IMAGEM: PANAMÁ CANAL AUTHORITY

A fila de navios que esperam em ambas as extremidades do Canal do Panamá representa apenas metade da média histórica desde que a hidrovia se expandiu em 2016, destacando a mudança dramática no comércio marítimo no hemisfério ocidental vista nos últimos meses, desde que as autoridades também reduziram os números diários de trânsito. como calado máximo.

Os últimos dados da Autoridade do Canal do Panamá (ACP) mostram que há apenas 45 navios na fila aguardando trânsito, exatamente 50% menos que a média histórica dos últimos oito anos. No pior momento do congestionamento do canal, em agosto passado, havia mais de 160 navios esperando, momento em que os administradores do canal informaram que as restrições estariam em vigor por muitos meses, levando a indústria naval a decidir em massa procurar rotas alternativas.

Para os navios que hoje aguardam uma viagem para o norte, eles terão uma longa espera. A média de dias na fila dos navios não reservados para os navios com destino ao norte é de 15,1 dias, enquanto os navios com destino ao sul só têm de esperar 3,6 dias.

A Autoridade do Canal do Panamá (ACP) aumentou os trânsitos diários para 24 este mês, após fortes chuvas nas últimas sete semanas. A medida substitui o anúncio anterior que previa trânsitos diários em 20 slots para janeiro e 18 slots para fevereiro.

As restrições estão em vigor há mais de seis meses em resposta aos desafios colocados pelo estado actual do Lago Gatún, no meio do canal, que regista níveis de água invulgarmente baixos.

A seca persistente fez com que o ACP reduzisse o calado máximo nas suas eclusas maiores, bem como reduzisse o número de trânsito diário em mais de 40%, provocando um êxodo de tráfego com muitos navios optando por rotas mais longas, quer através dos cabos, quer através do Canal de Suez, uma via navegável. que se deparou com os seus próprios problemas nos últimos meses, com os Houthis no Iémen a visarem o tráfego marítimo comercial no sul do Mar Vermelho.

FONTE: SPLASH247.COM

IMAGEM: Montagem sobre fotos Wikimedia Commons

Relatório do Fundo indica que metade dos empregos afetados pela IA será prejudicada, enquanto o restante pode se beneficiar

inteligência artificial (IA) afetará 60% dos empregos nas economias avançadas, afirmou a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, pouco antes de partir para o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.

"As economias avançadas e alguns mercados emergentes verão 60% de seus empregos afetados", disse em uma entrevista em Washington, citando um novo relatório do Fundo Monetário Internacional sobre o assunto.

"E depois diminui para 40% para os mercados emergentes, 26% para os países de baixa renda", acrescentou, referindo-se ao relatório do FMI, que aponta que, globalmente, quase 40% do emprego mundial está exposto à IA.

O relatório indica que metade dos empregos afetados pela IA será prejudicada, enquanto o restante pode se beneficiar do aumento da produtividade devido à IA. 

"Seu trabalho pode desaparecer completamente, o que não é bom, ou a inteligência artificial pode aprimorar seu trabalho, tornando-o mais produtivo e aumentando sua renda", explicou Georgieva à AFP.

Embora inicialmente a IA tenha um impacto menor nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento, também é menos provável que se beneficiem das vantagens dessa nova tecnologia, de acordo com o FMI.

"Isso poderia agravar a lacuna digital e a disparidade de renda entre os países", continuou o relatório, acrescentando que os trabalhadores mais velhos provavelmente serão mais vulneráveis às mudanças causadas pela IA.

O FMI vê uma oportunidade significativa para as políticas abordarem essas preocupações, disse Georgieva à AFP.

"Devemos nos concentrar em ajudar os países de baixa renda, em particular, a agir mais rapidamente para aproveitar as oportunidades que a inteligência artificial apresentará", disse.

"Em outras palavras, abracem-na, está chegando", acrescentou. "Então, a inteligência artificial, sim, assusta um pouco. Mas também é uma tremenda oportunidade para todos".

FONTE: AFP

 

IMAGEM: RBNA CONSULT

Montante aprovado na última reunião do conselho do FMM de 2023 inclui mais de R$ 4 bilhões para construção de embarcações de apoio marítimo e mais de R$ 900 milhões em reparos, docagens e modernizações.

O Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM) aprovou aproximadamente R$ 6,5 bilhões em prioridades para novos projetos do setor naval e de infraestrutura aquaviária, na 54ª reunião ordinária, realizada em dezembro. Um dos destaques foi o segmento de apoio marítimo, com R$ 4,8 bilhões priorizados, dos quais R$ 4,2 bilhões para a CMN Offshore Brasil voltados à construção de 10 embarcações de apoio marítimo, classe PSV 5.000 TPB, modelo ‘Damen Green Ethanol’, no estaleiro da Wilson Sons, no Guarujá (SP). Outros R$ 570,3 milhões foram priorizados para a Starnav e são referentes à construção de duas embarcações de apoio marítimo, classe PSV-5.000, modelo ‘multipurpose DBL Green Line’, no estaleiro do grupo, Detroit Brasil (SC), com valor total de R$ 570,3 milhões.

No segmento ‘Apoio à navegação’, foram priorizados R$ 165,6 milhões para a Wilson Sons construir 3 rebocadores ASD 2312 de 70 TTE (tração estática), com FiFi, no estaleiro do grupo. A Marlin Serviços Ambientais obteve prioridade, no valor total de R$ 87,6 milhões, para a construção de 12 embarcações, sendo 2 rebocadores de 800 HP, 8 rebocadores de 1.200 HP, e 2 rebocadores de 2.000 HP, no estaleiro São Miguel (RJ). Já a Transdourada Navegação recebeu prioridade do CDFMM para a construção de 4 empurradores fluviais 2.400 HP, no estaleiro Juruá (AM), com valor total de R$ 50,2 milhões.

A Transdourada Navegação também conquistou prioridade para a construção de uma balsa guindaste 3.749 TPB com capacidade para 800 toneladas/hora, uma estação de transbordo de carga (ETC) flutuante 4.590 TPB com capacidade para 600 toneladas/hora, 16 balsas graneleiras box 2.187 TPB, 32 balsas graneleiras racked 2.048 TPB, no estaleiro Juruá, com valor total de R$ 300,3 milhões.

Infraestrutura aquaviária
A Transdourada recebeu ainda uma prioridade para a construção de um sistema de fundeio, composto por dois conjuntos de poitas, âncoras, boias e amarras, sendo um para fundeio de navios classe Panamax e outro para fundeio de até dois comboios com 20 balsas graneleiras cada, no estaleiro Juruá, com valor total de R$ 13,8 milhões.

Estaleiros
A Mega Construções e Reparos Navais recebeu prioridade do CDFMM para a construção do estaleiro de reparos navais no Distrito Industrial de Icoaraci, Belém (PA), com valor total de R$ 35,5 milhões. Já a INC — Indústria Naval Catarinense Ltda apresentou projeto para a execução de ampliação e modernização no estaleiro localizado em Navegantes (SC) e teve aprovado prioridade que totaliza R$ 48,4 milhões.

O CDFMM aprovou ainda mais de R$ 900 milhões em prioridades para manutenção e upgrades, dos quais R$ 608,2 milhões voltados para reparos e docagens e R$ 351 milhões para modernizações, conforme resumo abaixo. Os projetos foram apresentados pelas empresas Asgaard Bourbon, Bram Offshore, CBO, OceanPact e Wilson Sons.

Reparo/Docagem
Empresa: CBO Serviços Marítimos;
Projeto: docagem de 4 PSV 3000 (CBO Alessandra, CBO Carolina, CBO Renata e CBO Valentina), 3 PSV 4500 (CBO Energy, CBO Ipanema E CBO Supporter) e 1 RSV (CBO Isabella);
Estaleiro: Aliança (RJ);
Valor total: R$ 181 milhões;

Empresa: CBO
Projeto: docagem de 5 PSVs 4500 (CBO Bianca, CBO Itajaí, CBO Oceana, REM Mistral, SIDDIS Sailor) e 01 PSV 3000 (CBO Aliança);
Estaleiro: Aliança (RJ);
Valor total: R$ 87,9 milhões;

