustentada e contínua continua a ser essencial para salvaguardar os marítimos, o transporte marítimo e o comércio globais. Não há espaço para complacência”, disse Howlett.

FONTE: GCAPTAIN

IMAGEM: THE FABRICATOR

A prorrogação da jornada de trabalho como forma de compensação por horas que seriam trabalhadas aos sábados normalmente é de apenas 48 minutos, e a legislação permite o acréscimo de duas horas diárias, além da jornada normal, para compensação de horário ou horas extras. Assim, a prorrogação em 48 minutos não pode ser considerada um direito indisponível, mesmo se a atividade for insalubre.

Com esse entendimento, o Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) reconheceu a constitucionalidade do inciso XIII do artigo 611-A da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e, com isso, validou normas coletivas que permitem a prorrogação da jornada para compensação semanal em atividades insalubres.

O dispositivo em questão diz que convenções e acordos coletivos de trabalho prevalecem sobre a lei quando tratam de prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes. O trecho foi inserido na CLT em 2017, pela reforma trabalhista. 

No processo de origem, uma empregada contestava a prorrogação da jornada em atividade insalubre, permitida pelas normas coletivas da sua categoria.

As normas diziam que isso era possível independentemente do artigo 60 da CLT, que exige licença prévia das “autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho” para quaisquer prorrogações em atividades insalubres.

Reforma em julgamento

Antes de julgar um recurso nessa ação, a 2ª Turma do TRT instaurou um incidente para que o Pleno decidisse se a possibilidade aberta pela reforma era constitucional.

Nesse julgamento, prevaleceu o voto do desembargador Rosiul de Freitas Azambuja. Ele lembrou que o Supremo Tribunal Federal já validou quaisquer normas coletivas que afastam ou restringem direitos trabalhistas, desde que não sejam direitos indisponíveis (previstos na Constituição e dos quais o cidadão não pode abrir mão).

Para ele, a prorrogação da jornada como forma de compensação, geralmente em 48 minutos, não pode ser considerada “um direito absolutamente indisponível pelo fato de ser feita em atividade insalubre”.

O inciso XXII do artigo 7º da Constituição cita como direito dos trabalhadores a “redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança”. O magistrado não viu violação a esse trecho.

Dispositivo genérico

Azambuja ressaltou que o dispositivo constitucional é genérico, pois não estabelece quais são as normas. “Não se pode entender que a dispensa da licença prévia da autoridade competente para a jornada compensatória em atividade insalubre seja contrária ao disposto no mencionado inciso.”

Além disso, o inciso XIII do mesmo artigo 7º admite a compensação de horários “mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”, sem fazer referência à insalubridade ou não da atividade.

Por fim, o desembargador destacou que a prorrogação em 48 minutos diários não traz “maiores riscos” do que o trabalho em seis dias por semana com uma única folga: “Parece ser certo que dez entre dez funcionários preferem trabalhar 48 minutos a mais por dia de segunda a sexta-feira, ainda que a atividade seja insalubre, do que laborar um dia a mais na semana”.

FONTE: CONJUR 

IMAGEM: CARNIVAL CRUISE LINE/DIVULGAÇÃO

 

Após ouvir ponderações da Conttmaf, o Conselho Nacional de Imigração (CNIg) comunicou, na última sexta-feira (5), através de ofício à Confederação, a rejeição pelo colegiado ao pedido de redução do percentual de tripulantes brasileiros nos navios de cruzeiro feito pela Cruise Lines International Association (CLIA).

A decisão reforça a importância de se garantir um percentual mínimo de 25% de nacionais em relação ao total de profissionais a bordo das embarcações que atuam no setor, como prevê o art. 4º da Resolução Normativa nº 5 do CNIg, com redação dada pela Resolução CNIg MJSP nº 43, de 23 de julho de 2020.

O presidente da Conttmaf, Carlos Augusto Müller, ressalta que as entidades sindicais marítimas propuseram à CLIA a negociação de acordo coletivo de trabalho que poderia dar mais segurança jurídica e previsibilidade para a relação de trabalho, mas a rejeição patronal em dar continuidade às discussões para um possível acordo evidenciou que as empresas de navios de cruzeiro desejam atuar em nossas águas sem cumprir a legislação brasileira.

