As alterações decorrem da necessidade de adequação de algumas súmulas e orientações jurisprudenciais (OJs) aos dispositivos do novo Código de Processo Civil.
 
O Pleno do Tribunal Superior do Trabalho aprovou, na última segunda-feira (17/4), novas alterações em sua jurisprudência consolidada. As alterações decorrem da necessidade de adequação de algumas súmulas e orientações jurisprudenciais (OJs) aos dispositivos do novo Código de Processo Civil.
 
Confira as alterações aprovadas:
AÇÃO RESCISÓRIA. PROVA NOVA. DISSÍDIO COLETIVO. SENTENÇA NORMATIVA. (nova redação em decorrência do CPC de 2015)
I - Sob a vigência do CPC de 2015 (art. 966, inciso VII), para efeito de ação rescisória, considera-se prova nova a cronologicamente velha, já existente ao tempo do trânsito em julgado da decisão rescindenda, mas ignorada pelo interessado ou de impossível utilização, à época, no processo.
II - Não é prova nova apta a viabilizar a desconstituição de julgado: a) sentença normativa proferida ou transitada em julgado posteriormente à sentença rescindenda; b) sentença normativa preexistente à sentença rescindenda, mas não exibida no processo principal, em virtude de negligência da parte, quando podia e deveria louvar-se de documento já existente e não ignorado quando emitida a decisão rescindenda. (ex-OJ nº 20 da SBDI-2 - inserida em 20.09.2000)
AÇÃO RESCISÓRIA. REGÊNCIA PELO CPC DE 1973. SENTENÇA DE MÉRITO. QUESTÃO PROCESSUAL (nova redação em decorrência do CPC de 2015)
Sob a égide do CPC de 1973, pode uma questão processual ser objeto de rescisão desde que consista em pressuposto de validade de uma sentença de mérito. (ex-OJ nº 46 da SBDI-2 - inserida em 20.09.2000).
MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA (nova redação em decorrência do CPC de 2015)
I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015.
II - No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio.
III - A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela provisória.
MANDADO DE SEGURANÇA VISANDO À HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO (nova redação em decorrência do CPC de 2015)
A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança.
OJ-SBDI1-140
DEPÓSITO RECURSAL E CUSTAS PROCESSUAIS. RECOLHIMENTO INSUFICIENTE. DESERÇÃO (nova redação em decorrência do CPC de 2015)
Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do depósito recursal, somente haverá deserção do recurso se, concedido o prazo de 5 (cinco) dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o recorrente não complementar e comprovar o valor devido.
OJ-SBDI1-284 – CANCELADA.
OJ-SBDI1-285 – CANCELADA.
Fonte: TST

O governo resolveu mexer em um tabu na área de infraestrutura e deu o primeiro passo para privatizar a administração dos portos.

A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) foi escolhida para iniciar esse processo.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está sendo acionado pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para definir o modelo de concessão à iniciativa privada e conduzir os estudos de viabilidade. A ideia é aproveitar a próxima reunião do conselho de ministros do PPI, ainda sem data marcada, para incluir formalmente a estatal no cardápio de ativos oferecidos ao mercado.

Assessores presidenciais explicam que a privatização no setor começará pela Codesa por um simples motivo: trata-se da única, entre as oito Companhia Docas, sem enorme passivo financeiro e trabalhista. Por isso mesmo, avalia-se no Palácio do Planalto que nenhuma outra despertaria a atratividade de investidores sem um exaustivo trabalho prévio de saneamento das contas. Diante do calendário apertado, não se trabalha com a hipótese de conceder outras Companhias Docas até o fim de 2018.

A Codesa administra os portos de Vitória e Barra do Riacho. Eles já têm terminais arrendados ao setor privado, que opera essas instalações. Os contratos, em caso de privatização, seriam subrogados ao novo administrador dos portos. Não está descartada a possibilidade de conceder apenas um dos dois portos - os estudos vão indicar qual será o modelo. Caberia aos futuros investidores assumir obras de dragagem e de acesso, além de cuidar da gestão portuária em si, que tem histórico de conhecida ineficiência.

