No acumulado do ano, micro e pequenas empresas criaram 264,3 mil empregos; as médias e grandes extinguiram 169,2 mil vagas no período.
As micro e pequenas empresas encerram o mês de julho com um saldo de 43,7 mil empregos gerados, enquanto as médias e grandes fecharam 6,8 mil postos de trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram compilados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Foi o quarto mês seguido em que os pequenos negócios abriram mais vagas do que demitiram. No acumulado do ano, eles criaram 264,3 mil vagas. Já companhias maiores fecharam 169,2 mil postos no período.
 
Esse fenômeno é explicado por uma série de fatores, entre eles o alto custo das demissões para as empresas pequenas e a proximidade que elas têm com os funcionários, o que dificulta as dispensas, segundo o diretor-presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
"A relação pessoal no trato do emprego faz com que a última coisa em que a micro e pequena empresa pense é em desempregar. Até porque ela é uma grande família", afirmou.
A substituição de mão de obra por máquinas é outro motivo que leva as grandes corporações a fazerem mais cortes, na visão de Afif.
"Quem faz isso é quem tem intensidade de capital. O desemprego estrutural está exatamente nas grandes indústrias, que vivem um processo de robotização e digitalização em progressão geométrica", emenda.
No geral, o país abriu 35,9 mil vagas em julho, segundo o Caged. Foram registradas 1.167.770 contratações e 1.131.870 dispensas de trabalhadores com carteira assinada.
Dados divulgados na última quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram que falta trabalho para 26,3 milhões de brasileiros, que estão desocupados ou subocupados (trabalham por poucas horas). O número de desempregados ficou em 13,5 milhões em junho (dados mais recentes).
Por área
Em julho o setor que mais gerou empregos entre os pequenos negócios foi o de serviços, com a abertura de 18 mil vagas.
Em seguida veio o comércio, com 10,3 mil. Os negócios de construção civil abriram 7,6 mil postos de trabalho. Veja no gráfico:
 
Fonte: G1
 

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No segundo trimestre deste ano, o Brasil tinha 2,924 milhões de pessoas em busca de emprego há dois anos ou mais, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No primeiro trimestre, esse contingente era um pouco menor, de 2,896 milhões de pessoas.

É natural que, com o prolongamento da crise, as pessoas passem mais tempo em busca de uma vaga no mercado de trabalho. A queda da taxa de desemprego no segundo trimestre frente ao primeiro permitiu, contudo, recuo no número de pessoas procurando vaga nas outras faixas de tempo pesquisadas.

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o contingente de desempregados em busca de emprego há menos de um mês, contudo, recuou de 1,757 milhão para 1,451 milhão de pessoas do primeiro para o segundo trimestre, baixa de 17%.

A maior parte das pessoas desempregadas (6,745 milhões) buscava emprego de um mês a menos de um ano. Esse contingente era maior no primeiro trimestre deste ano, quando somava 6,975 milhões. De 1 ano a menos de 2 anos, eram 2,361 milhões no segundo trimestre, queda frente aos 2.548 milhões dos três meses anteriores.

Trabalhadores subutilizados

Segundo a Pnad Contínua, o país tinha 26,337 milhões de trabalhadores subutilizados no segundo trimestre, uma pequena redução em relação a 26,516 milhões nos três primeiros meses do ano. Um ano atrás, o número era de 22,651 milhões trabalhadores subutilizados.

Esse contingente inclui a população desempregada, subocupadas por insuficiência de horas (estão empregadas, mas gostariam e poderiam trabalhar mais) e a força de trabalho potencial (pessoas que não buscam emprego, mas estão disponíveis para trabalhar; ou que buscaram, mas não estavam disponíveis para trabalhar).

"Essa queda é pouca porque o mercado contratou mais pessoas subocupadas no segundo trimestre. O número de desocupados caiu, mas o de subocupados cresceu. Na prática, essa queda da população subutilizada está estatisticamente estável" disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

São pessoas que, na prática, gostariam de trabalhar ou de trabalhar mais, mas que não conseguem encontrar oportunidade.

O contingente de 26,3 milhões de trabalhadores subutilizado equivale a 23,8% da força de trabalho ampliada (que inclui a força de trabalho e a força de trabalho potencial). Esta é a chamada taxa de subutilização. Ela estava em 24,1% no primeiro trimestre deste ano. E em 20,9% no segundo trimestre de 2016.

De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, a taxa de subutilização apresentou queda na passagem do primeiro para o segundo trimestre nas seguintes regiões: Norte (27,4% para 26,8%), Nordeste (35,1% para 34,9%), Sudeste (21% para 20,9%), Sul (15,3% para 14,7%) e Centro-Oeste (18,3% para 17,4%).

A maior taxa de subutilização foi registrada no Estado do Piauí (38,6%). também Bahia (37,9%) e Maranhão (37,7%) apresentavam patamares elevadaos.

A menor estava em Santa Catarina (10,7%). Em São Paulo, a taxa era de 20,5% — estável frente ao indicador do primeiro trimestre.

