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No último domingo (5), os partidos políticos, em suas convenções eleitorais escolheram seus candidatos às eleições presidenciais do dia 7 de outubro, 1º domingo do mês.

As convenções nacionais dos partidos indicaram 14 nomes para a corrida presidencial.

Entretanto, esse número deve cair para 13, porque o PCdoB decidiu ingressar na coligação encabeçada pelo PT e não deverá registrar a candidatura da deputada estadual Manuela D'Ávila (RS). O prazo para registro dos candidatos na Justiça Eleitoral vai até a próxima quarta-feira (15).

O PT vai tentar registar a chapa que reúne o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato à Presidência e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad a vice-presidente, o acordo com o PCdoB prevê que a deputada estadual Manuela D'Ávila (RS) futuramente ocupe a vaga de vice.

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A Petrobras manteve sua meta de US$ 21 bilhões em desinvestimentos até o final do ano, apesar da suspensão da venda de ativos em refino e logística no País. Porém, a direção da estatal admite que o objetivo tornou-se mais difícil.
“A meta de desinvestimento está mantida, mas a decisão do STF torna o processo mais desafiador. Um dos maiores ativos teve seu processo paralisado, mas temos outros importantes que estão em fase final de venda. Além disso, o petróleo está em preço mais alto que o esperado no início do ano”, declarou o presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, em coletiva para jornalistas, na última sexta-feira (03). Em julho, uma decisão cautelar do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF) que condiciona a venda de ações de empresas públicas à autorização do Congresso, fez com que a Petrobras suspendesse processos para parcerias na área de refino e a venda da participação na fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados e na Transportadora Associada de Gás (TAG). O analista da Planner Corretora, Luiz Francisco Caetano, não acredita que a meta, estabelecida para o biênio 2017-2018, será cumprida. “Acho muito difícil, mas é mais importante que se mantenha os desinvestimentos como ferramenta de redução das dívidas. Ano que vem teremos governo novo e, possivelmente, uma direção nova na Petrobras. A preocupação dos investidores é se a atual política irá continuar.”
No 1º semestre de 2018, a companhia contabilizou por volta de US$ 5 bilhões em desinvestimentos. De acordo com Monteiro, já existe previsão de mais US$ 2 bilhões sejam concretizados no próximo semestre. No ano passado, a empresa totalizou US$ 4,5 bilhões em vendas de ativos.
“Não acho relevante que a meta seja cumprida no dia 31 de dezembro. Não faz diferença no longo prazo se isso for atingindo com seis meses de atraso. O fundamental é que os rumos atuais sejam mantidos e, por consequência, ocorra maior geração de caixa”, afirma Caetano.
Já a meta de desalavancagem, de 2,5 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), deverá ser batida. O índice chegou a 3,23 no fechamento do 2º trimestre, redução de 0,19 em relação ao 1º trimestre. “Em 2014, o endividamento líquido era de US$ 109,6 bilhões. Isso foi reduzido para US$ 73,7. Isso que é o mais relevante”, aponta Caetano.
Balanço positivo
A Petrobras anunciou na sexta-feira (03) os resultados financeiros do 2º trimestre. O lucro de R$ 10,072 bilhões foi o melhor resultado para o período desde 2011. “É um resultado marcado pela disciplina em relação ao cumprimento do plano de negócios traçado por essa administração. Vale lembrar que em 2011, o preço do brent era muito maior que o atual”, declarou Monteiro.
A estatal atribuiu o resultado ao aumento da cotação do barril, que resultou em maiores margens nas exportações de petróleo e vendas de derivados no mercado interno, associado a desvalorização do real em relação ao dólar, além da redução das despesas com juros. “Atingimos um menor nível de endividamento, vamos caminhando com mais confiança. Pela tendência mundial de aumento de juros, a Petrobras está acelerando o pagamento de suas dívidas, para que não ocorra um aumento”, revela o executivo. O lucro líquido do 1° semestre foi de R$ 17,033 milhões, crescimento de 257% em relação ao mesmo período de 2017 e também o melhor resultado desde 2011. O EBITDA ajustado aumentou 26% em relação ao 1º semestre de 2017, chegando a R$ 55,835 milhões.
Mercado de combustíveis
A Petrobras também voltou a apresentar melhora no market share de combustíveis, com destaque para o diesel, atingindo 85% do mercado, 20 pontos percentuais acima do patamar de janeiro. “É uma recuperação importantíssima, fruto da política de preços andando em paralelo com o mercado internacional. A importação foi desencorajada”, diz Caetano. Ele também aponta que a greve dos caminhoneiros e o câmbio também ajudaram.
O volume de vendas internas e a produção de derivados caíram em relação ao 1º semestre de 2017. O diretor de refino e gás natural, Jorge Celestino, atribui isso a queda na demanda total, perda de market share para etanol e aumento do teor de biodiesel na mistura. “Ainda assim, a empresa passa por uma retomada consistente de market share de diesel e gasolina. Como consequência, o fator de utilização das refinarias está crescendo.”
Sobre a declaração do ministro de Minas e Energia (MME), Moreira Franco, de que a Petrobras precisa ser pressionada para que decida o mais rápido possível a respeito de investimentos no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), Monteiro limitou-se a comentar que, após reiniciadas, as obras levariam até três para serem concluídas. “Ainda não há uma estimativa para que isso ocorra.” Com investimentos de 13 bilhões de dólares, as obras da Comperj foram interrompidas diante de denúncias investigadas pela operação Lava Jato.