O porto de Vitória tem 14 berços de atracação e é capaz de receber navios tipo Panamax. Ele movimenta cerca de 6 milhões de toneladas por ano. As cargas predominantes são contêineres, café, produtos siderúrgicos, cobre, fertilizantes, automóveis, máquinas e equipamentos, celulose, açúcar e granéis líquidos.

Até agora, apenas terminais dentro dos portos organizados vinham sendo concedidos à iniciativa privada, mas a administração portuária foi mantida nas mãos do governo. A ex-presidente Dilma Rousseff fez uma reformulação das regras do setor em 2012 e facilitou a construção de portos privados, acabando com as restrições que eles tinham para movimentar cargas de terceiros. Não houve mudança, porém, no status das Companhias Docas.

A avaliação no Palácio do Planalto é que, diante do sucesso recente dos últimos leilões, pode haver uma aceleração das parcerias com o setor privado. Um novo resultado positivo é esperado para amanhã. A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) fará a licitação do terminal de trigo do Rio de Janeiro, que receberá investimentos de R$ 93 milhões e terá valor fixo de arrendamento de R$ 428 mil por mês. Uma grande trading agrícola apresentou proposta, o que já afasta qualquer risco de "vazio" no certame. O prazo de arrendamento do terminal é de 25 anos, prorrogável por igual período.

Na segunda-feira, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) leiloará 35 lotes de linhas de transmissão. Houve aporte de garantias financeiras para todos os ativos oferecidos. São 7,4 mil quilômetros de linhas e investimentos previstos de R$ 13,1 bilhões. Alguns lotes tiveram de quatro a seis interessados, segundo fontes oficiais. "É uma sólida demonstração de confiança. Os investidores passaram a olhar o segmento de transmissão como um ativo excelente, seguro, quase como um investimento em renda fixa", diz uma autoridade.

Para o governo, trata-se de uma tentativa de embalar notícias favoráveis em meio à crise política e às difíceis negociações em torno da reforma da Previdência. Estima-se que, se houver mesmo sucesso nos leilões de transmissão, o PPI terá chegado praticamente à metade de sua carteira de projetos já licitados.

Em março, a disputa por quatro aeroportos - Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis - teve ágio relevante e atraiu megaoperadoras internacionais, como a alemã Fraport, a francesa Vinci e a suíça Zurich Flughafen.

Fonte: Valor Econômico

Protesto é contra as reformas da Previdência e trabalhista e a Lei da Terceirização. No DF, professores da rede pública vão aderir

Reprodução/Twitter

Centrais sindicais organizam greve geral (ou paralisação nacional) para a próxima sexta-feira, dia 28. Eles dizem que pode ser a maior mobilização de trabalhadores e de diversos setores da sociedade dos últimos 30 anos no Brasil. O protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista e a Lei da Terceirização está sendo convocado por oito centrais sindicais que, juntas, representam mais de 10 milhões de trabalhadores.

Segundo sindicalistas, a última grande paralisação envolvendo diversas categorias ocorreu em 1986, durante o governo Sarney, contra o Plano Cruzado. “Esperamos que seja a maior mobilização já ocorrida até agora”, diz João Carlos Gonçalves, secretário-geral da Força Sindical. “Estamos orientando as pessoas a não saírem de casa, a não irem ao supermercado, aos bancos etc”.

Grandes categorias de várias capitais aprovaram a paralisação em assembleias, entre as quais metroviários, motoristas de transporte público, motoboys, bancários, metalúrgicos, professores de escolas públicas e privadas, petroleiros, funcionários dos Correios, da construção, do comércio e da saúde. No Distrito Federal, professores da rede pública de ensino vão aderir ao movimento.

“O momento é muito grave, principalmente depois da aprovação da urgência para a votação da reforma trabalhista sem que haja uma discussão mais profunda sobre o tema”, afirma Ricardo Patah, presidente da UGT. “Nem na ditadura foram tomadas decisões tão graves como agora.”