No Nordeste, um em cada três trabalhadores está subutilizado. São 9,879 milhões de pessoas na região desempregadas, subocupadas por insuficiência de horas (empregadas, mas que gostariam e poderiam trabalhar mais) ou na força de trabalho potencial (pessoas que não buscam emprego, mas estão disponíveis para trabalhar; ou que buscam, mas não estão disponíveis para trabalhar).

De acordo com a Pnad Contínua, esse contingente representa 34,9% da força de trabalho da região (28.337 pessoas). Esta é a chamada taxa de subutilização no Nordeste, que supera a média nacional (23,8%) e também as demais regiões do país.

Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, a taxa de subutilização da mão de obra no Nordeste tem origem nos problemas crônicos da região (baixa escolaridade, falta de oportunidades), que acabaram sendo potencializados pela crise econômica atravessada pelo país.

Do contingente de subutilizados, 3,9 milhões estão desempregados, 2,5 milhões subocupados por insuficiência de horas e 3,4 milhões na força de trabalho potencial.

Subocupados

A informalidade que ajudou a reduzir a taxa de desemprego nacional no segundo trimestre deste ano trouxe um efeito colateral no mercado de trabalho: o aumento dos trabalhadores subocupados por insuficiência de horas (pessoas empregadas, mas que gostariam e poderiam trabalhar mais).

De acordo com a Pnad Contínua, esse contingente de trabalhadores cresceu de 5,258 milhões no primeiro trimestre deste ano para 5,829 milhões no segundo trimestre. “O crescimento da ocupação no segundo trimestre se deu por meio do aumento do trabalho por conta própria e por meio do emprego sem carteira assinada. Isso pode explicar o aumento de subocupados”, disse Azeredo.

Segundo ele, a crise também aumentou o número de pessoas na força de trabalho potencial (pessoas que não buscam emprego, mas estão disponíveis para trabalhar; ou que buscaram, mas não estavam disponíveis para trabalhar). Esse contingente cresceu de 6,231 milhões no segundo trimestre de 2016 para 7 milhões no segundo trimestre deste ano. “Parte disso são as pessoas que veem na internet e nos jornais que existe um crise no mercado de trabalho e não sai de casa para procurar”, disse Azeredo. Frente ao primeiro trimestre de 2017, o número ficou estável.

Taxa de desemprego 

Como divulgado no fim de julho pelo IBGE, a taxa de desemprego do país foi de 13% no segundo trimestre deste ano, a primeira queda estatisticamente significativa desde o último trimestre de 2014.

Nesta quinta-feira, o instituto divulgou esse desempenho detalhado pelas grandes regiões e unidades da federação.

Em São Paulo, a taxa de desemprego foi de 13,5% no segundo trimestre deste ano, abaixo da apresentada entre janeiro e março (14,2%). Um ano atrás, a taxa estava em 12,2%. Já no Rio de Janeiro, o indicador passou de 14,5% no primeiro trimestre para 15,6% no segundo trimestre.

 Fonte: Valor Econômico

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Inicialmente, o prazo de cinco dias a partir da publicação da convocação terminaria no dia 5 de agosto
 

Termina nesta segunda-feira (21) o prazo para que beneficiários do auxílio-doença convocados pelo Diário Oficial da União (DOU) procurem o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para agendar nova perícia médica.

Os beneficiários convocados no dia 1º de agosto são aqueles com os quais o INSS não conseguiu entrar em contato por meio de cartas, que, devido às informações insuficientes ou erradas, foram devolvidas pelo Correios.

Inicialmente, o prazo de cinco dias a partir da publicação da convocação terminaria no dia 5 de agosto. No entanto, horas antes do fim do prazo, o Ministério do Desenvolvimento Social anunciou, por meio de nota enviada à imprensa, que a data limite estava sendo prorrogada para 21 de agosto.

A prorrogação foi divulgada um dia após a 20ª Vara Federal de Porto Alegre (RS) conceder liminar favorável à Defensoria Pública da União (DPU), que pedia que o INSS restabelecesse o pagamento de benefícios por incapacidade cancelados antes que os segurados tivessem passado por nova perícia.

Segundo Ana Luisa Zago de Moraes e Thales Arcoverde Treiger, respectivamente defensores públicos federais no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, beneficiários procuraram o órgão com a queixa de que não conseguiam agendar a data da perícia pela central telefônica do instituto e, mesmo assim, estavam tendo seus benefícios suspensos.

Na ação, os defensores públicos citam nominalmente exemplos de segurados que, embora só tenham conseguido agendar a perícia para novembro, tiveram o auxílio-doença suspenso. A liminar judicial tem abrangência nacional.

Quem recebe o seguro por incapacidade e não recebeu, pelo Correio, a convocatória para agendar a perícia, deve conferir se seu nome consta da lista publicada no dia 1º de agosto.

Os convocados devem entrar em contato com a Central de Teleatendimento do INSS, no número 135, e agendar a reavaliação. No momento da perícia, o segurado deve apresentar toda documentação médica que justifique o recebimento do benefício, como atestados, laudos, receitas e exames.

