projetos reforma trabalhista 2017

Apesar de a sua eficácia iniciar em novembro, vários parlamentares, deputados e senadores, se anteciparam para provocar um debate sobre a nova norma legal e buscam alterações na lei aprovada no Congresso.

As propostas apresentadas buscam desde a revogação completa da lei, até alterações pontuais para modificar a nova norma jurídica.

MP
No Executivo, há o debate em torno da edição de medida provisória, cujo objetivo é adequar pontos que ficaram pendentes quando da tramitação do projeto no Senado Federal. São pelos menos oito pontos de modificação que a MP deverá tratar:

1) trabalho intermitente (nova redação);

2) jornada 12x36 (nova redação);

3) representação em local de trabalho (nova redação);

4) gestante e lactante (vedação);

5) insalubridade e negociação coletiva (nova redação);

6) dano extrapatrimonial (nova redação);

7) autônomo exclusivo (nova redação); e

8) contribuição sindical (nova redação).

A MP, que deverá tratar também sobre custeio das entidades sindicais, aguarda a finalização das negociações com as centrais sindicais e outras entidades para que o governo a edite e a envie ao Congresso Nacional.

Seguem, abaixo, as novas proposições legislativas apresentadas no Congresso Nacional, até o presente momento, que sugerem alterações à Lei da Reforma Trabalhista (que entrará em vigor em novembro de 2017), e que implicará em profundas e amplas modificações na CLT; e à Lei da Terceirização e Trabalho Temporário.

Os projetos apontam para a revogação completa da lei ou apenas modificação de alguns dispositivos da lei:

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Mudanças estruturais
PL 8.112/17, do deputado Marco Maia (PT-RS), que “Acrescenta dispositivo à CLT, e as leis 6.019, de 3 de janeiro de 1974, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, modificada pela Lei 13.467, de 13 de julho de 2017, a fim restabelecer direitos retirados.”

O projeto aguarda despacho do presidente da Câmara dos Deputados.

Revogação
PL 8.181/17, do deputado Jean Wyllys (PSol-RJ), que “Revoga a Lei 13.467, de 3 de julho de 2017, sobre a Reforma Trabalhista.”

Aguarda despacho do presidente da Câmara dos Deputados.

Terceirização
PL 8.182/17, do deputado Marco Maia (PT-RS), que “Altera os artigos 4º-A e 5º-A da Lei 6.019, de 3 de janeiro de 1974, para restringir a terceirização à atividade meio.”

Aguarda despacho do presidente da Câmara dos Deputados.

SENADO FEDERAL

Revogação
PLS 233/17, do senador Paulo Paim (PT-RS), que “Revoga a Lei 13.467, de 13 de julho de 2017, que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e as leis 6.019, de 3 de janeiro de 1974; 8.036, de 11 de maio de 1990; e 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de adequar a legislação às novas relações de trabalho.”

O projeto aguarda designação de relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Depois vai ao exame das comissões de Assuntos Econômicos (CAE); e de Assuntos Sociais (CAS), em decisão terminativa, respectivamente; salvo apresentação de recurso.

Terceirização
PLS 249/17, do senador Paulo Paim (PT-RS) “Dispõe sobre os contratos de terceirização e as relações de trabalho deles decorrente.”

O projeto aguarda recebimento de emendas na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), cujo prazo se encerrou na última quinta-feira (10).

Será apreciado pelas comissões de Constituição e Justiça (CCJ); de Assuntos Econômicos (CAE); e de Assuntos Sociais (CAS), respectivamente, em decisão terminativa; salvo apresentação de recurso.

Termo de quitação anual de obrigações trabalhistas
PLS 251/17, do senador Paulo Paim (PT-RS), que “Revoga o artigo 507-B, da CLT, com a redação dada pela Lei 13.467, de 13 de julho de 2017, a fim de revogar a faculdade de empregados e empregadores firmarem termo de quitação anual de obrigações trabalhistas.”

O projeto aguarda recebimento de emendas na CCJ. O prazo foi aberto na última quinta (10) e se encerra na quarta (16). Aguarda designação de relator na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Vai ser apreciado ainda pelas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ); de Assuntos Econômicos (CAE); e de Assuntos Sociais (CAS), em decisão terminativa; salvo apresentação de recurso.

Negociado sobre o legislado
PLS 252/17, do senador Paulo Paim (PT-RS), que “Revoga os artigos 611–A e 611-B, da CLT, com a redação dada pela Lei 13.467, de 13 de julho de 2017, a fim de revogar a prevalência da Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho sobre a Lei.”

O projeto aguarda recebimento de emendas na CCJ. O prazo foi aberto na quinta (10) e se encerra na quarta (16). Aguarda designação de relator na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Depois vai ser apreciado pelas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ); de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS), em decisão terminativa; salvo apresentação de recurso.

Trabalho intermitente
PLS 253/17, do senador Paulo Paim (PT-RS), que “Revoga o § 3° do artigo 443 e o artigo 452-A, e altera o “caput” do artigo 443 da CLT, com a redação dada pela Lei 13.467, de 13 de julho de 2017, a fim de revogar o trabalho intermitente.”

O projeto aguarda recebimento de emendas na CCJ, cujo prazo foi aberto na quinta (10) e se encerra na quarta (16). Aguarda designação de relator na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Será apreciado pelas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ); de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS), em decisão terminativa; salvo apresentação de recurso.

Trabalho da gestante ou lactante em locais insalubres
PLS 254/17, do senador Paulo Paim (PT-RS), que “Revoga o artigo 394-A, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com a redação dada pela Lei 13.467, de 13 de julho de 2017, e restabelece a Lei 13.287, de 11 de maio de 2016, a fim de proibir o trabalho da gestante ou lactante em atividades, operações ou locais insalubres. ”

Projeto aguarda recebimento de emendas na CCJ. O prazo foi aberto na quinta (10), e se encerra na quarta (16). Aguarda designação de relator na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Depois será apreciado pela CCJ e CAS, respectivamente, em decisão terminativa; salvo apresentação de recurso.

