(crédito: Departamento de Recursos Naturais da Georgia/Divulgação)
Embarcação continha cerca de 4,2 mil veículos nos decks. Acidente, que ocorreu em 2019, só teve a provável causa relevado nesta semana;
Após longa investigação, a Guarda Costeira dos Estados Unidos (USCG) divulgou um documento com a possível causa do naufrágio do navio MV Golden Ray, na Georgia. Segundo a avaliação técnica, a embarcação excedeu o limite peso da carga, já que continha nos decks cerca de 4,2 mil veículos.
O MV Golden Ray naufragou em 8 de setembro de 2019. O relatório foi concluído em 26 de agosto de 2020 e publicado em 22 de setembro, mais de um ano depois do tombamento. Contudo, a provável causa do acidente só foi divulgada nesta semana.
De acordo com o tenente Ian Oviatt, responsável pelo relatório técnico, o excesso elevou o centro de gravidade do veículo, o que afetou diretamente uma das curvas que o navio fez, para então tombar.
Ainda segundo o tenente, para equilibrar o peso, a tribulação da embarcação deveria ter preenchido alguns tanques internos. Ele explica no documento que “os tanques de lastro de estibordo estavam quase totalmente carregados, no entanto, o correspondente aos tanques do porto foram carregados com menos de 10% da capacidade”.
Esclarecimentos sobre o naufrágio
Hyunjin Park, chefe do navio, com 13 anos de experiência em navegação e comandante do Goldn Ray desde março do ano passado, prestou esclarecimentos para a Guarda Costeira norte-americana. Em seu depoimento, ele afirma que calculou o peso dos carros por uma estimativa.
“No porto de Brunswick, não recebi um plano de estiva final. Em vez disso, recebi o plano de pré-estiva. Como eu tinha acesso apenas ao número de carros e não sabia o tipo de carro, calculei o peso total com base no peso médio de um determinado número de carros”, diz Hyunjin Park .
Resgate
Ao todo, o navio contava com 24 pessoas na tripulação e todos foram resgatados com vida. Por causa da pandemia causada pelo novo coronavírus e de uma série de tempestades na região do naufrágio, as investigações atrasaram, mas devem continuar pelos próximos meses. A retirada de partes da embarcação do mar voltam nesta quinta-feira (1º/10).
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE