A Câmara dos Deputados analisa proposta que determina que as negociações coletivas de trabalho só serão declaradas nulas se houver vício de consentimento comprovado, ou seja, quando existirem defeitos. A medida está prevista no Projeto de Lei 6712/16, do deputado Laercio Oliveira (SD-SE), que acrescenta um parágrafo à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.452/43).
Hoje, segundo a lei vigente, só existe nulidade se houver prejuízo às partes litigantes.
O vício de consentimento pode se caracterizar, por exemplo, pela falsa percepção da realidade de um agente na elaboração de um negócio jurídico ou na coação para obter consentimento de alguém na realização do negócio contra sua vontade.
“Trata-se do desequilíbrio da vontade de uma das partes no que se refere a sua declaração, fazendo distanciarem-se a vontade real e a declarada. É o vício mais pertinente à análise da validade dos instrumentos coletivos, na medida em que estes se baseiam precisamente na manifestação das vontades das partes”, defende Laercio Oliveira.
O deputado argumenta ainda que os instrumentos coletivos de trabalho são constitucionalmente reconhecidos como direito social e, portanto, o exame de sua validade deve ser feito com a máxima cautela, “especialmente quando se considera que a negociação coletiva é um dos principais fundamentos de todo o sistema de relações de trabalho atual”.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Dia 30, Centrais Sindicais e Fiesp entregam documento ao presidente Temer e aos presidentes do Senado e Câmara

Trabalhadores e empresários aprovaram nesta terça-feira (dia 22) medidas para fomentar a retomada da economia e o emprego. Documento nesse sentido foi elaborado por representantes da Força Sindical, da UGT, CTB, CSB e Nova Central com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de S. Paulo), Abimaq (Máquinas) e Fecomércio(Federação do Comércio) e será entregue no dia 30, para o presidente Michel Temer,para o presidente do Senado, Eunício Oliveira e para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Na reunião, a Força Sindical foi representada pelo secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, Juruna, pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos SP e da CNTM, Miguel Torres, e pelo presidente do Sindicato dos Químicos da Baixada Santista, Hebert Passos.
Empregos
A prioridade é gerar empregos, disse João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical, e para isso é fundamental o crescimento da economia. As medidas para a retomada são baixar os juros, diminuir a dívida pública e adotar medidas que facilitem o crédito, entre outros.
O secretário-geral da Força disse que é prioritária a retomada das obras públicas que estão paralisadas, a abertura de mercados para o produto brasileiro, garantir o conteúdo nacional nos equipamentos para produção de petróleo e gás e renovação de frota de veículos.
Juruna defendeu ainda o aumento de 5 para 7 o número de parcelas do seguro-desemprego porque aumentou o período de recolocação dos trabalhadores no mercado de trabalho.
Paulo Skaf, presidente da Fiesp, destacou a importância do consenso entre empresários e trabalhadores na busca da retomada do crescimento.

Confira documento unitário

Trabalhadores e empresários assinaram documento de consenso apresentado na tarde desta terça-feira, 22, durante encontro na FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

Confira a íntegra do documento:

Uma Pauta para Retomada do Desenvolvimento Econômico e da Geração de Emprego

O grande objetivo nacional da atualidade é tirar a economia brasileira da maior crise econômica de sua história. O PIB teve queda próxima a 8%, gerando um saldo de 14 milhões de brasileiros desempregados, provocando o fechamento de milhares de empresas, deixando famílias e empresas endividadas, mergulhando o país numa grave crise fiscal e provocando um forte recuo nos investimentos.

Mas o Brasil é maior que tudo isso. Vamos, sim, superar a crise e sairemos mais fortes, como já ocorreu tantas vezes no passado.

Temos pressa na retomada do desenvolvimento econômico e na criação de empregos, e é por isso que nós, do setor produtivo, reunimos representantes dos trabalhadores e das empresas e construímos um conjunto de propostas de curto prazo para acelerar a retomada do crescimento, e um outro conjunto, mais estrutural, para tornar sustentável o processo de retomada da atividade econômica e geração de empregos que a sociedade brasileira tanto deseja.

Propostas de curto prazo:

1. Retomada do crédito:

• BNDES: é preciso retomar um patamar mais adequado das concessões de operações de financiamento, utilizando o FGI e contando com a parceria dos bancos federais (BB, Caixa, BNB e Basa). Não à adoção precipitada da TLP. Elevar as concessões, sobretudo para capital de giro. Retomar patamares anteriores de participação dos recursos à TJLP nas operações.

• Crédito às micro e pequenas empresas (MPEs.): os bancos públicos federais devem retomar as operações com as MPEs., tanto da carteira comercial como das linhas com funding do FAT.

• Crédito ao microempreendedor individual (MEI): linha de crédito a custo zero, atrelada a treinamento técnico e de gestão e à adimplência.

• Aceleração da queda da SELIC: a redução da SELIC tem sido insuficiente e deve ser acelerada.

