IMAGEM: Divulgação/Agência de Notícias do Paraná

 

O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APexBrasil) realizarão a cerimônia de assinatura do Acordo de Cooperação Técnica, no dia 24 de janeiro de 2024, as 14:30h, no MPA.

Este é o início de uma parceria entre a ApexBrasil e o MPA, que tem por objetivo ampliar a internacionalização da cadeia produtiva de pescado, por meio de ações voltadas à qualificação, inteligência de mercado e promoção comercial. 

 

 

IMAGEM: US NAVY

O êxodo do Mar Vermelho está ganhando força em vários setores, com o Egipto aceitando o fato de que sofrerá um grande impacto nas receitas geradas pelos trânsitos do Canal de Suez este ano.

Os trânsitos do Canal de Suez geraram receitas de US$ 10,25 bilhões para o Egito no ano passado. O número de trânsito caiu 30% nos primeiros 11 dias de Janeiro, e caiu ainda mais nos últimos dias, à medida que os Houthis no Iémen – apoiados pela inteligência e pelos armamentos iranianos – alargaram os seus alvos.

Embora o transporte de contêineres tenha liderado o afastamento do Suez, conforme destacado no mais recente relatório semanal de mercado da Alphaliner, outros setores, incluindo GNL, petróleo e granéis sólidos, estão seguindo o exemplo.

Várias empresas petrolíferas, como Shell, ADNOC e Reliance Industries, juntaram-se esta semana à BP na suspensão das suas viagens através do Mar Vermelho.

Splash relatou ontem que o graneleiro Zografia, de propriedade grega, foi atingido por um dispositivo explosivo enquanto transitava pelo sul do Mar Vermelho com destino a Israel. Após os ataques dos EUA e do Reino Unido contra militantes Houthi na semana passada, um graneleiro de propriedade da Eagle Bulk Shipping, com sede nos EUA, foi atingido no início da semana por um míssil no Golfo de Aden. Mais avistamentos de drones e esquifes foram relatados esta manhã.

As seguradoras nervosas estão aumentando os prêmios e os navios com ligações aos EUA, Reino Unido ou Israel estão enfrentando uma pressão adicional dos seus fornecedores de seguros.

“Os subscritores estão adicionando cláusulas dizendo que não há envolvimento dos EUA, do Reino Unido ou de Israel”, disse Marcus Baker, chefe global de marinha e carga da Marsh, à Bloomberg ontem. “Quase todo mundo está colocando algo assim, e muitos incluem as palavras ‘propriedade’ ou ‘interesse’.”

“Os armadores e afretadores podem descobrir que o reencaminhamento em torno de África é mais rentável do que incorrer nos custos combinados das taxas de trânsito do Canal de Suez e dos prémios de seguro”, disse a corretora Clarksons Securities numa nota esta semana.

Os militares dos EUA realizaram um novo ataque no Iêmen na terça-feira contra mísseis balísticos antinavio em uma parte do país controlada pelos Houthi.

FONTE: SPLASH

IMAGEM: 

Pisos negociados nos acordos coletivos ficam, em média, 25% acima do salário mínimo

No ano passado, 77% dos acordos coletivos foram fechados com reajustes salariais acima do INPC, índice do IBGE utilizado como referência nas negociações. O balanço do Dieese, divulgado nesta quinta-feira (18), leva em conta um painel com 19.531 acordos. Outros 17,3% tiveram reajustes equivalentes à inflação, enquanto 5,7% ficaram abaixo do INPC acumulado na data-base.

O levantamento, parcial, ainda pode ter alterações. De acordo com o instituto, a variação real média no ano, até agora, corresponde a 1,11% acima do INPC-IBGE. Pelo último dado, o índice está acumulado em 3,71%.

