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Wartsila, WinGD e GTT fecharam acordo para desenvolver embarcações

Wartsila, WinGD e GTT fecharam acordo para desenvolver embarcações possam ser movidas a GNL.

O gas na forma liquefeita produz 80% menos óxido de nitrogênio (NOx) e emite 30% menos gás carbônico (CO2). Tem teor de enxofre baixo e preços competitivos com o aumento da oferta mundial.

Para que o navio seja operado com GNL, os motores, os tanques de carga e o sistema de abastecimento e controle de combustível devem ser áreas integradas.

A colaboração entre as três empresas aconteceu pela primeira vez em 2017, quando a CMA CGM (empresa francesa de transporte e expedição de contêineres) fez um pedido para nove navios de contêineres, cada um com capacidade de 22.000 TEU e motores à gás. As três empresas forneceram os equipamentos dos navios.

No Brasil, a finlandesa é uma das fornecesoras de equipamentos para FPSOs. Entre os projetos com sua participação estão a P-63,FPSO Cidade de Rio das Ostras e Petrojarl I.

Fonte: Revista Brasil Energia

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A produção de petróleo vai atingir 5,5 milhões de barris por dia em 2027, segundo estimativa do diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, apresentada no 49º Congresso Brasileiro de Geologia, no Centro de Convenções SulAmérica.

Durante a palestra A retomada da indústria de petróleo e gás no Brasil, ele revelou que estudos realizados pela empresa Shell indicam que na mesma época o Brasil terá condição de exportar de 6 milhões a 7 milhões de barris por dia de petróleo, o que mostra uma produção superior a estimada por ele. “Eu falo que a produção estará em 5,5 milhões, e dizem que sou otimista, e essas companhias fazem estudos e sabem o potencial brasileiro. Nós precisamos ter a capacidade de ter gestão suficiente para fazer isso acontecer”.

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, anuncia consulta pública para debater periodicidade do repasse dos reajustes de preço dos combustíveis.

Diretor-geral da ANP, Décio Oddone, prevê produção de 5,5 milhões de barris de petróleo por dia em 2027 (Arquivo/Agência Brasil)

Pelos números de junho deste ano, a produção de petróleo no Brasil atingiu 2,6 milhões de barris por dia (bpd), enquanto o gás alcançou 115 milhões de m³/d no mesmo mês.

Na visão do diretor da ANP, um dos desafios do setor para os próximos anos é acelerar os investimentos, além de maximizar a produção e a recuperação dos reservatórios, e atrair os investidores corretos para cada ambiente. Oddone lembrou que o setor tem como característica projetos de longo prazo, que requerem maiores volumes de recursos. A média histórica entre a assinatura de contrato de exploração e o início da produção é de 8 anos no mar e de 6 anos na terra. “É por isso que a retomada não vai ser tão rápida”, explicou, estimando a retomada para o fim de 2019 ou início de 2020.

Segundo Oddone, para a área do pré-sal os players corretos são as grandes empresas. Já na área offshore convencional além de grandes empresas, devem ser incluídos os especialistas em exploração e operadores de campos maduros, enquanto na área onshore os investidores devem estar entre pequenas e médias empresas.

Licitação

O diretor-geral da ANP lembrou que no dia 28 de setembro a agência reguladora vai realizar a 5ª Rodada de Licitações de Partilha de Produção no polígono do pré-sal, quando serão ofertados os blocos de Saturno, Titã e Pau-Brasil, na Bacia de Santos, e Sudoeste de Tartaruga Verde, na Bacia de Campos. A Petrobras demonstrou interesse apenas em atuar como operadora em Tartaruga Verde, o que deixará para os outros interessados a disputa de participação em 70% da área.

As empresas têm até a próxima segunda-feira (27) para entregar os documentos de manifestação de interesse e de qualificação e pagar a taxa de participação. O prazo para a entrega das garantias de oferta será até 13 de setembro. Os contratos dos vencedores serão assinados até 26 de novembro deste ano. Na modalidade de partilha, são consideradas vencedoras as propostas que oferecerem o maior percentual de óleo para a União.

A Petrobras anunciou a chegada da plataforma de petróleo, P-67, ancorada na Baía de Guanabara, destinada ao Sistema de Produção do Campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos.

ANP agiliza estudos para acelerar produção de petróleo (Arquivo/Agência Brasil)

Das quatro áreas, duas vão ser ofertadas em sistema de concessão, que em função de uma decisão do TCU foram incluídas nessa rodada adicional, não prevista inicialmente. As outras duas já tinham sido ofertadas ano passado e voltam agora. “A gente vai ter um leilão muito positivo, como tem tido no pré-sal, desde que a gente começou a leiloar os ativos do pré-sal. Essa rodada em 28 de setembro vai ser mais uma demonstração de que a indústria olha no longo prazo e que o Brasil, para esse ripo de investimento, continua atraente no longo prazo”, disse.

Oddone informou que a ANP está realizando estudos, que devem estar concluídos até setembro, para acelerar a produção nos campos maduros. “É um trabalho interno que a ANP está fazendo e tem como objetivo identificar medidas que possamos tomar dentro do campo regulatório, com ações que possamos recomendar ao Cade ou ao Conselho Nacional de Política Energética para acelerar a produção nos campos maduros do Brasil. A gente deve ter isso pronto até setembro para apresentar os resultados em outubro”.

Centro de pesquisa

Oddone anunciou que a agência, a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e a Petrobras estão desenvolvendo um projeto para a criação de um Centro de Pesquisas de Rochas e Fluídos, que vai armazenar o material obtido na área do pré-sal, possivelmente, no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, para se juntar a outros centros de pesquisas do local.