Caso o segurado se encontre internado ou enfermo e não puder comparecer à perícia, deverá pedir a uma pessoa de sua confiança que informe, em uma agência do INSS, sobre o impedimento. É necessário que esse representante apresente a identidade do segurado e um documento que comprove o impedimento. Com isso, ele poderá solicitar uma perícia hospitalar ou domiciliar.

O não atendimento à convocação ou o não comparecimento na data agendada pode levar o auxílio a ser suspenso ou cancelado.

Até meados de julho, foram realizadas quase 200 mil perícias em todo o país. Como resultado, 160 mil pessoas tiveram o benefício cancelado por não precisarem mais recebê-lo.

Fonte: Agência Brasil

 

 

Para documento do Bird, Bolsa Família tem papel fundamental para evitar aumento da miséria (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
O percentual de pessoas pobres cresceu 22% no Brasil em 2015, de acordo com estudo publicado na segunda-feira (14) por Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), PNUD (Programa da Nações Unidas para o Desenvolvimento) e Fundação João Pinheiro. Em 2014, o percentual de pobres era de 8,1% (menor percentual histórico), saltando para 9,96% no ano seguinte. 
 
"Os dados trazidos pelas PNADs (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) mostram que houve redução na renda per capita da população brasileira e ingresso de 4,1 milhões de pessoas na pobreza, sendo que, deste total, 1,4 milhão de pessoas ingressaram na extrema pobreza", aponta o levantamento Radar IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) 2015.
 
Segundo a metodologia, são consideradas pessoas pobres aquelas que têm renda per capita domiciliar inferior a 1/4 de um salário mínimo. Ressalta-se que a referência usada pela pesquisa é o salário mínimo vigente em 2010 (ano do último Censo), de R$ 510.
 
Ainda segundo o levantamento, a renda per capita caiu --de forma inédita na década-- entre 2014 e 2015, de R$ 803,36 para R$ 746,84, respectivamente. 
 
Já o percentual de extremamente pobres (com renda per capita domiciliar de até 70 reais) subiu de 3,01% para 3,63%. O aumento, porém, não foi o primeiro da década --já havia ocorrido em 2013.
 
 
O Radar IDHM é um levantamento que atualiza o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, produzido a cada dez anos, com base nas publicações dos censos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). A cada ano, porém, o radar faz uma atualização de dados com base na PNAD (Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílio), também do IBGE. 
 
Mudança de curva
 
Os dados revelam uma mudança de curva inédita desde o ano 2010. Segundo a pesquisa, foi a primeira vez na década que houve um aumento do número de pobres no Brasil. Entre 2000 e 2010, o percentual de pobres havia caído de 27,9% para 15,2%. Entre 2011 e 2014, houve queda também, ano a ano (ver tabela abaixo).
 
Percentual de pobres:
 
• 2000: 27,9%
• 2010: 15,2%
• 2011: 12,41%
• 2012: 10,4%
• 2013: 9,9%
• 2014: 8,1%
• 2015: 9,96%
 
Fonte: Radar e Atlas do Desenvolvimento Humano
 
Segundo a pesquisa, a renda média de quem é pobre no país caiu, entre 2014 e o ano seguinte, de R$ 154 para R$ 150.
 
O número de pessoas vulneráveis à pobreza --com renda per capita de meio salário mínimo-- também apresentou alta em 2015, de 10%. Segundo o Radar, esse índice saltou de 22,1% para 24,3%.
 
O dado também representa uma alta extraordinária na década. Entre 2000 e 2010, esse índice de vulneráveis havia caído de 48,4% da população para 32,6%. Essa queda continuou entre 2011 e 2014, quando atingiu o menor percentual da série: 22,1% da população. 
 
Resultado "esperado" 
 
Segundo o pesquisador do Ipea Marco Aurélio Costa, não há surpresa nos dados. "Era esperado pela economia. O que acontece afeta mais na população de renda mais baixa", explica. "Se você fizer uma relação com o que vinha acontecendo com dados de emprego e desemprego vai entender que era esperado", diz.
 
O IDHM faz a análise da condição social em três sub-índices: longevidade, educação e renda. Nos dois primeiros, ao contrário do item rendimento, o país seguiu melhorando seus índices em 2015.
 
Segundo o pesquisador, os dados ruins da renda nacional fizeram com que o país estagnasse um avanço social de anos. 
 
"O ano de 2015 foi o primeiro ano em que o IDHM se manteve estagnado na década. A longevidade continuou avançando no mesmo ritmo que nos anos anteriores. No caso da educação houve uma desaceleração, mas houve avanços, mesmo que menores do que nos dois anos anteriores. A renda abaixo é que segurou o IDHM", afirma.

Fonte: UOL

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A Comissão de Direitos Humanos e Legislação participativa (CDH) promove audiência pública, nesta sexta-feira (18), para discutir o chamado estatuto do trabalho. A iniciativa é de uma subcomissão temporária da CDH criada para aprofundar o debate sobre a reforma trabalhista — Lei 13.467/17, que vai entrar em vigor em novembro.

O requerimento é do senador Paulo Paim (PT-RS). Foram convidados para a audiência pública representantes do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait); da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (Anamatra); do Ministério Público do Trabalho (MPT); da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (ANMJT); da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat); da Associação Latino-Americana de Juízes do Trabalho (ALJT); do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit); e de centrais sindicais.