2. Retomada das obras públicas paralisadas: priorizando aquelas com maior potencial de impacto na produtividade, na economia local e no emprego, além daquelas que têm como fonte de financiamento recursos de fundos não sujeitos a contingenciamento.

3. Revisão de normas do Seguro-Desemprego: rever as regras de acesso ao recebimento do seguro-desemprego, aumentar de 5 para 7 o número de parcelas, dado o aumento do período médio de recolocação dos trabalhadores desempregados no mercado de trabalho. Rever a Desvinculação das Receitas da União (DRU) para os recursos do FAT, que foi elevada a 30%.

4. Desburocratização: adoção de medidas simples que sejam capazes de facilitar a relação do cidadão e das empresas com os órgãos públicos, contemplando:

• Data fixa: a adoção de novas obrigações aos cidadãos e empresas apenas entrarão entrar em vigor duas vezes por ano, 1o de janeiro e 1o de julho, por exemplo.

• Duas medidas por uma: para se adotar uma nova obrigação, deve-se anular duas existentes, de forma a reduzir paulatinamente o estoque de exigências burocráticas.

• Documento único para pessoas físicas: substituindo CPF, RG, PIS, CTPS etc.

• Documento único para pessoas jurídicas: substituindo todos os demais registros.

5. Refis equilibrado: adoção de programa de refinanciamento de impostos atrasados que não seja tão seletivo como a proposta do governo (MP 766) nem tão benéfico aos devedores, como a proposta do relator da Comissão Mista do Congresso Nacional.

6. Abertura de mercados: abertura de novos mercados para o produto brasileiro por meio de promoção comercial, finalização de acordos cujas negociações vêm se arrastando por vários anos, como, por exemplo, o acordo Mercosul - União Europeia.

7. Petróleo e gás: promoção do entendimento entre os agentes da cadeia de petróleo e gás, visando o cumprimento das normas de conteúdo local de forma a destravar os investimentos do setor e gerar demanda para os segmentos que têm capacidade de atendimento com custos e prazos adequados.

Propostas de médio prazo

 É vital a criação de um ambiente macroeconômico mais favorável ao investimento produtivo e geração de empregos composto por:

• Juros básicos da economia em padrões internacionais, em torno de 2% a 3% real ao ano;

• Redução da carga tributária, simplificação do sistema tributário, com desoneração do investimento produtivo e da exportação;

• Câmbio competitivo, operando em nível que não retire artificialmente a competitividade do produto brasileiro tanto no mercado interno quanto na exportação.

No longo prazo, incentivar o investimento em setores de alto valor agregado e forte potencial de crescimento e geração de empregos tanto na indústria como serviços, na agricultura, em novas tecnologias digitais e na infraestrutura:

• Indústria de transformação: implantar programa de renovação da frota de veículos (automóveis, comerciais leves e caminhões) e de máquinas, instrumentos, ferramentas e equipamentos utilizados na indústria.

• Agregação de valor aos produtos básicos: adensar cadeia produtiva/industrial para ampliar a participação da indústria do PIB e reduzir a exportação de produtos básicos sem qualquer processamento industrial e com baixo valor agregado.

• Petróleo e gás e indústria naval: uma sólida indústria petroleira e naval, alicerçada numa extensa cadeia produtiva nacional é fundamental para gerar empregos de qualidade, para o avanço tecnológico e desenvolvendo nacional.

• Serviços financeiros: a reforma do sistema financeiro, especialmente o privado, é vital para ampliar a oferta de crédito com menores custos às empresas e pessoas físicas e dinamizar o mercado interno.

• Educação e saúde: são infraestruturas sociais extremamente sensíveis que permitem melhoria na produtividade e concorrem, decisivamente, para o desenvolvimento nacional e o bem-estar do povo. A educação pública e programas como SUS devem ser prioridades dos governos em seus diferentes níveis.

• Novas tecnologias e economia digital: Apoiar as políticas de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico articuladas a uma política industrial que dê ênfase a esses aspectos na retomada do crescimento industrial.

• Infraestrutura: não é possível desenvolver as potencialidades empreendedoras e criativas da economia sem que se tenha infraestrutura energética (hidro, termo, eólica e solar), urbana (habitação, saneamento e mobilidade) e logística (rodovias, ferrovias, portos, aeroportos) adequada para isso, tarefa urgente que pode ser atendida por empresas estatais, privadas e pelo estabelecimento de parcerias público-privadas. 

São Paulo, 22 de agosto de 2017

Fonte: AssCom Força Sindical

 

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Aprovada a toque de caixa esta semana na Câmara e no Senado, a MP 775 pune o mutuário inadimplente, que perde o imóvel e ainda fica com a dívida

O Congresso Nacional aprovou, a toque de caixa, a Medida Provisória 775/2017, que introduz nova regra aos financiamentos baseados na alienação fiduciária, que é a grande maioria dos financiamentos feitos pela classe média para a compra de imóveis. Pela regra atual, quando um mutuário financia o imóvel e fica inadimplente, a instituição financeira toma o apartamento ou casa e faz o leilão, mas se arrecadar valor menor do que a dívida, o mutuário fica livre da obrigação.