Entre os setores econômicos, a indústria tem 82,2% de acordos com aumento real (acima da inflação). Em seguida, o setor de serviços aparece com 79%. Já o comércio tem ganho real em 56,4% dos casos. Indústria e comércio têm reajustes abaixo do INPC em aproximadamente 5% dos acordos e os serviços, em 6,7%.

Em relação aos tipos de instrumentos coletivos, aumentos reais continuam mais frequentes entre os acordos coletivos (78,9%) do que entre as convenções coletivas (72,7%), embora entre os primeiros também se verifique maior regularidade de resultados abaixo do INPC do que nas convenções (6% e 5,1%, respectivamente).

Pisos salariais

Já o valor médio dos pisos salariais foi de R$ 1.651,57 – o Dieese considera 19.551 pisos incluídos em acordos coletivos. Esse valor fica 25% acima do salário mínimo oficial (R$ 1.320 no ano passado). O maior piso médio é o dos serviços (R$ 1.689,35) e o menor, do setor rural (R$ 1.564,85).

FONTE: REDE BRASIL ATUAL

IMAGEM: FINEP

A Finep e o Conselho de Pesquisa da Noruega (RCN), com o intuito de implementar o acordado no Memorando de Entendimentos que celebraram em novembro, acabam de lançar a chamada pública conjunta Finep-RCN em 2023, para apoio a projetos de cooperação entre os dois países, a serem iniciados em 2024. Os temas são: energias sustentáveis e petróleo. O envio de propostas é até 06 de março.

Pelo lado do Brasil, a Finep destinará até R$ 15 milhões para essa chamada conjunta, com a intenção de dividir esses recursos igualmente entre projetos de petróleo e de energia renovável.

O projeto pode incluir a colaboração com parceiros industriais e/ou parceiros do setor de P&D (universidades, institutos de pesquisa, demais ICTs etc.). No entanto, isso não é um requisito obrigatório.

Portanto, adicionalmente, o FNDCT alocará até R$ 3 milhões para o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com o objetivo de financiar bolsas dos participantes brasileiros para atividades na Noruega.

O financiamento pela Finep está aberto às empresas constituídas de acordo com a legislação brasileira para a produção ou comercialização de bens ou serviços, com fins lucrativos, cujos atos societários estejam devidamente arquivados em cartório de registro competente e que tenham sede no Brasil.

Importante ressaltar que as empresas / instituições norueguesas e brasileiras que receberem financiamento público dentro do mesmo consórcio internacional não podem pertencer ao mesmo grupo econômico.

FONTE: FINEP

IMAGEM: CONTÁBEIS

Presidente defendeu estabilidade a trabalhadores como contrapartida para redução de tributo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta quinta-feira (18), os empresários que defendem a desoneração da folha de pagamento e cobrou contrapartidas dos donos de empresas.

As declarações foram dadas durante discurso na refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, na região metropolitana do Recife. As obras do empreendimento pivô da Operação Lava Jato foram retomadas.

"Esse país não pode ficar subordinado à pequenez de umas pessoas que agora estão brigando para que a gente faça desoneração das horas extras, da folha de salário, deixar de pagar imposto na folha de salário. Por acaso os empresários que fazem essa proposta estão fazendo para nós uma contrapartida?", questionou Lula. 

"Se eles querem fazer desoneração, por que não garantem estabilidade para os trabalhadores durante todo o período? Por que não garante uma parte do que vai lucrar para distribuir em forma de salário para os trabalhadores?", perguntou o petista.

Em dezembro, o Congresso derrubou um veto do chefe do Executivo à proposta e manteve a prorrogação da medida, aprovada anteriormente pelos próprios parlamentares até o final de 2027. 

Em reação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enviou uma medida provisória ao Congresso, propondo a reoneração gradual da folha e a consequente revogação da lei promulgada após a derrubada do veto. A medida, anunciada por Haddad em 28 de dezembro de 2023, vale a partir de 1º de abril.