“Transformando aquela região, efetivamente, em um polo de pesquisas na párea de óleo e gás, que já é relevante e também com armazenagem de rochas no Centro da CPRM na Bahia e Manaus. Com isso a gente vai dar ao serviço geológico brasileiro um grau de sofisticação aos três maiores do mundo, que são o do Canadá, dos Estados Unidos e da Austrália. Não existe nada no país nesse nível. É absolutamente revolucionário”, disse.

Para o presidente do Núcleo RJ da Sociedade Brasileira de Geologia e da Comissão Organizadora do Congresso, professor Hernani Aquini Fernandes Chaves, a criação do centro de pesquisa vai ser importante para evitar a perda de informações sobre as rochas. “Nós estudamos o subsolo através da sísmica e de outros métodos, mas só as rochas que se coletam nos poços é que nos contam a verdade geológica. É daí que a gente faz toda a extrapolação para interpretar a situação de deposição, se a rocha é geradora de petróleo, onde o petróleo migrou. Essas rochas são fundamentais para o conhecimento”, disse o geólogo.

Fonte: EBC

 

Resultado de imagem para REFIS DIVIDA REDUZIDA PARA SENADORES E DEPUTADOS

Descontos obtidos por 81 parlamentares com programa de regularização tributária somaram R$ 138,6 mi

novo Refis, programa que refinancia dívidas com a Receita Federal, foi um presente de R$ 138,6 milhões aprovado por deputados e senadores para si próprios. A cifra corresponde aos descontos que 81 congressistas obtiveram em seus débitos ao aderir ao mecanismo de regularização tributária que eles votaram no fim do ano passado. 

O montante perdoado é 52% do que todos eles deviam originalmente (R$ 262,8 milhões). Os dados, obtidos pela Folha, referem-se somente às dívidas que estão sendo reclamadas na Justiça pela PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional).

O valor pode ser maior, pois há chance de que outras cobranças estejam tramitando administrativamente.

A medida provisória que instituiu o novo Refis foi enviada pelo governo ao Congresso no ano passado. Ao convertê-la em lei, deputados e senadores ampliaram as vantagens previstas, como a possibilidade de zerar juros e encargos legais. Sancionado o texto, embarcaram no programa.

Como a Folha mostrou nesta sexta (24), ao menos 25 congressistas atrasaram parcelas ou deram calote no Refis, oficialmente batizado de Pert (Programa Especial de Regularização Tributária), após receberem seus benefícios. 

As dívidas foram contraídas por eles próprios, como pessoas físicas, ou por empresas e entidades pelas quais são responsáveis

Ao pagar a primeira prestação do Refis, o contribuinte passa a ter direito a uma certidão negativa de débitos que atesta sua regularidade fiscal. O documento pode ser usado para liberar empréstimos em bancos públicos e, no caso de empresas, participar de licitações do governo federal.

Os dados da PGFN, referentes a 23 de julho, mostram que o senador Jader Barbalho (MDB-PA) e sua ex-mulher, a deputada federal Elcione Barbalho (MDB-PA), têm 4 das 6 maiores dívidas negociadas no novo Refis. Os dois tentam a reeleição este ano.

As duas mais altas, de R$ 22,3 milhões e de R$ 22,2 milhões, são cobradas da dupla. Nesses casos, não houve abatimento, mas apenas parcelamento do valor a ser pago.

Os Barbalho têm ao todo oito débitos com a Receita, que totalizam R$ 64,4 milhões. O grosso dos recursos é cobrado de empresas de comunicação das quais eles são acionistas.

Segundo a PGFN, o senador deixou em aberto prestações de duas de suas dívidas. Num dos casos, deve seis parcelas mensais, o que, pelas regras do programa, implica a exclusão do Refis.

O terceiro maior devedor é o deputado federal Bonifácio Andrada (PSDB-MG), cuja dívida foi reduzida de R$ 30,3 milhões para R$ 12,3 milhões graças às benesses do programa. Ele é um dos responsáveis pela União das Faculdades Integradas de Tocantins (Unifat), entidade à qual a obrigação tributária é atribuída.

O senador Ivo Cassol (PP-RO), que está licenciado do cargo, quarto maior devedor, também obteve um desconto generoso. O valor a ser acertado caiu de R$ 19,7 milhões para R$ 9,8 milhões com as regras do Refis. O débito foi imputado à Cassol Centrais Elétricas, da qual o congressista é acionista.

Na sequência, a PGFN lista outras duas dívidas de Jader e Elcione: uma de R$ 8,4 milhões e outra de R$ 8,2 milhões. Esta última era originalmente de R$ 14,7 milhões, mas houve descontos.

Segundo Marcelino Rodrigues Mendes Filho, presidente da Anafe (Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais), entidade que representa os procuradores da Fazenda, a categoria chegou a propor um regramento para o Pert, mas a proposta que foi para o Ministério da Fazenda acabou sendo “totalmente alterada pelo Congresso”.

“A principal regra alterada foi quando [o Congresso] isentou em 100% os juros e encargos legais. Havia uma gradação dessa isenção, do desconto que seria dado sobre juros e multas, e no Congresso isentaram tudo”, afirmou.

“O projeto, que tinha previsão inicial de recebimento de R$ 11 bilhões a R$ 15 bilhões por parte da União, com os cortes realizados caiu para cerca de R$ 6 bilhões a R$ 7 bilhões. Houve renúncia [fiscal] muito grande por conta das alterações no Congresso”.

Dívidas são de empresas, dizem parlamentares

A assessoria de Jader Barbalho indicou um advogado para falar sobre as dívidas que ele e Elcione têm, mas o defensor não atendeu aos telefonemas da reportagem no fim de semana. Na sexta (24), o gabinete do senador alegou desconhecer atrasos em parcelas. 