Nesse sentido, a resposta do CNIg aos armadores internacionais deixa claro que essas empresas devem prezar pelo respeito a normas jurídicas em vez de se aproveitarem de situações excepcionais passadas para tentar aplicar interpretações equivocadas em benefício próprio.

A Conttmaf está com os radares ligados para a tentativa dos armadores da CLIA em seguir violando as leis brasileiras.

Conforme destaca Müller, o Sindicato Nacional dos Tripulantes Não Aquaviários em Embarcações Marítimas, o Sindextrarol, fundado no início deste ano pelos trabalhadores da categoria, com o apoio do sistema confederativo, tem legitimidade para negociar acordos coletivos da tripulação não aquaviária.

“Para nós, fica evidente que os trabalhadores terão de se mobilizar de forma mais efetiva e lutar juntos se esperam que os armadores de cruzeiros os tratarem com respeito”, ressaltou Müller.

A Conttmaf destaca a importante atuação dos conselheiros do CNIg, fazendo um agradecimento especial aos representantes dos trabalhadores, indicados pelas centrais sindicais, que prontamente receberam a nossa Confederação e ouviram os nossos argumentos: Ismael José César (CUT), Elias Ferreira (FS) e Francisco Canindé Pegado do Nascimento (UGT).

IMAGEM: ANP

Em reunião com MME, MDIC e Casa Civil, representantes do Sinaval, Abimaq e Abemi levaram sugestões para estimular indústria local

Entidades setoriais apresentaram ao governo, na última quinta-feira (11), um conjunto de propostas com o objetivo de aumentar a participação da indústria local de bens e serviços, no setor de petróleo e gás natural. O grupo, com representantes de estaleiros, fornecedores e do setor de engenharia, defendeu um conteúdo local mínimo (CLM) estável e que dê segurança aos investimentos, permitindo a criação de políticas de estímulo para aumentar a participação da indústria local em todas as fases da cadeia de valor, desde a exploração até a produção de petróleo e gás.

O Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), a Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi) e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) reafirmaram a necessidade de uma política de conteúdo local previsível e juridicamente estável para atrair investimentos e utilizar a capacidade ociosa da indústria nacional.

As propostas foram apresentadas a representantes dos ministérios de Minas e Energia (MME), do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Casa Civil. O encontro, na sede do MME, em Brasília, também contou com a participação de órgãos do governo, tais como a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

As entidades também sugeriram a garantia da previsibilidade da demanda com a realização de novos leilões e definição de índices de CLM, principalmente na Margem Equatorial. Outra proposta é que para plataformas de petróleo se fixe o CLM para três grandes grupos: Engenharia; Equipamentos e Materiais; e Construção, Montagem, Integração e Comissionamento. Também estão na pauta a criação de um novo fundo garantidor para construção naval e offshore, que já era defendido pelos estaleiros, além do estabelecimento de um novo modelo de contratação, com concorrências separadas para casco, topsides e integração.

Sinaval, Abemi e Abimaq também pedem a previsão para manutenção do fluxo de caixa neutro nos pagamentos aos vencedores das concorrências, além da integração e fortalecimento da cadeia de fornecedores e da priorização da execução, no Brasil, da Engenharia (básica e de detalhamento). O grupo solicitou ainda a revisão e adequação das políticas públicas, associadas a temas como: instrumentos legais, apoio financeiro de longo prazo, apoio à exportação e incentivos fiscais federais, estaduais e municipais.

O Sinaval considera que a implementação dessas propostas é fundamental para garantir o desenvolvimento sustentável da indústria de petróleo e gás no Brasil, além de incentivar a indústria de construção naval e offshore brasileira. O sindicato observa um esforço do governo para reativar o setor naval no Brasil. A avaliação é que, após a posse da atual presidente da Petrobras, Magda Chambriard, a empresa tem se mostrado mais ativa e disposta a entender as dores dessa indústria.

O sindicato também entende que as propostas apresentadas pelas entidades ao governo vão ao encontro da licitação da Transpetro, divulgada nesta semana, para a contratação de quatro navios da classe Handy, com capacidade de 15 mil a 18 mil toneladas de porte bruto (TPB), com o primeiro lançamento de embarcação previsto para 2026.