A ideia do Ministério da Fazenda é levar em consideração a principal atividade que as empresas desempenham por meio da Cnae (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Conforme avaliação feita pela SPE (Secretaria de Política Econômica), serão dois grandes grupos.

Um grupo de 17 atividades passaria a pagar alíquota de 10% sobre a faixa de um salário mínimo dos funcionários, e 20% sobre o que exceder essa faixa. Para outras 25 atividades, a contribuição patronal seria de 15% sobre a faixa de até um salário mínimo e 20% sobre o valor de salário que exceder essa faixa.

O benefício da desoneração da folha foi criado em 2011, no governo Dilma Rousseff (PT), e prorrogado sucessivas vezes. A medida permite o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários para a Previdência.

A desoneração vale para 17 setores da economia

Também são contemplados os segmentos de calçados, call center, confecção e vestuário, construção civil, empresas de construção e obras de infraestrutura, entre outros.

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 

IMAGEM: (REUTERS/Khaled Abdullah)


Região vive escalada da tensão nas últimas semanas

Um navio foi atingido por um míssil na costa do Iêmen nesta segunda-feira (15), de acordo com o órgão do Reino Unido responsável por operações de comércio marítimo (Ukmto).

O incidente ocorreu 95 milhas náuticas (176 quilômetros) a sudeste de Aden, importante cidade portuária iemenita, e a embarcação teria sido atingida "de cima".

"As autoridades estão investigando. Navios são aconselhados a transitar com cautela e a reportar qualquer atividade suspeita para a Ukmto", disse o órgão.

Segundo a Ambrey, companhia britânica especializada em riscos marítimos, a embarcação atacada é de propriedade americana e tem bandeira das Ilhas Marshall, mas a ação não teria deixado feridos nem impedido o cargueiro de navegar.

Trata-se do navio Eagle Gibraltar, pertencente à empresa Eagle Bulk, que tem sede em Connecticut e é cotada na Bolsa de Nova York.

A região tem sido palco nas últimas semanas de recorrentes ataques dos houthis, grupo rebelde que controla parte do Iêmen desde 2014, contra navios mercantis com destino a Israel, em apoio à causa palestina.

Na última sexta (12), forças de Estados Unidos e Reino Unido conduziram bombardeios aéreos no Iêmen para reduzir a capacidade militar dos houthis no Mar Vermelho.

"Não hesitaremos em agir novamente", prometeu o premiê britânico, Rishi Sunak.

FONTE: TERRA

 

Ataques a navios feitos pelos houthis na costa do Iêmen inviabilizam operações no canal de Suez; rota alternativa contornando a África encarece viagens

O custo do frete marítimo internacional dobrou em janeiro diante das restrições de operação causadas pelos ataques de um grupo houthi a navios comerciais nas proximidades do Iêmen. O preço médio para transportar 1 contêiner subiu de US$ 1.520 em meados de dezembro para US$ 3.070 em janeiro. 

O cálculo considera os custos do frete marítimo nas principais rotas globais de transporte de contêineres. Inclui despesas como combustível e seguros, que subiram cerca de 250% para navios que passam pela região. Os dados são do WCI (Índice Mundial de Contêineres, na tradução do inglês), calculado pela consultoria britânica Drewry.

A costa do Iêmen é estratégica para o comércio internacional. É a porta de entrada do canal de Suez, no mar Vermelho, que é o menor caminho para navios da Ásia (sobretudo a China) acessarem a Europa. Estima-se que 15% das exportações globais passem por ali.

Os ataques a navios vêm sendo feitos pelos houthis desde novembro, mas se intensificaram no final de dezembro e na 1ª quinzena de janeiro. O grupo afirma que a ação é uma demonstração de apoio aos palestinos e ao Hamas. Os principais alvos são embarcações dos Estados Unidos, aliado de Israel.

Uma coalizão liderada pelos EUA com apoio de países europeus iniciou na semana passada uma ofensiva para destruir bases houthis. O grupo respondeu dizendo que a ação terá consequências e que seguirá atacando navios desses países, considerados inimigos..