Fonte: DCI

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O Ministério do Trabalho editou e foi publicado, nesta terça-feira (7), no Diário Oficial da União (DOU) portaria para debater sobre o futuro do trabalho. A Portaria 621 instituiu, no âmbito do MTb, o Comitê de Estudos Avançados sobre o Futuro do Trabalho, com composição tripartite, porém não dialogou com os representantes dos trabalhadores, as centrais sindicais.

Diante disso, os representantes das entidades laborais procuraram, na manhã desta terça, o ministro do Trabalho, Caio Vieira de Mello, a fim de debater o assunto. A reação inicial foi discordar do nome do sindicalista apresentado na portaria, pois não foi discutido com as centrais.

Em nota, a Força Sindical, por meio de seu presidente interino, Miguel Torres pediu a “recomposição do Comitê”. De modo que o nome do representante dos trabalhadores seja escolhido e “definido pelas centrais”. Além disso, todos manifestaram-se a favor da inclusão do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos) no Comitê.

O Comitê de Estudos, segunda enuncia os objetivos da portaria, leva em consideração o artigo 7º, inciso XXVII da Constituição, que trata “dos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, inclusive a proteção em face da automação.” E também segue a “sugestão apontada pela Organização Internacional do Trabalho de discussão planetária acerca do tema”.

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Publicado em: 7/08/18 | Edição: 151 | Seção: 2 | Página: 52

Ministério do Trabalho/Gabinete do Ministro

PORTARIA Nº 621, DE 6 DE AGOSTO DE 2018

O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal, e o Decreto nº 8.894, de 3 de novembro de 2016, e

Considerando o art. 7º, inciso XXVII da Constituição Federal, o qual dispõe que são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, inclusive a proteção em face da automação, na forma da lei.

Considerando, ainda, a sugestão apontada pela Organização Internacional do Trabalho de discussão planetária acerca do tema, resolve:

Art. 1º Instituir no âmbito do Ministério do Trabalho o COMITÊ DE ESTUDOS AVANÇADOS SOBRE O FUTURO DO TRABALHO.

Art. 2º O Comitê será composto por:

I - Representante do Ministério do Trabalho: Mario Magalhães;

II - Representante da Casa Civil: Bruno Dalcomo;

III - Representante do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços: Rafael H. R. Moreira;

IV - Representante do Ministério Público do Trabalho;

V - Representante da Ordem de Advogados do Brasil;

VI - Representante da CNI: Silvia Lorena;

VII - Representante do IPEA: Carlos H. Corseuil;

VIII - Paulo Roberto Brito Pereira - Sindicalista;

IX - José Eduardo Rezende Chaves - Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região;

X - Helio Zilbertajn - Professor.

Art. 3° A participação no comitê será de relevante interesse público, sem contrapartida ou remuneração.

Art. 4º Poderão ser convidados pessoas e instituições para colaborar com os trabalhos.

Art. 5º O comitê apresentará relatório final em 45 dias, o qual receberá ampla divulgação.

Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

CAIO VIEIRA DE MELLO

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A 2ª semana de agosto se inicia cheia de novidades. Inicialmente, em função do calendário eleitoral, o Congresso Nacional terá funcionamento peculiar. Na terça (7) e quarta-feira (8), Câmara e Senado farão esforço concentrado.

No plenário da Câmara há 2 medidas provisórias, da pauta de reivindicação dos caminhoneiros: MP 831/18, que reserva 30% do frete contratado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para cooperativas de transporte autônomo, sindicatos e associações de autônomos; e a MP 833/18, sobre isenção da cobrança de pedágio nas rodovias para caminhões com eixos suspensos.