O secretário-executivo do Sinaval, Sérgio Leal, acrescentou que a atividade possui caráter estratégico para geração de emprego, renda e tecnologia para o país. “É importante que haja continuidade nos investimentos em exploração, como, por exemplo, a extração na Margem Equatorial, a fim de que se garanta maior previsibilidade de desenvolvimento para o setor”, comentou Leal.

O Sinaval estima que a redução dos índices de conteúdo local e a preferência por fornecedores internacionais resultaram em perdas significativas para a indústria naval brasileira. A economia nacional teria perdido aproximadamente R$ 32 bilhões anualmente, com a perda de 60 mil empregos diretos e 180 mil indiretos. De acordo com o sindicato, entre 2005 e 2012, foram realizados investimentos significativos em novos estaleiros, ampliações e modernizações. Contudo, a percepção é que a capacidade instalada permanece subutilizada devido às barreiras financeiras e operacionais enfrentadas pelos fornecedores nacionais.

O Sinaval entende que um cenário de instabilidade jurídica, baixa previsibilidade e as constantes mudanças nas regras trouxeram prejuízos significativos para a indústria local de bens e serviços. O entendimento é que a redução drástica dos percentuais de conteúdo local pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e a edição da resolução 726/2018 pela ANP alteraram profundamente o cenário competitivo, prejudicando ainda mais os fornecedores nacionais.

Consulta pública

Na ocasião, o MME lançou um chamamento público de subsídios sobre a política de conteúdo local no setor de petróleo e gás. “Nossa ideia é montar um grande panorama que vá nos auxiliar a aperfeiçoar essa demanda, e por isso queremos ouvir representantes da sociedade e da indústria por meio da consulta pública, buscando evoluir na política de conteúdo local“, disse o secretário de petróleo, gás natural e biocombustíveis da pasta, Pietro Mendes, durante a reunião. A consulta ficará aberta até o próximo 26 de julho.

FONTE: Portos e Navios – Danilo Oliveira

IMAGEM: OTAN/REPRODUÇÃO

Uma coligação de sindicatos marítimos de estados membros da OTAN emitiu uma declaração conjunta instando a aliança a aumentar o investimento na marinha mercante, que é considerada crucial para combater adversários crescentes e proteger as nações em tempos de crise.

O apelo surge no momento em que a OTAN assinala o seu 75º aniversário, destacando o papel crítico das marinhas mercantes na resiliência, segurança e defesa nacionais num contexto de crescentes tensões geopolíticas.

Os sindicatos, que representam os marítimos mercantes de vários países da OTAN, enfatizaram o atual cenário geopolítico volátil, apontando para a guerra na Ucrânia, a escalada da violência no Médio Oriente e os esforços de outras nações para dominar o alto mar. Alertaram que o declínio alarmante no número de marítimos mercantes qualificados e de navios mercantes com bandeira nacional compromete significativamente as obrigações da OTAN para com os seus membros.

O professor Geoffrey Till, antigo Chefe de Estudos de Defesa do King’s College London, sublinhou a questão, afirmando: “Uma marinha mercante saudável e linhas marítimas de comunicação seguras são essenciais para a segurança nacional na paz e na guerra”.

Estudos recentes destacaram vulnerabilidades no setor marítimo dos Estados Unidos, que depende fortemente de navios de bandeira estrangeira e enfrenta uma diminuição da capacidade de navegação mercante e de construção naval. A questão não se limita aos EUA; o Reino Unido e outras nações marítimas tradicionais da OTAN sofreram declínios semelhantes durante décadas.

A proliferação de bandeiras de conveniência, como as do Panamá, da Libéria e das Ilhas Marshall, enfraqueceu as marinhas mercantes nacionais em toda a Europa. Muitos estados enfrentam actualmente mínimos históricos no número de marítimos e de navios mercantes de bandeira nacional.

Os sindicatos argumentaram que a diminuição da marinha mercante e a escassez de oficiais e classificações qualificados prejudicam as capacidades coletivas e individuais para apoiar a logística militar e garantir cadeias de abastecimento essenciais de energia, alimentos e fornecimentos médicos durante conflitos e emergências de saúde. Este declínio representa riscos graves com consequências potencialmente desastrosas.

A declaração apela aos governos membros da OTAN que utilizem o marco do 75º aniversário para se comprometerem com investimentos significativos em capacidades marítimas, fortalecerem as suas marinhas mercantes e investirem em profissionais marítimos.