O grupo tem sua origem no norte do Iêmen e pertence ao segmento xiita da religião muçulmana, assim como o Irã. A religião une o grupo e o governo do Irã. Ambos se consideram integrantes do “Eixo de Resistência”, que inclui o Hamas.

Os ataques têm ocorrido no golfo de Áden, próximo ao estreito de Bab Al-Mandab. É a ligação do mar Vermelho com o Oceano Índico. Os cargueiros que vêm da China precisam passar pela área para acessar o canal de Suez rumo à Europa. O mesmo se dá com petroleiros da Rússia para países como China, Índia e Coreia do Norte, que passam pela região para sair do canal.

Pelo menos 18 companhias marítimas globais, incluindo a gigante dinamarquesa Maersk, mudaram suas rotas. Os navios rumo à Europa estão contornando a África, passando pelo Cabo da Boa Esperança. O desvio eleva o tempo médio de viagem em cerca de 11 dias, afirma Larry Carvalho, advogado especialista em logística, direito marítimo e agronegócio.

“Como o comércio global não pode parar e são cargas que não podem ser enviadas de avião, a alternativa é contornar a África. Mas isso aumenta o tempo e as despesas da viagem. Só o custo com óleo bunker (combustível de navio) é de US$ 30.000 por dia navegado. Aumentar o tempo de viagem eleva essa despesa em mais de US$ 300 mil”, afirma.

Segundo a consultoria Drewry, o desvio fez o preço para transportar 1 contêiner subir mais de 200% nas rotas que ligam o porto de Xangai, na China –que é o maior do mundo– até as cidades de Gênova (Itália) e Roterdã (Holanda).

FONTE: PODER360

 

 

IMAGEM: FAZCOMEX

O presidente Lula (PT) sancionou nesta segunda-feira 15 uma lei cujo objetivo é dar segurança jurídica e estabilidade regulatória aos serviços de praticagem. Trata-se do trabalho de guiar os navios em pontos sensíveis dos portos até a atracagem, além do retorno ao mar.

O texto confirma a Marinha como única autoridade marítima a deter a competência para a regulação econômica da praticagem, incluindo a homologação das escalas únicas de rodízio. Já a Agência Nacional de Transportes Aquaviários deve auxiliar a Marinha em tomadas de decisão sobre eventual abuso de poder econômico.

A matéria consolida a dinâmica de rodízio único, já editada pela Marinha. Conforme esse instrumento, os serviços são desempenhados a partir de uma escala atrelada a uma determinada zona de praticagem. Assim, o Estado busca garantir a frequência de manobras necessárias à proficiência, a distribuição equânime e a disponibilidade permanente do serviço de praticagem.

A nova lei assegura a todo prático o livre exercício do serviço, desde que atendida a regulação técnica e econômica da atividade.

Para manter a habilitação, o prático deverá cumprir uma frequência mínima de manobras estabelecida pelo Comando da Marinha e realizar cursos de aperfeiçoamento. Também terá de observar determinações de organismos internacionais competentes, desde que reconhecidas pela autoridade marítima.

FONTE: CARTA CAPITAL

 

 

IMAGEM: PANAMÁ CANAL AUTHORITY

A fila de navios que esperam em ambas as extremidades do Canal do Panamá representa apenas metade da média histórica desde que a hidrovia se expandiu em 2016, destacando a mudança dramática no comércio marítimo no hemisfério ocidental vista nos últimos meses, desde que as autoridades também reduziram os números diários de trânsito. como calado máximo.

Os últimos dados da Autoridade do Canal do Panamá (ACP) mostram que há apenas 45 navios na fila aguardando trânsito, exatamente 50% menos que a média histórica dos últimos oito anos. No pior momento do congestionamento do canal, em agosto passado, havia mais de 160 navios esperando, momento em que os administradores do canal informaram que as restrições estariam em vigor por muitos meses, levando a indústria naval a decidir em massa procurar rotas alternativas.