FONTE:DIAP

 

A ideia de elevar impostos para mais ricos produziu insólita parceria entre empresários e sindicalistas.
Assim que o governo expôs que estuda impor alíquota de até 35% de IR sobre salários acima de R$ 20 mil, a gritaria foi geral.
Mas, enquanto entidades patronais se recusam a discutir alta de impostos de qualquer espécie, os sindicatos acusaram "o caráter de desespero" da medida.
"Há uma busca por recursos onde é mais fácil", diz Ricardo Patah, da UGT.
A proposta, na avaliação de especialistas, não faria muito sentido se encaminhada de maneira isolada.
Um bom ponto de partida, dizem, seria mexer na tributação de profissionais que recebem como pessoa jurídica em regimes especiais, como Simples e lucro presumido, cuja alíquota média gira em torno de 15%.
Essa é a grande distorção de um sistema bastante desigual, diz Eduardo Fleury, do escritório FCR Law.
No Brasil, o grupo com renda média anual de R$ 5 milhões (0,05% mais rico) detém 8,2% da renda nacional. Na Colômbia, onde a concentração também é grande, a fatia fica em 5,4%.
Sergio Gobetti, economista do Ipea, endossa o fim de algumas isenções, como do lucro distribuído como dividendo de empresas fora de regimes especiais e de aplicações como LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito Agrícola).
"A isenção tributária desses títulos funciona como incentivo à poupança, diz José Roberto Afonso, pesquisador do IBRE/FGV. "A queda da arrecadação é estrutural, não tem saída fácil."
Para Bernard Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), o ideal é que houvesse uma diretriz clara da reforma do modelo tributário. "Infelizmente, a discussão vem sendo feita em termos de medidas para aumentar a arrecadação, e não para melhorar a qualidade do sistema tributário." 

Fonte: Folha de S. Paulo

 

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A comissão especial que analisa mudanças nas regras eleitorais (PEC 77/03) volta a se reunir nesta terça-feira (15) para concluir a votação de mudanças no texto do relator, deputado Vicente Candido (PT-SP). A reunião está marcada para as 14h30, em plenário a definir.

A ideia é que as propostas que podem mudar as regras das eleições do ano que vem comecem a ser avaliadas logo pelo plenário.

Os deputados já aprovaram o voto majoritário para eleger deputados federais e estaduais e vereadores em 2018 e 2020, o chamado “distritão”, e o financiamento público de campanhas.

Alterações
Faltam serem votadas três sugestões de mudança no texto (destaques) para concluir a votação da proposta na comissão, que depois segue para dois turnos de votação em plenário.

Dos três destaques pendentes de votação, um trata da possibilidade de os candidatos nos distritos eleitorais ou a outros cargos majoritários poderem figurar simultaneamente nas listas partidárias preordenadas, a partir de 2022.

Os outros dois destaques referem-se à possibilidade de o suplente de senador ser o candidato a deputado federal “mais votado do mesmo partido ou coligação na circunscrição do titular do mandato”.

Coligações
Além da PEC 77/03, outra que proíbe as coligações partidárias nas eleições para o Legislativo (PEC 282/16) também pode ser votada em comissão especial.

O relatório da deputada Shéridan (PSDB-RR) impõe regras para que os partidos tenham acesso ao dinheiro do Fundo Partidário e à propaganda gratuita no rádio e na TV.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quer votar a Reforma Política ainda neste mês, mas criticou a criação de um fundo para custear as campanhas eleitorais.

A versão que for aprovada na comissão especial ainda terá que passar por dois turnos de votação no plenário.

Principais itens aprovados
“Distritão”. Como não é possível criar os distritos eleitorais já para 2018, a proposta prevê modelo de transição. É o chamado "distritão", que transforma as eleições legislativas em eleição majoritária, como a do Senado, na qual os mais votados são eleitos.

O sistema é criticado porque enfraquece os partidos e reduz a representação de setores minoritários da sociedade. Além de privilegiar os atuais detentores de mandato, que poderá ainda, inviabilizar a renovação dos mandatos.

Fundo público bilionário. A comissão aprovou o Fundo Especial de Financiamento da Democracia (FDD), que será mantido com recursos públicos. A ideia é que ao invés de empresas financiarem as campanhas, que sejam financiadas com o dinheiro dos impostos.

O fundo foi criado diante da proibição de que empresas façam doações, como determinado pelo Supremo Tribunal Federal.

Para 2018, o valor do fundo será de 0,5% da receita corrente líquida no período de junho 2016 a junho de 2017, o que corresponde a cerca de 3,6 bilhões de reais. Nas eleições de 2022, o percentual cai para 0,25%.

Voto distrital misto para 2022. O texto prevê que, a partir das eleições de 2022, a Câmara não será mais escolhida por meio de voto proporcional, como ocorre atualmente. A ideia é que o sistema proporcional seja substituído pelo voto distrital misto.

Por esse sistema, o eleitor dá dois votos: um na lista preordenada de seu partido de preferência e outro em um candidato de seu distrito. Metade da Câmara será eleita por meio dos votos recebidos pelas listas partidárias. A outra metade será eleita por meio do voto distrital.

Disputar mais de uma eleição no mesmo ano. Pelo texto aprovado na comissão especial, o voto distrital misto em funcionamento, os candidatos nos distritos eleitorais ou a outros cargos majoritários poderão figurar nas listas partidárias. Isso significa que um candidato derrotado dentro de seu distrito ou em uma eleição para o governo estadual ou para a Presidência da República poderá ser eleito por meio da lista.


CÂMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÕES ESPECIAIS

Fundeb/Educação (PEC 15/15)
Colegiado realiza audiência pública, terça-feira (15), 10h30, para discutir o Fundeb e o desenvolvimento com equidade. Foi convidado o professor, sociólogo e consultor educacional João Batista dos Mares Guia. Vai ser no plenário 9.

Remuneração dos Agentes Comunitários de Saúde (PEC 22/11)
Colegiado realiza reunião, na quarta-feira (16), às 9h30 para apresentação de relatório do deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE). Vai ser no Auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados.


COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO

Demissão de professores
Colegiado realiza, na segunda-feira (14), às 10 horas, seminário para debater a precarização e a demissão de professores das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Vai ser no auditório do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, na Rua Tomaz Gonzaga, 50, Liberdade, São Paulo (SP).


COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

Reforma tributária
Colegiado realiza, na terça-feira (15), às 14 horas, audiência pública para apresentação de propostas relativas à reforma tributária. Foi convidado o relator da comissão especial para análise, estudo e formulação de proposições relacionadas à reforma tributária, deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). Em plenário a definir.


COMISSÃO DE EDUCAÇÃO

Lei de Responsabilidade Educacional
Colegiado realiza, na quinta-feira (17), às 9h30, audiência pública para debater a Lei de Responsabilidade Educacional. Foram convidados o representante da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino do Ministério da Educação, Marcos Ozorio; o professor da Unicamp Luiz Carlos de Freitas; a secretária-executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Cândida Beatriz Rosseto; e representantes do Conselho Nacional de Educação e da Frente Nacional de Prefeitos. Vai ser no plenário 10.


COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE

Petrobras
Colegiado faz audiência pública, quarta-feira (16), às 11 horas, para esclarecimentos sobre a compra de ativos da Petrobras, na Argentina, pela empresa Pampa Energia. Foram convidados, entre outros, o diretor do Departamento de Combustíveis Derivados de Petróleo da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Cláudio Akio Ishihara; a gerente do Departamento Jurídico de Aquisições e Desinvestimentos da Petrobras, Cláudia Zacour; e o diretor executivo de Assuntos Legais da Pampa Energia S.A., Diego Salaverri.
Evento é interativo pelo e-Democracia. Vai ser no plenário 9.


COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

Importância da engenharia e desenvolvimento nacional
Colegiado realiza, na quinta-feira (17), às 9h30, audiência pública para debater a importância da engenharia para o desenvolvimento nacional. Foram convidados representantes da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE); da Federação Interestadual dos Sindicatos de Engenheiros (Fisenge); da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq); do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea); do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea); e do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro. Evento vai ser interativo pelo e-Democracia. Em plenário a definir.


COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DA MULHER

Violência contra a mulher
Colegiado realiza, na quarta-feira (16), às 14h30, audiência pública para discutir o relatório "Fechando a Brecha: Melhorando as Leis de Proteção à Mulher contra a Violência", lançado pelo Banco Mundial, em parceria com a ONU Mulheres e o Fundo de População das Nações Unidas. Foram convidados o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Martin Raiser; a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman; a representante auxiliar do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Fernanda Lopes; e a representante do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), Guacira Oliveira. Vai ser no plenário 15.


COMISSÃO PERMANENTE MISTA DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Violência contra a mulher
Colegiado do Congresso (Câmara e Senado) se reúne, na quarta-feira (16), às 14h30, para apresentação do plano de trabalho para 2017 pela relatora, deputada Luizianne Lins (PT-CE); exposição das atividades do Observatório da Mulher contra a Violência (OMV); e apresentação da pesquisa "Violência doméstica e familiar contra a mulher", realizada pelo Instituto de Pesquisa DataSenado e OMV. Vai ser no plenário 7, da Ala Senador Alexandre Costa, no Senado.


COMISSÃO DO ESPORTE

Assistência psicológica aos atletas profissionais
Realiza audiência pública, quarta-feira (16), às 15 horas, para debater a necessidade de incluir a garantia de assistência psicológica continuada aos atletas profissionais de que trata o PL 7.683/17. Foram convidados representantes do Conselho Federal de Psicologia; da Associação Brasileira de Psiquiatria, dos clubes Vasco e Flamengo; e das federações de futebol do RJ e SP; e do Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio Janeiro (Saferj). Evento vai ser interativo pelo e-Democracia. Acontece no plenário 4.


COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO

Mobilidade urbana
Colegiado faz, na quinta-feira (17), às 9h30, audiência pública para discutir o tema Mobilidade Ativa no Desenvolvimento Urbano das Cidades. Foram convidados o secretário nacional de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, José Roberto Generoso; o secretário nacional de Desenvolvimento Urbano do Ministério das Cidades, Luiz Paulo Vellozo Lucas; o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad; e representantes da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), da Associação Nacional dos Transportes Públicos e do Instituto de Política de Transporte e Desenvolvimento (ITDP). Evento é interativo pelo e-Democracia. Vai ser no plenário 16.


COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS

Cadeia produtiva do cacau e o plano de expansão de produção
Colegiado realiza, na quinta-feira (17), às 9h30, audiência pública para debater a cadeia produtiva do cacau e o plano de expansão de produção do cacau no Brasil. Foram convidados, entre outros, o diretor do Departamento da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) da Secretaria Executiva do Ministério da Agricultura, Juvenal Maynart Cunha; o presidente da Câmara Setorial do Cacau do Ministério da Agricultura, Guilherme Moura; o diretor executivo da Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (Aipic), Eduardo Bastos; e o diretor presidente da Cooperativa dos Produtores Orgânicos do Sul da Bahia (Cabruca), Marc Nuscheler. Vai ser no plenário 5.


COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Serviços dos Correios
Colegiado realiza, na quinta-feira (17), às 10 horas, audiência pública para discutir a situação da prestação de serviços da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, em atendimento aos consumidores. Foram convidados os presidentes dos Correios, Guilherme Campos; do Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Marilena Lazzarini; e o representante da Secretaria Geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares, José Rivaldo da Silva. Evento é interativo pelo e-Democracia. Em plenário a definir.


SENADO FEDERAL

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

Situação dos institutos federais
Colegiado realiza, nesta terça-feira (15), às 9h, audiência pública para discutir a situação financeira da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), da Universidade Federal da Integração Luso-Afro Brasileira (Unilab) e dos Institutos Federais do Brasil. Além dos representantes de universidades, institutos federais e sindicatos, foram convidados para o debate, o presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Eblin Joseph; representante do Ministério da Educação e o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).


COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO

CPI da Previdência
Colegiado ouve na segunda-feira (14), a partir das 14h30, representantes dos procuradores da Fazenda e dos municípios que estão entre os cinco maiores devedores de contribuições ao sistema previdenciário. Foram convidados para o debate o secretário da Fazenda de Guarulhos, Peterson Ruan Aiello do Couto Ramos; o presidente do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), Achilles Frias, e representantes dos municípios de São Paulo e de Manaus e do estado do Rio de Janeiro.

CPI do BNDES
O plano de trabalho da CPI do BNDES vai será apresentado na terça-feira (15) pelos senadores Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Roberto Rocha (PSB-MA), presidente e relator do colegiado, respectivamente. A programação foi discutida com técnicos e deve incluir, além de pedidos de informações e depoimentos, viagens aos países que receberam empréstimos do banco. A reunião está marcada para as 15h.

A CPI foi instalada no dia 2 de agosto e tem 180 dias para concluir os trabalhos. A comissão foi criada para investigar denúncias de irregularidades nos empréstimos concedidos pelo banco no âmbito do programa de globalização das companhias nacionais.

A reunião da comissão vai ser no plenário 19 da Ala Senador Alexandre Costa.

FONTE:DIAP

 

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Em decisão por maioria, a 1ª seção do STJ deu provimento a recurso do INSS em caso no qual reexame necessário agravou a situação do ente previdenciário, concedendo benefício mais vantajoso ao cidadão.
O segurado teve o benefício revisado por Tribunal, que reformou sentença que concedeu auxílio-doença para dar-lhe aposentadoria por invalidez, benefícios que são da mesma cobertura previdenciária. Para o INSS, tal concessão configuraria reformatio in pejus.
O relator, ministro Mauro Campbell, negou provimento ao recurso por entender que a remessa oficial atende ao interesse público e o ato de concessão do benefício é direito fundamental.
Em vista regimental, o relator acolheu os fundamentos da ministra Regina Helena Costa no sentido de que o próprio INSS tem norma (enunciado 5/93 do Conselho de Recursos da Previdência Social) que garante ao segurado o benefício mais vantajoso, cabendo ao órgão inclusive orientar o cidadão neste sentido. Assim, a própria autarquia tem que conceder o benefício mais vantajoso.
Para o relator, não se caracteriza reformatio in pejus contra a Fazenda quando o Tribunal, em sede de reexame necessário, reconhece ao segurado, sem recurso voluntário deste, o benefício mais vantajoso porque o interesse público está centrado neste reconhecimento.
A ministra Regina reiterou que essa é a diretriz da autarquia: “A autarquia determina que se dê o melhor benefício e que o servidor oriente o segurado. E no judicial não, diz que não pode? Não vejo reformatio in pejus, e sim uma conjugação de vontades.” Também este foi o entendimento do ministro Og.
A divergência foi inaugurada pelo ministro Napoleão Nunes Maia Filho, que deu provimento ao recurso do INSS por entender que a remessa de ofício não pode agravar a situação da Fazenda, qualquer que seja a espécie de direito.
“No provimento da remessa, que não tem contraditório, não há como apurar a adequação da pretensão do benefício mais vantajoso.”
Acompanharam os ministros Assusete Magalhães, Ségio Kukina (contrariedade à súmula 45), Gurgel de Faria (“estamos dando um passo além”).
 