Bonifácio Andrada negou que as dívidas sejam suas. Disse que são de fundações que preside, mantenedoras de instituições de ensino. “Essas fundações é que têm um débito enorme. Eu, pessoalmente, não tenho nada”, declarou. “Meu nome é que aparece. Mas não sou eu [o devedor].”

Ele argumentou que, como dirigente, responde só pelo gerenciamento das entidades, e não pelo pagamento de impostos. São entidades independentes, de modo que quem deve são elas.”

Ivo Cassol sustentou que nunca atrasou o recolhimento de tributos. Ele disse que sofreu duas autuações pela Receita, relativas à tributação de incentivos concedidos a pequenas centrais hidrelétricas. 

Por escrito, disse que uma das multas foi arquivada pela Receita e que, nos dois casos, recorreu à Justiça. “Na avaliação da segunda multa, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais acabou ratificando a cobrança”, disse.

Cassol afirmou que, mesmo discordando do órgão, desistiu da ação quando aderiu ao Refis e começou a pagar os valores reclamados pela Receita.

“Jamais devi impostos. O que houve foi a cobrança de uma multa, foi o pagamento da correção devida. Multa em lugar nenhum é imposto ou tributo. Mesmo não concordando eu paguei. Não fui beneficiário em nada, e nunca legislei em causa própria, porque não me aproveitei de programas de refinanciamentos anteriores”, acrescentou.

Entenda o programa de refinanciamento

O que é Refis?

Programa pelo qual o governo autoriza o parcelamento de dívidas com o fisco, tanto para empresas quanto para pessoas físicas. A adesão ao Refis terminou em novembro do ano passado


Por quanto tempo estava sendo negociado?

O governo lançou a primeira versão do atual Refis em janeiro do ano passado, com o nome de PRT (Programa de Regularização Tributária), tendo como objetivo auxiliar na saída das empresas da crise

Deputados e empresas alegaram que as condições não eram adequadas e passaram a negociar alternativas com mais vantagens aos devedores. Sem acordo, o PRT venceu em junho de 2017 com baixa adesão

O governo editou então nova medida provisória, dessa vez com o nome de Pert (Programa Especial de Regularização Tributária), convertida em lei em outubro do ano passado, com várias modificações feitas pelo Congresso Nacional 

O que foi alterado?

A versão do Refis sancionada é mais generosa do que havia proposto o governo. Veja exemplos de condições consideradas excessivamente vantajosas pela Receita Federal:

  • Permissão para usar créditos decorrentes de prejuízo fiscal em débitos já inscritos na dívida ativa da União
  • Autorização para que débitos de práticas de crime, como sonegação, fraude ou conluio, também possam usufruir dos descontos e parcelamentos
  • Possibilidade de que empresas que não repassaram à Receita tributos que foram retidos na fonte possam parcelar esta dívida
 FONTE: FOLHA DE S.PAULO
 

 

Ministros discutem, desde a semana passada, dois casos anteriores à lei da terceirização

Com um placar de quatro votos a favor da terceirização da atividade-fim e três votos contrários, a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o tema foi adiada para a próxima quarta-feira (29).

Cinco ministros apresentaram seus votos na sessão desta quinta-feira (23), mas a decisão depende do posicionamento de outros quatro. A sessão, que começou após as 14h, foi suspensa pela presidente do STF, Cármen Lúcia, antes das 18h.

Votaram a favor da terceirização da atividade-fim, além dos relatores Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. Os ministros Luiz Edson Fachin, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski se posicionaram contra terceirização irrestrita.

Os ministros analisam, desde a semana passada, dois casos anteriores à lei da terceirização. Um deles trata da legalidade de decisões da Justiça do Trabalho proibindo a terceirização em alguns setores. O outro é um recurso sobre a possibilidade de terceirização da atividade-fim.

A lei que permite a terceirização de todas as atividades foi sancionada pelo presidente Michel Temer no ano passado. Há ações no Supremo que questionam a constitucionalidade desse texto, mas elas ainda não foram votadas pelos ministros.

Antes da lei da terceirização e da reforma trabalhista, a jurisprudência do TST (Tribunal Superior do Trabalho) indicava vedação à terceirização da atividade-fim da empresa e permitia a contratação para atividades-meio. Empresários alegavam que a definição dos diferentes tipos de atividade causava confusão, inclusive na justiça trabalhista.

Primeiro a votar na sessão desta quinta, Alexandre de Moraes defendeu a possibilidade de terceirização da atividade-fim.

"A Constituição não poderia, e não o fez, determinar ou impor uma única forma de organização empresarial, uma única forma para que cada um dos empreendedores pudessem estabelecer fluxo de produção em sua empresa", disse.

A ministra Rosa Weber fez um discurso forte contra a terceirização e disse que o mecanismo aplicado à atividade-fim "nivela por baixo" o mercado de trabalho.

"A liberalização da terceirização de atividade-fim, longe de interferir na curva de emprego, tenderá a nivelar por baixo o nosso mercado de trabalho, expandindo condição de precariedade", disse.

Segundo a ministra, a terceirização não é capaz de estimular o emprego no país. Segundo ela, são demanda e desenvolvimento econômico que geram vagas de emprego, e não o custo da força de trabalho.

"A permissividade em relação à terceirização não gera empregos. Ela apenas determinará qual emprego será criado para atender demanda produtiva já existente: se um posto de trabalho direto e protegido ou se um posto de trabalho precário e terceirizado", disse a ministra. 

Os relatores já haviam apresentado seus votos na quarta-feira (22).

Fux disse que a dicotomia entre atividade-fim e atividade meio é “imprecisa” e defendeu o uso da terceirização. “É lícita a terceirização ou qualquer outra forma de divisão do trabalho entre pessoas jurídicas distintas independentemente do objeto social das empresas envolvidas”, concluiu.

Barroso também defendeu que deve ser permitida a terceirização de qualquer atividade e lembrou que deve ser evitado o uso abusivo do mecanismo.

“As amplas restrições à terceirização, tal como vem sendo feito pelo conjunto de decisões de boa parte da Justiça do Trabalho, violam, a meu ver, a livre iniciativa, a livre concorrência e a segurança jurídica, além de não terem respaldo legal”, afirmou.

FONTE:FOLHA DE S.PAULO

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Os 18 portos públicos do Brasil administrados por companhias docas aplicaram apenas 36,7% (R$ 8,3 bilhões) do total de R$ 22,6 bilhões previstos no orçamento da União para o setor nos últimos 25 anos. O Porto de Santos, no litoral paulista, maior porta de entrada e saída do comércio exterior brasileiro, lidera o ranking com uma perda de R$ 3,9 bilhões. Os dados estão reunidos em um levantamento encomendado pela Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (ABTRA).

O estudo “Em Busca de Mar Calmo” traça um diagnóstico dos avanços e limitações operacionais do sistema portuário brasileiro desde a edição, em 1993, da chamada Lei de Modernização dos Portos, até os dias de hoje. O trabalho ainda inclui uma pauta de reivindicações, que está sendo entregue aos candidatos à Presidência da República, políticos e autoridades dos principais estados portuários.

Segundo o levantamento, o Governo Federal havia previsto um aporte de verbas de R$ 22,6 bilhões para investimentos em obras nos 18 portos públicos administrados pelas companhias docas federais, em valores de dezembro de 2017. Porém, os repasses efetivos ficaram limitados a R$ 8,3 bilhões, causando, portanto, uma redução de R$ 14,3 bilhões.

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o Porto de Santos, registrou a maior perda financeira, de R$ 3,9 bilhões, com a taxa de eficiência orçamentária média de somente 41,63%.

A segunda maior perda financeira coube à Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), com o valor de R$ 3,3 bilhões, cerca de 37,52% do que havia sido programado. A Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern) também teve destaque, com eficiência orçamentária de 41,52%, assim como a Companhia Docas do Ceará (CDC), com 40,51%.

O valor de R$ 8,3 bilhões liberado para investimentos nos portos correspondeu a apenas 0,51% do total de R$ 1,6 trilhão repassado para todas as empresas estatais federais.

Segundo apontado pelo levantamento, entre as justificativas para os cortes de investimentos, está o atraso na execução de obras por força de revisão de projetos ou em função de problemas na aprovação de licenças ambientais. A não realização das benfeitorias no prazo estabelecido resulta na perda do recurso previsto para o exercício.

Em contrapartida, a movimentação de cargas nos portos tem crescido nos últimos anos, principalmente no Porto de Santos. A grande concentração fica em cinco dos 37 portos marítimos do Brasil, sendo que, desses cinco, apenas o cais santista figura como unidade portuária vinculada diretamente ao Governo Federal. As demais (Portonave, Paranaguá, Rio Grande e Embraport) são unidades privadas ou delegadas.

Os cinco principais complexos exibem excelente desempenho em relação a 1993, época da promulgação da Lei de Modernização dos Portos. O de Santos exibiu uma expansão de 265,99%, entre 1993 e 2017; a evolução de Itaguaí foi de 108,43%; a de Paranaguá, 203,32%; a do Rio Grande, 141,29%; enquanto o Porto de Suape alcançou 1.093,38%.

Em 2017, a Codesp apresentou um movimento de cargas de 129,8 milhões de toneladas, um avanço de 14,1% na comparação com 2016 (17,9 milhões de toneladas). O Porto de Santos representa 28% das transações comerciais brasileiras no comércio exterior.

Porto de Santos

O levantamento da ABTRA também apontou a liberação de recursos de acordo com os mandatos presidenciais.

No Porto de Santos, quando Fernando Henrique Cardoso estava no governo, a Codesp utilizou R$ 1.089.677.109 de R$ 1.936.702.083 previsto inicialmente, uma perda de 56,26%. Entre 2003 e 2010, durante o governo de Luis Inácio Lula da Silva, foram utilizados R$ 520.495.904 de R$ 1.965.938.975 previsto, ou seja, apenas 26,48%.

Na gestão de Dilma Rousseff, entre 2011 e 2016, de R$ 2.665.866.807 previstos, o maior aporte entre todos os mandatos, foi investido R$ 1.147.128.725, cerca de 43,03%. Já no governo de Michel Temer, em 2017, estava previsto um montante de R$ 267.693.752, mas foram utilizados apenas 33,21%, cerca de R$ 88 milhões.

Para Bayard Freitas Umbuzeiro Filho, presidente do Conselho de Administração da ABTRA, mesmo com a perda financeira, o cais santista continuou crescendo, segundo ele, graças à iniciativa privada.

"Para que elas [companhias docas] possam utilizar esse dinheiro, não basta estar no orçamento, é necessário que o Governo Federal desbloqueie essa verba. O empresariado fez a sua parte, e as companhias docas ficam reféns do Governo Federal", afirmou.

Reivindicações

O estudo está sendo entregue aos candidatos à Presidência da República, políticos e autoridades dos principais estados portuários. O documento, além dos dados, ainda inclui uma pauta de reivindicações.

“Para que eles tomem atento daquilo que estamos precisando. Nós fizemos a nossa parte, o governo é que deixou de fazer, e muito, tudo aquilo que o Brasil precisa" disse Bayard.