Para os navios que hoje aguardam uma viagem para o norte, eles terão uma longa espera. A média de dias na fila dos navios não reservados para os navios com destino ao norte é de 15,1 dias, enquanto os navios com destino ao sul só têm de esperar 3,6 dias.

A Autoridade do Canal do Panamá (ACP) aumentou os trânsitos diários para 24 este mês, após fortes chuvas nas últimas sete semanas. A medida substitui o anúncio anterior que previa trânsitos diários em 20 slots para janeiro e 18 slots para fevereiro.

As restrições estão em vigor há mais de seis meses em resposta aos desafios colocados pelo estado actual do Lago Gatún, no meio do canal, que regista níveis de água invulgarmente baixos.

A seca persistente fez com que o ACP reduzisse o calado máximo nas suas eclusas maiores, bem como reduzisse o número de trânsito diário em mais de 40%, provocando um êxodo de tráfego com muitos navios optando por rotas mais longas, quer através dos cabos, quer através do Canal de Suez, uma via navegável. que se deparou com os seus próprios problemas nos últimos meses, com os Houthis no Iémen a visarem o tráfego marítimo comercial no sul do Mar Vermelho.

FONTE: SPLASH247.COM

IMAGEM: Montagem sobre fotos Wikimedia Commons

Relatório do Fundo indica que metade dos empregos afetados pela IA será prejudicada, enquanto o restante pode se beneficiar

inteligência artificial (IA) afetará 60% dos empregos nas economias avançadas, afirmou a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, pouco antes de partir para o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.

"As economias avançadas e alguns mercados emergentes verão 60% de seus empregos afetados", disse em uma entrevista em Washington, citando um novo relatório do Fundo Monetário Internacional sobre o assunto.

"E depois diminui para 40% para os mercados emergentes, 26% para os países de baixa renda", acrescentou, referindo-se ao relatório do FMI, que aponta que, globalmente, quase 40% do emprego mundial está exposto à IA.

O relatório indica que metade dos empregos afetados pela IA será prejudicada, enquanto o restante pode se beneficiar do aumento da produtividade devido à IA. 

"Seu trabalho pode desaparecer completamente, o que não é bom, ou a inteligência artificial pode aprimorar seu trabalho, tornando-o mais produtivo e aumentando sua renda", explicou Georgieva à AFP.

Embora inicialmente a IA tenha um impacto menor nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento, também é menos provável que se beneficiem das vantagens dessa nova tecnologia, de acordo com o FMI.

"Isso poderia agravar a lacuna digital e a disparidade de renda entre os países", continuou o relatório, acrescentando que os trabalhadores mais velhos provavelmente serão mais vulneráveis às mudanças causadas pela IA.

O FMI vê uma oportunidade significativa para as políticas abordarem essas preocupações, disse Georgieva à AFP.

"Devemos nos concentrar em ajudar os países de baixa renda, em particular, a agir mais rapidamente para aproveitar as oportunidades que a inteligência artificial apresentará", disse.

"Em outras palavras, abracem-na, está chegando", acrescentou. "Então, a inteligência artificial, sim, assusta um pouco. Mas também é uma tremenda oportunidade para todos".

FONTE: AFP

 

IMAGEM: RBNA CONSULT

Montante aprovado na última reunião do conselho do FMM de 2023 inclui mais de R$ 4 bilhões para construção de embarcações de apoio marítimo e mais de R$ 900 milhões em reparos, docagens e modernizações.

O Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM) aprovou aproximadamente R$ 6,5 bilhões em prioridades para novos projetos do setor naval e de infraestrutura aquaviária, na 54ª reunião ordinária, realizada em dezembro. Um dos destaques foi o segmento de apoio marítimo, com R$ 4,8 bilhões priorizados, dos quais R$ 4,2 bilhões para a CMN Offshore Brasil voltados à construção de 10 embarcações de apoio marítimo, classe PSV 5.000 TPB, modelo ‘Damen Green Ethanol’, no estaleiro da Wilson Sons, no Guarujá (SP). Outros R$ 570,3 milhões foram priorizados para a Starnav e são referentes à construção de duas embarcações de apoio marítimo, classe PSV-5.000, modelo ‘multipurpose DBL Green Line’, no estaleiro do grupo, Detroit Brasil (SC), com valor total de R$ 570,3 milhões.

No segmento ‘Apoio à navegação’, foram priorizados R$ 165,6 milhões para a Wilson Sons construir 3 rebocadores ASD 2312 de 70 TTE (tração estática), com FiFi, no estaleiro do grupo. A Marlin Serviços Ambientais obteve prioridade, no valor total de R$ 87,6 milhões, para a construção de 12 embarcações, sendo 2 rebocadores de 800 HP, 8 rebocadores de 1.200 HP, e 2 rebocadores de 2.000 HP, no estaleiro São Miguel (RJ). Já a Transdourada Navegação recebeu prioridade do CDFMM para a construção de 4 empurradores fluviais 2.400 HP, no estaleiro Juruá (AM), com valor total de R$ 50,2 milhões.

A Transdourada Navegação também conquistou prioridade para a construção de uma balsa guindaste 3.749 TPB com capacidade para 800 toneladas/hora, uma estação de transbordo de carga (ETC) flutuante 4.590 TPB com capacidade para 600 toneladas/hora, 16 balsas graneleiras box 2.187 TPB, 32 balsas graneleiras racked 2.048 TPB, no estaleiro Juruá, com valor total de R$ 300,3 milhões.

Infraestrutura aquaviária
A Transdourada recebeu ainda uma prioridade para a construção de um sistema de fundeio, composto por dois conjuntos de poitas, âncoras, boias e amarras, sendo um para fundeio de navios classe Panamax e outro para fundeio de até dois comboios com 20 balsas graneleiras cada, no estaleiro Juruá, com valor total de R$ 13,8 milhões.

Estaleiros
A Mega Construções e Reparos Navais recebeu prioridade do CDFMM para a construção do estaleiro de reparos navais no Distrito Industrial de Icoaraci, Belém (PA), com valor total de R$ 35,5 milhões. Já a INC — Indústria Naval Catarinense Ltda apresentou projeto para a execução de ampliação e modernização no estaleiro localizado em Navegantes (SC) e teve aprovado prioridade que totaliza R$ 48,4 milhões.

O CDFMM aprovou ainda mais de R$ 900 milhões em prioridades para manutenção e upgrades, dos quais R$ 608,2 milhões voltados para reparos e docagens e R$ 351 milhões para modernizações, conforme resumo abaixo. Os projetos foram apresentados pelas empresas Asgaard Bourbon, Bram Offshore, CBO, OceanPact e Wilson Sons.

Reparo/Docagem
Empresa: CBO Serviços Marítimos;
Projeto: docagem de 4 PSV 3000 (CBO Alessandra, CBO Carolina, CBO Renata e CBO Valentina), 3 PSV 4500 (CBO Energy, CBO Ipanema E CBO Supporter) e 1 RSV (CBO Isabella);
Estaleiro: Aliança (RJ);
Valor total: R$ 181 milhões;

Empresa: CBO
Projeto: docagem de 5 PSVs 4500 (CBO Bianca, CBO Itajaí, CBO Oceana, REM Mistral, SIDDIS Sailor) e 01 PSV 3000 (CBO Aliança);
Estaleiro: Aliança (RJ);
Valor total: R$ 87,9 milhões;

Empresa: Asgaard Bourbon Navegação
Projeto: docagem do AHTS Geonisio Barroso;
Estaleiro: Dock Brasil (RJ);
Valor total: R$ 24,4 milhões;