Com a mudança, nesse caso, quem paga é o mutuário. Pela nova regra, se o beneficiário do financiamento ficar inadimplente, o banco executa e fica com o imóvel. Mas se, no segundo leilão, a instituição financeira conseguir um valor menor do que a dívida, quem paga essa diferença é o próprio mutuário.

A MP 775 foi aprovada na terça-feira (15) na Câmara dos Deputados e na quarta no Senado. “A regra é bastante cruel. A pessoa, que já perde a casa, ainda fica com a dívida”, diz o líder do PT no Senado, Carlos Zarattini (SP).

Com a crise e o desemprego, a inadimplência é alta e o valor dos imóveis está caindo. A medida vai penalizar a classe média e o dispositivo transfere renda da população ao setor financeiro.

A liderança do PT ressalta que a mudança se refere à modalidade de alienação fiduciária, o que não atinge outros tipos de financiamentos, como os do Minha Casa Minha Vida, por exemplo.

A MP vai à sanção. Seu artigo 9º diz: “Se, após a excussão das garantias constituídas no instrumento de abertura de limite de crédito, o produto resultante não bastar para quitação da dívida decorrente das operações financeiras derivadas, acrescida das despesas de cobrança, judicial e extrajudicial, o tomador e os prestadores de garantia pessoal continuarão obrigados pelo saldo devedor remanescente”.

Fonte: Rede Brasil Atual

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A Lava Jato está prejudicando o país e causando desemprego, sem propor solução para as empresas de construção civil. A afirmação é de João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, que nesta segunda-feira (21) reuniu-se com outros representantes de centrais sindicais e de empresários paulistas na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para discutir uma agenda conjunta a ser levada ao governo para destravar a economia e reduzir o desemprego.
Juruna defendeu inclusive um acordo de leniência aos empresários investigados pela Lava Jato para que as obras sejam retomadas.
- A Lava Jato está prejudicando o país, causando desemprego, sem propor soluções para as empresas. Muitas companhias da construção pesada fecharam ou as obras foram paralisadas e milhares de trabalhadores estão desempregados. É preciso um debate no Congresso e no Judiciário para um acordo de leniência que possa retomar as obras e o emprego - defendeu Juruna à saída do encontro, que durou cerca de duas horas.
O sindicalista disse que em outros países, como os Estados Unidos, os acordos de leniência são feitos e evitam que as empresas sejam fechadas. Para Juruna, com a leniência, as empresas poderiam assumir suas dívidas e seus erros, e demitir diretores que tivessem feito falcatruas, afirmou ele, referindo-se a empresas como Odebrecht e outras que tiveram obras paralisadas para Lava Jato. .
- Isso não é uma jogadinha brasileira. Isso acontece no mundo - disse Juruna.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, também defendeu a retomada de obras, mas não concordou com a avaliação do sindicalista de que a Lava Jato seja prejudicial ao país. Para Skaf, está é uma opinião pessoal de Juruna e a possibilidade de acordos de leniência aos empresários investigados pela Lava Jato nem foi discutida na reunião.
- Nós não fizemos análise, e nem caberia a nos fazer análise sobre a Lava Jato. O fato é que onde tiver obra parada tem que reiniciar. A economia brasileira está dando sinais positivos, o momento agora é de jogar um catalisador para retomar o crescimento e combater verdadeiramente o desemprego - disse Skaf.
O presidente da Fiesp disse que uma obra pública parada se deteriora e quando é retomada é preciso gastar quase tudo de novo para recuperá-la. Skaf defendeu que, em caso de impossibilidade de uma empresa tocar uma obra ou uma concessão, que ela seja repassada a outro grupo, brasileiro ou estrangeiro.
- Hoje nós estamos com centenas, milhares de obras paralisadas em todo o país. E isso não interessa. O importante é que a gente reative a construção civil e reative as obras que estão paralisadas - afirmou.
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), que também participou do encontro, disse que a retomada das obras paralisadas pode voltar a gerar empregos, consumo e movimentar a economia. Ele considerou importante a discussão entre representantes de trabalhadores e empresários para buscar alternativas para superar o desemprego no país.
- As questões estão sendo resolvidas, a Reforma Trabalhista já foi aprovada, a da Previdência está sendo discutida e a Tributária entrou na pauta. A reforma do estado está sendo debatida, mas nada disso até agora tem como consequência a geração de emprego - afirmou.
Entre outras reivindicações discutidas no encontro estão aumento da oferta de crédito, continuidade da redução dos juros, aumento do número das parcelas do seguro desemprego (de cinco para sete parcelas) e discussões sobre a reforma tributária.
O grupo de sindicalistas e representantes da indústria paulista pretende se encontrar com o presidente Michel Temer no próximo dia 12 de setembro, em Brasília. Paulo Skaf afirmou que não se trata de sinalizar apoio político ao presidente, mas sim apoiar o país.
- A nação brasileira precisa retomar crescimento e emprego, sair deste atoleiro. Temos que fazer essas faíscas de retomada virarem um incêndio positivo de geração de emprego - afirmou Skaf.