Fonte: Migalhas 

 

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A medida provisória (MP) que vai prorrogar o Repetro, regime aduaneiro especial que facilita a importação de bens destinados à exploração de petróleo, deve incluir benefícios à indústria de máquinas nacional. A extensão do benefício foi a forma que o governo encontrou para conter a pressão do setor de máquinas, que cobra tratamento similar ao que é dado à indústria do petróleo.

O programa Repetro suspende a cobrança de tributos federais na importação de equipamentos destinados ao setor petrolífero. Pelas novas regras, produtos similares nacionais passarão pelo mesmo tratamento tributário. A medida provisória está sendo finalizada pelo governo federal, segundo fontes que acompanham o processo.

Criado em 1999, o Repetro vence em 2019 e deve ser prorrogado por mais 20 anos. A discussão sobre a renovação do programa ocorre agora, no entanto, porque o país está às vésperas de três leilões de exploração de petróleo, marcados para setembro e outubro deste ano.

A indústria petrolífera alega que, por lidar com projetos de longo prazo, precisa de previsibilidade para executar seus investimentos e diz que pode abandonar as licitações ou incorporar ao valor dos lances os custos da incerteza quanto à continuidade do programa. Por isso, mesmo com o regime vencendo só daqui a dois anos, o governo deve prorrogá-lo em 2017.

INCENTIVO PARA LEILÕES

A indústria nacional, por outro lado, reclama que o programa incentiva importações em detrimento dos fabricantes locais, que não conseguem isenção total sobre os equipamentos feitos no Brasil, já que pagam impostos sobre componentes nacionais e importados. Por isso, segundo fontes que acompanham as negociações, ficou acertado que o novo Repetro incluirá a extensão dos benefícios para os fabricantes nacionais.

Com a novidade, deve ser dado aos produtos nacionais tratamento mais similar aos equipamentos importados. Ou seja, os benefícios concedidos na importação das máquinas voltadas para a produção de petróleo também devem ser oferecidos à indústria nacional.

Para o benefício ser estendido, é necessário alterar a lei em vigor. Por essa razão, deve ser publicada uma medida provisória, e não apenas um decreto prorrogando o Repetro, como está previsto na legislação atualmente.

— Se você não sai com o Repetro, esquece o leilão. O governo está precisando de arrecadação, mas a extensão do programa vai incentivar os leilões, e foi uma forma encontrada para amenizar o discurso da indústria de equipamentos — explicou um integrante do governo.

Sem esse programa, estima-se que os tributos representem entre 45% e 65% dos investimentos totais dos empreendimentos, segundo cálculos do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP). Os projetos poderiam ficar mais caros, e os leilões, com lances mais baixos.

Além do Repetro, a indústria de máquinas reclama da possível mudança em contratos antigos de petróleo, para permitir a flexibilização das regras de conteúdo local em acordos firmados antes da aprovação das novas regras.

Em fevereiro, o governo cortou em cerca de 50% a exigência de conteúdo local dos maiores campos de petróleo a serem leiloados a partir deste ano. A indústria de base já ameaçou recorrer à Justiça, caso a Agência Nacional do Petróleo (ANP) autorize as alterações nos contratos antigos. A possibilidade de opção para as petroleiras será discutida em consulta pública.

O governo prevê arrecadar ao menos R$ 9 bilhões neste ano com os leilões para exploração de petróleo apenas em outorgas, no momento da assinatura dos contratos. Estão previstas a 2ª e a 3ª rodadas de leilão de áreas do pré-sal, em 27 de outubro; e a 14ª rodada de licitações de blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural, em 27 de setembro.

Fonte: Manoel Ventura / O Globo

 

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Segundo pesquisa, oportunidades estão principalmente no interior 
 
Desde outubro, Izabel Maria Tavares Silva, de 50 anos, esperava uma vaga na Fazenda Santa Irene, em Bebedouro, no interior do Estado de São Paulo. Em 13 de junho, ela começou na colheita da laranja. A produção da fazenda neste ano deve atingir 30 mil caixas (de 40,5 quilos), 10 mil a mais que a de 2016. Nos últimos meses, o clima favoreceu a citricultura nacional. A safra de 2017 será de 364,47 milhões de caixas, a maior em cinco anos. Também ajudou Izabel a realizar o sonho de ter um emprego com carteira.
— No passado, já tinha trabalhado com a laranja aqui. Mas deu uma seca e mandaram todo mundo embora.
O desempenho favorável da agropecuária e da indústria, especialmente de setores ligados à exportação, garantiu que Izabel e outros trabalhadores voltassem ao mercado. No 1.º semestre, entre demissões e admissões, 67.358 vagas com carteira foram abertas. Foi o primeiro resultado positivo em dois anos para o período. Também mais de 50% dos Estados — 14 de 26 — tiveram saldo positivo de emprego entre janeiro e junho. No Distrito Federal (DF), houve queda. No mesmo período de 2016, só quatro Estados estavam no azul, aponta um estudo do economista da Caged (Confederação Nacional do Comércio, Fabio Bentes, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
A maioria dos Estados que encerraram o semestre com saldo positivo de emprego está no Centro-Sul, exceto o Rio de Janeiro — onde foram destruídas 65,5 mil vagas — e o DF (mais informações abaixo). "Há um corte claríssimo entre o Centro-Sul e o Norte/Nordeste, onde a situação está muito ruim", disse.
Bentes ponderou que o resultado positivo do 1.º semestre é ainda tímido, cerca de 10% do saldo de vagas abertas no mesmo período de 2014, o último positivo.
— Mas, de fato, estamos diante de um início de recuperação: 2015 e 2016 foram anos de fechamento líquido de vagas.
Para o professor da Universidade de São Paulo Hélio Zylberstajn, o emprego formal parou de piorar no 1.º semestre.
— Houve estabilização e isso já é uma baita boa notícia.
Ele sustenta a opinião mostrando que, se forem expurgadas as vagas da agricultura, o saldo de postos dos demais segmentos de janeiro a junho deste ano foi negativo em 49,7 mil, muito inferior ao do mesmo período de 2016 (-621,7 mil), na mesma base de comparação.
Estados com agropecuária e indústria fortes conseguiram terminar o semestre com saldos positivos. O estudo da CNC confirmou a interiorização do emprego. No ranking das 20 cidades que mais geraram vagas no 1.º semestre só consta uma capital, Goiânia (GO). "Nenhuma das nove regiões metropolitanas teve saldo positivo no emprego", disse Bentes, argumentando que a agropecuária e a indústria estão fora desses locais.
Interior
Localizada no interior de São Paulo, Franca lidera a lista de cidades que mais geraram emprego. O saldo de vagas foi de 6.001 vagas no 1.º semestre. Dessas, 4.710 são da indústria do calçado, praticamente o mesmo número do 1.º semestre de 2016. "O fato de o emprego ter ficado estável já está bom, parou de piorar", disse presidente do Sindicato da Indústria de Calçados de Franca, José Carlos Brigagão do Couto.
Voltada para o sapato masculino, a indústria de Franca é sazonal: demite no último bimestre do ano e contrata no 1.º trimestre. Neste ano, o déficit entre as demissões do último bimestre de 2016 e contratações do 1.º trimestre foi o menor desde 2012. Neste ano, a sazonalidade do emprego está mais favorável porque as exportações no 1.º semestre subiram 2,12% em pares e 16,83% em dólar, por causa de novos mercados.
A reação do emprego com carteira, segundo Bentes, deve ser o lastro para a melhora do consumo nos próximos meses. Animada, Izabel, que acaba de se empregar na colheita de laranja, faz planos: "Tenho uns trenzinhos meio velhinhos, que a gente quer renovar: fogão, armário. Mas só mais para frente". 
 