Estão pautados, ainda, o PL 2.724/15, que eleva a participação do capital estrangeiro com direito a voto nas empresas aéreas; o PL 1.202/07, que regulamenta a atividade de lobby; o PLP 200/89, sobre a autonomia do Banco Central; e o PLP 441/17, que trata do Cadastro Positivo. Todas as matérias são polêmicas e sofrerão a interferência do calendário eleitoral.

No Senado, o esforço começa na terça e termina na quinta-feira (9). A prioridade do governo vai ser aprovar os projetos do pré-sal da cessão onerosa (PLC 78/18) e da privatização de distribuidoras da Eletrobras (PLC 77/18). O líder do governo na Casa, Romero Jucá (MDB-RR) vai pedir urgência para ambas as matérias.

Presidenciáveis e eleições de outubro
As eleições de outubro venceram mais uma importante data do calendário eleitoral, que começou no dia 20 de julho e terminou neste domingo (5), quando os partidos deliberam sobre as coligações e candidaturas.

O registro das candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai ser no dia 15 de agosto. No dia 16, começa a propaganda eleitoral. A propaganda no rádio e na TV começa no dia 31 de agosto. Acesse o calendário eleitoral na íntegra

Vai ser 1 eleição de muitas candidaturas — 14 para ser mais exato — lembrando 1989, quando Fernando Collor de Mello venceu Lula em 2º turno. O resultado, então, é o seguinte:

1) Álvaro Dias (Podemos), vice Paulo Rabello de Castro (PSC) - coligação: Podemos / PSC / PTC / PRP;

2) Cabo Daciolo (Patriota), vice Suelene Balduino (Patriota) - chapa pura;

3) Ciro Gomes (PDT), vice senadora Kátia Abreu (PDT-TO) - coligação: PDT / Avante;

4) Geraldo Alckmin (PSDB), vice senadora Ana Amélia (PP-RS) - coligação: PSDB / PP / PTB / SD / PSD / DEM / PR / PRB / PPS;

5) Guilherme Boulos (PSol), vice Sônia Guajajara (PSol) - chapa pura;

6) Henrique Meirelless (MDB), vice Germano Rigotto (MDB) - chapa pura;

7) Jair Bolsonaro (PSL), vice Hamilton Mourão (PRTB) - coligação: PSL / PRTB;

8) João Amoêdo (Novo), vice Christian Lohbauer (Novo) - chapa pura;

9) João Vicente Goulart (PPL), vice Léo Alves (PPL) - chapa pura;

10) José Maria Eymael (DC), vice Helvio Costa (DC) - chapa pura;

11) Lula (PT), vice Fernando Haddad (PT) - chapa pura;

12) Manuela D’Ávila (PCdoB), vice Adilson Araújo (PCdoB) - chapa pura;

13) Marina Silva (Rede), vice Eduardo Jorge (PV) - coligação: Rede / PV; e

14) Vera Lúcia (PSTU), vice Hertz Dias (PSTU) - chapa pura.

Na convenção nacional do PT, realizada neste domingo (5), o partido confirmou o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso em cárcere na Polícia Federal, em Curitiba, condenado a 12 anos e 1 mês, decorrente da condenação por corrupção e lavagem de dinheiro em 2ª instância no âmbito da Operação Lava Jato. Foi confirmado ainda que o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad é o candidato à vice de Lula, a convite de Lula. Finalmente, na noite deste domingo, PT e PCdoB confirmaram coligação para eleição presidencial.

Na prática, como Lula deverá ser considerado inelegível, 1º pelo TSE, depois pelo STF, Haddad o substituirá como candidato e a presidenciável do PCdoB poderá ser a vice.

O PSC (Partido Social Cristão), que cogitava lançar a candidatura do economista e ex-presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, retirou o nome para coligar-se com o Pode-PSC-PTC-PRP, tendo o nome do economista como vice.

O PRTB, que pretendia lançar Levy Fidelis à corrida presidenciável, retirou a candidatura própria para apoiar Bolsonaro oferecendo o nome do general Hamilton Mourão (PRTB) para vice.

“Dia do Basta!”
Na sexta-feira (10), o movimento sindical realiza ato unitário de protesto contra o desemprego, a retirada de direitos da classe trabalhadora e a reforma da Previdência, o chamado “Dia do Basta!”.
FONTE:DIAP

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A competência de uma ação civil pública é definida pelo local do dano. Se ele tiver âmbito nacional, recaindo sobre direitos de pessoas em todo o país, os conflitos deverão ser resolvidos de forma igual. Com esse entendimento, a 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região reconheceu a abrangência nacional da decisão que impede o INSS de cobrar devolução de valores recebidos como benefício assistencial conseguidos por meio de decisão judicial em São Paulo e no Mato Grosso do Sul.