Empresa: Asgaard Bourbon Navegação
Projeto: docagem do AHTS Geonisio Barroso;
Estaleiro: Dock Brasil (RJ);
Valor total: R$ 24,4 milhões;

Empresa: Asgaard Bourbon
Projeto: docagem do AHTS Yvan Barreto;
Estaleiro: Dock Brasil (RJ);
Valor total: R$ 21,1 milhões;

Empresa: Wilson Sons
Projeto: reparo com docagem/ classificação de 31 embarcações do tipo rebocador;
Estaleiro: Wilson Sons (SP);
Valor total: R$ 246,3 milhões;

Empresa: Oceanpact
Projeto: manutenção e reparo do OSRV Macaé e do RSV Parcel de Manuel Luis;
Estaleiro: São Miguel (RJ);
Valor total: R$ 21,9 milhões;

Empresa: Oceanpact
Projeto: manutenção e reparo do RSV Parcel das Paredes e docagem do RSV Parcel dos Meros;
Estaleiro: na empresa OWLL Empreendimentos Portuários;
Valor total: R$ 5 milhões;

Empresa: Bram Offshore
Projeto: reparo dos PSVs Eland e Bram Buccaneer;
Estaleiro: Navship (SC);
Valor total: R$ 20,6 milhões

Modernização
Empresa: Bram Offshore
Projeto: modernização de 3 AHTS, denominadas Bram Atlas, Bram Titan e Mr. Chafic;
Estaleiro: Navship (SC);
Valor total: R$ 27,4 milhões;

Empresa: CBO Serviços Marítimos
Projeto: modernização dos OSRV CBO Rio e CBO Vitória, do PSV 3000 CBO Alessandra, do AHTS 21000 CBO Endeavour e do PSV 4500 CBO Ipanema;
Estaleiro: Aliança (RJ);
Valor total: R$ 103,4 milhões;

Empresa: CBO
Projeto: modernização de 5 AHTS 18000 (CBO Bossa Nova, CBO Parintins, CBO Xavantes, CBO Iguaçu, CBO Cabrália) e 3 PSVs 3000 (CBO Anita, CBO Bianca e CBO Campos);
Estaleiro: Aliança (RJ)
Valor total: R$ 220,2 milhões.

A resolução do CDFMM com a relação de prioridades, publicada no Diário Oficial da União, na última semana, já está em vigor e tem vigência de 450 dias.

FONTE: Portos e Navios – Danilo Oliveira

 

IMAGEM: UNITSHIPPING

Dona da quinta maior frota de transporte marítimo no mundo, a Hapag-Lloyd informou nesta sexta-feira (12) que está tendo um gasto extra de dezenas de milhões de dólares em virtude da medida adotada para evitar passar pelo Mar Vermelho, onde navios comerciais vêm sendo alvo de ataques de grupo de rebeldes houthis, que protestam contra Israel por causa do conflito contra o grupo terrorista Hamas.

O porta-voz da companhia comunicou que a empresa está com "custos adicionais por mês na casa dos dois dígitos de milhões" desde que adotou o percurso pela Cabo da Boa Esperança, que contorna a África pelo sul para realizar o transporte entre Ásia e Europa. Normalmente, as embarcação usam o Mar Vermelho, que passa também pelo Canal de Suez e demora em média 12 dias a menos que a rota pelo Cabo da Boa Esperança. O porta-voz não informou especificamente o valor extra gasto.

De acordo com o porta-voz, as entregas para os Estados Unidos também foram impactadas com a mudança e estão com um atraso de uma semana.

Ao mesmo tempo, a Hapag-Lloyd parabenizou os ataques feitos por EUA e Reino Unido contra os rebeldes houthis na tentativa de permitir o tráfego marítimo pelo Mar Vermelho. Os ataques do grupo a navios no Mar Vermelho fizeram com que a Hapag-Lloyd e outras empresas de navegação evitassem a área.

"Acolhemos com satisfação as medidas que tornam a passagem pelo Mar Vermelho segura novamente", afirmou o porta-voz à Reuters.

FONTE: Reuters

 

IMAGEM: US NAVY

O êxodo do Mar Vermelho está ganhando força em vários setores, com o Egipto aceitando o fato de que sofrerá um grande impacto nas receitas geradas pelos trânsitos do Canal de Suez este ano.