Os sindicatos defendem uma coligação de nações marítimas com ideias semelhantes para trabalharem em conjunto para aumentar o número de marítimos mercantes qualificados e navios nacionais registados, acabar com os incentivos para bandeiras de conveniência e acabar com a exploração de tripulações estrangeiras.

A declaração conjunta foi assinada por:

Nautilus International (Reino Unido e Holanda)

ACV-Transcom (Bélgica)

CFDT: Union Fédérale Maritime (França)

Oficiais Marítimos Dinamarqueses

Associação Finlandesa de Engenheiros

Sindicato dos Oficiais de Navios Finlandeses

Organização Internacional de Mestres, Companheiros e Pilotos (EUA)

Associação Beneficente de Engenheiros Marítimos (EUA)

União Norueguesa de Engenheiros Marinhos

União dos Marítimos da Croácia

Associação de Oficiais Marítimos de Sjöbefälsföreningen (Suécia)

 FONTE: GCAPTAIN

IMAGEM: AGÊNCIA PETROBRAS

A política de conteúdo local volta a ganhar destaque no setor de óleo e gás. O Ministério de Minas e Energia (MME) realizou nesta semana uma reunião de trabalho para discutir o assunto. O encontro também marcou o lançamento de um chamamento público para coletar subsídios e avançar na discussão do tema. A consulta pública ficará aberta até 26 de julho e pode ser acessada através deste link.

“Nossa ideia é montar um grande panorama que vá nos auxiliar a aperfeiçoar essa demanda, e por isso queremos ouvir representantes da sociedade e da indústria por meio da consulta pública, buscando evoluir na Política de Conteúdo Local”, pontuou o secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, Pietro Mendes, representando o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante a reunião.

A reunião ouviu representantes de diversas entidades ligadas ao setor, com o objetivo de fortalecer a indústria nacional e impulsionar o desenvolvimento econômico do país. Para a diretora-geral da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), Cynthia Silveira, o tema possui grande importância para a indústria brasileira. “Além do fortalecimento do setor, a Política de Conteúdo Local visa aumentar o uso da capacidade produtiva local, hoje parcialmente ociosa, o estímulo da economia nacional e a geração de empregos no país”, observou.

Segundo a executiva, um ponto de extrema relevância é o financiamento de projetos complexos. “Esses instrumentos em geral são atrelados a condições de compras de equipamentos, e precisamos posicionar a indústria local”, explica. Também estiveram representados na reunião a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), e a Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento da Casa Civil.

Além do fortalecimento do setor, a Política de Conteúdo Local visa o aumento da capacidade produtiva local, o estímulo da economia nacional e a geração de empregos. A resolução Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) nº 11, de 20 de dezembro de 2023, ajustou os percentuais mínimos obrigatórios de exploração de blocos em mar (30%), e de desenvolvimento da construção de poço (30%). Cabe à ANP a regulação e fiscalização da indústria na implementação da política.

CONSULTA PÚBLICA SOBRE RELATÓRIOS DE CONTEÚDO LOCAL

Ainda nesta semana, a ANP também aprovou a realização de consulta e audiência públicas sobre a minuta de resolução que revisa a regulamentação de relatórios de conteúdo local (Relatório de Gastos Trimestrais – RGT e Relatório de Conteúdo Local – RCL). Será feita ainda uma alteração pontual na Resolução nº 870/2022, relativa à participação especial, em aspecto relacionado ao RGT.

O RGT e o RCL são enviados à ANP pelas empresas para prestar contas do cumprimento das obrigações de conteúdo local previstas nos contratos de exploração e produção de petróleo e gás natural.  A nova proposta de resolução, que será agora submetida a consulta e audiência públicas, contempla, principalmente: previsão de modelo de relatório para a partilha de produção; definição dos critérios de relacionamento entre os relatórios e os compromissos contratuais; padronização de prazos e procedimentos para os relatórios; atualização de conceitos relativos a princípios contábeis e impostos; detalhamento dos documentos para comprovação de gastos com fornecedores nacionais; e previsão da declaração no RGT da etapa de desenvolvimento de gastos específicos realizados de forma antecipada na fase de exploração, contemplando também a alteração da Resolução ANP nº 870/2022, para a uniformização regulatória.