A decisão foi tomada em embargos opostos pelo Ministério Público Federal contra acórdão proferido pelo tribunal em 2015. A decisão impediu o INSS de pedir devolução de quantias pagas por ordem de decisão liminar que depois foi revogada, desde que não houvesse má-fé.

O MPF pediu a ampliação da decisão para todo o território nacional argumentando que o posicionamento atual do Superior Tribunal de Justiça é pela não limitação territorial da eficácia das decisões de ações civis públicas coletivas contra pessoa jurídica de alcance nacional.

Ao acolher o pedido do órgão, o relator, desembargador Antonio Cedenho, afirmou que a possibilidade de ter de devolver os valores recebidos por decisão judicial gera o cenário em que “o destinatário poderá renunciar à sua própria dignidade, sobrevivência, só porque teme a possibilidade de restituição”.

“Ademais, a política de ressarcimento do INSS ameaça interesses difusos relacionados à dignidade da pessoa humana, especificamente à irrepetibilidade dos alimentos. Qualquer indivíduo pode acionar o Poder Judiciário e obter uma tutela de urgência; a garantia de que os valores não sejam restituídos é usufruída indivisivelmente”, ressaltou o magistrado acompanhado por todos os membros da turma.

São Paulo e Mato Grosso do Sul


A ação civil pública do MPF em conjunto com o Sindicado Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos, foi proposta em julho de 2012. Nela, a Procuradoria Regional dos Direitos dos Cidadãos considerou abusiva a cobrança e apontou que a devolução desmotivaria o cidadão a buscar seus direitos na Justiça.

Na época, caso um segurado recebesse benefício assistencial do INSS por decisão judicial, poderia ser obrigado a devolver tudo que já havia obtido se a liminar ou sentença de primeira instância fossem revogadas.

Em 2014, a Justiça Federal julgou a ação parcialmente procedente, levando o INSS e o MPF a recorrerem. No ano seguinte, a 7ª Turma do TRF-3 julgou o processo, condenando o INSS a se abster de cobrar esses valores. O acórdão restringia a abrangência da decisão à jurisdição dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

A cobrança passou a não poder ser feita nem via administrativa nem por nova ação judicial, embora tenha permanecido a possibilidade de pedido de liquidação e cobrança dos débitos nos próprios autos do processo em que a decisão provisória de concessão e a revogação da tutela ou liminar foi concedida, caso se trate de benefício previdenciário. O acórdão reconheceu inviável a cobrança de valores quando se trata de ação sobre benefício assistencial.

FONTE:AMODIREITO

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"Rio Tietê, conto com você uma vida inteira". Os versos do hino da cidade de Pederneiras, no interior paulista, mostram o status quase sagrado de uma hidrovia que ajuda a impulsionar a economia brasileira.

Seja gerando eletricidade ou transportando produtos agrícolas, o rio é fundamental. Mas a crescente escassez de água provocou uma disputa de quem tem mais direito de explorar as águas dos rios, e especialistas dizem que, num cenário cada vez mais agudo de escassez, o governo precisa solucionar esse impasse.

A escassez de água é "o novo cenário de normalidade, não uma emergência", disse Munir Soares, especialista em energia do IEMA (Instituto de Energia e Meio Ambiente).

Um dos principais corredores de transporte do país para o escoamento da produção de soja, milho, fertilizantes e outros produtos agrícolas, a hidrovia Tietê-Paraná ficou fechada por 20 meses entre 2014 e 2016 devido à seca, com uma perda estimada de R$ 1 bilhão para empresas de navegação e de 1.600 empregos.

Diante de novas ameaças de fechamento da hidrovia devido à escassez de chuvas, especialistas cobram do governo e órgãos reguladores mais clareza sobre quem pode explorar o rio, e quando.

A agricultura e o agronegócio responderam por cerca de um quarto do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2017, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária. O Brasil é o terceiro maior produtor de eletricidade das Américas, segundo a AIE (Administração de Informação de Energia), do governo dos Estados Unidos.

No entanto, apesar da existência de uma política nacional que regulamenta o uso dos recursos hídricos, há uma zona cinzenta que desencadeia conflito entre empresas de transporte e energia, segundo Soares.

Em períodos de escassez hídrica, a lei não define claramente quem deve ter acesso prioritário ao rio, que é rico em corredeiras e pontuado por quedas acentuadas, acrescentou o especialista.

Em tempos de chuvas inconstantes, quando o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) determina o despacho de mais energia hidrelétrica, o que demanda mais água para a geração, isso pode impedir a navegação na hidrovia do Tietê, explicou Soares.