Fonte: Extra

 

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O presidente da Eletrobras comemorou a disparada das ações da empresa após anúncio de desestatização. Já os funcionários da companhia se preparam para greve no começo de setembro.

A alta das ações nesta terça-feira (22) mostrou que o mercado entendeu que a geradora de energia tem potencial e pode se livrar de algumas amarras típicas de empresas controladas pelo Governo.

A declaração foi dada pelo presidente-executivo da companhia, Wilson Ferreira Jr. segundo ele, ao deixar de ser, no futuro, uma empresa majoritariamente sob controle da União, ela será mais ágil, dinâmica, objetiva, não ficará amarrada a Lei de Licitações e poderá contratar profissionais reconhecidos do mercado. Ele crê ainda que pode haver mais espaço para valorização dos papeis da empresa.

Por outro lado, os funcionários temem demissão em massa, mas o presidente da Eletrobras descartou essa possibilidade e afirmou que os planos de demissão voluntária, desligamentos e aposentadoria que estão em curso devem reduzir cerca de 5 mil pessoas, quantidade considerada por ele como suficiente.

Mesmo assim, o diretor do Sindicato dos Eletricitários da Eletrobras, Emanuel Mendes, afirmou que os funcionários se preparam para uma greve no início de setembro para evitar a privatização: “vamos atuar na questão jurídica e na questão política, que é mobilizar Congresso e Senado. [Vamos] até as últimas consequências para evitar a entrega do patrimônio”. 

Fonte: Jovem Pan

 

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O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) registrou, no ano passado, lucro de R$ 14,55 bilhões, o melhor resultado da sua história. Com isso, o patrimônio líquido do fundo chegou a R$ 98,17 bilhões. Os números constam do Relatório de Gestão do FGTS, apresentado nesta terça-feira (22) na reunião do Conselho Curador, em Brasília.

O documento mostra também dados da repartição do lucro de 2016, que designou R$ 7,27 bilhões, que corresponde à metade do rendimento, para quem tinha contas com saldo em 31 de dezembro. A medida é resultado da Lei nº 13.446, de 25 de maio deste ano, que fez com que a remuneração dos trabalhadores ficasse acima da inflação anual pela primeira vez em nove anos. A última vez que isso ocorreu foi em 2007.

Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que preside o Conselho Curador, o resultado é consequência da “gestão responsável” do conselho e dos demais órgãos e entidades que gerem o fundo. “O resultado de 2016 mostra que estamos administrando com seriedade os recursos do FGTS, o que permite remunerar devidamente os trabalhadores e também disponibilizar crédito para habitação, saneamento e infraestrutura do nosso país”, disse.

“O Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS) também bateu recorde em 2016, com lucro de R$ 2,63 bilhões. O dinheiro aplicado no FI, que financia grandes obras de infraestrutura como geração de energia, saneamento, ferrovias, rodovias e portos, cresceu 8,3% no ano. Foi o maior rendimento desde a criação da operação, em 2007”, diz a nota do Ministério do Trabalho.

O FGTS é a maior fonte de financiamento em saneamento, habitação e infraestrutura do país. Em 2016, foram contratados R$ 81,48 bilhões, sendo R$ 80,86 bilhões para habitação, principalmente para habitação popular. Em saneamento foram contratados R$ 226,64 milhões e em infraestrutura R$ 386,32 milhões.

Fonte: Agência Brasil

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Governo defende elevar alíquota, de 11% para 14%, para funcionários públicos que recebem acima de R$ 5,3 mil; veja distribuição de servidores por faixa salarial.
 
A proposta de elevar as alíquotas de contribuição previdenciária do funcionalismo público federal, se aprovada pelo Congresso, deverá atingir cerca de 460 mil servidores do Poder Executivo, mais de 70% do quadro atual.
 
Pela medida apresentada nesta semana pelo governo do presidente Michel Temer, a alíquota de contribuição irá subir de forma progressiva, dos atuais 11% para 14%, e vai atingir a parcela do salário dos servidores que ultrapassar o teto de R$ 5,3 mil. Quem ganha até esse valor não será afetado.
 
A proposta precisa da aprovação do Congresso para entrar em vigor. Se aprovada, a expectativa da Fazenda é que medida gere uma arrecadação extra de R$ 1,9 bilhão em 2018.
 
Salários dos servidores
 
Segundo dados do Ministério do Planejamento, 69,9% dos servidores ativos do Poder Executivo receberam em junho acima de R$ 5.500, e 9,2% ganha entre R$ 4.501 e R$ 5.500.
 