Os trânsitos do Canal de Suez geraram receitas de US$ 10,25 bilhões para o Egito no ano passado. O número de trânsito caiu 30% nos primeiros 11 dias de Janeiro, e caiu ainda mais nos últimos dias, à medida que os Houthis no Iémen – apoiados pela inteligência e pelos armamentos iranianos – alargaram os seus alvos.

Embora o transporte de contêineres tenha liderado o afastamento do Suez, conforme destacado no mais recente relatório semanal de mercado da Alphaliner, outros setores, incluindo GNL, petróleo e granéis sólidos, estão seguindo o exemplo.

Várias empresas petrolíferas, como Shell, ADNOC e Reliance Industries, juntaram-se esta semana à BP na suspensão das suas viagens através do Mar Vermelho.

Splash relatou ontem que o graneleiro Zografia, de propriedade grega, foi atingido por um dispositivo explosivo enquanto transitava pelo sul do Mar Vermelho com destino a Israel. Após os ataques dos EUA e do Reino Unido contra militantes Houthi na semana passada, um graneleiro de propriedade da Eagle Bulk Shipping, com sede nos EUA, foi atingido no início da semana por um míssil no Golfo de Aden. Mais avistamentos de drones e esquifes foram relatados esta manhã.

As seguradoras nervosas estão aumentando os prêmios e os navios com ligações aos EUA, Reino Unido ou Israel estão enfrentando uma pressão adicional dos seus fornecedores de seguros.

“Os subscritores estão adicionando cláusulas dizendo que não há envolvimento dos EUA, do Reino Unido ou de Israel”, disse Marcus Baker, chefe global de marinha e carga da Marsh, à Bloomberg ontem. “Quase todo mundo está colocando algo assim, e muitos incluem as palavras ‘propriedade’ ou ‘interesse’.”

“Os armadores e afretadores podem descobrir que o reencaminhamento em torno de África é mais rentável do que incorrer nos custos combinados das taxas de trânsito do Canal de Suez e dos prémios de seguro”, disse a corretora Clarksons Securities numa nota esta semana.

Os militares dos EUA realizaram um novo ataque no Iêmen na terça-feira contra mísseis balísticos antinavio em uma parte do país controlada pelos Houthi.

FONTE: SPLASH

 

IMAGEM: BIMCO, Clarksons Research's

A frota mundial de navios porta-contêineres deverá ultrapassar dos 30 milhões de TEU ainda este ano, prevê a BIMCO.

 

No ano passado, a frota mundial de porta-contêineres  cresceu 8%, o valor mais elevado desde 2011, mas em 2024 poderá mesmo avançar 10%, antecipa Niels Rasmussen, analista-chefe da BIMCO.

No ano passado, foram entregues pelos estaleiros 350 novos porta-contêineres , com uma capacidade agregada de 2,2 milhões de TEU (um novo máximo, superando o recorde de 1,7 milhões de TEU, de 2015). E com isso, a frota mundial superior os 28 milhões de TEU.

Para 2024, prevê-se já a entrega no mercado de 478 navios, com uma capacidade total de 3,1 milhões de TEU. Com a reciclagem de navios em baixa, o aumento real deverá situar-se nos 2,8 milhões de TEU, elevando o total bem para lá dos 30 milhões de TEU.

O crescimento da oferta de capacidade não será acompanhado, nem de perto nem de longe, pelo aumento da procura, que Niels Rasmussen prevê seja de 3-4% em 2024. “O desequilíbrio entre a oferta e a oferta deverá aumentar em 2024”, alerta.

A redução da velocidade de navegação (14,3 nós em média em 2022, 13,9 nós em 2023) poderá ajudar a acomodar alguma capacidade em excesso. E o mesmo poderá acontecer caso se prolongue a instabilidade na zona do Mar Vermelho.

Porém, lembra o analista-chefe da BIMCO, mais três milhões de TEU estão já programados para serem entregues em 2025-2026. Pelo que, remata,  “a menos que a reciclagem aumente significativamente, o desequilíbrio do mercado parece destinado a regressar  assim que a situação do Mar Vermelho for resolvida”.