Os compromissos de conteúdo local são os assumidos pelas empresas de exploração e produção de petróleo e gás natural de contratação de um percentual mínimo de bens e serviços nacionais. Os relatórios de conteúdo local têm como finalidade subsidiar a comprovação do cumprimento dos compromissos da fase de exploração e da etapa de desenvolvimento da produção nos contratos de exploração e produção de petróleo e gás natural.

FONTE: PETRONOTÍCIAS

 

 

 

IMAGEM: REUTERS/Ricardo Moraes

 

A Transpetro anunciou no último dia 5 o lançamento de edital de licitação pública internacional para a construção de quatro navios da classe Handy, para transporte de derivados de petróleo, com capacidade entre 15 mil e 18 mil toneladas de porte bruto. As aquisições fazem parte do TP 25, programa de renovação e ampliação da frota do Sistema Petrobras.

Nesta segunda-feira, 8, o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, detalhou a primeira fase do programa em entrevista coletiva na sede da empresa, ressaltando que a iniciativa marca o fortalecimento da companhia em um setor de grande importância para o Sistema Petrobras e para o Brasil.

“Esta é uma bandeira que eu sempre defendi, o aumento dos navios de bandeira brasileira na cabotagem, e estamos incorporando unidades consideradas estratégicas na operação logística. Já temos previstas 16 embarcações, entre gaseiros e navios de médio porte, inseridas no Plano Estratégico 2024-2028 da Petrobras, e mais navios estão em estudo para integrar o Plano Estratégico 2025-2029”, afirmou Bacci.

Ainda segundo o presidente da Transpetro, todos os estudos demonstraram a economicidade favorável à aquisição das embarcações frente ao afretamento de navios estrangeiros, que tem sido a prática prioritária da Petrobras. Os novos navios também terão a vantagem de incorporar tecnologias de eficiência energética para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, atendendo às normas da Organização Marítima Internacional (IMO).

O diretor de Transporte Marítimo da Transpetro, Jones Soares, celebrou o fato de que a nova expansão da frota trará mais empregos para marítimos nacionais na cabotagem. “Teremos navios com tripulação brasileira e bandeira brasileira. Em junho, nós admitimos novos empregados, tanto do quadro de terra quanto do quadro de mar, e com a renovação da frota essas necessidades aumentarão mais ainda. Então, é uma perspectiva muito positiva de expansão, não só dos equipamentos, mas também da força de trabalho no mar”, avaliou Soares.

O segundo-presidente do Sindmar e diretor para Assuntos de Gente do Mar da Conttmaf, José Válido, avalia que a ampliação da frota brasileira é, além de bem-vinda, extremamente necessária. “Quando foi criada, em 1953, a Petrobras contava com 22 petroleiros. Mais de 70 anos depois, são apenas 26 os navios operados pela Transpetro. Esperamos que esta frota, que já teve mais de 80 navios, possa ser ampliada com um número maior de embarcações de bandeira nacional para reduzir a dependência atual da Petrobras das bandeiras de conveniência”, disse ele.

De acordo com Sérgio Bacci, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, deu prioridade a essa contratação desde que assumiu o comando da estatal, em maio. Em depoimento gravado, apresentado durante a entrevista coletiva, ela comemorou o início das licitações.

“Com essas embarcações que nós anunciamos hoje ficaremos menos expostos a oscilações de preço e iremos reduzir os custos com afretamentos e reforçar a nossa capacidade logística para o transporte de petróleo e de derivados. (…) Eu espero sinceramente que esse seja um importante marco de sucesso e o início de uma sequência de novas contratações a contribuir para o fortalecimento da nossa indústria naval e offshore”, declarou Chambriard.

O primeiro Handy deverá ser lançado ao mar até junho de 2026. As empresas interessadas têm prazo de 90 dias para apresentação das propostas e a previsão é que a divulgação do estaleiro vencedor e a assinatura do contrato ocorram em dezembro deste ano.

Todos os estaleiros que cumprirem os requisitos técnicos e econômicos da concorrência estão aptos para construir os navios. Contudo, o edital prevê aspectos tributários e de financiamento – como a isenção de impostos de importação e o acesso ao Fundo de Marinha Mercante (FMM) – que beneficiam os estaleiros nacionais. “Essas aquisições de navios que estamos anunciando são, sem dúvida, um grande estímulo para a indústria naval brasileira e esperamos que os estaleiros nacionais aproveitem essa oportunidade”, concluiu Bacci.