Para Soares, se nesta conjuntura a água do rio vai ser usada para gerar eletricidade, os órgãos reguladores precisam deixar isso claro, de modo que as empresas de navegação não sejam surpreendidas e tenham tempo para buscar outras alternativas para evitar prejuízos.

"Se as empresas de transporte não honrarem seus contratos, elas terão problemas."

Segundo Adalberto Tokarski, diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, algumas empresas de transporte entraram com ações na Justiça por causa do prejuízo causado pelo fechamento da Tietê-Paraná em 2014-2016.

"A lei é muito clara, mas ela não é respeitada por causa do poder de interferência do setor elétrico. A lei não dá supremacia ao setor elétrico. Ela garante os usos múltiplos da água, tem que ter um equilíbrio", disse.

DISPUTA PELO RIO

A disputa pelo uso da hidrovia Tietê-Paraná ocorre desde 2001, quando o país enfrentou uma grave crise de falta de energia elétrica devido à escassez de chuvas, e a hidrovia quase foi fechada.   

Em 2014, o Brasil sediava a Copa do Mundo e a água que poderia ter ajudado a manter os níveis da Tietê-Paraná foi usada para gerar eletricidade devido ao aumento da demanda e ao atraso da entrada em operação de grandes usinas.    

Em São Paulo, o abastecimento de água potável chegou a níveis críticos.

Níveis mais baixos dos rios forçam as empresas a reduzir a quantidade de produtos transportados na hidrovia, podendo até mesmo impedir que as barcaças usem o corredor por completo, segundo Raimundo Holanda, presidente da Federação Nacional das Empresas de Navegação Aquaviária (Fenavega).

Em 2017, a hidrovia transportou um recorde de 8,91 milhões de toneladas de carga, um salto de quase 50 por cento ante 6,3 milhões em 2013, informou o Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo por email.

Mas isso estará em xeque se a água do rio for desviada novamente para abastecer as barragens --em um país que depende da energia hidráulica para gerar cerca de dois terços da energia elétrica produzida, disse Tokarski.

A decisão de fechar ou não a hidrovia está nas mãos da ANA (Agência Nacional de Águas).

Diante do risco de fechamento da hidrovia no final do ano passado, a ANA criou uma "sala de crise" que reúne o ONS, a Antaq e representantes do setor de transporte para avaliar as condições de navegação da hidrovia e os níveis de água das barragens.

Em comunicado, a ANA informou que “busca atender aos diversos usos da água sem privilégio ou prejuízo a um setor usuário”, mas admitiu que “nem sempre é possível atender às demandas de todos os setores usuários e pode haver conflitos entre os usos”.

O ONS informou, por meio de nota, que sempre procura fazer a melhor gestão dos recursos hídricos, em articulação com a ANA, de forma a tornar compatível a geração de energia com o atendimento aos usos múltiplos da água. No caso da hidrovia Tietê-Paraná, as condições hidrológicas ainda estão sendo avaliadas, pois estamos no meio do período seco, segundo o ONS.

EMPREGOS EM RISCO

Localizada a pouco mais de 300 km da capital paulista --–onde o Tietê é símbolo da poluição dos rios--, Pederneiras é um ponto estratégico da hidrovia, no qual a carga é transferida para os trens, que a levam até o Porto de Santos para ser exportada, disse Holanda.

"O rio Tietê não é apenas um rio", disse Vicente Minguili, prefeito da cidade conhecida como "a capital da hidrovia".

"A hidrovia é muito importante para gerar empregos e atrair investimentos."

Alan de Moura Lima é um dos 1.600 trabalhadores que perderam o emprego quando a Tietê-Paraná fechou há quatro anos.

"Foi difícil. Passei boa parte da minha vida profissional nessa hidrovia", disse Lima sobre os trilhos da ferrovia em uma ponte sobre o rio Tietê.    

Lima trabalhou na área de logística de duas empresas ligadas à hidrovia por quatro anos, mas depois de ficar desempregado durante um ano, montou uma empresa de revenda de peças com a família e não pensa em voltar para a hidrovia.

"Todo ano há uma ameaça de fechar a hidrovia. Eu não quis voltar por causa dessa incerteza."    

CONFLITOS NA AMAZÔNIA

Conflitos sobre o direito de propriedade dos rios também ocorrem na Amazônia, onde grandes usinas hidrelétricas foram construídas nos últimos anos, provocando queixas de empresas denavegação sobre o efeito das barragens nos níveis das águas dos rios.

Em Porto Velho (RO), empresas de navegação disputam o Rio Madeira com a companhia de energia responsável pela Usina Hidrelétrica de Santo Antônio --uma das maiores do Brasil.