Fonte: Agência Estado
 

 

 

Advogados explicam que a Justiça do Trabalho considera que, no acordo, o empregado recebe benefícios e não pode mais questionar as parcelas porque não foi coagido a sair da companhia
 
 
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) reafirmou a sua jurisprudência e decidiu que o funcionário que adere a Programa de Demissão Voluntária (PDV) não tem direito a aviso prévio e multa de 40% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Segundo a advogada trabalhista do escritório Roberto Caldas, Mauro Menezes & Advogados, Denise Arantes, a Justiça do Trabalho faz a distinção entre o empregado que é demitido e o que escolhe deixar o emprego dentro de um programa da empresa. "O PDV é um acordo. O empregado recebe o que ganhou, mas não pode mais questionar as parcelas em ação judicial", explica.
Para Denise, o TST entende a adesão a um PDV como algo mais próximo de um empregador que pede demissão. "É um acordo que não pode ser comparado com o empregado que é dispensado à revelia da sua vontade."
Como teoricamente não é a companhia que demitiu, o trabalhador não teria direito à multa nem ao aviso-prévio.
No caso específico, um bancário entrou na Justiça para receber os dois valores. Na Vara do Trabalho de Araripina (PE), o pedido foi negado sob o entendimento de que o bancário, que exercia função que requer habilidade intelectual, não pode ser tido como ignorante a respeito das regras do PDV. Já o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), reformou a sentença, equiparando o plano a uma dispensa unilateral por ato do empregador.
O banco, por sua vez, recorreu ao TST sob o argumento de que não houve coação para que o funcionário assinasse o PDV, de modo que as regras do acordo deveriam ser respeitadas. O ministro relator, Aloysio Corrêa da Veiga, da Sexta Turma do TST, votou pelo provimento do recurso, e foi acompanhado por unanimidade.
"[...] não havendo nos autos notícia de que a adesão do autor ao Plano de Aposentadoria Incentivada do réu se deu com vício de consentimento, ou seja, sendo incontroverso que a adesão ao negócio jurídico em questão deu-se voluntariamente, considera-se regular a transação extrajudicial havida entre as partes, sendo válido o negócio jurídico, que se equipara ao pedido de demissão do empregado", apontou.
Reforma
Apesar desse entendimento existir já há algum tempo, o advogado do L.O. Baptista Advogados, Peterson Vilela, conta que ainda existem inúmeras ações em todas as instâncias do Judiciário trabalhista em que funcionários pedem pela invalidação de algum PDV.
O advogado explica que foi justamente por essa judicialização que a reforma trabalhista incluiu o artigo 477-B na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). "O artigo fala que o PDV, para dispensa individual ou coletiva, traz cessação plena do contrato de trabalho entre as partes. Se o empregado aderiu e esse plano foi feito com a participação do sindicato, o trabalhador não vai poder discutir porque isso já está estipulado entre as partes", expressa Vilela.
O especialista lembra que não havia antes qualquer previsão legal acerca da legitimidade do PDV, de modo que a jurisprudência acabou sendo responsável por garantir que o plano tem força entre as partes. "Até então não tínhamos um artigo regulamentando essa situação. A reforma veio a tentar desafogar o Judiciário nesses casos", acrescenta.
No entanto, Denise acredita que a reforma trabalhista é prejudicial aos direitos do trabalhador nesse ponto. Na opinião da advogada, as empresas vão se usar desses planos de demissão para mandar embora empregados celetistas no regime clássico de emprego para contratar trabalhadores nos novos regimes que estão previstos na lei, como trabalho intermitente e terceirizado.
"Quem está empregado hoje não pode ter direitos reduzidos, mas os PDVs são criados para que novas vagas sejam abertas à luz da nova lei trabalhistas. Esses novos empregados vão entrar com muito menos direitos", defende ela.
Peterson, por sua vez, avalia que essa relação não é tão simples e que os programas, em sua maioria, são para renovar os quadros das empresas.
 
Fonte: DCI

 

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As bilionárias despesas com o serviço da dívida pública são praticamente “esquecidas” no debate realizado pela grande imprensa, pelo governo e pelo Parlamento. Nesse campo, registra-se o pagamento de cerca de R$ 511 bilhões em juros (nominais) pela União em 2016 (8,1% do PIB).

“Boi de piranha é uma expressão popular brasileira. Essa expressão designa uma situação em que um bem menor e de pouco valor é sacrificado para que em troca outros bens mais valiosos não sofram dano. Também pode referir ao sacrifício de um indivíduo na tentativa de livrar outro indivíduo (ou organização) de alguma dificuldade. A expressão origina-se do meio pecuarista, em referência a uma situação em que criadores de gado, ao atravessar um rio infestado de piranhas, abateriam um dos touros, já velho e/ou doente, atirando seu corpo, sangrando, ao rio, para atrair os peixes carnívoros enquanto os peões cruzavam o rio com o restante do rebanho” (https://goo.gl/paJuyM).