Os empresários do setor pedem que, na elaboração do Programa Geral de Displêndidos das Empresas Estatais, produzido pelo Governo Federal, as companhias docas tenham uma participação mínima de 5% no valor global, e que a União assuma uma programação mínima de investimentos entre os anos de 2019 e 2022.

"O que nós temos é que foi utilizada, nesses últimos 25 anos, uma quantia irrisória, menos de 1% do previsto no orçamento do Governo Federal. É impossível ter uma eficiência como a gente necessita, por conta da iniciativa privada”, disse o presidente da ABTRA.

Outro pedido refere-se à gestão portuária. Os empresários pedem que o Governo Federal promova um amplo diagnóstico econômico-financeiro das companhias docas federais, e determine o que pretende fazer diante da situação. Eles também pedem alterações na Lei nº 10.893/2004, permitindo a utilização de parte do Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) para a realização de serviços de dragagem.

A quarta e última reivindicação é quanto à segurança jurídica. Os empresários pedem que os assuntos mais complexos dos portos sejam tratados apenas sob a ótica das leis, por ter sido detectado o uso exagerado de decretos e resoluções que geram transtornos na aplicação prática.

“Há necessidade de um plano estrutural para o sistema portuário nacional. Não é só Santos, é o Brasil inteiro. Para que sejam realizadas obras de infraestrutura. A gente vê a dificuldade das rodovias, o custo do frete, linhas férreas paradas. Você tem que escoar para a exportação, e tem que chegar a um porto”, afirma o presidente da ABTRA.

Outro lado

Em nota, a Codesp informou que aplicou todos os recursos enviados pelo Governo Federal para investimentos no Porto de Santos. O fato dos valores estarem previstos no orçamento não significa que tenham sido disponibilizados para investimentos.

Já o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação, também por meio de nota, disse que é importante esclarecer que há questões transversais nas companhias docas que afetam os investimentos como um todo. A "judicialização excessiva" e o "intrincamento da malha normativa" são dois fatores que diminuem o ritmo de execução orçamentária. Além disso, existe também a judicialização dos contratos de dragagem de aprofundamento, como o do Porto de Santos, que gerou uma disputa judicial em torno das garantias oferecidas pela primeira colocada na licitação pública.

No Porto do Rio, a dragagem de R$ 100 milhões contratada pela CDRJ já terminou, mas o pagamento à empresa responsável pelos trabalhos ficou meses suspenso por ausência de aprovação de todos os órgãos responsáveis. Mesmo com a aprovação do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH) e de fiscais da própria companhia docas, ainda faltava o aval da Marinha para liberação.

Ainda segundo o ministério, a demora para o acerto de contas faz com que as empresas prestadoras de serviços acabem embutindo o custo do atraso no valor dos contratos assinados com a União. Em 2017, os investimentos do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil em portos e hidroviasforam de R$ 496 milhões. Já de janeiro a julho deste ano, já foram investidos R$ 321,8 milhões.

Fonte: G1

 

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Sindicatos tentam barrar novas formas de contratação, como o trabalho intermitente

Sindicatos de peso com data-base em 1º de setembro, como o de bancários e o de metalúrgicos, se articulam para barrar em suas convenções coletivas novas formas de contratação liberadas pela reforma trabalhista, em vigor desde novembro.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo quer vetar modalidades reguladas pela nova lei para trabalho autônomo, terceirização e contratos intermitentes.

O comando nacional dos bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) encontram-se em negociação e não comentaram o tema, nem se houve avanço nas discussões. Segundo o sindicato, a Fenaban não deu uma resposta formal até o momento para demandas relativas às formas de contratação.
A lei trabalhista atual regula novos tipos de contrato de trabalho, como o intermitente, em que a prestação de serviços é combinada por horas, dias ou meses, sem a necessidade de continuidade.

A reforma também definiu regras para o trabalhador autônomo, em que é possível haver exclusividade na prestação de serviço.

A princípio, metalúrgicos avaliavam que não seriam atingidos pelo contrato intermitente, diz Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, presidente da federação dos metalúrgicos da CUT São Paulo.

"Mas, com a lógica de mercado e produção muito sazonal, algumas empresas estão trabalhando com estoque zero. Em um determinado período do ano a produção aumenta por duas semanas, depois reduz, e a demanda pelo intermitente começa a chegar", afirma.

A categoria rechaça a aplicação integral das novas formas de contratação.

A proposta dos sindicalistas, ele explica, é que haja uma cláusula segundo a qual itens de contratação, como mão de obra de terceiros, sejam discutidos e acertados previamente com os sindicatos, mas o contrato intermitente ficaria vetado.

O Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), uma das principais categorias patronais que negociam com metalúrgicos, não comentou o assunto.

Segundo Luizão, no entanto, a percepção da contraparte é de que o termo vetado é muito pesado e, havendo negociação prévia para definir regras, como o número de trabalhadores envolvidos, é possível se chegar a um acordo.

Hélio Zylberstajn, professor da FEA-USP e coordenador do Salariômetro da Fipe, afirma que, aos poucos, empregadores e de trabalhadores estão superando os entraves da reforma para fechar acordos e convenções coletivos.

O número, no entanto, está 33% menor do que o do no ano passado.

Entre janeiro e julho deste ano, foram protocolados 11.587 acordos ou convenções coletivos no Ministério do Trabalho. No mesmo período de 2017, foram registradas 17.292.

Zylberstajn destaca que as negociações de 2018 são as primeiras com novas regras e que pontos como novas formas de contratação e, principalmente, o fim da contribuição sindical fizeram o ritmo das negociações cair.

