Resultado de imagem para PAISES DO MERCOSUL

As negociações comerciais entre a União Europeia e o Mercosul vão viver uma semana crucial a partir desta segunda (2), em Brasília, onde os sul-americanos esperam receber uma oferta de carne bovina e etanol por parte dos europeus, que estão divididos sobre esses itens.

Após uma troca de ofertas em maio do ano passado, a União Europeia garantiu que completaria a proposta agropecuária após as eleições da França e da Alemanha. "Não apresentar a oferta seria terrível", diz uma fonte do Mercosul, principalmente quando o objetivo é alcançar um acordo até o fim do ano.

Na quinta (28), em reunião em Bruxelas, a Comissão Europeia, responsável pelas negociações comerciais, propôs aceitar 70 mil toneladas de carne bovina e 600 mil toneladas de etanol por ano de todos os países do Mercosul, disseram três fontes à AFP.

A proposta preocupou países com maior tradição agrícola. França, Irlanda, Bélgica e outros "garantem que não é a hora" de apresentar a oferta e pedem para que isso ocorra "mais para o fim das negociações", de acordo com uma fonte europeia.

Outros oito países, entre eles Alemanha, Itália, Portugal, Espanha e Reino Unido, consideram que "é um bom momento de avançar e propor algo aos países do Mercosul, para dar fôlego às negociações".

Nenhuma das fontes consultadas pela AFP confirmou se, nesta semana, a oferta europeia vai finalmente ser posta à mesa. Já são mais de 30 rodadas de negociações.

A União Europeia "ainda discute as ofertas aduaneiras" com os países, disse na sexta (29) fonte do bloco europeu, que destacou a vontade de "encontrar equilíbrio justo entre a importância de seus produtos para nossos parceiros do Mercosul e a necessidade de proteger os agricultores europeus".

OUTRAS DISCUSSÕES

Desde a troca de ofertas no ano passado, a discussão sobre o acesso ao mercado de bens, serviços e compras públicas ficou paralisada até que a UE conclua sua oferta agropecuária.

Mas isso não deteve outros grupos de trabalho, que debatem temas que terão que ser resolvidos politicamente. Sem a oferta agropecuária europeia, "depois de outubro não teremos nada para fazer, acaba o universo de assuntos técnicos", disse uma fonte.

Entre os temas abertos, ficariam questões sobre indicações de origem controlada. Outro ponto é o acesso a medicamentos. Europeus querem maior proteção às descobertas de suas companhias farmacêuticas, mas o Mercosul interpreta a questão sob ótica da saúde pública.

FONTE:FOLHA DE S.PAULO

 

 
 

Na comparação com agosto de 2016, houve alta de 9,1%

Apesar da melhora recente, a taxa de desocupação no País ficou em 12,6% no trimestre encerrado em agosto deste ano, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados na última sexta-feira (29), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em agosto de 2016, a taxa havia sido de 11,8%. Essa é a quarta queda mensal seguida da taxa de desemprego no País. 
A população desocupada caiu 4,8% em relação ao trimestre encerrado em maio e chegou a 13,1 milhões de pessoas. Na comparação com o trimestre encerrado em agosto de 2016, no entanto, houve alta de 9,1%, já que na época havia apenas 12 milhões de desempregados.
A população ocupada chegou a 91,1 milhões de pessoas no país, um crescimento de 1,5% (1,4 milhão de pessoas) na comparação com maio e de 1% na comparação com agosto do ano passado.
O aumento da população ocupada foi influenciado pelo crescimento do mercado de trabalho informal, já que mais da metade do 1,4 milhão de empregos criados foi sem carteira assinada ou por conta própria.
Foram criados 286 mil postos de trabalho sem carteira assinada de maio a agosto, totalizando 10,8 milhões de pessoas. O aumento chegou a 2,7% em relação a maio e 5,4% na comparação com agosto do ano passado. O gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, explica que é comum após crises econômicas o primeiro passo da recuperação se dar por meio da informalidade.
Outros 472 mil postos foram criados na categoria de trabalho por conta própria de maio a agosto. O número de trabalhadores nessa categoria chegou a 22,8 milhões em agosto, 2,1% a mais do que maio e 2,8% a mais do que em agosto.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada, de 33,4 milhões, ficou estável ante maio e caiu 2,2% ante agosto de 2016, já que foram encerrados 765 mil postos nesse período.
 
Fonte: Estadão Conteúdo / Agência Brasil

Resultado de imagem para GÁS LETAL EM ALTO MAR

Fosfina é a substância que, em um episódio do seriado "Breaking Bad", mata instantaneamente dois criminosos que respiraram o gás. Ataques assumidos pelo Estado Islâmico também usaram a substância. No Brasil, sem saber como descartá-lo, o gás foi queimado em alto mar.