FONTE: TRANSPORTES&NEGÓCIOS

 

IMAGEM: FINEP

A Finep e o Conselho de Pesquisa da Noruega (RCN), com o intuito de implementar o acordado no Memorando de Entendimentos que celebraram em novembro, acabam de lançar a chamada pública conjunta Finep-RCN em 2023, para apoio a projetos de cooperação entre os dois países, a serem iniciados em 2024. Os temas são: energias sustentáveis e petróleo. O envio de propostas é até 06 de março.

Pelo lado do Brasil, a Finep destinará até R$ 15 milhões para essa chamada conjunta, com a intenção de dividir esses recursos igualmente entre projetos de petróleo e de energia renovável.

O projeto pode incluir a colaboração com parceiros industriais e/ou parceiros do setor de P&D (universidades, institutos de pesquisa, demais ICTs etc.). No entanto, isso não é um requisito obrigatório.

Portanto, adicionalmente, o FNDCT alocará até R$ 3 milhões para o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com o objetivo de financiar bolsas dos participantes brasileiros para atividades na Noruega.

O financiamento pela Finep está aberto às empresas constituídas de acordo com a legislação brasileira para a produção ou comercialização de bens ou serviços, com fins lucrativos, cujos atos societários estejam devidamente arquivados em cartório de registro competente e que tenham sede no Brasil.

Importante ressaltar que as empresas / instituições norueguesas e brasileiras que receberem financiamento público dentro do mesmo consórcio internacional não podem pertencer ao mesmo grupo econômico.

FONTE: FINEP

 

IMAGEM: EPSJV/Fiocruz

A taxa de desemprego global deverá subir para 5,2% este ano, principalmente devido ao aumento no número de pessoas sem emprego nas economias avançadas, informou a OIT (Organização Internacional do Trabalho) nesta quarta-feira (10).

O relatório Cenário Mundial de Emprego e Social 2024 da OIT prevê que o número de pessoas desempregadas aumentará em 2 milhões, elevando a taxa de desemprego global de 5,1% em 2023 para 5,2%.

"Estamos projetando uma queda modesta no desempenho dos mercados de trabalho, em parte porque o crescimento está desacelerando em todo o mundo", disse Richard Samans, diretor do departamento de pesquisa da OIT.

A OIT, uma agência das Nações Unidas, afirmou que, após um breve impulso à medida que os países se recuperavam da pandemia, o crescimento agregado da produtividade do trabalho retornou rapidamente ao baixo ritmo observado na década anterior.

"Durante os períodos de crescimento lento da produtividade, a renda real disponível e os salários reais são frequentemente vulneráveis a choques repentinos de preços", apontou o relatório da OIT.

O relatório afirma que, nos próximos dois anos, há previsão de pouco ganho de emprego entre os países de renda média a alta, mas que os ganhos de emprego nos países de renda baixa e média-baixa permanecerão robustos.

"A situação é particularmente preocupante nos países de alta renda, onde se espera que o crescimento do emprego se torne negativo em 2024 e apenas melhorias modestas são previstas em 2025", disse a OIT.

FONTE: (Reuters)

 

IMAGEM: (REUTERS/Khaled Abdullah)


Região vive escalada da tensão nas últimas semanas

Um navio foi atingido por um míssil na costa do Iêmen nesta segunda-feira (15), de acordo com o órgão do Reino Unido responsável por operações de comércio marítimo (Ukmto).

O incidente ocorreu 95 milhas náuticas (176 quilômetros) a sudeste de Aden, importante cidade portuária iemenita, e a embarcação teria sido atingida "de cima".

"As autoridades estão investigando. Navios são aconselhados a transitar com cautela e a reportar qualquer atividade suspeita para a Ukmto", disse o órgão.

Segundo a Ambrey, companhia britânica especializada em riscos marítimos, a embarcação atacada é de propriedade americana e tem bandeira das Ilhas Marshall, mas a ação não teria deixado feridos nem impedido o cargueiro de navegar.

Trata-se do navio Eagle Gibraltar, pertencente à empresa Eagle Bulk, que tem sede em Connecticut e é cotada na Bolsa de Nova York.