Boletim assinado pela CUT, UGT, CTB, Força Sindical, CSB, NCST, Conlutas e CGTB, com tiragem de 2 milhões de exemplares, está sendo distribuído em cidades do Estado de São Paulo com críticas às reformas e convocando a greve.

Em Belo Horizonte, a paralisação deve atingir cerca de 500 mil servidores públicos, além de bancários e outras categorias, preveem os sindicatos locais. Segundo a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, Beatriz Cerqueira, as reformas ferem “de morte” direitos fundamentais da classe trabalhadora.

O diretor da CUT em Alagoas, Izac Cavalcante, diz que a central espera mobilizar pelo menos 100 mil trabalhadores no Estado. Segundo ele, 75 mil servidores públicos estaduais e cerca de 3 mil bancários deverão cruzar os braços. O protesto também terá a participação de parte do funcionalismo público federal e dos trabalhadores das empresas de transporte público de Maceió.

Escolas privadas. Em São Paulo, o Sindicato dos Professores, representante dos docentes de escolas particulares, contabiliza, até agora, cerca de 100 escolas que não terão aulas e cujos pais de alunos estão sendo informados pela direção das instituições. “Na próxima semana, as adesões devem aumentar”, informa Silvia Barbara, diretora da entidade. Mobilização dessa magnitude na categoria não ocorre há mais de dez anos, diz.

Também indicaram adesão ao movimento na capital paulista os metroviários, motoristas, bancários, metalúrgicos, químicos, construção, entre outros. Em cidades do interior, como Sorocaba, cartazes do Sindicato dos Rodoviários informam passageiros nas rodoviárias sobre a greve geral. No fim de semana, haverá carreata na zona leste de São Paulo, da CUT, para chamar para o protesto.

No Ceará, Pernambuco, Santa Catarina e Maranhão, está prevista a adesão ao movimento de bancários e de profissionais de setores essenciais, como transporte, saúde e educação.

Fonte: Estadão

Reforma da Previdência é usurpação de direitos

Na reunião de hoje, quarta (19), no âmbito da Comissão Especial da Reforma da Previdência (PEC 2872016), ficou acordado que o parecer apresentado pelo relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), será lido sem obstruções com pedido de vista a ser concedido.

Na próxima semana será discutido o parecer (dias 25, 26 e 27). E, está prevista a votação na Comissão Especial no dia 02 de maio.

De forma preliminar, alguns pontos do substitutivo apresentado:

  • O texto do substitutivo fixou a idade mínima de aposentadoria em 62 anos para as mulheres e em 65 anos para os homens após um período de transição de 20 anos. Ou seja, o aumento seria progressivo, começando em 53 e 55 anos, respectivamente, na data da promulgação da emenda.
  • Mantém em 25 anos o tempo mínimo de contribuição para acesso aos benefícios. O benefício será igual a 70% da média de salários, o que é maior que os 51% propostos no texto original. Após 25 anos de contribuição, cada ano seria contado a mais, possibilitando a obtenção de 100% da média aos 40 anos de contribuição e não aos 49 como antes.
  • O texto preliminar elimina as idades mínimas para que um trabalhador possa entrar na transição da reforma. E o pedágio, ou o tempo a mais que este trabalhador terá que cumprir para manter parte das regras atuais, cai de 50% para 30% do tempo de contribuição que falta para a aposentadoria. Hoje, este tempo é de 35 anos para homens e 30 anos para mulheres.
  • Prevê a idade mínima de 55 anos para a aposentadoria de policiais civis. (As regras permanentes para os policiais civis serão definidas depois da promulgação da reforma da Previdência, por meio de um projeto de lei, como ocorrerá com os policiais militares e bombeiros).
  • Os trabalhadores rurais teriam idade mínima menor, de 60 anos, com 20 anos de tempo de contribuição. E a alíquota individual de contribuição para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), provavelmente deverá ser de 5% sobre um salário mínimo.
  • Para as pensões, o relator mantém a possibilidade de acúmulo de pensão e aposentadoria, mas com um teto de dois salários mínimos. O interessado poderia ainda optar pelo maior benefício entre os dois, caso isso seja mais vantajoso.
  • Nada muda, porém, em relação ao cálculo do valor da pensão: o benefício será de 50% da aposentadoria mais 10% por dependente, mas com a volta do piso de um salário mínimo.
  • No caso dos benefícios assistenciais (Benefício de Prestação Continuada - BPC), o relator também mantém a vinculação com o salário mínimo, mas aumenta a idade mínima de 65 para 68 anos. A proposta original sugeria 70 anos.