A reunião interativa está marcada para às 10h. Os interessados podem enviar comentários ou perguntas pelo Portal e-Cidadania ou pelo telefone do Alô Senado (0800 61 2211).

FONTE:DIAP

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O mercado de trabalho deu sinais de melhora no segundo trimestre, mas puxado pelo aumento do subemprego. A taxa de subocupação cresceu 11,5% dos primeiros três meses do ano para o segundo trimestre, passando de 5,2 milhões para 5,8 milhões de trabalhadores, informou o IBGE.

Entram nessa categoria as vagas com jornada inferior a 40 horas semanais, atingindo pessoas que trabalham menos horas do que gostariam, por exemplo.

"Em um primeiro momento, a saída da crise se dá pela criação de vagas informais. Essas tem uma qualidade menor no emprego, e a subocupação é uma delas", afirmou o coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

A taxa de desemprego no Brasil registrou, no segundo trimestre, a primeira queda desde o final de 2014. O total da população desocupada -que são desempregados em busca de oportunidade- somou 13,5 milhões de pessoas, queda de 4,9%. No período, o total de empregados formais permaneceu praticamente estável (recuo de 0,2%), enquanto o número de trabalhadores sem carteira assinada cresceu 4,3% e atingiu 10,6 milhões de pessoas.

Ao todo, o contingente da força de trabalho subutilizada –que inclui desempregados, subocupados e a força de trabalho potencial– chegou a 26,3 milhões de pessoas no segundo trimestre. Os dados constam da pesquisa ampliada da Pnad Contínua, divulgada nesta quinta-feira (17).

No primeiro trimestre esse grupo era ainda maior e havia somado quase 26,5 milhões de pessoas. "São essas pessoas que poderiam estar no mercado de trabalho de forma adequada mas não estão", destacou Cimar Azeredo.

Assim, a taxa de subutilização caiu para 23,8% no segundo trimestre. Entre janeiro e março, o índice estava em 24,1%.

NA FILA

Cerca de 38,5% dos desempregados no segundo trimestre estavam procurando trabalho havia mais de um ano, segundo a Pnad Contínua. Isso quer dizer que dos 13,5 milhões de desempregados no país, 5,2 milhões de pessoas estavam na fila da desocupação por esse longo período. Quanto mais a crise econômica se prolonga, mais tempo o trabalhador fica na fila da desocupação, frisou Cimar Azeredo.

No primeiro trimestre deste ano, esse contingente somava cerca de 5,3 milhões de pessoas dos 13,4 milhões de desempregados no país, o equivalente a 39,6% da população desocupada naquele período.

No segundo trimestre do ano passado esse porcentual era de 38,6%, mais de 4,4 milhões de pessoas procuravam emprego há mais de um ano sem sucesso.

Em 2012, quando a Pnad Contínua começou a ser divulgada, esse percentual era de 20,8%. Dos 7,2 milhões de desempregados no segundo trimestre daquele ano, 2,5 milhões estavam procurando emprego sem encontrar há mais de dois anos.

A cada três meses o IBGE, além de divulgar a taxa de subutilização da força de trabalho, detalha informações sobre o mercado de trabalho com dados regionais, de escolaridade e raça.

IDADE E SEXO

Os dados do IBGE indicam que as mulheres tiveram uma recuperação um pouco mais acelerada que os homens no mercado de trabalho. Entre elas, a taxa de desocupação caiu de 15,8% para 14,9% entre os três primeiros meses do ano e o segundo trimestre. Uma diferença de 0,9 ponto porcentual. Entre eles essa diferença foi menor, de 0,6 ponto porcentual. A taxa de desocupação masculina foi de 12,1% para 11,5%.

A taxa de desemprego caiu também entre todas as faixas etárias, principalmente no grupo entre 18 e 24 anos, que representa 22% da população desocupada. Caiu de 28,8% para 27,3%, do primeiro para o segundo trimestre.

Houve queda ainda na faixa entre 25 e 39 anos, que passou de 12,8% para 12%; no grupo de 40 a 59 anos, que recuou de 7,9% para 7,6%; e também entre os trabalhadores com mais de 60 anos, que foi de 4,6% para 4,5%.

ESTADOS

Entre os Estados, o desemprego caiu em 11 das 27 unidades da federação no segundo trimestre, na comparação com os três primeiros meses de 2017. Pernambuco é o estado com a maior taxa, de 18,8%; são 767 mil de desempregados. Por outro lado, Santa Catarina tem o menor índice, de 7,5%, com 283 mil pessoas na fila da desocupação.

Em São Paulo, a taxa de desocupação caiu 0,7 ponto percentual no segundo trimestre e foi para 13,5%. O Estado ainda tem 3,3 milhões de desempregados, segundo o IBGE. "A situação do mercado de trabalho se mostra mais favorável e tem a característica de ter o efeito farol", indica Azeredo. "Ou seja, a situação melhora primeiro em São Paulo e depois acaba se refletindo em outras regiões."