Leudo Buriti, presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia, reclama de mudanças bruscas nos níveis da água dos rios, o que interfere na navegação --o que ele diz que não acontecia antes da construção da barragem.

Em um comunicado por email, a Santo Antônio Energia disse que a usina não interfere nos níveis do rio porque o fluxo que a barragem recebe do rio é imediatamente descarregado.

"As alterações que ocorrem na vazão do rio Madeira ao longo de todos os anos são decorrentes do degelo dos Andes e dos períodos de chuvas intensas na cabeceira do rio", disse a empresa.

Segundo Buriti, outra queixa é a retenção de troncos de árvores que descem pelo rio Madeira pela usina e a liberação desses troncos de uma só vez, atingindo portos e barcos, causando prejuízo e acidentes.

"Temos que gastar muito dinheiro para retirar esses troncos e devolvê-los ao rio. Esses troncos causam problemas com pequenas embarcações de ribeirinhos e pescadores e também atingem as barcaças."

A Santo Antônio Energia disse que a hidrelétrica usa uma estrutura que impede que os troncos cheguem às turbinas, mas sem retê-los, permitindo que sigam seu curso natural.

Benedito Braga, presidente do Conselho Mundial da Água e ex-presidente da ANA, disse que a ANA tem um papel cada vez mais importante na mediação desses conflitos em tempos decrescente escassez de água diante das mudanças climáticas.

"Em função da predominância da geração hídrica, o setor hidroviário tem uma dificuldade com o setor elétrico. Mas a ANA tem todas condições para encontrar soluções para o setor elétrico e a navegação"

Fonte: Folha SP

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Empresa alvo de investigação de propina envolvendo Temer também teria ferido concorrência

Após reunião a portas fechadas na última semana, integrantes do Cade  acreditam que a conselheira Cristiane Alkmin deverá votar pelo arquivamento de uma denúncia contra a Rodrimar, abrindo uma dissidência.

O conselheiro João Paulo Resende e o presidente Alexandre Barreto ainda não votaram em processo administrativo que foi paralisado em 2016. O placar está em três a zero contra a Rodrimar, com voto desfavorável do relator, Paulo Burnier, e o julgamento nesta quarta (8)

As empresas do setor aguardam com ansiedade o julgamento, que pode mudar a interpretação sobre uma taxa cobrada pelas empresas chamada no jargão do mercado de THC2 (terminal handling charge) --paga para movimentar a carga deixada pelos navios até um armazém ou apenas para retirá-la do cais.

A denúncia contra Rodrimar no Cade foi feita por uma empresa que armazena cargas que chegam ao porto de Santos (SP), chamada Marimex.

Ela acusa a Rodrimar de prática lesiva à concorrência, uma vez que a cobrança da taxa desestimularia a contratação de um armazém independente para estocagem.

A Rodrimar, como outras empresas que operam nos terminais portuários, entre os quais o Grupo Libra, Santos Brasil, Embraport e BTP, têm a vantagem da localização (a carga chega ao porto onde estão), e por isso deveriam ter seus poderes atenuados, na visão da Marimex. Ou seja, a taxa não deveria ser cobrada.

Em processo iniciado em 2002 e que só terminou de ser julgado em 2005, o Cade decidiu que a cobrança era ilegal até a fixação de regras.

Em 2012, a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) publicou uma resolução disciplinando a THC 2, que já tinha preço limite fixado pela Codesp (Companhia Docas de São Paulo) desde 2005. Mas isso não resolveu o impasse.

Casos semelhantes ao da Rodrimar x Marimex tramitam no Cade e também foram parar na Justiça, uns defendendo a legalidade da taxa e outros pedindo a sua proibição.

O Grupo Libra tem decisão favorável contra a proibição do Cade, que por sua vez recorreu à segunda instância.

O presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários, José Di Bella, afirma que tanto o Cade quanto o TCU (Tribunal de Contas da União) reconhecem que o serviço existe. E, se o serviço existe, haveria o sinal verde para a cobrança da taxa.

Nesta terça-feira (7), o setor entregou pedido aos conselheiros solicitando que o placar da votação da Rodrimar seja zerado, à luz de decisão do TCU, da semana passada.

Dos três integrantes do Cade que tiveram os votos já computados, dois deixaram o conselho. O pleito de começar do zero a votação, porém, tem poucas chances de prosperar. Se perder, a Rodrimar deverá deixar de cobrar a taxa e ainda poderá ser multada pelo Cade.