Hoje a fosfina é proibida na forma gasosa e sua comercialização, para fins industriais, ocorre apenas em tabletes. Mas, em dezembro de 2014, a diretoria de Meio Ambiente do Porto de Santos encontrou cilindros de 1995 com o gás.

Ao todo, eram 115 cilindros com seis tipos de gases tóxicos e inflamáveis –como silano e fosfina– e até cancerígenos –diazometano.

Os cilindros foram importados e ficaram abandonados no armazém 11. A Codesp, empresa estatal que administra o Porto de Santos, alega não ter achado os responsáveis devido à falência da empresa dona da carga, a SID Microeletrônica, do grupo Sharp.

A SID foi uma das principais fabricantes de componentes eletrônicos para computadores, televisores e caixas automáticos no país. Ex-funcionários da empresa confirmaram à reportagem que as substâncias silano e fosfina eram importadas como matéria-prima para a fabricação dos componentes.

A maior preocupação do superintendente de Meio Ambiente da Codesp, Ivam Fernandes Doutor, era "a situação precária dos cilindros, cujas válvulas normalmente têm um prazo de validade de apenas dois anos".

Segundo ele, o transporte dos tubos também era delicado, pois o atrito de partículas cristalizadas dos gases com as paredes internas dos cilindros seria suficiente para gerar uma explosão, comprometendo um raio de 9 km.

Devido à gravidade da situação, a Codesp optou por conduzir o assunto em sigilo. Ainda em 2015, comunicou à Cetesb, à agência ambiental do Estado de São Paulo, a dois órgãos do Exército, aos Bombeiros, à Polícia Federal, entre outras autoridades.

A Cetesb multou a Codesp três vezes desde então. Duas delas por armazenamento irregular e uma por transporte inadequado, com valores que foram de R$ 50 mil a R$ 500 mil.

DESTINO: ALTO-MAR

A existência dos cilindros só veio a público em junho deste ano, quando o Conselho Municipal de Meio Ambiente do Guarujá negou autorização para queima dos gases dos cilindros na Base Aérea de Santos.

A área federal, no município do Guarujá, havia sido escolhida para o procedimento por ser isolada de concentrações humanas. No mesmo mês, o Ministério Público Estadual iniciou o inquérito reunindo autoridades para discutir possíveis destinações para o passivo ambiental.

Em julho, a empresa de emergências Suatrans foi contratada para escolher o local e conduzir a operação. Sob pressão da promotora Almachia Acerbi, que manteve as reuniões com prazos curtos para tomada de decisão, a empresa entregou análises de risco para cinco possíveis destinos: Base Aérea de Santos, Pedreira Engebritas, Ilha de Bagres, Armazém 10 (Codesp) e região oceânica.

Em qualquer um dos locais, os procedimentos de descarte seriam a queima dos gases e a descontaminação por diluição em tanques. Os cilindros vazios seriam retornados para aterros controlados.

A queima em alto-mar foi escolhida como a mais segura, devido à distância da população e a facilidade de dispersão dos gases pelo vento.

Com drones, submarinos, reatores, rebocadores e 12 técnicos da Suatrans voluntários para a operação de risco, os gases finalmente foram queimados a 100 km da costa. A operação foi concluída no final de setembro.

CRÍTICAS

A atuação do Ministério Público foi criticada por ambientalistas, que consideraram a decisão açodada, e que chegaram a pedir a realização de audiência pública.

Um dos autores do pedido, o especialista em Direito do Mar e professor da Unifesp Rodrigo More, consultou os documentos anexados ao inquérito civil público, mas não encontrou informações sobre as análises de risco e os planos de trabalho –que estavam em um pen drive, com acesso restrito.

Para More, "a pressa e a falta de transparência criaram pânico e impediram a consideração de outras soluções".

Para a agente ambiental do Ibama Ana Angélica Alabarce, a decisão é técnica e não caberia abrir a discussão para leigos. "Muita gente falou besteira, pessoas totalmente desqualificadas quiseram botar política, mas os planos de ação são exímios e feitos pela única empresa que se mostrou capaz de resolver essa situação sem nenhum impacto ambiental", pontua.

No entanto, a solução não surgiu do corpo técnico, mas sim de uma reunião entre autoridades no Ministério Público –a ideia do alto-mar como destino foi atribuída à promotora Almachia Acerbi. Ela diz que "a solução não foi imposta pelo Ministério Público; também foi estudada."

O oceanógrafo Fabrício Gandini, diretor do Instituto Maramar, lembra que o procedimento é inédito e se preocupa com a criação de um precedente. "Abre-se uma brecha para a velha ideia do mar como lixão. Agora vamos fazer todo descarte no mar porque está longe dos nossos olhos?", questiona.

"Essa história não pode se tornar um padrão", defende a professora de Direito Ambiental da Universidade Católica de Santos, Norma Sueli Padilha. Para ela, a identificação dos responsáveis seria "importante para o país, que hoje tem tantos passivos ambientais esquecidos".

A promotora Almachi Acerbi lembra que o Ministério Público também investiga produtos perigosos nos armazéns do Porto de Santos e já exigiu da Codesp planos de evacuação.

Ela já havia advertido a Codesp sobre uma possível apuração de improbidade administrativa. "Só estava sendo dura", afirma. E resolve que "não havendo dano ambiental durante o descarte, encerramos este inquérito na promotoria de Meio Ambiente".

POSSÍVEIS RESPONSÁVEIS

Apesar de ser tida pelos ex-funcionários como falida, a SID aparece com CNPJ ativo na Receita Federal. Está registrada em nome de Massaru Kashawagi, que negou ser o atual dono da empresa. "Fui diretor financeiro apenas em 2001 e a Sid faliu em 2002", afirmou por telefone.

O executivo Luis Roberto Poggeti foi diretor da empresa, de acordo com relatório para investidores da Emis (Euromoney Institutional Investor). Em 1995, Pogetti era diretor de controle da Sharp e chegou a diretor-superintendente do grupo em 1999.

Através de e-mail de sua assessoria, Pogetti afirma que "se desligou em janeiro de 2001 e não tem qualquer conhecimento sobre o assunto." Hoje o executivo é presidente do Conselho de Administração da Copersucar, a maior exportadora de açúcar e etanol do país –que tem seu terminal no Porto de Santos.

Gilberto Passos de Freitas, professor de Direito Ambiental da Universidade Católica de Santos, cita o artigo 56 da Lei de Crimes Ambientais (lei 9605/98), que prevê pena de multa e reclusão de um a quatro anos para quem processar ou armazenar substâncias tóxicas em desacordo com as exigências estabelecidas em lei.

Perguntado se o crime já estaria prescrito, o ex-desembargador e juiz aposentado lembra que o "dano ao ambiente é imprescritível" e, no caso dos cilindros, "o crime é permanente", pois o abandono se estendeu e colocou a população em risco durante duas décadas.

Segundo Freitas, "sócios e administradores da empresa falida devem ser procurados e a responsabilidade deve ser dividida também com o Porto de Santos e os órgãos fiscalizadores, que também falharam".

Outra especialista em Direito Ambiental, Norma Sueli Padilha, concorda. "A responsabilidade é de quem causou o desequilíbrio ambiental. Mas pelo tempo que está ali, também tem que se apurar a responsabilidade dos órgãos de fiscalização. Todos erraram em cadeia", afirma.

FONTE:FOLHA DE S.PAULO

Centrais sindicais realizam protesto contra os juros altos em frente ao Banco Central, na av. Paulista, em São Paulo, nesta terça-feira

Preocupados com a aproximação da entrada em vigor da reforma trabalhista, sindicatos de diversas categorias e centrais começaram a se organizar para mudar suas estratégias de negociação em campanhas salariais.

Além de negociar os reajustes na remuneração dos trabalhadores, eles pretendem aproveitar as campanhas salariais para introduzir a negociação de cláusulas sociais, como regulamentação de férias e das condições de trabalho das gestantes, assuntos que tradicionalmente são tratados nas convenções coletivas.

Essa maior urgência está acontecendo, segundo Aroaldo Oliveira da Silva, secretário-geral dos Metalúrgicos do ABC, porque a reforma acabará com a chamada ultratividade das convenções coletivas, ou seja, as cláusulas de um acordo coletivo vencerão quando o prazo deste acordo expirar, deixando o trabalhador desprotegido.

Atualmente, o acordo continua valendo enquanto o novo não foi negociado.

"A campanha salarial será uma oportunidade de discutir convenção coletiva. Nos outros anos, nosso problema era o quanto a gente ia ter de reajuste. Agora a briga é se vai manter convenção coletiva ou não", diz Silva.

Sindicatos de metalúrgicos de diversos Estados se reuniram nesta sexta-feira (29) em São Paulo para tentar alinhar os esforços que pretendem usar para combater pontos da reforma trabalhista durante essas negociações.

"Queremos travar a reforma, porque o que for acordado na convenção coletiva a empresa terá que obedecer. Por isso estamos unificando a estratégia de diferentes categorias para fortalecer a ação", afirma o secretário-geral dos Metalúrgicos do ABC.