"As partes estão tentando alternativas. Aos poucos, essas barreiras vão sendo superadas", diz.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, afirma que o trabalho intermitente tende a ser enfrentado por categorias que atuam em bares, restaurantes e comércio em geral.

No fim de julho, o Sinthoresp (Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares e Restaurantes da Grande São Paulo) fechou a convenção coletiva com o Sindibares-SP (Sindicato dos Bares e Restaurantes de São Paulo).

Para destravar a negociação, os representantes da categoria propuseram o trabalho de horista no lugar do intermitente para empresas que precisem de trabalhadores apenas por um período.

Pela convenção fechada em julho, os horistas terão jornada de 140 horas por mês e se enquadram no contrato parcial.

Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e da UGT (União Geral dos Trabalhadores), diz que a entidade já negociou acordos coletivos com empresas em que a jornada 12 x 36 foi vinculada à condição de que as homologações continuassem sendo feitas no sindicato. A nova lei dispensa a prática.

Segundo Ivo Dall'Acqua Junior, vice-presidente da FecomercioSP (federação do setor no estado de São Paulo), empresários da área ainda estão inseguros quanto à aplicação do contrato intermitente.
"Queremos o reconhecimento da possibilidade, mas entendemos que para acolher esse sistema é preciso negociar as reais condições", afirma o empresário.

"Como proceder com uma trabalhadora intermitente que engravida, por exemplo? Quais são os critérios para a remuneração no período de afastamento? A lei não explica isso", diz Dall'Acqua.

FONTE:FOLHA DE S.PAULO

 
 

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A campanha eleitoral entra em nova fase a partir desta sexta-feira (31), quando começa a propaganda das campanhas nas rádios e televisão. O horário político vai se iniciar diariamente na TV às 13h e às 20h30. No rádio, às 7h e às 12h. Vai haver também inserções diárias na programação que somam 70 minutos diários.

A distribuição do horário eleitoral ficou assim:

CARGO RÁDIO TV

Presidente da República

Terça, quinta e sábado

Das 7h às 7h12 e das 12h às 12h12 Das 13h às 13h12 e das 20h30 às 20h42

Deputado federal

Terça, quinta e sábado

Das 7h12 às 7h25 e das 12h12 às 12h25 Das 13h12 às 13h25 e das 20h42 às 20h55

Senador

Segunda, quarta e sexta

Das 7h às 7h05 e das 12h às 12h05 Das 13h às 13h05 e das 20h30 às 20h35

Deputado estadual

Segunda, quarta e sexta

Das 7h05 às 7h15 e das 12h05 às 12h15 Das 13h05 às 13h15 e das 20h35 às 20h45

Governador

Segunda, quarta e sexta

Segundo o TSE, o tempo dos candidatos ficou assim distribuído:

CANDIDATO TEMPO DE TV QUANTIDADE DE INSERÇÕES
Geraldo Alckmin (PSDB, PRB, PP, PTB, PR, PPS, DEM, PSD, SD) 5m32s 434
Lula (PT, PCdoB, Pros) 2m23s 189
Henrique Meirelles (MDB, PHS) 1m55s 151
Álvaro Dias (Podemos, PSC, PTC, PRP) 40s 53
Ciro Gomes (PDT, Avante) 38s 51
Marina Silva (Rede, PV) 21s 29
Guilherme Boulos (PSol, PCB) 13s 17
Eymael (DC) 8s 12
Jair Bolsonaro (PSL, PRTB) 8s 11
Cabo Daciolo (Patriota) 8s 11
João Amoedo (Novo) 5s 8
Vera Lúcia (PSTU) 7s 7
João Goulart Filho (PPL) 5s 7

Presidenciáveis na bancada do JN
A partir desta segunda (27), até quinta-feira (30), os 4 candidatos à Presidência da República mais bem posicionados, segundo pesquisas de intenção de voto, concederão entrevista ao Jornal Nacional, na Globo, sempre a partir das 20h30. As entrevistas terão duração de 10 minutos.

Siga o calendário de debates com os presidenciáveis

O 1º a sentar-se à bancada, nesta segunda, vai ser Ciro Gomes (PDT), que por 10 minutos vai ser sabatinado por William Bonner e Renata Vasconcelos.

Na terça-feira (28) vai ser a vez do deputado Jair Bolsonaro (PSL). Na quarta (29), Geraldo Alckmin (PSDB) e na quinta-feira (30), a candidata da Rede, Marina Silva fecha a sabatina.

Pesquisas eleitorais
Durante a semana, estão previstas a divulgação de 3 pesquisas eleitorais sobre a sucessão presidencial. Nesta segunda-feira (27) está prevista a divulgação de pesquisa BTG Pactual/FSB. O levantamento, feito por telefone, ouviu 2 mil eleitores nos dias 25 e 26 de agosto.

Na quarta-feira (29) vai haver a divulgação de pesquisa do Instituto DataPoder. E na sexta (31) está prevista divulgação de pesquisa XP/Ipespe.

Terceirização
Nesta quarta-feira (29), o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento sobre a constitucionalidade da terceirização irrestrita. No momento, o placar está em 4 x 3 a favor da constitucionalidade.

FONTE: DIAP

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A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), seguindo o voto-vista da ministra Regina Helena Costa, que lavrará o acórdão, decidiu por maioria de cinco a quatro que, comprovada a necessidade de auxílio permanente de terceira pessoa, é devido o acréscimo de 25% em todas as modalidades de aposentadoria pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A assistência é prevista no artigo 45 da Lei 8.213/1991 apenas para as aposentadorias por invalidez e se destina a auxiliar as pessoas que precisam da ajuda permanente de terceiros.