Por envolver tantos casos que foram parar no Judiciário, o caso da Rodrimar no Cade atraiu o interesse do setor. Não só por isso. A repercussão das suspeitas de que a empresa, assim como o Grupo Libra, teriam pagado propina ao presidente Michel Temer em troca do decreto dos portos, de 2013, lançaram mais holofotes sobre a decisão.

O julgamento no Cade não tem relação com o decreto dos portos.

O advogado da Marimex, Francisco Turodov, afirma que a empresa reuniu denúncias de que a Rodrimar teria oferecido descontos na taxa a clientes que optassem pela empresa em detrimento de concorrentes. E que, se o Cade mudar de ideia, alteraria toda a interpretação já consagrada sobre a THC2.

Procurada, a Antaq informou que não se posicionará, uma vez que a norma sobre a cobrança está em consulta pública.

A Rodrimar disse por meio de nota que "acredita que a decisão do Cade, cuja missão é justamente garantir o princípio da livre concorrência no país, seguirá os parâmetros regulatórios para a prestação dos serviços de movimentação e armazenagem de contêineres e volumes".

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

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Com a oficialização das candidaturas ao Planalto, o governo de Michel Temer passa a cumprir um aviso prévio de 90 dias. A partir de novembro, o presidente eleito nomeará sua equipe de transição e o atual vai perder importância e protagonismo até a posse em janeiro.

Temer é o mais irrelevante comandante da República em uma corrida eleitoral desde a campanha de 1989, quando José Sarney virou figura radioativa na disputa vencida por Fernando Collor, do nanico PRN.

As convenções dos candidatos competitivos desprezaram o governo do MDB. Temos um presidente e ninguém lembra dele. Sobrou a Temer celebrar a candidatura do seu ex-ministro e neoemedebista Henrique Meirelles, aposta que não é levada a sério dentro da própria legenda.

Os partidos que sustentaram o processo de impeachment de Dilma Rousseff para subir no barco de Temer já pularam dele há tempos.

O sedento centrão pendurou-se nas asas do tucano Geraldo Alckmin, que, por sua vez, passou a contestar a legitimidade de Temer no cargo.

A Esplanada dos Ministérios respira um clima seco e melancólico de fim de governo. Ministros inexpressivos despacham nos gabinetes.

"Quando saio da minha sala e venho para cá, me engrandeço, me fortaleço", disse Temer em discurso de cinco minutos para 150 pessoas em Salgueiro (PE) durante visita a obras da transposição do São Francisco.

O caso JBS apequenou e enfraqueceu o emedebista, alvo de duas denúncias da PGR. A PF continua no encalço com o inquérito que investiga o pagamento de propinas de empresas do setor portuário ao presidente.

Parece pequena a possibilidade de uma terceira denúncia da Procuradoria —e, mesmo que surja, é improvável que o Congresso o tire da cadeira em período eleitoral ou de transição. Incerto é o que vai ocorrer a partir de janeiro. Se Temer não conseguir uma posição com foro especial, sua vida ficará bem mais difícil.

FONTE:FOLHA DE S.PAULO

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Durante reunião nesta terça-feira (7) na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), os senadores reclamaram do alto preço dos fretes hidroviários nacionais e internacionais. Para a senadora Kátia Abreu (PDT-TO), o custo do transporte marítimo pelo Canal do Panamá, por exemplo, está tirando a competitividade de commodities brasileiras como soja e minérios. O senador Valdir Raupp (MDB-RO) apontou a contradição do preço dos fretes nas próprias hidrovias brasileiras. 

Fonte: Agência Senado

 

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No país das rodovias, a navegação de cabotagem é tratada como um tema da contracultura. É assim que Cléber Cordeiro Lucas, vice-presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), classifica a discussão sobre o transporte marítimo no país. Ele lembra que quatro programas de navegação de cabotagem foram elaborados, mas "não passaram da fase de diagnóstico". Ainda assim, ela vem crescendo a taxas de dois dígitos. "Com a greve dos caminhoneiros, ficou evidente a importância do desenvolvimento desse modal", afirmou Cordeiro Lucas, durante o evento "E agora, Brasil?", realizado pelos jornais "O Globo" e Valor, em São Paulo.

O crescimento da cabotagem - a navegação que acontece na costa brasileira e liga portos nacionais - tem sido de 10% ao ano, na última década. Somente no primeiro semestre de 2018, essa expansão foi de 13%. Na renovação da frota, é investido, por ano, cerca de US$ 1 bilhão. Entre os pontos positivos desse modal, Cordeiro Lucas destaca o fato de a taxa de emissão de CO2 representar um décimo da das rodovias e um terço da das ferrovias. Além disso, em termos de energia, o modal é cinco vezes mais eficiente do que as rodovias e três vezes mais do que as ferrovias.