Entre as regiões, o pior cenário é no Nordeste, embora a taxa de desocupação tenha desacelerado para 15,8%, de 16,3% no trimestre anterior. São 3,9 milhões de pessoas procurando trabalho sem encontrar nenhuma vaga naquela região.

Do primeiro para o segundo trimestre, o mercado de trabalho melhorou no Sudeste, de 14,2% para 13,6%; no Sul, de 9,3% para 8,4%; no Centro-Oeste, de 12% para 10,6%; e na região Norte, de 14,2% para 12,5%.

"Essa é uma melhora em relação ao primeiro trimestre, em relação ao ano passado do quadro continua crítico na maioria dos locais", afirmou Cimar Azeredo.

FONTE:FOLHA DE S.PAULO

 

O Projeto de Lei 6.969/2013, que institui a Política Nacional para a Conservação e o Uso Sustentável do Bioma Marinho Brasileiro (PNCMar), foi aprovado no dia 9 de agosto pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara dos Deputados.

Conhecido como “Lei do Mar”, o PL estabelece os objetivos, princípios, diretrizes e instrumentos para o uso sustentável dos recursos marinhos aliado à conservação da biodiversidade.

Para o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), relator do PL, a aprovação na CMADS foi um primeiro e importante passo. “Em seguida, será feita a análise de constitucionalidade na Comissão de Constituição e Justiça, por onde a proposta deve passar sem maiores impedimentos a caminho do plenário da Câmara, na confirmação de sua importância e relevância para a proteção dos oceanos e da vida marinha”, destaca Molon.

Mais de 70 especialistas, representantes de diferentes setores – governo, academia, setor privado e sociedade civil – participaram da construção desse texto de lei, que tramita na Câmara dos Deputados desde 2013. A autoria é do então deputado Sarney Filho (PV-MA), atual Ministro do Meio Ambiente.

Leandra Gonçalves, bióloga e especialista em Mar da Fundação SOS Mata Atlântica, explica que a construção coletiva do projeto de lei garantiu que o texto não se baseasse apenas em princípios de conservação ambiental, mas que trouxesse também ferramentas inovadoras de gestão inspiradas em modelos internacionais, como é o caso do Planejamento Espacial Marinho (PEM). “Com essa iniciativa, elevaremos o país ao mesmo patamar de outras nações desenvolvidas que olham para o mar em busca de um futuro sustentável, com desenvolvimento econômico e bem-estar social.

Os enormes navios porta-contêineres que transportam tênis, bananas e bonecas Barbie por todo o mundo continuam ficando maiores. O mesmo ocorre com as empresas proprietárias deles.

Uma enorme consolidação está em andamento nessa indústria global de US$ 500 bilhões e as sobreviventes agora desfrutam de grandes economias de escala e de uma demanda maior um ano depois de a capacidade excedente ter provocado a pior crise da história do setor — a falência da sul-coreana Hanjin Shipping.

A maior linha de contêineres da Ásia, a chinesa Cosco Shipping Holdings, afirmou no mês passado que pagaria mais de US$ 6 bilhões pela rival Orient Overseas International, dona do maior navio do mundo — um cargueiro mais longo que o Empire State Building. A dinamarquesa A.P. Moller-Maersk A/S está no meio do processo de compra de uma concorrente alemã e ostenta sua própria frota de meganavios, incluindo um capaz de transportar cerca de 180 milhões de iPads.

Essas empresas de navegação superdimensionadas exercem muito mais poder de precificação sobre fabricantes e empresas de varejo como Wal-Mart Stores e Target. As cinco maiores linhas de contêineres controlam cerca de 60 por cento do mercado global, segundo a firma provedora de dados Alphaliner. As taxas de frete estão subindo e um índice que monitora os fretes dos carregamentos das principais rotas com saída da Ásia apresenta alta de cerca de 22 por cento em relação ao ano anterior.

“O transporte marítimo de contêineres atualmente é uma brincadeira apenas para gente grande com bolsos cheios”, disse Corrine Png, CEO da Crucial Perspective, uma empresa de pesquisa de transporte com sede em Cingapura. A crescente concentração do mercado “dará às linhas de navegação um maior poder de precificação e de barganha”, prevê.

O colapso da Hanjin, em agosto do ano passado, afetou a indústria de forma muito similar à influência da falência do Lehman Brothers no setor financeiro durante a crise de 2008. Uma das maiores empresas de navegação do mundo na época, a Hanjin enfrentou uma crise de liquidez quando a oferta superou a demanda no setor, enfraquecendo o poder de precificação e os lucros das empresas transportadoras. A companhia atualmente está em processo de liquidação depois que um tribunal sul-coreano declarou sua falência em fevereiro.

“Desde a falência da Hanjin Shipping, a busca pela qualidade ficou mais perceptível no negócio do transporte marítimo de contêineres”, disse Um Kyung-a, analista da Shinyoung Securities em Seul. “É por isso que o mercado está ficando cada vez mais dominado pelas maiores empresas com grandes navios e aquelas que não tiverem supernavios podem acabar se tornando cada vez mais obsoletas.”