Fonte: DIAP

 

As forças empenhadas em dissolver as bases de qualquer projeto nacional deram nova demonstração de vontade ofensiva. Na quarta-feira (19), conseguiram reunir 287 votos (contra 144) para avançar a reforma trabalhista na mesma Câmara dos Deputados que abriu o processo de impeachment contra a ex-presidente. É verdade que foram 80 sufrágios a menos do que os obtidos para levar a então mandatária ao cadafalso, mas revela uma disposição radical cujas consequências se prenunciam funestas.

Clemente Ganz Lúcio, diretor do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), chama a atenção para o caráter interligado dos projetos constitucionais em curso. O dinheiro poupado do corte de benefícios previdenciários proposto é importante para viabilizar a PEC dos gastos, aprovada em outubro passado. Como o teto estabelecido impede o aumento de dispêndio público, será preciso tirar das aposentadorias para manter o mínimo de funcionamento em outras áreas (segurança, saúde, educação etc.).

Por outro lado, o regime de urgência aprovado para as alterações na legislação existente desde os anos 1940 pode eliminar direitos históricos da classe trabalhadora. Além de permitir, entre outras muitas medidas, que o negociado prevaleça sobre o legislado, abrindo o caminho para que a CLT vire letra morta onde os sindicatos são mais fracos, o parecer do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) investe contra o imposto sindical. Embora a contribuição obrigatória seja fonte inequívoca de burocratização, aboli-lo no contexto desta reforma significa esvaziar a principal fonte de resistência ao retrocesso generalizado.

Para completar, a Câmara, ao ampliar, em março, por 231 a 188 votos, o raio de ação das empresas terceirizadas, que agora podem realizar também as atividades-fim de outras firmas, colocou nova parcela da força de trabalho mais longe do alcance da fiscalização. Pode-se imaginar o quanto tudo isso precarizará as relações de trabalho, tendendo, talvez, a diminuir a base de arrecadação da Previdência e reforçando a necessidade de cortar benefícios.

Aos poucos, como se viu na manifestação de 15/3, a sociedade começa a acordar para o tamanho do retrocesso em curso. Redução do valor do trabalho, deterioração dos serviços públicos, destruição e venda do patrimônio nacional para estrangeiros, desindustrialização acelerada e ameaça às liberdades democráticas. Resta saber se haverá tempo para desligar o modo demolição em que o jogo atual vem sendo jogado antes que seja tarde. Parte da resposta virá nos protestos previstos para sexta que vem.

Fonte: Folha de S.Paulo

A 2ª Vara Federal de Sergipe suspendeu nesta segunda-feira (17) a venda feita pela Petrobras de 66% da participação do bloco BM-S-8, onde está o prospecto de Carcará, na Bacia de Santos, à petroleira norueguesa Statoil, afirmou em nota a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), responsável pela ação.

A operação, anunciada em julho, foi concluída em novembro com o pagamento de US$ 1,25 bilhão, correspondente a 50% do valor total da transação.

Estava previsto que o restante do valor para a compra do ativo seria pago por meio de parcelas relacionadas a eventos subsequentes, como, por exemplo, a celebração de um Acordo de Individualização da Produção (unitização).

A negociação com a Statoil marcou a venda, pela Petrobras, da primeira grande área do pré-sal incluída no plano de desinvestimentos da estatal, que visa colaborar com o programa de redução de endividamento da companhia.

Para obter a liminar, a FNP entrou com uma ação popular na Justiça Federal de Sergipe após o fechamento do negócio, por discordar da decisão da Petrobras de realizar a venda sem licitação.

