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Assembleia Geral Extraordinária elegerá sete componentes ao Conselho de Administração; dois nomes indicados pela União foram considerados inelegíveis
Em reunião realizada nesta segunda-feira (18) de manhã, os conselheiros da Petrobras decidiram manter o veto aos dois nomes que tiveram conflitos de interesses apontados pelo Comitê de Elegibilidade na última semana.
Jonathas Assunção de Castro, o número 2 do Ministério da Casa Civil, e Ricardo Soriano de Alencar, procurador-geral da Fazenda, foram declarados inelegíveis. As informações foram apuradas pela reportagem com parte dos 11 membros do Conselho que participaram da reunião.
O conselho marcou para dia 19 de agosto Assembleia Geral.
A notícia representa um revés para o governo, que tinha indicado 7 nomes para 5 cadeiras em disputa e, agora, perde qualquer margem de manobra. Em outras palavras, se um dos cinco indicados desistir ou tiver algum impedimento pessoal de assumir a cadeira, o governo pode ter de fazer uma manobra de última hora ou até perder a maioria no colegiado.
Na semana passada, a CNN antecipou o parecer do Celeg que já apontava ressalvas com os nomes de Castro e Alencar.
A Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e o Ministério da Economia, órgão ao qual ela é vinculada, informaram que não irão se manifestar.
A reportagem também entrou em contato com o Ministério da Casa Civil e com o Ministério de Minas e Energia sobre as negativas, mas os órgãos não responderam os questionamentos.
O cenário aponta para uma troca do Conselho em meio à campanha eleitoral. Na prática, isso pode dificultar a transição de gestão. Fontes da alta cúpula da Petrobras relataram à CNN que o novo presidente da estatal, Caio Mario Paes de Andrade, não tem o mesmo trânsito com o conselho que tinham seus antecessores. Por isso, a troca o auxiliaria a aprovar medidas defendidas por ele.
De acordo com o estatuto da Petrobras, precisam passar pelo Conselho mudanças na política de preços dos combustíveis, no plano estratégico da companhia ou até a troca de diretores.
FONTE: CNN