O Executivo federal reunia em junho 656 mil servidores ativos e 409 mil aposentados. No final de 2016, o quantitativo era de 622 mil na ativa e 388 mil aposentados. Do efetivo atual, cerca de 25% ganham abaixo de R$ 5 mil – valor que o governo pretende estabelecer como salário máximo inicial para as novas contratações. Veja quadro abaixo
 
 
23% recebem acima de R$ 13 mil
 
Atualmente, 23% do total do funcionalismo da ativa (cerca de 150 mil servidores) recebem acima de R$ 13 mil. Entre as maiores remunerações, estão médicos de alguns órgãos, técnicos em polícia criminal e delegado da Polícia Federal, cujos salários no fim da carreira chegam a passar de R$ 28 mil. Veja quadro abaixo
 
 
 
O conjunto de medidas anunciadas inclui ainda o adiamento, por um ano, do reajuste acordado com algumas categorias de servidores e que seria pago a partir de janeiro de 2018, a extinção de 60 mil cargos públicos, que estão atualmente vagos, e a instituição de teto salarial no serviço público, que não poderá ultrapassar os R$ 33,4 mil pagos a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
 
As medidas foram anunciadas na terça-feira (15) logo após os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, confirmarem a decisão de propor ao Congresso elevar o teto para o rombo das contas públicas em 2017 e 2018, para R$ 159 bilhões.
 
Questionado pelo G1 sobre o alcance das mudanças propostas no funcionalismo, o Ministério do Planejamento informou que "o detalhamento dessas e de outras medidas anunciadas ainda está sendo trabalhado dentro do governo e será divulgado oportunamente".
 
Em junho, as despesas do Executivo com pessoal somaram R$ 29,54 bilhões ante R$ 27,3 bilhões em maio.
 
Como é hoje a contribuição de servidores
 
Pelas regras atuais do regime previdenciário dos servidores, a alíquota de contribuição é de 11% para todos os servidores, independente de faixa remuneratória. Segundo a Secretaria de Previdência, em alguns estados e municípios já existem alíquotas superiores, normalmente entre 11% e 14%, conforme previsto nas leis estaduais e municipais.
 
Já para os trabalhadores da iniciativa privada as regras são diferentes. Para os contribuintes enquadrados no Regime Geral de Previdência Social, as alíquotas variam entre 8% e 11% dependendo da faixa de rendimento, e podem chegar a 20% para o contribuinte individual sem vínculo empregatício.
 
 
Revisão da meta fiscal
 
Pra conseguir cumprir a nova meta fiscal proposta para 2018, o governo federal conta com R$ 38 bilhões entre receitas extras e cortes de gastos considerados incertos porque dependem, por exemplo, de aprovação do Congresso para se confirmar.
 
Na terça, o governo anunciou que vai propor ao Congresso elevar o teto para o rombo das contas públicas, neste e no próximo ano, para déficit de até R$ 159 bilhões. Hoje esse limite, chamado de meta fiscal, é de déficit de até R$ 139 bilhões, para 2017, e de até R$ 129 bilhões, para 2018.
 
Isso significa que o governo quer autorização do Legislativo para que o valor das despesas supere o da arrecadação com impostos e contribuições em até R$ 159 bilhões, sem contar as despesas com juros. Ou seja, quer aumentar o rombo das contas públicas em R$ 50 bilhões nos dois anos.
 
Com a revisão, o governo passou a prever déficit fiscal até 2020. O último ano com contas no azul foi 2013.
Fonte: G1
 
 

 

A superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) declarou "complexa" a aquisição da alemã Hamburg Südamerikanische Dampfschifffahrts-Gesellschaft (HSDG) pela gigante dinamarquesa Maersk Line, segundo publicação no Diário Oficial da União desta terça-feira.

A autarquia exige a realização de diligências para aprofundar a investigação sobre as condições de rivalidade nos mercados afetados pela operação, bem como informa que poderá prorrogar posteriormente o prazo de análise, se julgar necessário.

Em junho, a Maersk concordou em vender a Mercosul Line, sua unidade brasileira, para a empresa de transporte de contêineres CMA CGM, a fim de obter autorização no país para a aquisição da alemã Hamburg Sud.

Na ocasião, os detalhes do acordo financeiro não foram divulgados.

Conforme parecer técnico no site do Cade, o ato de concentração resulta em elevadas participações de mercado em algumas das rotas do mercado de transporte marítimo regular de contêineres operadas pelas empresas.

"A concentração é mais preocupante quando é levada em consideração a participação dos consórcios dos quais as Requerentes fazem parte", diz o documento.

Fonte: Reuters

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Na lista de concessões aprovadas pelo conselho do PPI (Programa de Parcerias em Investimentos) nesta quarta-feira (23), o governo decidiu incluir a Casa da Moeda, o aeroporto de Congonhas e somente uma das quatro usinas da estatal mineira Cemig.

A forma como a Casa da Moeda será desestatizada ainda será definida. Integrantes do conselho do PPI afirmam que ainda serão feitos estudos para definir o modelo mais interessante. Pode ser que seja vendida somente 51% e a União continue no negócio.

No entanto, sem recursos no caixa para cobrir os sucessivos prejuízos da Casa da Moeda, no entanto, o mais provável é que a União se retire completamente do controle.

O ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral) ressaltou que ainda serão feitos estudos para definir a privatização e explicou que a decisão de desestatização foi tomada diante dos "prejuízos sucessivos".

"O consumo de moedas no Brasil, segundo dados do Ministério da Fazenda, tem caído. Cada vez mais usamos menos papel moeda e a saúde financeira dela está extremamente debilitada, com a previsão de se debilita ainda mais com o avanço da tecnologia", disse.

Aeroporto mais lucrativo da Infraero, Congonhas tem valor estimado de venda de R$ 4 bilhões somente em outorgas.

As quatro usinas da Cemig que o governo decidiu vender trariam R$ 11 bilhões. Mas a estatal, depois de pressão da bancada mineira, conseguiu abrir negociação para poder comprar três dessas hidrelétricas com preferência, pagando R$ 9,7 bilhões.

Sem a venda dessas usinas, a União não conseguirá cumprir a meta de deficit de R$ 159 bilhões neste ano. Apesar da ausência delas, o ministro Bezerra Filho (Minas e Energia) disse que o governo não desistiu de realizar os leilões ainda no segundo semestre.

"Nós temos um canal sempre aberto de diálogo para poder conseguir um entendimento para atender aos interesses da União e da empresa", disse.

A venda da Lotex, conhecida como "raspadinha", foi confirmada e deve render R$ 2 bilhões, de acordo com um novo modelo de negócio desenvolvido. Antes, a previsão era de cerca de R$ 1 bilhão.

Dentre os projetos contemplados pelo PPI até o final deste ano, estão rodovias BR 153 (GO/TO) e a BR 364 (RO/MT), terminais portuários, 11 lotes de linhas de transmissão, rodadas de petróleo e gás do pré-sal que totalizam R$ 44,5 bilhões em investimentos.

O valor total das outorgas ainda não está definido porque muitas empresas e participações em estatais estão sendo avaliadas.

Foram qualificados ainda mais 32 projetos de concessões na área de transportes: 14 aeroportos, 12 terminais portuários e a venda da participação da Infraero em quatro aeroportos privatizados nos governos petistas.

Serão R$ 8,5 bilhões em outorgas, sem considerar a venda de participação dos quatro aeroportos. Do valor total, R$ 6,4 bilhões serão pagos à vista.

Somente Congonhas vai responder por R$ 5,6 bilhões do montante à vista. O bloco irá atrair investimentos de cerca de 19,4 bilhões.

O ministro Maurício Quintella (Transportes) afirmou que foi contratada uma consultoria para avaliar a viabilidade financeira e operacional da Infraero sem os quatros aeroportos.

À Folha o secretário de Aviação Civil, Dario Rais Lopes, afirmou, no entanto, que não faria mais sentido manter a estatal sem Congonhas.

Mesmo assim, o ministro afirmou que os planos de restruturação da estatal continuam em andamento. "Continua no radar do governo uma abertura de capital da Infraero. O estudo no final do trabalho é que vai apontar o caminho", disse Quintella.

Sem eles, segundo ele, a empresa ainda administra estruturas em Curitiba, Amazonas, Belém, Rio de Janeiro, entre outras.

PPIS PLANEJADOS

- Aviação

Aeroportos (14)
Venda da participação da Infraero (4)

- Rodovias

Estudos BR-153 GO/TO
BR 364/RO/MT

- Naval

Terminais no Porto de Belém (PA)
Terminal de Granéis Líquidos em Vila do Conde (PA)
Terminais de Grãos em Paranaguá
Terminal em Vitória (ES)
Desestatização da CODESA

- Energia elétrica

UME de Jaguara (MG)
11 lotes de instalações de transmissão

- Petróleo

3ª rodada sob regime de partilha de produção na área do pré-sal
15ª rodada de blocos para exploração e produção
5ª rodada de licitações de campos terrestres maduros
4ª rodada de blocos sob o regime de partilha de produção

- Armazéns e silos

Privatização da CASEMG
Privatização da CEASAMINAS

- Comunicações

PPP da rede de comunicações integrada do COMAER

- Outros

Desestatização da casa da moeda
Lotex

Fonte: conselho do PPI

supermercados

Os empresários do setor de supermercados comemoraram na semana passada a conquista de uma demanda de duas décadas, com a assinatura do Decreto 9.127, por Michel Temer, que inclui a atividade como essencial. Mais de 400 representantes do setor foram ao Palácio do Planalto para a cerimônia. Do outro lado, os trabalhadores veem a medida com preocupação, como uma possível porta de entrada para o trabalho em domingos e feriados sem negociação prévia. A medida, publicada no dia 17 no Diário Oficial da União, altera outro decreto, o 27.048, de 1949, "para incluir o comércio varejista de supermercados e de hipermercados no rol de atividades autorizadas a funcionar permanentemente aos domingos e aos feriados civis e religiosos".