“Como empresa mista, ela obrigatoriamente tem que fazer licitação para vender qualquer um de seus ativos. Caso contrário, a ação é caracterizada como ilegal ou até mesmo ato de ‘lesa-pátria’, uma vez que a venda traria prejuízos econômicos e ambientais imensuráveis para o Brasil”, afirmou a FNP na nota.

A federação tem sido responsável por uma série de ações contra o plano de vendas de ativos da Petrobras.

Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente ao pedido de comentário. Mas a petroleira brasileira tem informado repetidamente que está tomando as medidas judiciais cabíveis para levar adiante a sua estratégia de venda de ativos.

Já a Statoil afirmou que não foi notificada oficialmente, por isso não comentará o assunto.

Fonte: Reuters

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24/04 ( segunda-feira) = SESSÃO EXTRAORDINÁRIA ÀS 15 HORAS - MP 752;

25/04 (terça-feira)       = VOTAÇÃO DOS DESTAQUES DO PROJETO  DE RECUPERAÇÃO FISCAL DOS ESTADOS (PL 343/2017);

26/04 (quarta-feira)     = INÍCIO DA VOTAÇÃO DA REFORMA TRABALHISTA (PL  6787/2016);

27/04 (quinta-feira)     = CONTINUAÇÃO DA VOTAÇÃO DA REFORMA TRABALHISTA ATÉ AS 15 HORAS.

Fonte: Assessoria

 

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O porto de Santos (SP) ficará paralisado totalmente, em 28 de abril, sexta-feira da próxima semana, em apoio à greve geral nacional programada pelas centrais sindicais, contra as reformas da previdência e trabalhista do governo federal.
 
A decisão foi aprovada na manhã desta segunda-feira (17), em assembleia da unidade portuária, formada por sindicatos dos empregados da companhia docas (Codesp, estatal federal) mais trabalhadores avulsos e vinculados aos terminais privados.
 
Participaram os sindicatos dos estivadores, operários portuários (Sintraport), funcionários administrativos (Sindaport), rodoviários, operadores de guindastes e empilhadeiras, conferentes, consertadores vigias e trabalhadores de bloco.
 
A reunião começou às 10h30 e terminou por volta das 12h30, no Sindaport. Os sindicalistas participarão de reuniões com dirigentes de outras categorias, nesta e na próxima semana, para organizar em detalhes a greve na baixada santista e litoral.
Rodoviários
 
Segundo o presidente do sindicato dos trabalhadores em transportes rodoviários, Valdir de Souza Pestana, representante de doqueiros e de trabalhadores de terminais, “a greve realmente paralisará toda a região”.
 
O sindicalista fala com base no trabalho que vem fazendo, desde a semana passada, com a diretoria do sindicato, em todas as garagens de ônibus municipais, intermunicipais de passageiros e de veículos de carga, que também representa: “Parando o transporte, para tudo”, diz.
 
Pestana pondera que os demais sindicatos organizam suas bases para a greve. “A paralisação não ocorrerá apenas por falta de transporte, mas sim pela consciência dos trabalhadores de que serão prejudicados com as reformas”.
 
O secretário-geral dos rodoviários, Eronaldo José de Oliveira ‘Ferrugem’, reforçou o raciocínio de Pestana em seu discurso na assembleia dos portuários: “Se as reformas foram aprovadas, teremos uma classe trabalhadora à beira da escravidão”.
 
Para Ferrugem, “se isso acontecer, o país mergulhará num caos de violência jamais visto em nossa história. Camadas famintas do povo não hesitarão em saquear o que encontrarem pela frente. A criminalidade, que já é insuportável, será absurdamente disseminada”.
Operários
 
O sindicato dos operários portuários (Sintraport), que representa empregados da Codesp e dos terminais, também levou grande número de trabalhadores à assembleia, a exemplo dos rodoviários. Seu presidente, Claudiomiro Machado ‘Miro’, é contundente.
 
“Vamos parar tudo e ir para as ruas, praças e avenidas, impedindo o governo e o congresso nacional de aprovarem essa violência. Vamos defender nossos direitos e conquistas garantidos em anos e décadas de lutas memoráveis nossas, de nossos pais e avós”.
 