IMAGEM: Argentina.gob.ar

Os argentinos poderão em breve ser grandes transportadores de petróleo bruto (VLCCs) ao largo da sua costa.

Está em construção um oleoduto para transportar petróleo bruto de Vaca Muerta, a maior formação de xisto da América do Sul, até ao porto de Punta Colorada, localizado a cerca de 300 km a sul da capital Buenos Aires, no Atlântico.

De acordo com o corretor Gibson, o novo gasoduto deverá transportar 180 mil barris por dia até 2026 e, eventualmente, atingir 400 mil barris por dia em 2030. O terminal de carregamento será equipado com duas amarrações de ponto único projetadas para acomodar VLCCs.

Atualmente, a maior parte das exportações de petróleo bruto da Argentina são realizadas em aframaxes.

Os planos de produção sugerem que a Argentina poderá figurar entre os 20 maiores exportadores de petróleo bruto até ao final da década, com grande parte da produção destinada à Ásia, segundo Gibson.

 FONTE: SPLASH247.COM

IMAGEM: PETROBRAS

Para estaleiros, licitação reforça compromisso com retomada

Após publicação de edital da Transpetro para aquisição de 4 navios, Sinaval destacou que indústria naval está pronta para projetos e que conta com parque instalado de nível mundial.

O Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore informou, nesta segunda-feira (8), que recebeu com satisfação a licitação da Transpetro, a qual considera reforçar o compromisso com a retomada do setor naval nacional. O Sinaval destacou que a indústria está pronta para operar e que os estaleiros contam com um parque instalado de nível mundial, com investimentos de modernização e construção recentes de novas plantas, além de recursos aplicados em gestão, governança e integridade.

“A nova licitação é um marco para a navegação brasileira, que tanto esperou para voltar a impulsionar o motor da economia que cerca essa atividade, ajudando no desenvolvimento econômico e social do país”, manifestou o sindicato em nota.

A diretoria da Transpetro considera que todos os estaleiros nacionais de grande porte estão aptos, desde que comprovem capacidade econômica e técnica. Caso contrário, o concorrente poderá ser desclassificado, conforme preveem as regras da licitação. “Acredito que os estaleiros nacionais vão responder à nossa demanda porque estão, há muitos anos, sem ter encomendas. E acredito que teremos proposta não só de estaleiros nacionais como de internacionais porque há muito tempo não se tinha demanda”, comentou o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, em coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (8), na sede da empresa, no Rio de Janeiro (RJ).

A estratégia por construir, em vez de afretar esses navios levou em conta as regras de governança da holding, que faz estudos para verificar o que é melhor para o sistema Petrobras, além de diálogos com todos setores da empresa nos últimos anos, mostrando números estimados de quanto custa afretar, construir no Brasil e construir no exterior,

“Houve um diálogo amplo entre a Transpetro e o sistema Petrobras. Chegou-se à conclusão que é mais barato para o sistema Petrobras hoje construir do que afretar porque esses navios handy são de baixa liquidez no mercado — não tem tanto navio no mercado, o que encarece o preço do afretamento. É mais interessante para o sistema Petrobras construir para fazer frente à baixa liquidez que existe no mercado”, argumentou.

A licitação dos quatro primeiros navios é aberta e internacional. Bacci frisou que a legislação não proíbe que estaleiros em recuperação judicial participem desses projetos, desde que comprovem a capacidade técnica e econômica. “Todos os estaleiros que cumprirem os requisitos técnicos e econômicos da concorrência estão aptos para construir os navios que serão adquiridos”, garantiu.

O presidente da Transpetro ressaltou que a licitação seguiu integralmente as regras de governança e integridade do sistema Petrobras e que todos os estudos demonstram a economicidade favorável à aquisição dos novos navios frente ao afretamento de embarcações. “Essas aquisições de navios anunciadas hoje são grande estímulo à indústria naval brasileira e esperamos que os estaleiros nacionais aproveitem esta oportunidade”, afirmou.

FONTE: Portos e Navios – Danilo Oliveira