"Este momento é propício para esse tipo de reflexão. O Estado perdeu a capacidade de gerir seus negócios. Então, esta é uma oportunidade para ver onde é melhor alocar o capital", ressaltou o vice-presidente do Syndarma.

Atualmente, afirmou Cordeiro Lucas, todo o arroz que é produzido na região Sul do país chega às regiões Norte e Nordeste via navegação de cabotagem. A participação da cabotagem no transporte desse produto, segundo ele, chega a 80%. Para o vice-presidente do Syndarma, é preciso dotar as agências reguladoras "com capacidade intelectual e empreendedora" para entender as necessidades do mercado e adotar um padrão técnico de atuação.

"Hoje há uma situação sui generis, em que a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) tem competência para julgar e decidir de uma maneira, mas vem uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que pede para rever aquela decisão. É uma instabilidade tremenda, e perdemos completamente as referências que se tem no mercado", afirmou Cordeiro Lucas.

Ele defende que o Brasil precisa de uma política pública para a cabotagem e o transporte marítimo: "A meu ver, este é o primeiro passo para começar a investir naquilo que pode dar um retorno positivo ao país".

Fonte: Valor

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O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou em julho pela quinta vez consecutiva, para o menor nível desde dezembro de 2016, sinalizando fraca geração de emprego nos próximos meses em meio à atividade econômica perdendo força, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, recuou 0,8 ponto e chegou a 94,7 pontos no mês passado. O indicador vem registrando uma série de quedas consecutivas desde março, fato que não ocorria desde meados do segundo trimestre de 2014, período que marcou o início da crise econômica.

“O IAEmp continua sua trajetória de queda, convergindo para níveis próximos da média histórica prévia a crise (87 pontos). Este fato mostra que a geração de emprego ao longo dos próximos meses deverá ser mais modesta, relacionando-se com o crescimento econômico mais moderado do que o previamente esperado”, disse o economista da FGV/Ibre, em nota, Fernando de Holanda Barbosa Filho.

Quatro dos sete os componentes do IAEmp registraram variação negativa em julho ante junho, com destaque para o indicador de Emprego previsto par aos próximos três meses da indústria de Transformação, que recuou 11 pontos.

Ainda segundo a FGV, o Indicador Coincidente de Emprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, caiu 1 ponto em julho, para 96,1 pontos. Este é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto maior o número, pior o resultado.

No final de maio a greve dos caminhoneiros prejudicou o abastecimento de combustível e alimentos e afetou a atividade econômica, bem como a confiança de agentes econômicos, empresários e consumidores.

O reflexo tem sido o mercado de emprego mostrando cada vez menos ímpeto. No trimestre passado, a taxa de desemprego no Brasil medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) recuou um pouco, a 12,4 por cento, mas por conta do aumento das ocupações informações e contínuo desalento das pessoas.

FONTE:REUTERS

 

juros

 

o ano passado, a quitação de parte da dívida vencida e o pagamento dos juros custaram ao país mais de R$ 462 bilhões. A queda da taxa Selic não aliviou muito as contas. Nos 12 meses encerrados em junho de 2018, a União torrou R$ 397 bilhões com a dívida, sem incluir a trilionária conta da rolagem.

Em 2017, a dívida consumiu mais do que o dobro das despesas liquidadas com saúde e educação somadas (R$ 205 bilhões). Conforme o relatório, a dívida custou mais de cinco vezes os gastos com assistência social (Bolsa Família, assistência a crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência, por exemplo).

“O gasto é extremamente regressivo quanto à geração de renda. É um gasto que vai para os detentores de dívida pública”, aponta à Agência Brasil Pedro Rossi, professor do Instituto de Economia da Unicamp. “Essa dívida que está aí não significou investimento”, complementa Maria Luiza Fatorelli, da campanha da Auditoria Cidadã da Dívida.

88% dos detentores da dívida pública são investidores que atuam no Brasil que compram títulos por meio de bancos, corretoras, fundos de investimento e fundos de pensão. Apenas 12% são estrangeiros.

Felipe Salto, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente, do Senado Federal, explica que o endividamento público é uma das 3 formas clássicas de financiar o Estado, em todo o mundo. “A primeira modalidade é emitir moeda, que tem como custo a inflação. A segunda maneira é o aumento da carga tributária, que os economistas chamam de peso morto: arrecada, mas pode produzir desincentivo à atividade econômica. A terceira forma de financiar o Estado é a dívida. O governo emite títulos para o mercado, prometendo pagar em determinado prazo uma soma de juros”.

FONTE: portal Monitor Mercantil