O uso crescente de navios gigantes é a chave da recuperação. As empresas donas de navios desse tipo são capazes de usar menos embarcações e de transportar mais cargas em uma única viagem para se beneficiarem de fretes mais altos, disse Um.

Segundo suas estimativas, existem atualmente cerca de 58 cargueiros gigantes em todo o mundo capazes de transportar mais de 18.000 contêineres, e o número deverá duplicar em dois anos. Cerca de metade dos novos navios serão adicionados pelas maiores empresas.

Fonte: Bloomberg/Portos&Navios

Em resposta ao pacote do governo para tentar reduzir o rombo das contas públicas, anunciado nessa terça-feira (15), centrais sindicais e associações de servidores públicos prometem uma mobilização geral para os próximos dias. As medidas irritaram servidores públicos atingidos com a proposta e está mobilizando diversas categorias contra os cortes de benefícios, congelamentos de reajustes e reduções de salários iniciais, entre outras providências de arrocho. A greve geral ainda não tem data, mas as centrais garantem que paralisarão serviços essenciais com o intuito de pressionar o governo a voltar atrás e engavetar o pacote anunciado contra o funcionalismo.

Para os movimentos, que estão se articulando desde que a proposta começou a ser concebida, o governo promove retrocessos e, consequentemente, prejudica serviços públicos já precários.
O presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), João Domingos, classificou as medidas do governo Michel Temer como um “desafio” aos movimentos sindicais e aos servidores públicos. Domingos disse ao Congresso em Foco que as categorias já estão se organizando para confrontar as últimas investidas do Executivo contra os trabalhadores. O sindicalista lembra que a ofensiva tem entre seus principais marcos a reforma trabalhista, já aprovada e sancionada pelo presidente.
De acordo com o dirigente, as mudanças propostas pelo governo têm pegado os movimentos sindicais e os trabalhadores desprevenidos e perplexos. Para reagir à pauta governista, João Domingos ressaltou que as centrais sindicais buscam unificar uma greve geral como forma de pressionar o Palácio do Planalto. “O governo está desafiando o movimento sindical. A única forma de pressionar é unificar por meio de greve geral unitária bem articulada. O movimento social que não construiu e não construir um acordo pelo amor, vai construir pela dor. Não é o melhor caminho cada entidade marcar sua greve, temos que ter unidade”, ponderou Domingos, dizendo-se confiante em que nos próximos dez dias já exista uma data para o movimento grevista, que terá como objetivo principal abarcar todas as categorias.
“Temos que frear essa volúpia do governo de, a qualquer soluço, querer avançar sobre os direitos dos trabalhadores em geral e, neste momento, também nos trabalhadores públicos”, ressaltou. A inércia sobre as manifestações, que adormeceram desde que a presidente Dilma Rousseff (PT) deixou o poder, de acordo com ele, deve-se à falta de esclarecimento à população sobre as consequências da ação governista.
“A população não percebeu que isso vai atingir principalmente os que mais precisam. O cenário é de caos total do serviço público. O cidadão que é quem vai pagar essa conta. Nós temos um cenário que congelou o investimento na administração pública federal por 20 anos. Saúde, educação, segurança. Só não estão congelados os gastos financeiros com pagamentos de juros”, ponderou.
Ao anunciar a revisão da meta fiscal para 2017 e 2018, o governo apresentou um pacote contra os servidores públicos do Executivo com adiamento, em um ano, dos reajustes salariais já acertados, congelamento de salários, redução drástica na remuneração inicial do funcionalismo, aumento da alíquota previdenciária, revisão de benefícios e cortes de cargos públicos. Para Domingos, o governo age de forma seletiva e estratégica ao escolher trabalhadores com menores salários, como os do Executivo, e deixar de fora os servidores do Legislativo e do Judiciário.
“Até nisso o governo é seletivo. Está indo na grande massa do governo que ganha menos. Mais uma vez uma estratégia de dividir os servidores públicos”, ponderou.
Diversas categorias articulam greve e mobilização na Câmara e no Senado para tentar barrar as mudanças. E, para isso, contam com a proximidade das eleições para pressionar deputados e senadores. Os pontos que dizem respeito a remuneração propostos no pacote do governo ainda terão de passar pelo crivo do Congresso.
Entidades repudiam pacote
Logo após a divulgação do pacote, diversas categorias divulgaram manifestações de repúdio à proposta. O Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) declarou que o pacote representa um desmonte do serviço público federal e ressalta que os cortes trarão “graves consequências para a sociedade brasileira”.