Empresa: Asgaard Bourbon
Projeto: docagem do AHTS Yvan Barreto;
Estaleiro: Dock Brasil (RJ);
Valor total: R$ 21,1 milhões;

Empresa: Wilson Sons
Projeto: reparo com docagem/ classificação de 31 embarcações do tipo rebocador;
Estaleiro: Wilson Sons (SP);
Valor total: R$ 246,3 milhões;

Empresa: Oceanpact
Projeto: manutenção e reparo do OSRV Macaé e do RSV Parcel de Manuel Luis;
Estaleiro: São Miguel (RJ);
Valor total: R$ 21,9 milhões;

Empresa: Oceanpact
Projeto: manutenção e reparo do RSV Parcel das Paredes e docagem do RSV Parcel dos Meros;
Estaleiro: na empresa OWLL Empreendimentos Portuários;
Valor total: R$ 5 milhões;

Empresa: Bram Offshore
Projeto: reparo dos PSVs Eland e Bram Buccaneer;
Estaleiro: Navship (SC);
Valor total: R$ 20,6 milhões

Modernização
Empresa: Bram Offshore
Projeto: modernização de 3 AHTS, denominadas Bram Atlas, Bram Titan e Mr. Chafic;
Estaleiro: Navship (SC);
Valor total: R$ 27,4 milhões;

Empresa: CBO Serviços Marítimos
Projeto: modernização dos OSRV CBO Rio e CBO Vitória, do PSV 3000 CBO Alessandra, do AHTS 21000 CBO Endeavour e do PSV 4500 CBO Ipanema;
Estaleiro: Aliança (RJ);
Valor total: R$ 103,4 milhões;

Empresa: CBO
Projeto: modernização de 5 AHTS 18000 (CBO Bossa Nova, CBO Parintins, CBO Xavantes, CBO Iguaçu, CBO Cabrália) e 3 PSVs 3000 (CBO Anita, CBO Bianca e CBO Campos);
Estaleiro: Aliança (RJ)
Valor total: R$ 220,2 milhões.

A resolução do CDFMM com a relação de prioridades, publicada no Diário Oficial da União, na última semana, já está em vigor e tem vigência de 450 dias.

FONTE: Portos e Navios – Danilo Oliveira

 

IMAGEM: UNITSHIPPING

Dona da quinta maior frota de transporte marítimo no mundo, a Hapag-Lloyd informou nesta sexta-feira (12) que está tendo um gasto extra de dezenas de milhões de dólares em virtude da medida adotada para evitar passar pelo Mar Vermelho, onde navios comerciais vêm sendo alvo de ataques de grupo de rebeldes houthis, que protestam contra Israel por causa do conflito contra o grupo terrorista Hamas.

O porta-voz da companhia comunicou que a empresa está com "custos adicionais por mês na casa dos dois dígitos de milhões" desde que adotou o percurso pela Cabo da Boa Esperança, que contorna a África pelo sul para realizar o transporte entre Ásia e Europa. Normalmente, as embarcação usam o Mar Vermelho, que passa também pelo Canal de Suez e demora em média 12 dias a menos que a rota pelo Cabo da Boa Esperança. O porta-voz não informou especificamente o valor extra gasto.

De acordo com o porta-voz, as entregas para os Estados Unidos também foram impactadas com a mudança e estão com um atraso de uma semana.

Ao mesmo tempo, a Hapag-Lloyd parabenizou os ataques feitos por EUA e Reino Unido contra os rebeldes houthis na tentativa de permitir o tráfego marítimo pelo Mar Vermelho. Os ataques do grupo a navios no Mar Vermelho fizeram com que a Hapag-Lloyd e outras empresas de navegação evitassem a área.

"Acolhemos com satisfação as medidas que tornam a passagem pelo Mar Vermelho segura novamente", afirmou o porta-voz à Reuters.

FONTE: Reuters