Ao julgar recurso repetitivo (Tema 982) sobre o assunto, a seção fixou a seguinte tese: "Comprovada a necessidade de assistência permanente de terceiro, é devido o acréscimo de 25%, previsto no artigo 45 da Lei 8.213/1991, a todas as modalidades de aposentadoria.”

Vulnerabilidade

Durante o julgamento, a Ministra Regina Helena Costa destacou que a situação de vulnerabilidade e necessidade de auxílio permanente pode acontecer com qualquer segurado do INSS. “Não podemos deixar essas pessoas sem amparo”, afirmou.

A ministra ressaltou ainda que o pagamento do adicional cessará com a morte do aposentado, o que confirma o caráter assistencial do acréscimo. O acréscimo de 25% sobre o valor da aposentadoria deve ser pago ainda que a pessoa receba o limite máximo legal fixado pelo INSS (teto), conforme previsto em lei.

Para Regina Helena Costa, a fixação do entendimento pelo STJ atende a um pedido da segunda instância, para uniformização da interpretação da lei federal.

A tese fixada em recurso repetitivo terá aplicação em todas as instâncias da Justiça. Em todo o Brasil, 769 processos estavam suspensos aguardando a decisão do STJ.

 

Cerca de mil pessoas foram ao Primeiro Distrito Naval, na região central do Rio de Janeiro, acompanhar a chegada do Porta-Helicópteros Multipropósito Atlântico

Cerca de mil pessoas foram ao Primeiro Distrito Naval, na região central do Rio de Janeiro, neste sábado, 25, acompanhar a chegada do Porta-Helicópteros Multipropósito Atlântico. O navio, com quase 204 metros de comprimento e 22 mil toneladas, foi adquirido pela marinha brasileira junto à britânica e será o principal da esquadra brasileira.

A maioria do público presente era formada por familiares dos 303 militares a bordo da embarcação. Eles estavam há cerca de cinco meses longe do Brasil, aprendendo a operar o navio.

“Durante esse período de recebimento nós tivemos a oportunidade de conviver com os militares da Real Navy (marinha britânica), os antigos tripulantes do navio, e em todo esse período eles nos colocaram a par de tudo o que fizeram ao longo desses 20 anos de operação do navio”, explicou o capitão de Mar e Guerra Giovani Correa, comandante do Atlântico.

Antes de atracar no Rio, o Atlântico recebeu a visita de autoridades, que chegaram à embarcação em helicópteros pela manhã. Além de almirantes da ativa e da reserva, o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, também participou do evento.

FONTE:ISTOÉDINHEIRO

 

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Relatores de ações sobre o tema, Barroso e Fux apresentaram voto nesta quarta

Os ministros do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso e Luiz Fux apresentaram votos nesta quarta-feira (22) nos quais defendem a terceirização de atividade-fim. A decisão sobre o tema depende dos votos dos demais ministros, em sessão prevista para esta quinta-feira (23).

Dois casos anteriores à lei da terceirização estão em discussão na corte. Barroso é relator de ação sobre a legalidade de decisões da justiça do trabalho proibindo a terceirização em alguns setores e Fux relata um recurso sobre a possibilidade de terceirização da atividade-fim.

O projeto de lei que permite a terceirização de todas as atividades foi sancionado pelo presidente Michel Temer em março do ano passado. Antes da lei da terceirização, a jurisprudência do TST (Tribunal Superior do Trabalho) indicava vedação à terceirização da atividade-fim da empresa e permitia a contratação para atividades-meio.

Há ações no Supremo que questionam a lei da terceirização, mas ainda não foram votadas pelos ministros.

Em seu voto, o ministro Luiz Fux disse que a dicotomia entre atividade-fim e atividade meio é “imprecisa” e defendeu o uso da terceirização.

“É lícita a terceirização ou qualquer outra forma de divisão do trabalho entre pessoas jurídicas distintas independentemente do objeto social das empresas envolvidas”, concluiu.

Barroso também defendeu que deve ser permitida a terceirização de qualquer atividade e argumentou que deve ser evitado o uso abusivo do mecanismo.

“As amplas restrições à terceirização, tal como vem sendo feito pelo conjunto de decisões de boa parte da Justiça do Trabalho, violam, a meu ver, a livre iniciativa, a livre concorrência e a segurança jurídica, além de não terem respaldo legal”, afirmou.

Barroso ponderou que a utilização abusiva da terceirização deve ser evitada e reprimida. Ele mencionou que a empresa contratante tem dever de se certificar da idoneidade e capacidade econômica da empresa contratada para honrar contrato e deve ter dever de fiscalização.

“Compete à contratante verificar a inidoneidade e a capacidade econômica da terceirizada e responder subsidiariamente pelo descumprimendo das normas trabalhistas bem como por obrigações previdenciárias”, disse.

Barroso defendeu, ainda, que a terceirização representa “muito mais” que redução de custo. “É estratégia de produção imprescindível para sobrevivência e competitividade de muitas empresas brasileiras, cujos empregos queremos preservar”, afirmou.

FONTE:FOLHA DE S.PAULO

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Abalroada pelo petrolão, a indústria naval brasileira está fazendo lobby pelo programa de compras de novas corvetas pela Marinha, um negócio estimado em R$ 6,2 bilhões em oito anos.

O Sinaval, sindicato do setor, está enviando a todos os candidatos a presidente um documento com números demonstrando a crise na área.

"A compra das corvetas é central para iniciarmos uma recuperação", afirma um dos vice-presidentes executivos da entidade, Sergio Bacci.

A Marinha adiou do dia 27 deste mês para 30 de outubro a publicação da seleção dos consórcios finalistas para a disputa pelo fornecimento de quatro navios.