A região tem sido palco nas últimas semanas de recorrentes ataques dos houthis, grupo rebelde que controla parte do Iêmen desde 2014, contra navios mercantis com destino a Israel, em apoio à causa palestina.

Na última sexta (12), forças de Estados Unidos e Reino Unido conduziram bombardeios aéreos no Iêmen para reduzir a capacidade militar dos houthis no Mar Vermelho.

"Não hesitaremos em agir novamente", prometeu o premiê britânico, Rishi Sunak.

FONTE: TERRA

 

IMAGEM: MARINE INSIGHT

Evitando as regras com uma bandeira conveniente

Os marítimos são vitais para todos nós. Eles viajam o mundo transportando tudo o que precisamos, desde bananas, petróleo, gás e materiais de construção até tecido, grãos e carnes congeladas. Eles também são uma força de trabalho invisível. O que acontece no mar está quase sempre fora da vista dos reguladores. Isso permite que armadores desonestos cometam impunemente abusos contra os direitos dos marítimos.

Quais são bandeiras de conveniência?

Um navio com bandeira de conveniência é aquele que arvora a bandeira de um país diferente do seu Estado de Registro. Para os trabalhadores a bordo, isso pode significar:

  • salários muito baixos
  • condições precárias a bordo
  • subalimentação e escassez de água potável
  • longas jornadas de trabalho sem descanso adequado, levando ao estresse e à fadiga

Usando a estratégia de 'flag out', os armadores podem tirar proveito de:

  • regulamentação mínima
  • taxas de registro baratas
  • pouco ou nenhum imposto
  • liberdade de empregar mão de obra barata do mercado de trabalho global

A ITF acredita que deve haver uma 'ligação genuína' entre o verdadeiro proprietário de um navio e a bandeira que o navio arvora, de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS). Registros de BDC tornam mais difícil para os sindicatos, representantes do setor e o público chamar os armadores à responsabilidade.

Em muitos casos, os próprios registros não são sequer administrados pelo país da bandeira.

A globalização tem ajudado a alimentar esta corrida para o fundo. Em um mercado de transporte marítimo competitivo, as BDCs baixam as taxas e minimizam a regulamentação, visto que os armadores procuram a maneira mais barata de administrar seus navios.

Problemas para os marítimos

Indenizações contratuais

Uma lesão grave pode arruinar uma vida, acabar com a carreira marítima e subtrair de uma família uma renda regular. Por conta própria, os marítimos têm pouca chance de ganhar uma indenização. A ITF e seus sindicatos filiados ajudam os marítimos a pleitear essas ações nos tribunais, mas muitas vezes eles têm que desemaranhar complexas estruturas empresariais até conseguir estabelecer que tem responsabilidade pelo navio e sua tripulação.

Obtendo pagamento

Todos os dias, a ITF ouve falar de tripulações a quem são devidas grandes somas em dinheiro. Algumas tripulações simplesmente não são pagas. Outras descobrem que as empresas atrasam, ou deixar de fazer, pagamentos às suas famílias quando querem enviar dinheiro para casa. Em muitos casos, passam-se meses sem qualquer sinal do dinheiro prometido aos marítimos. Sem pagamento, eles não podem sequer se dar ao luxo de fugir e retornar para casa.

Dando voz às suas necessidades

Apesar das dificuldades que enfrentam, muitos marítimos BDC estão assustados demais para protestar. Agências de recrutamento inescrupulosas fazem circular os nomes dos marítimos que se queixam aos inspetores.

Ainda é uma prática comum o capitão de um navio escrever 'encrenqueiro ITF' na cédula marítima de um marítimo. Com essa marca em seu prontuário, um marítimo não consegue ser empregado novamente. Alguns marítimos ainda são presos ao voltar para casa. E, mesmo com fontes mais baratas  de trabalho sendo abertas – especialmente a China – as condições e o risco de pagamento estão piorando.