“A proposta do Governo implica no agravamento do colapso administrativo da Procuradoria da Fazenda Nacional e, por consequência, na impossibilidade de o próprio Estado ter meios de cobrar o crédito público inscrito em dívida ativa, sobretudo dos grandes devedores”, diz trecho da nota emitida pela entidade, para quem a postergação da recomposição salarial “implica em afronta ao acordado com o próprio governo”.
O Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate), composto por 27 entidades sindicais e associações, também divulgou nota pública contra as medidas anunciadas. O documento diz que, nos próximos dias, anunciará a data nacional de protestos.
“Ao mesmo tempo em que anuncia o ‘pacote de maldades’ ao funcionalismo público, o Governo trabalha no Congresso Nacional para a aprovação de um perdão de dívidas de cerca de R$ 543 bilhões, por meio do novo programa de refinanciamento de dívidas (Refis), a criação de um fundo para financiamento de campanhas eleitorais de R$ 3,7 bilhões e a liberação de bilhões em emendas parlamentares”, contesta o texto divulgado pela Fonacate.
“Pacote de maldades” contra servidores
O governo vai propor uma remuneração fixa para o ingresso no serviço público: R$ 2,8 mil para as categorias que exigem apenas o nível médio e R$ 5 mil para as de nível superior. A proposta também inclui uma reestruturação das carreiras do Executivo, definindo 30 níveis e revisões salariais anuais.
Além disso, à exceção dos militares, todos os servidores federais do Executivo com reajuste negociado para 2018 só receberão a diferença salarial em 2019. O adiamento vai pegar em cheio professores, gestores públicos, funcionários das carreiras jurídicas, policiais militares e civis do Distrito Federal e ex-territórios, servidores do Banco Central, da Comissão de Valores Mobiliários, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Pelo acordo fechado inicialmente, essas categorias teriam aumento a partir deste mês de agosto ou janeiro do próximo ano. Entre aqueles que terão salários congelados estão policias federais e rodoviários federais, auditores da Receita Federal e do Trabalho, peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), diplomatas e oficiais de chancelaria.
O pacote do governo também inclui o cancelamento dos reajustes de gratificações e cargos comissionados, além da extinção de 60 mil cargos hoje vagos no Executivo. No entanto, de acordo com a Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), os cargos sequer existem.
“É uma pirotecnia porque os cargos não existem. Mudaram as nomenclaturas dos cargos. Ou seja, você está cortando aí cargos de fiscal de renda que não existe mais, cargos de datilógrafos que há décadas não existem mais. Então é uma medida de efeito de marketing que tem resultado financeiro absolutamente zero. Quando muito se poderia dizer que vai evitar novos gastos. Mas esses cargos não fazem mais parte da estrutura federal da administração”, disse o presidente da CSPB.
Teto
Funcionários que ganham acima de R$ 5,5 mil pagarão mais à Previdência – a alíquota, hoje de 11%, passará a 14%, conforme a faixa de remuneração.  Com acúmulo de penduricalhos, há casos de magistrados e outros servidores que ganham mais de R$ 100 mil por mês. Os supersalários ultrapassam R$ 500 mil em alguns casos – como o do juiz Mirko Vicenzo Giannotte, lotado na 6ª Vara da Comarca em Sinop, município localizado a 480 quilômetros de Cuiabá (MT), que recebeu salário bruto de R$ 503,9 mil em julho último.
Auxílio-moradia
O governo também quer reduzir, em 25% por ano, o valor pago com auxílios-moradia, que hoje chega a R$ 4,3 mil em algumas situações, e restringir a quatro anos o direito ao benefício. As ajudas de custo para transferência de cidade de funcionários, que hoje chegam a três remunerações mensais, também serão reduzidas para, no máximo, um salário.
Para o governo, as medidas são essenciais para o equilíbrio das contas públicas e têm que se somar a reformas como a da Previdência, hoje um dos principais compromissos orçamentários da União. No entanto, a equipe econômica não apresentou propostas para, por exemplo, ao menos enxugar a bilionária estrutura funcional dos três Poderes, por exemplo – viagens oficiais e diárias no Brasil e no exterior, benefícios como veículos oficiais, passagens aéreas, verbas e imóveis parlamentares/funcionais etc.
Como este site mostrou no ano passado, apenas os deputados consomem R$ 1 bilhão dos cofres públicos, anualmente. Os 513 custam, em média, R$ 86 milhões por mês ao contribuinte brasileiro. Os dados são de levantamento deste site com base nos valores atualizados dos benefícios dos parlamentares na Câmara.
 