“Vamos honrar nossos antepassados, que tanto lutaram, e garantir o futuro de nossos filhos e netos, que nada valem para o sistema”, diz Miro. “Não admitimos que o governo rasgue a CLT (consolidação das leis do trabalho) e acabe com o direito à aposentadoria”.
Estivador
 
O presidente do sindicato dos estivadores, Rodnei Oliveira da Silva ‘Nei’, garante que o porto “ficará totalmente paralisado. E se a greve nacional não surtir o efeito esperado, tomaremos outras medidas para garantir nossos direitos”.

Fonte: AssCom Sindrod / Sintraport / Sinestiva

Você deixaria o seu futuro e o futuro de seus filhos ser decidido por criminosos ou por pessoas com fortes suspeitas de crimes? Pois é isso que está acontecendo agora.

Questões fundamentais para o seu futuro, como o sistema de aposentadorias e as leis trabalhistas, estão sendo decididas por pessoas indiciadas na participação em crimes milionários ou que são réus em ações penais correndo no STF. Só na última lista da Lava Jato são 24 senadores e 39 deputados indiciados, inclusive os atuais presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Além disto, quatro senadores e 50 deputados respondem atualmente por ações penais no STF.

Como se isso fosse pouco, ficou claro como todo o sistema político-eleitoral brasileiro é a expressão de uma máquina criminosa de financiamento visando preservar uma oligarquia cuja maior função é defender interesses de seus financiadores. Isso não é uma democracia, mas uma simples plutocracia violenta, com um braço policial descontrolado, que vê agora desnudada suas redes de corrupção e cooptação.

O mesmo presidente da Câmara, sr. Rodrigo Maia, que afirmava há alguns dias que a Justiça do Trabalho não deveria nem sequer existir, foi acusado por um delator da Odebrecht de receber R$ 350 mil diretamente em casa. Como alguém com tais acusações nas costas, em qualquer reles democracia liberal no mundo, poderia continuar presidindo a Câmara e decidindo modificações constitucionais?

Depois que o país viu exposto o grau de corrupção de seu sistema, toda e qualquer legitimidade de seus Poderes, em especial o Legislativo e o Executivo (já que do Judiciário até agora a população brasileira não teve o direito de saber nada), acabou.

Independentemente de ser um sistema presidencialista ou não, o mínimo a fazer seria dissolver esse Congresso, parar toda tramitação de qualquer tipo de emenda constitucional e discutir a única coisa que realmente importa agora, a saber, a reinstauração da institucionalidade política brasileira. Esse Congresso não existe mais.

No entanto, de nada adiantam novas eleições, pois o que está em questão não são apenas os ocupantes atuais do poder mas o caráter completamente farsesco do que se convencionou chamar de "democracia" no Brasil.

É certo que estes indiciados e réus procurarão se defender dizendo serem "representantes" do povo. Mas, se 93% do povo é contrário à reforma previdenciária tal como está, e 80% contrário à terceirização irrestrita (Instituto Vox Populi), então quem exatamente essas pessoas "representam"? Como é possível que a vontade da maioria seja "representada" por algo que não é a vontade da maioria? Na verdade, esse sistema é claramente um mero processo de "espoliação da vontade".

De toda forma, talvez seja o caso de lembrar que a soberania popular, o único fundamento possível de um regime democrático, não se representa. Um povo livre nunca delega sua soberania para quem quer que seja. Ele a conserva sempre junto a si. Passar sua soberania para outro é perdê-la. É como passar minha vontade a um outro e esperar que a vontade de um outro tenha alguma forma de identidade absoluta com a minha. Nem no amor isso é possível, quanto mais na política.

Deputados, presidentes não são "representantes" do povo. No máximo, eles são seus "comissários", como dizia Jean-Jacques Rousseau. Por isso, uma verdadeira democracia deveria ter, ao lado dos Poderes Executivo e Legislativo, a figura da assembleia popular a ratificar leis e apor seu aceite ou sua recusa. O povo deve ter as estruturas institucionais que lhe permitam continuamente se defender de quem procura lhe usurpar o poder.