Se observado com cuidado o noticiário da grande imprensa (redes de televisão, rádios, jornais e suas projeções no ambiente eletrônico) nos últimos meses, seriam três os mais “pesados” itens nas despesas públicas: 1) gastos com a Previdência Social (com um déficit monstruoso e crescente); 2) despesas com agentes públicos, notadamente servidores públicos (remunerações, auxílios, benefícios e toda sorte de “privilégios”); e 3) a corrupção generalizada (que desvia os recursos que faltam para a prestação adequada de serviços públicos nas áreas de educação, saúde, segurança pública, cultura, lazer, etc).

Esses “elementos” funcionam, ao menos parcialmente, como verdadeiros “bois de piranha”. Embora inegavelmente significativos e carregando graves distorções (os dois primeiros itens, até porque o terceiro é uma distorção em si), como adiante tratado, são utilizados com enorme eficiência midiática para esconder grupos de despesas ou redutores de receitas bem mais relevantes.

O debate em torno das contas da Previdência Social (ou da Seguridade Social, como define a Constituição) não é fácil. Análises realizadas pelo governo, por organizações da sociedade civil e por especialistas apontam para conclusões completamente díspares. Apuram-se déficits e superávits, dependendo dos dados e métodos de contabilização utilizados.

Para além do debate em torno dos números da Previdência Social, existem dois elementos que dificultam enormemente a propaganda governamental no sentido da falência das contas previdenciárias. A Desvinculação de Receitas da União (DRU), efetivada por mais de vinte anos, subtraiu vultosos recursos da Seguridade Social para outros fins. A pergunta, então, é inevitável: qual o sentido de desviar recursos de uma área deficitária para outras áreas de atuação do Poder Público? Os fundos previdenciários, previstos pela Emenda Constitucional 20, de 1998, não foram constituídos pelos sucessivos governos. Esses importantes instrumentos de gestão financeira das contas previdenciárias permitiriam, com razoável precisão e facilidade, identificar a situação atual do sistema. Destaque-se que o relatório resumido da execução orçamentária da União em 2016 indica: 1) o pagamento de R$ 481,1 bilhões em benefícios previdenciários; 2) um déficit de R$ 138 bilhões de no âmbito do regime geral de Previdência Social; e 3) um déficit de R$ 77 bilhões no âmbito do regime próprio de Previdência Social dos servidores públicos federais.

Os gastos com as remunerações dos servidores públicos são consideráveis e integram um dos principais itens da despesa pública (não o mais relevante). Em 2016, segundo o relatório resumido da execução orçamentária da União, foram pagos 255,2 bilhões de reais em relação a pessoal e encargos sociais. Uma importante ponderação precisa ser realizada. “A cada 100 trabalhadores brasileiros, 12 são servidores públicos. A média é a mesma verificada nos demais países da América Latina, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Já nos países mais desenvolvidos, o percentual costuma ser quase o dobro — nesses locais, a média é de 21 funcionários a cada 100 empregados. Em nações como Dinamarca e Noruega, mais de um terço da população economicamente ativa está empregada no serviço público” (https://goo.gl/0oIHkC).

Existem graves problemas a serem equacionados nessa área com impactos na redução de despesas e atuação republicana da máquina estatal. Entre outros, destacam-se os seguintes: 1) necessidade de redução drástica (quase completa) de cargos comissionados; 2) supressão de benefícios indevidos (como o auxílio-moradia no Judiciário e no Ministério Público, utilização de carros oficiais e aviões da FAB, nos três Poderes, etc); e 3) fixação dos padrões remuneratórios das principais carreiras do serviço público (nos três Poderes e nas Funções Essenciais à Justiça) de forma conjunta, com definição das relações existentes entre elas e com sensibilidade social para os patamares fixados.

Reclamações crescentes são ouvidas acerca do custo de manutenção do Legislativo e do Judiciário. O relatório resumido da execução orçamentária da União em 2016 consigna gastos de: 1) R$ 7 bilhões com a função Legislativa e 2) R$ 31,2 bilhões com a função Judiciária. Esses valores são pouquíssimos expressivos ante uma despesa global da ordem de R$ 1,8 trilhão de reais. As razões para racionalização de despesas do âmbito do Legislativo e do Judiciário passam por: 1) supressão de privilégios e distorções; 2) redução de estruturas excessivas e desnecessárias; e 3) adoção de padrões republicanos de funcionamento da máquina estatal. A vertente da redução de despesas públicas é evidentemente secundária nessas searas.

Segundo estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o custo médio estimado da corrupção no Brasil está localizado entre 1,38% a 2,3% do PIB (https://goo.gl/hFYxoj). Tomando o PIB de 2016 como parâmetro, teríamos algo na casa de R$ 86 a R$ 143 bilhões em termos de corrupção. Essa projeção, importa destacar, envolve o numerário efetivamente empregado em práticas ilegais, os recursos que as empresas deixam de investir em atividades produtivas e a fuga de capitais. Entre outras medidas estruturais para uma enorme redução das práticas de corrupção estão: 1) a supressão quase completa das cadeias de comando e obediência definidas pelas nomeações políticas para cargos comissionados e 2) o fortalecimento significativo de medidas preventivas, como aquelas efetivadas pelos controles internos e pela advocacia pública.

As bilionárias despesas com o serviço da dívida pública são praticamente “esquecidas” no debate realizado pela grande imprensa, pelo governo e pelo Parlamento. Nesse campo, registra-se o pagamento de cerca de R$ 511 bilhões em juros (nominais) pela União em 2016 (8,1% do PIB).

Em 2015, o valor desembolsado foi de aproximadamente R$ 446 bilhões (7,4% do PIB). Já em 2014, o montante gasto foi de cerca de R$ 313 bilhões (5,4% do PIB). Os dados foram obtidos no site do Banco Central do Brasil (https://goo.gl/gBhrpQ). Decididamente, a administração da dívida pública e suas adjacências financeiras reclamam presença destacada na discussão em torno da despesa pública. Entre outras medidas, voltadas para a redução do estoque e do serviço, deveriam ser consideradas e submetidas a irrestrita transparência e controle social: 1) uma séria auditoria (exigência do art. 26 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias); 2) a gestão de sua evolução, inclusive com a supressão de mecanismos indevidos que viabilizam o seu contínuo crescimento; 3) a fixação da taxa de juros Selic (somente a manutenção de uma brutal transferência de renda da maioria da população para segmentos sociais extremamente minoritários justifica o patamar atual); 4) a gestão responsável das reservas monetárias internacionais; e 5) a revisão da política de realização de operações compromissadas e todas as formas de “ajuste de liquidez”.

A sonegação tributária, segundo vários estudos e análises, como aquele que sustenta o sonegômetro do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) (https://goo.gl/wMWAI), atinge o patamar de R$ 500 bilhões por ano. Uma atuação planejada, organizada e enérgica nessa área certamente produziria um fluxo considerável de recursos novos para o caixa do Poder Público.