Assim que o decreto foi publicado, a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC) divulgou nota para afirmar que a medida "em nada altera" a Lei 11.603, de 2007. Em seu artigo 6º-A, essa lei autoriza o trabalho em feriados no comércio em geral, "desde que autorizado em convenção coletiva de trabalho e observada a legislação municipal". A entidade cita ainda a Lei 12.790, de 2013, que estipula em 44 horas semanais e oito horas diárias a jornada normal dos trabalhadores no setor.

Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs-CUT), o decreto representa mais uma ofensiva contra os direitos sociais. "Nesse momento conjuntural, aprovar a essencialidade de um serviço prestado a toda sociedade considerando apenas a opinião do empresariado e das multinacionais é um ataque à democracia e mais um duro golpe contra a classe trabalhadora", afirma, em nota.

A Contracs acrescenta que os trabalhadores vêm brigando desde 2000 contra a abertura do comércio aos domingos. Naquele ano, o governo Fernando Henrique Cardoso sancionou a Lei 10.101, incluindo, por "má-fé", a liberação da atividade.

A UGT soma-se às críticas. "Essa é uma situação constrangedora, primeiro porque nós, do setor trabalhista, fomos pegos de surpresa e segundo, porque o próprio Ministro do Trabalho não estava sabendo”, afirma o presidente da central, Ricardo Patah, que comanda também o Sindicato dos Comerciários de São Paulo. Para ele, o governo foi "seduzido" pelo setor patronal. "Vimos pela televisão que no auditório só tinha empresário e aplaudindo de pé um governo tão mal avaliado."

Segundo ele, a UGT irá avaliar um pedido de inconstitucionalidade do decreto, que o sindicalista chama de "impertinente". "Já existe uma legislação especifica que, inclusive com a regulamentação da profissão dos comerciários, nos deu garantias importantes", diz Patah. Em sua visão, um decreto não pode se sobrepor à lei.

Ainda segundo o dirigente, a medida estimulará uma concorrência ilegal entre os comerciantes, já que os supermercados poderão funcionar em domingos e feriados vendendo produtos que fogem à atividade-fim do setor. "Essencialidade é para os hospitais, mas tornar essencial redes de supermercados onde vendem geladeira, fogão, roupas e uma série de outros produtos é absolutamente impertinente e com certeza interessa somente ao setor empresarial dos supermercados."

Além do ataque a direitos, a Contracs-CUT fala ainda em cerceamento ao direito de greve, já que a chamada Lei de Greve (7.783/1989) trata de manutenção de efetivo mínimo para manter atividades essenciais. "Mas afinal, esse serviço é realmente essencial?", questiona. "É premente fazermos ainda uma sólida discussão sobre a essencialidade deste serviço, uma vez que o Comitê de Liberdade Sindical da Organização Internacional do Trabalho (OIT) caracteriza as atividades essenciais como aquelas que refletem diretamente na sociedade e cuja a interrupção pode pôr em perigo a vida, a segurança ou a saúde da pessoa, em toda ou parte da população."

A confederação também questiona o compromisso do setor empresarial com a sociedade. "Como ficarão os filhos das trabalhadoras nos caixas de supermercados com a obrigatoriedade do trabalho nos domingos e feriados? Pagar um lanche e R$ 30 substitui a falta da mãe no almoço do Natal e em todos os demais feriados e domingos?" Por isso, repudia o decreto, afirmando que os trabalhadores na atividade "possuem baixos salários, não tem garantido a organização das escalas de trabalho com antecedência, são obrigados a trabalhar sobre o regime de bancos de horas os quais os trabalhadores nunca conseguem folga quando desejam e, com a nova legislação trabalhista, teremos um exército de trabalhadores escravos do trabalho".

Para o diretor da CNTC Guiomar Vidar, também presidente da Federação dos Comerciários do Rio Grande do Sul, trata-se de mais "sofrimento" imposto pelo governo Temer. "Tudo isto amparado no falso manto da geração de mais empregos, que não serão criados. Não podemos aceitar que um decreto, ainda mais vindo de um presidente ilegítimo, sobreponha-se a uma lei federal", afirma.

O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo, disse que a medida é justa. "O decreto está fazendo justiça para os consumidores que precisam se abastecer nos feriados e domingos e tínhamos muitos obstáculos para satisfazer a demanda em alguns lugares do país", declarou. De acordo com a entidade, há aproximadamente 89 mil estabelecimentos no Brasil, com 1,8 milhão de empregados.

FONTE:Rede Brasil Atual

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A comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou, na tarde desta quarta-feira (23), o relatório da deputada Shéridan (PSDB-RR) à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 282/16, que acaba com as coligações a partir das eleições de 2018 e cria cláusula de desempenho para os partidos políticos. A proposta ainda será votada, em dois turnos, no plenário da Câmara.

O texto principal da PEC foi aprovado por votação simbólica, com orientação favorável de todos os partidos, com exceção do PSol. O conteúdo, no entanto, ainda poderá ser alterado, pois os parlamentares apresentaram quatro destaques para deliberação em separado de pontos específicos do texto.