Fonte: Congresso em Foco

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A escassez de óleos pesados no mercado internacional devido aos cortes de produção da Opep valorizou os óleos produzidos no Brasil. Atualmente, a maior parte do óleo produzido no país é considerada pesada (15,1%) ou média (50,5%), mais escassos após a diminuição da extração na Arábia Saudita, país com forte tradição nesse tipo de produção.

Outras regiões fornecedoras de óleos pesados também vêm enfrentando quedas na produção, como a Venezuela, que passa por turbulências políticas, e o México, que ainda está no início do processo de abertura do setor ao mercado privado.

Também contribui o crescimento da produção não convencional nos Estados Unidos, majoritariamente de óleo leve. A maior parte das refinarias da Costa do Golfo americano, por exemplo, é apta a processar óleo pesado, com alta capacidade de coqueamento e dessulfurização, e, por isso, tem aumentado as importações, principalmente de óleo vindos do México.

“A Arábia Saudita tem um óleo bem parecido com o do campo de Polvo e a escassez desse produto no mercado fez a busca pelo nosso óleo aumentar”, comentou Blener Mayhew, CFO da PetroRio, durante conferência com analistas para anunciar os resultados do primeiro semestre.

O assunto também ganhou destaque nos resultados operacionais da OGX. Dados da petroleira indicaram um estreitamento de US$ 4 a US$ 5/barril no desconto dos óleos pesados em relação ao brent nos seis primeiros meses do ano. Toda a produção da companhia vem do campo de Tubarão Martelo, que tem um óleo considerado pesado, com 21 graus API.

Hoje, apenas 34,4% da produção brasileira tem grau API leve, acima de 31º. Em junho, dados mais recentes disponibilizados pela ANP, o grau API médio da produção brasileira foi de 26,8º, nível médio.

Maior produtora do país, a Petrobras percebeu que não é apenas a oferta que está ditando a valorização do óleo brasileiro. De acordo com a companhia, além de a China importar cada vez mais óleos médios e pesados, houve uma valorização recente do óleo combustível, fruto da demanda por combustível marítimo no Extremo Oriente e da menor exportação pela Rússia.

Há alguns meses, a própria Opep já havia notado um aumento das exportações brasileiras para a Ásia, continente que ampliou as compras de óleos como os de Marlim, Roncador e Lula.

“Esse conjunto de efeitos permitiu maior atratividade à exportação de petróleo brasileiro, tanto para o mercado chinês quanto para os mercados americano e europeu”, explica a Petrobras.

Hoje, o óleo mais pesado produzido offshore no Brasil vem do campo de Peregrino, na Bacia de Campos, operado pela Statoil, com 14ªAPI. A partir do ano que vem, no entanto, a área passa a dividir o posto com o campo de Atlanta, de mesmo grau, previsto para entrar em produção no primeiro semestre de 2018.

FONTE:BRASIL ENERGIA

 
Faltou trabalho para 26,3 milhões de pessoas no segundo trimestre do ano. Essa é a chamada taxa composta da subutilização da força de trabalho, que agrega os índices de desemprego, desemprego por insuficiência de horas trabalhadas e força de trabalho potencial.
 
Com isso, a taxa de subutilização da força, que reflete o percentual dos brasileiros para quem falta trabalho, ficou em 23,8%.
 
O percentual, no entanto, ficou menor que os 24,1% registrados no trimestre passado, principalmente por causa da queda da taxa de desemprego. No primeiro trimestre, eram 26,5 milhões de pessoas.
 
No segundo trimestre, o país contratou mais pessoas que trabalham menos horas do que gostaria, os chamados subocupados. O contingente de trabalhadores nessas condições subiu para 5,8 milhões no período, contra 4,8 milhões em igual período de 2016. O número também é maior que o registrado no primeiro trimestre deste ano, quando 5,2 milhões de brasileiros eram considerados subocupados.
 
— Essa queda que a gente percebe em relação ao primeiro trimestre é por conta da desocupação, e não por conta da subocupação. A subocupação subiu, a desocupação caiu e a força de trabalho potencial ficou praticamente estável — explicou Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE.
Fonte: O Globo
 

 

Os 10 principais armadores globais, que na década de 1990 representavam 48% do mercado de transporte marítimo no mundo, alcançaram 83% de participação em 2016. A expectativa é que em 2026 esse percentual seja de 90%. O consultor Robert Grantham, sócio da Solve Shipping Intelligence Specialists, acredita que a corrida dos grandes armadores para incorporar a suas frotas navios da ordem de 20 mil TEUs fez com que a oferta rapidamente se descolasse da demanda. Ele explicou que essa tendência ocasionou fusões, aquisições e formação de consórcios de grandes grupos mundiais de navegação. O excesso de oferta e demanda fraca fez o frete cair até 80% am algumas rotas. 

O consultor projeta que novos sistemas e tecnologias também estreitarão as relações entre embarcadores e armadores levando agentes intermediários (freight forwaders/NVOCCs) a perderem mercado. Grantham cita declaração recente do presidente da Maersk que disse que o tráfego mundial deve ser reduzido a cinco ou seis grandes armadores. "Se espera mais transparência do processo, pois as informações estarão online. Haverá novo desenho das rotas em fusão de fusões e incorporações", enxerga Grantham, que participou da 14ª edição da Marintec South America, no Rio de Janeiro.

Com esse cenário, o número de diferentes serviços de longo curso nos portos brasileiros, que era de 39 em dezembro de 2010, já caiu para 21 serviços em abril de 2017 — uma queda de 46%. A movimentação nesse período variou de 115 mil TEUs para 105 mil TEUs, uma redução de 8,5%. Nesse período, os maiores navios recebidos nos portos nacionais aumentaram capacidade de 7 mil TEUs para 9.600 TEUs.

Grantham entende que terminais no mundo todo enfrentam dificuldade pelo tamanho dos maiores navios em operação nas grandes rotas. A profundidade em alguns dos grandes portos mundiais está entre 17 e 20 metros, porém alguns têm desafios na bacia de evolução. No Brasil, os portos costumam ter mais problemas com a manutenção dos calados devido à demora na contratação dos serviços de dragagem. "Precisamos buscar solução de equilíbrio entre armadores, terminais e usuários", resume o consultor.

FONTE:PORTOS&NAVIOS