As renúncias de receitas tributárias em conjunto (realizadas e projetadas), entre os anos de 2010 e 2018, alcançarão o patamar de 501,4 bilhões de reais. Somente no ano de 2015, as desonerações observadas representaram aproximadamente 106,7 bilhões de reais. Esses dados constam de análises efetivadas pela Receita Federal do Brasil.

Os subsídios de várias naturezas concedidos pelo governo constituem um capítulo especial em matéria de gastos públicos. A maior parte desses benefícios não aparece expressamente no orçamento discutido e aprovado no Congresso Nacional. “Segundo o Ministério da Fazenda, de 2003 a 2016 os subsídios embutidos em operações de crédito e financeiras somaram quase R$ 1 trilhão – R$ 420 bilhões do total foram para o setor produtivo” (Folha de S.Paulo, dia 6 de agosto de 2017). Essa revelação rendeu a seguinte e inusitada manifestação da jornalista Míriam Leitão: “Governo transfere mais recursos para os ricos do que para os pobres./As evidências se acumulam. Novos levantamentos esclarecem o grande problema do Brasil. Aqui, a transferência de dinheiro público beneficia especialmente os mais ricos, as grandes empresas. Mesmo o governo que falava em justiça social manteve a política e a ampliou quando esteve no poder. A falta de transparência é outro problema./(...) Esse sempre foi um problema no Brasil: o governo transfere mais recursos aos ricos do que aos pobres, e em geral de forma pouco transparente. Isso é preciso entender. Até o governo que chegou falando em reduzir a desigualdade social fez o mesmo de sempre, e até em maior escala./É assim que o Brasil se torna um dos mais desiguais do mundo. Dinheiro público, dinheiro do trabalhador é transferido paras empresas. Às vezes na base de propina”. (https://goo.gl/KNgTrF)

Esses quatro últimos elementos, entre outros também relevantes, praticamente somem do debate travado no seio da sociedade. Os “bois de piranha” representados pelas despesas previdenciárias, remuneratórias e com esquemas de corrupção consomem praticamente todo o tempo utilizado pela grande mídia e pelo governo. Essas outras questões, igualmente relevantes ou mais importantes, literalmente desaparecem do radar do cidadão e seus beneficiários agradecem efusivamente.

O equacionamento responsável da despesa pública no Brasil reclama uma atenção cuidadosa para todos os principais itens relacionados com os gastos públicos, sem esquecer ou desconsiderar nenhum deles. Com certeza, existe muito trabalho e margem de redução de dispêndios, de forma republicana, sensata e razoável, em todas as principais searas
(sem exceções) de efetivação do gasto público (direto ou na forma de redutores das receitas).

Aldemario Araujo Castro*

(*) Advogado, mestre em Direito, procurador da Fazenda Nacional e professor da Universidade Católica de Brasília (UCB)

Categoria: Agência DIAP

 

Enquanto o governo define o tamanho do pacote de medidas para reduzir os gastos com pessoal, o funcionalismo se prepara para a guerra. Representantes de diferentes sindicatos têm mantido reuniões para traçar estratégias contra o adiamento do reajuste de 2018 para 2019 e outras medidas, como a limitação do salário inicial de categorias a cerca de R$ 5 mil.
Várias carreiras já começam a discutir paralisações. A pressão também será grande no Congresso Nacional. Como os aumentos estão previstos em lei, qualquer mudança terá que passar pelo aval dos deputados e senadores. O adiamento deve ser enviado por medida provisória, o que garantiria a entrada imediata em vigor e já traria economia para o governo.
“Será uma pressão muito grande em cima dos parlamentares. É descumprimento dos acordos, o governo tem que respeitar a segurança jurídica também para os servidores”, afirma o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, Jordan Pereira.
As categorias também ameaçam recorrer ao Judiciário para derrubar as medidas. “Com certeza uma das alternativas será recorrer à Justiça. Não vamos aceitar que o governo jogue isso na conta dos servidores. É um desmonte do serviço público federal”, afirmou o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco), Cláudio Damasceno.
Os sindicalistas criticam a limitação do salário inicial do funcionalismo. “Vai causar falta de atratividade. À medida que vai retirando todos os atrativos, você acaba comprometendo a qualidade do serviço público”, afirmou Damasceno.
No fim de 2015, o governo concedeu reajuste 10,8%, parcelado em dois anos para o chamado carreirão do Executivo, formado em sua maioria por funcionários da burocracia administrativa. Para as carreiras de Estado, que são formadas por funcionários geralmente de salários mais elevados e que atuam em áreas como arrecadação, fiscalização e segurança, o aumento foi de 27,9% em quatro anos: 5,5% em 2016; 6,99% em 2017; 6,65% em 2018; e 6,31% em 2019. São esses os servidores que serão atingidos agora pelo adiamento, entre eles auditores da Receita, Policiais Federais, analistas do Tesouro Nacional e do Banco Central.
Apesar das dificuldades fiscais do governo, os parlamentares são muitas vezes sensíveis às reivindicações do funcionalismo. No ano passado, o reajuste para os servidores do Judiciário, por exemplo, foi aprovado depois de inúmeras e barulhentas paralisações em frente e nos corredores do Congresso Nacional.
Em 2016, a então presidente Dilma Rousseff também teve que adiar o aumento já negociado com servidores, de janeiro para agosto. Naquela época, no entanto, o reajuste não estava previsto em lei, havia apenas sido acordado com as categorias.

Fonte: Estadão Conteúdo

 

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Ao longo do fim de semana, um texto escrito por um engenheiro do Google virou polêmica após ser compartilhado entre os funcionários da empresa nos EUA e publicado na internet. O “manifesto” sugere que a gigante de buscas emprega menos engenheiras porque homens têm uma vantagem biológica na profissão, e reclama das políticas de diversidade da empresa — onde mulheres são menos de um terço dos 76 mil funcionários globais.
A polêmica fez com que executivos da empresa se manifestassem condenando os comentários. A vice-presidente da área de diversidade e inclusão do Google, Danielle Brown, disse em uma carta aos funcionários que o texto “reforça ideias incorretas sobre gênero”. Ontem, o engenheiro foi demitido pela empresa
O estereótipo de que mulheres “combinam” menos com a profissão de engenharia é apenas um exemplo do que o mundo corporativo hoje chama de “viés”, ou preconceitos que permeiam o funcionamento da organização — que às vezes tomam a forma pública de um e-mail escrito por um funcionário, mas em maior parte agem de forma velada ou inconsciente
Uma pesquisa recente do Center for Talent Innovation, feita com a Universidade de Chicago, tentou medir o impacto que esses preconceitos têm na relação com o trabalho de quem sofre com eles. Os resultados mostram que, mais do que recrutar profissionais com origens e perfis diversos, as empresas precisam tentar criar um ambiente de trabalho mais inclusivo se quiserem retê-los.
O estudo, que teve a participação de 3.750 profissionais que atuam nos EUA, questionou se eles sentem que são preteridos em aspectos como sua habilidade profissional, comprometimento, inteligência emocional e presença executiva. Os resultados apontam que aqueles que reportam sentir preconceito em pelo menos duas dessas áreas são, por exemplo, três vezes mais propensos a planejar uma troca de emprego. 
Trinta e três por cento deles, na comparação com só 8% dos demais, sentem-se alienados com frequência no trabalho — uma parcela parecida diz ter deixado, inclusive, de expor suas ideias ou soluções para a equipe nos últimos seis meses. Eles também são bem menos propensos a dizer que têm orgulho da empresa onde atuam.
Na pesquisa, a percepção de preconceito se mostrou menor em algumas situações. Profissionais reportaram menos problemas desse tipo em empresas que têm diversidade no nível executivo, possuem gestores de equipe que agem de forma inclusiva e mantêm programas de “sponsorship”, ou patrocínio, no qual executivos advocam em prol de profissionais de grupos que são minorias dentro da empresa. 
“Ter líderes diversos é crucial para interromper o ciclo de preconceito”, diz Ripa Rashid, coautora do estudo e vice-presidente do Center for Talent Innovation. “Esses executivos servem como modelos para os funcionários, demonstram que a diferença é valorizada e que indivíduos com origem e perfil diversos podem ter sucesso na organização.”
 