Um dos destaques que foi aprovado no colegiado é o fim das coligações já para as eleições de 2018. O texto alterado previa que esse comando valeria só a partir das eleições de 2020.

De forma geral, a PEC proíbe as coligações nas eleições proporcionais (para deputado e vereador) a partir de 2018 e impõe regras, como cláusula de desempenho, para que os partidos tenham acesso aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e na TV.

O texto permite ainda que partidos políticos com afinidade ideológica e programática se unam em federação, que terá os mesmos direitos e atribuições regimentais dos partidos das casas legislativas. Prevê ainda que subfederações partidárias poderão ser criadas no âmbito dos estados.

A proposta é originária do Senado Federal (PEC 36/16) e foi aprovada em segundo turno no plenário da Casa, em novembro de 2016. Caso o texto seja aprovado com as alterações processada na comissão especial vai retornar ao exame da Casa de origem.

FONTE:DIAP

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Se a economia brasileira se comportar como a de outras 37 nações que passaram por recessão nas últimas décadas, o desemprego deve levar cinco anos para voltar ao nível pré-crise (6,5%, em 2014).

Além disso, a taxa natural de desemprego (aquela que não acelera a inflação) subirá dois pontos percentuais, para perto de 10%. No segundo trimestre deste ano, a taxa de desemprego brasileira ficou em 13% (de cada 100 brasileiros interessados em trabalhar, 13 não conseguiram se ocupar), segundo a Pnad contínua, medida pelo IBGE.

O estudo sobre o impacto da crise no mercado de trabalho foi feito com 123 episódios recessivos de 1961 a 2017 e publicado nesta terça (22) pelo banco Credit Suisse.

Os 34 trimestres necessários para que a taxa de desemprego volta aos níveis de 2014 têm por hipótese um crescimento da economia de 2% a partir de 2018.

Num cenário otimista, de 4% ao ano, o recuo da taxa de desemprego levaria 26 trimestres, se a economia brasileira seguisse o padrão dos episódios estudados pelo banco.

PIB PRIMEIRO

A história das últimas décadas mostra que a taxa de desemprego só volta aos níveis pré-recessão depois que o crescimento do PIB retoma seu vigor anterior.

Foi essa a ordem nos 50 casos, dos 123 analisados, em que tanto atividade econômica quanto taxa de desemprego já haviam se recuperado, segundo dados da OCDE.

Em outros 59, o PIB já havia voltado à velocidade pré-crise, mas a taxa de desemprego não. Há outros 12 episódios em que nenhum dos indicadores se recuperou até o primeiro trimestre de 2017.

O estudo do Credit Suisse avaliou o tempo de retomada de PIB e emprego nos 50 casos de recuperação total.

Na média, a retomada do PIB levou 7 trimestres e a da taxa de desemprego, 9.

Quando se avaliam, porém, os países cuja profundidade da recessão foi semelhante à do Brasil —em que a economia já encolheu sete pontos percentuais desde 2014—, os prazos crescem.

Nesses casos, a mediana da recuperação do PIB foi de 15 trimestres e a da taxa de desemprego, de 17 trimestres.

"São patamares mínimos", diz o economista Leonardo Fonseca, da equipe do Credit Suisse, porque nesses 50 países o crescimento foi forte o suficiente para permitir a queda da taxa de desemprego.

No caso do Brasil, a estimativa é que o PIB precise crescer acima de 1,7% ao ano para que a taxa de desemprego comece a recuar.

"Se a economia do país crescer muito perto desse número, a queda do desemprego pode demorar muito. Para que ele caia mais rápido, seria preciso crescer perto de 3% ou 4% ao ano."

NOVO PATAMAR

Outra questão importante, segundo Fonseca, é o desequilíbrio duradouro provocado pela recessão no mercado de trabalho.

Numa amostra de 53 países cujas recessões se encerraram antes da crise global de 2008, a taxa natural de desemprego não voltou aos níveis que tinha antes. Na mediana, ficou 1,5 ponto acima, 30 trimestres depois do início da crise.

Já nas crises mais profundas, semelhantes à brasileira, a alta foi de 1,9 ponto percentual.

O economista ressalva que analisar o caso específico do Brasil tem limitadores, como o fato de que a Pnad contínua começa apenas em 2012, o que dificulta observar como o desemprego se comportou em outros períodos recessivos da história.

Na comparação internacional, é preciso considerar fatores como o grau de flexibilização do mercado de trabalho —regras e encargos sobre contratações podem adiar a retomada.

"Num país com flexibilidade grande, como os Estados Unidos, a queda do desemprego depois da crise de 2008 foi muito mais rápida que em outros países."

Outro fator que poderia mitigar o impacto sobre o desemprego, diz Fonseca, é o investimento em educação, principalmente dos mais jovens.

Isso compensaria a perda de experiência que eles vão sofrer pelo desemprego mais alto, que dificulta a entrada no mercado de trabalho.

FONTE:FOLHA DE S.PAULO