Os militares afirmam que o adiamento se deveu à falta de documentação por parte de alguns dos nove concorrentes. Ao menos um deles, o consórcio liderado pela ucraniana Ukrinmash, já foi desclassificado por isso.

Outros grupos na disputa se queixam, reservadamente, de que há exigências excessivas no edital, a começar pelo regime de conteúdo local.

É um ponto nevrálgico para a Marinha, que naturalmente quer deter todo o controle tecnológico sobre o processo de produção dos navios.

O Sinaval concorda com tal exigência, ainda que ela esteja por trás de um dos pilares da derrocada da indústria desde que a corrupção na Petrobras foi exposta pela Operação Lava Jato, a partir de 2014.

O governo Lula obrigou que a exploração do petróleo da camada do pré-sal, descoberto em 2006, usasse o máximo de conteúdo nacional.

Isso acabou desembocando em contratos ineficientes e eivados de corrupção para a produção de sondas de perfuração e para a construção de navios para a Petrobras.

Há 28 sondas com construção paralisadas. Dos 12 estaleiros de grande porte existentes, 3 estão em recuperação judicial, 2 estão parados e 1 faz apenas reparos.

Com isso, a curva de empregos do setor, que havia saltado de 56 mil postos de trabalho em 2010 para um pico de 82 mil em 2014, declinou. Hoje são 29.539 empregados em construção naval e offshore (exploração em alto-mar).

De 2007 a 2016, a União empenhou R$ 50,6 bilhões em contratos. No período, foram feitas 605 embarcações e criados 12 estaleiros no país.

Além dos contratos da Petrobras, os negócios militares são fonte constante de lucro.

A compra das corvetas é especialmente polêmica. Primeiro, o regime apressado com que o processo foi tocado, que inicialmente usava apenas um projeto que havia sido feito em conjunto com um estaleiro italiano que participaria da licitação.

Com o risco de acusação de favorecimento, a licitação foi alterada para permitir que qualquer projeto pudesse ser apresentado por consórcios.

Além disso, para fugir das restrições do teto de gastos a partir de 2016, o governo capitalizou uma empresa de projetos da Marinha, a Emgepron.

Tirou da verba de royalties do pré-sal e de um programa de saneamento básico do Ministério da Integração cerca de R$ 2 bilhões para aumentar o capital social da estatal, o que não é contabilizado como gasto pela lei. Ao fim, o valor deve chegar a R$ 4 bilhões.

O Tribunal de Contas da União pediu esclarecimentos acerca da manobra. Na terça (28), fará reunião com a Marinha para discutir o caso.

Há uma justificativa para o investimento. A frota de superfície tem em média 30 anos.

Hoje, há 11 corvetas e fragatas operacionais, e especialistas creem que esse poderio cai à metade em dez anos.

Segundo Bacci, o lobby junto aos presidenciáveis visa evitar que se repitam adiamentos como os ocorridos ao longo dos anos com a compra de caças da Força Aérea, cuja disputa sempre parava durante a troca de governos.

Até aqui, o PT e o PDT receberam o documento do Sinaval, mas não houve ainda um posicionamento formal.

Politicamente, é bastante complicado para um candidato dizer que vai gastar dinheiro com navios de guerra, distantes da realidade tangível do eleitorado em meio a uma dura crise fiscal.

A nova data da seleção de finalistas, dois dias depois do segundo turno, serve também para tirar o assunto da campanha, ainda que a Marinha negue isso oficialmente.

Fonte: Folha

 

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Setores da agropecuária e de serviços foram o que mais geraram vagas no período

A economia brasileira criou 47.319 postos de trabalho com carteira assinada no mês de julho. O resultado é o melhor para o mês em seis anos, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho

Ao todo, foram abertas 1.219.187 novas vagas no mês. Já o número de demissões foi de 1.171,868. Em julho de 2012, foram abertas 142.496 vagas formais. 

Neste mês, a criação de postos de trabalho com carteira assinada foi puxada pela agropecuária, com 17.455 novas vagas. O segundo setor que mais gerou empregos foi o de serviços, com 14.548 vagas. Construção civil, indústria de transformação, indústria extrativa e os serviços industriais de utilidade pública também criaram mais empregos que fecharam.  ​

Ficaram no negativo os setores do comércio, com 249 postos a menos e o de administração pública, com 1.528 vagas encerradas. 

O salário médio de admissão no país em Julho ficou em R$ 1.536,12, ante a R$ 1535,72 no mês anterior. 

O estado que mais gerou empregos foi São Paulo, com 15,3 mil novos postos. Em seguida, aparece Minas Gerais, com geração positiva de 10,3 mil novos postos de trabalho. No Pará, foram gerados 3,5 mil empregos formais. O Rio Grande Sul (-2.657) foi o estado que mais demitiu do que contratou no período. 

REFORMA TRABALHISTA

Em Julho, as empresas abriram 3.399 postos de trabalho intermitente. Nesse tipo de contratação, não há período fixo estabelecido para o trabalho e o funcionário é pago pelo número de horas ou dias que for convocado pela empresa. A maioria dos intermitentes é homem (67,5%) e 90,8% têm até 49 anos. 

No caso do trabalho parcial (contratos com jornada de até 30 horas), foram abertas 813 vagas no período. A maioria, 61,6% para mulheres.

O Ministério do Trabalho também divulgou os dados sobre demissão de comum acordo. No mês, foram realizados 13.738 desligamentos dessa maneira. 
Na demissão por comum acordo, o trabalhador têm direito a metade do aviso prévio, multa de 20% do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e a movimentar 80% do saldo do Fundo de Garantia. Em contrapartida, ele abre mão do seguro-desemprego.

FONTE:FOLHA DE S.PAULO