Alguns dirão que questões econômicas são muito complexas para serem decididas pela soberania popular. No que eles mostram como seu conceito de governo não é uma democracia, mas uma tecnocracia. Só que as tecnocracias que conhecemos atualmente são tecnocracias da catástrofe, responsáveis normalmente pela pauperização crescente da população.

VLADIMIR SAFATLE

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, Paulinho, que também é deputado federal pelo Solidariedade-SP, apresentou na Câmara dos Deputados,  uma emenda ao substitutivo do projeto de lei nº 6787/16, que trata da reforma trabalhista mantendo a contribuição sindical para trabalhadores sindicalizado ou não sindicalizados. “A medida é necessária para manter o funcionamento dos sindicatos, que defendem os direitos dos trabalhadores, realizam as convenções coletivas. Vale destacar que os benefícios conquistados nas negociações beneficiam todos os trabalhadores”, declara Paulinho.
Hoje, a contribuição sindical está ameaçada. Tudo porque o governo enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei nº 6787/16, que trata da reforma trabalhista.
Durante a tramitação do projeto na Câmara, o relator do projeto deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), fez um substitutivo com inúmeras mudanças na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e condicionou  no artigo 579, a cobrança da contribuição sindical à autorização prévia da categoria  econômica ou profissional  ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão.
O deputado Paulinho apresentou uma emenda suprimindo esta proposta do relator de condicionar a cobrança da contribuição sindical.
 Para João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força, os benefícios obtidos nas Convenções Coletivas de Trabalho, que as categorias negociam todos os anos com os patrões e as conquistas os trabalhadores de forma geral são frutos de muita luta. O mais importante é que os ganhos são  para todos os trabalhadores – sócios e não sócios”, enfatizou.
“E a mobilização é feita com boletins, carros de som, tudo que custa dinheiro”, destaca.

 

Fonte: AssCom Força Sindical

Após protesto de policiais civis, que quebraram as portas de entrada do Congresso, o relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), acertou em reunião nesta terça-feira reduzir a idade mínima de aposentadoria dos policiais federais e civis para 55 anos, com 25 anos de contribuição ao INSS e 25 de atividade policial.
Segundo Maia, essa será uma idade temporária. Pela manhã, ele tinha anunciado que os policiais ficariam no segmento das aposentadorias especiais, com 60 anos de idade para aposentadoria, como será para os professores de ensino básico e médio e agricultores rurais.
“Eles querem vinculação ao projeto que regulamentará a aposentadoria dos militares, que, segundo o presidente da República, será encaminhado em maio”, afirmou Maia.
Será colocada na proposta de emenda à Constituição que a Câmara votará um “gatilho” para que a idade de aposentadoria dos policiais civis e federais seja igual à dos militares, quando (e se) ocorrer esta segunda etapa da reforma. “São esforços físicos semelhantes”, disse o relator.
Maia negou que a mudança seja decorrência do protesto de policiais civis na Câmara mais cedo, quando quebraram a chapelaria ao tentar forçar a entrada no Congresso. “Não estou tratando com esses vândalos que fizeram isso. Estou tratando com os representantes parlamentares dos policiais, que prestam um importante serviço ao país”, disse.
O diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, que participou da negociação, se recusou a comentar.
Protesto
O protesto trasncorreu normalmente desde a manhã em frente ao Congresso. Por volta das 15h20, um grupo de manifestantes desceu o gramado e se posicionou em frente à entrada da chapelaria da Câmara, a entrada principal do edifício.
A segurança, então, fechou as portas de vidro da chapelaria e o clima ficou tenso. Os policiais passaram a chutar as vidraças e quebraram algumas delas.
Em determinado momento, eles forçaram a entrada na Câmara e houve confronto campal com a Policia Legislativa dentro da chapelaria da Câmara.
A segurança controlou o tumulto com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. 
O líder do governo no Congresso, André Moura (PSC-SE), reclamou da manifestação. “A gente não pode permitir que esses baderneiros paralisem os trabalhos do Parlamento. Esse tipo de atitude é inadmissível”, disse.
Fonte: Valor Econômico