Fonte: Valor Econômico

 

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A sequência de quatro meses de geração líquida de empregos reforça a percepção de retomada, embora ainda lenta, de atividade em vários setores empresariais

O setor privado foi a grande fonte de criação de vagas com carteira em julho, quando 35.900 postos foram adicionados ao estoque de emprego. O resultado foi uma surpresa, porque analistas consultados pela imprensa vinham prevendo até uma retração temporária nas contratações. Com esse avanço, a geração líquida de empregos – diferença entre admissões e demissões – aumentou por quatro meses consecutivos. Essa sequência reforça a percepção de uma retomada, embora ainda lenta, de atividade em vários setores empresariais. A desocupação permanece muito alta, com mais de 13 milhões de pessoas em busca de trabalho, mas a melhora no segmento formal é um sinal sem dúvida alentador, especialmente porque o desemprego demora a cair quando a economia sai de uma recessão – no caso, a mais severa da história republicana.
Dois detalhes do quadro apresentado pelo Ministério do Trabalho, nesta semana, são particularmente animadores. O primeiro é a amplitude do movimento. O saldo de contratações foi positivo em cinco dos oito grandes setores cobertos pela pesquisa mensal. Durante algum tempo, a criação de vagas foi liderada, com folga, pela agropecuária – um reflexo do crescimento de várias lavouras. Em julho, o saldo de empregos foi positivo na indústria de transformação, no comércio, nos serviços, na agropecuária e na construção civil.
O segundo ponto especialmente estimulante, nesse quadro, é a liderança da indústria de transformação, com abertura líquida de 12.594 postos. Os empregos industriais normalmente oferecem as melhores condições de contratação, pela segurança, pelos salários diretos e pelos benefícios complementares. Além disso, os postos criados se incluem, quase sempre, entre os mais produtivos da economia urbana.
As contratações industriais de julho são mais um bom indício de recuperação da atividade no chamado setor secundário. Em junho, a produção da indústria cresceu em 9 dos 14 locais cobertos pela pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A variação geral de maio para junho foi nula, mas o dinamismo observado na maior parte dos locais da pesquisa confirma a amplitude da reativação. Em junho, o setor produziu 0,5% mais que um ano antes. No semestre, 0,5% mais que em igual período de 2016.
O resultado de 12 meses ainda foi 1,9% inferior ao do período imediatamente anterior, mas o movimento geral é claramente de recuperação. A indústria continua longe do nível de atividade anterior à recessão, mas cada novo levantamento parece confirmar a superação da pior fase. Parte da melhora é atribuível ao crescimento das vendas externas.
 
Os dois segmentos com maior criação de empregos em julho, o da indústria de alimentos, bebidas e álcool etílico e o dos fabricantes de material de transportes, estão entre os exportadores mais ativos.
Mas também a abertura de 10.158 postos no comércio, o segundo maior número, é um sinal muito bom. Os consumidores continuam cautelosos, por causa do desemprego ainda alto, mas o aumento das contratações é um sinal de animação dos empresários. Apesar da incerteza criada pela crise política iniciada em maio, eles parecem manter alguma boa expectativa quanto à evolução dos negócios. A oferta de empregos é um dado mais expressivo do que as sondagens, um tanto negativas, de confiança dos executivos do setor.
Com apenas 724 empregos criados em julho, a construção civil aparece em quinto lugar, o último, na lista dos grandes setores com resultados positivos. É um detalhe ruim, porque a construção pode ser especialmente importante como geradora de empregos e também como fonte de estímulos para a reativação geral da economia. A construção cria demanda para enorme número de indústrias, como a siderúrgica, a de concreto, a de máquinas, as de plásticos, vidros e metais não ferrosos, para ficar numa lista bem limitada. O governo pode fazer muito mais tanto para reativar as obras de infraestrutura quanto para animar o setor habitacional. Para isso, o primeiro passo é dinamizar alguns setores da própria administração federal.

 

Fonte: O Estado de S. Paulo

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Ronaldo Nogueira disse que está sendo estudada uma forma de definir uma contribuição para suprir as despesas da convenção coletiva

Foi descartada pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, nesta quarta-feira (9) a possibilidade de ser criada uma nova contribuição sindical obrigatória ou qualquer outro tipo de imposto que venha a exceder o valor da que foi extinta pela reforma trabalhista.
“O imposto sindical passou no Brasil, não vai ter mais. [Também] não haverá contribuição maior que o imposto sindical", disse o ministro. Ele disse, porém, que está sendo estudada uma forma de se definir uma contribuição para suprir as despesas da convenção coletiva.
A ideia é estabelecer a remuneração de um dia de trabalho (valor da atual) como teto para essa possível nova contribuição. Quando da tramitação da reforma trabalhista, o presidente Michel Temer reuniu-se com representantes de centrais sindicais e acenou com uma compensação pelo fim do imposto sindical obrigatório em troca de apoio à proposta.
Espera-se que a nova contribuição esteja prevista na medida provisória (MP) que o Planalto prometeu para ajustar pontos polêmicos da reforma. No entanto, setores que defenderam o fim da contribuição sindical obrigatória, como a indústria, são contrários à criação de novo tributo.

Ronaldo Nogueira comentou nesta quarta-feira os resultados de julho do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. No mês passado, o país criou 35,9 mil vagas formais. Foi o quarto saldo positivo consecutivo e o quinto registrado no ano. No ano, o Brasil tem saldo positivo de 103.258 vagas formais.

Fonte: Agência Brasil