Países com BDC

Os seguintes países foram declarados BDCs pelo comitê de práticas aceitáveis da ITF (uma comissão mista da ITF formada por representantes sindicais de marítimos e portuários), que gerencia a campanha da ITF contra as BDCs:

Antígua e Barbuda
Bahamas
Barbados
Belize
Bermuda (RU)
Bolívia
Cambódia
Camarões
Ilhas Cayman
Comoros
Ilhas Cook
Chipre
Guinea Equatorial
Ilhas Faroe (FAS)
Registro Internacional de Navios Francês (FIS)
Registro Internacional de Navios Alemão (GIS)
Geórgia
Gibraltar (RU)
Honduras
Jamaica
Líbano

Libéria
Madeira
Malta
Ilhas Marshall (EUA)
Maurício
Moldávia
Mongólia
Myanmar
Antilhas Holandesas
Coréia do Norte
Palau
Panamá
São Tomé e Príncipe
Serra Leoa
São Cristóvão e Nevis
St Vincent
Sri Lanka
Tanzânia (Zanzibar)
Togo
Tonga
Vanuatu

FONTE: ITF

 

IMAGEM: FAZCOMEX

O presidente Lula (PT) sancionou nesta segunda-feira 15 uma lei cujo objetivo é dar segurança jurídica e estabilidade regulatória aos serviços de praticagem. Trata-se do trabalho de guiar os navios em pontos sensíveis dos portos até a atracagem, além do retorno ao mar.

O texto confirma a Marinha como única autoridade marítima a deter a competência para a regulação econômica da praticagem, incluindo a homologação das escalas únicas de rodízio. Já a Agência Nacional de Transportes Aquaviários deve auxiliar a Marinha em tomadas de decisão sobre eventual abuso de poder econômico.

A matéria consolida a dinâmica de rodízio único, já editada pela Marinha. Conforme esse instrumento, os serviços são desempenhados a partir de uma escala atrelada a uma determinada zona de praticagem. Assim, o Estado busca garantir a frequência de manobras necessárias à proficiência, a distribuição equânime e a disponibilidade permanente do serviço de praticagem.

A nova lei assegura a todo prático o livre exercício do serviço, desde que atendida a regulação técnica e econômica da atividade.

Para manter a habilitação, o prático deverá cumprir uma frequência mínima de manobras estabelecida pelo Comando da Marinha e realizar cursos de aperfeiçoamento. Também terá de observar determinações de organismos internacionais competentes, desde que reconhecidas pela autoridade marítima.

FONTE: CARTA CAPITAL

 

 Empresas colocarão à prova tecnologia consiste em separar o petróleo do CO2 no momento da extração para reinjetar o gás no reservatório

Um consórcio liderado pelas gigantes petroleiras Petrobras, TotalEnergies e Shell vai testar, em um campo de petróleo submarino no Brasil, uma nova tecnologia que consiste em separar o petróleo do CO2 no momento da extração para reinjetar o gás no reservatório.

objetivo desta tecnologia é reduzir "a intensidade das emissões de gases de efeitos estufa, aumentando ao mesmo tempo a capacidade de produção do campo" do petroleiro de Libra, indicou o grupo francês TotalEnergies em um comunicado nesta segunda-feira (8).

O campo pré-sal de Libra está situado na Bacia de Santos, a 2.100 metros de profundidade, sob uma densa camada de sal. Suas reservas são estimadas entre 8.000 e 12 bilhões de barris diários de petróleo. 

Em seu comunicado, a TotalEnergies descreve o projeto como uma "tecnologia pioneira" que permitirá "reduzir o volume de gás enviado" à superfície.

A separação do óleo, que dá origem ao petróleo, do gás natural e do CO2 que se encontram nas camadas do reservatório ocorre no fundo do mar, no momento da extração, antes que o óleo suba à superfície, enquanto o gás é reinjetado no subsolo.

O campo de Libra é administrado pela Petrobras (38,6%), em associação com a TotalEnergies (19,3%), Shell Brasil (19,3%), China National Petroleum Corporation (9,65%), China National Offshore Oil Corporation (9,65%) e PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A., 3,5%).

Muitos produtores de hidrocarbonetos apostam em tecnologias de captura e armazenamento de CO2, ainda incipientes, para manter ao menos parte de sua atividade, enquanto limitam as emissões deste gás, principal causador do aquecimento global.

FONTE: AFP/FOLHA DE S.PAULO