A reforma prevê, por exemplo, a prevalência do negociado sobre o legislado na jornada de trabalho, que pode ser estendida para dez horas diárias, ter horário de almoço menor e negociação individual do banco de horas sem mediação pelo sindicato.

Estes são alguns aspectos que poderão ser introduzidos já nas negociações salariais.

Para se beneficiar desses pontos na reforma, as empresas precisam alterar as convenções coletivas com os sindicatos. Nessas negociações, as centrais tentarão se preservar também da terceirização e do trabalho autônomo.

Além dos metalúrgicos, participaram do evento de sexta e dirigentes sindicais de diversas centrais de categorias como petroleiros, químicos, servidores federais, metroviários, bancários e outros.

Na ocasião, as categorias também discutiram a organização de greves e protestos para o dia 10 de novembro, que antecede a entrada em vigo da reforma.

FONTE:FOLHA DE S.PAULO

Resultado de imagem para CLT

 
O Ministério do Trabalho recuou na última sexta-feira (29) com relação à criação de uma comissão de juristas para elaborar uma nova Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A Portaria nº 1087, publicada no Diário Oficial da União (DOU) da última sexta-feira (29), considera a necessidade de avaliar o impacto da aprovação da reforma trabalhista (que deve entrar em vigor em novembro), e trata da modernização da legislação, segundo o texto.
Na última quinta-feira (28), o órgão tinha publicado uma portaria para instituir essa comissão composta pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Alexandre Agra Belmonte, desembargadores e juristas renomados que deveriam apresentar um novo texto em 120 dias.
A norma pegou o meio jurídico de surpresa e até mesmo ministros do TST. Os advogados do setor, apesar de acharem interessante a iniciativa de consolidar toda a legislação trabalhista em um novo código, estavam temerosos com as mudanças que poderiam vir, já que nem mesmo os impactos da reforma trabalhista ainda foram sentidos.
Para o advogado Daniel Chiode, do escritório Mattos Engelberg Advogados, o trabalho seria benéfico para consolidar as leis esparsas. Porém, se houvessem alterações que viessem a mexer no espírito que a reforma trabalhista trouxe com relação à emancipação do empregado, poderia afastar investidores que voltaram a ficar interessados no Brasil.
A advogada Juliana Bracks, do Bracks Advogados Associados, professora da FGV Direito Rio, também já havia comentado na última quinta-feira (28) em entrevista ao Valor que não seria o melhor momento para instituir essa comissão, o que pode gerar mais insegurança jurídica. Isso porque a reforma trabalhista ainda nem entrou em vigor e já vai trazer diversos questionamentos judiciais de interpretação que serão levados ao Judiciário.
De acordo com ela, essa nova consolidação deve gerar diversas mudanças de interpretação -- entre elas se, em determinado caso, deve-se aplicar ou não o Código de Processo Civil --, que levarão a mais demandas. "Talvez seja interessante suspender a entrada em vigor da reforma, fazer essa consolidação toda e depois fazer valer um texto já unificado", afirma.

Fonte: Valor Econômico

Resultado de imagem para TAXA DE DESEMPREGO

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,6% no trimestre encerrado em agosto deste ano, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os dados são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada nesta sexta (29).

O índice ficou 0,7 ponto percentual abaixo dos 13,3% divulgados no trimestre encerrado em maio. Em agosto de 2016, a taxa havia sido de 11,8%.

O trabalho informal contribuiu com mais da metade do aumento de 1,4 milhão de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em agosto. Nesta categoria, entram empregados sem carteira assinada e pessoas que trabalham por conta própria.

A taxa de pessoas que trabalham por conta própria subiu 2,1% —472 mil pessoas a mais—, totalizando 22,8 milhões de pessoas neste grupo. Já o número de trabalhadores sem carteira assinada teve um acréscimo de 286 mil pessoas, chegando a 10,8 milhões nesta categoria.

Resultado de imagem para PROFISSIONAIS COM CURSO TÉCNICO
Pesquisa encomendada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) revela que profissionais que fizeram cursos técnicos têm, em média, um acréscimo na renda de 18% na comparação com pessoas com perfis socioeconômicos semelhantes que concluíram apenas o ensino médio regular. Na Região Nordeste, a diferença na renda é ainda maior, chegando a quase 22% para os trabalhadores com formação técnica.

O estudo, elaborado com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, divulgado em março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comparou os rendimentos de trabalhadores que fizeram cursos de educação profissional com aqueles sem esse tipo de formação. Também foram abordados aspectos como gênero, idade, cor, escolaridade, região de moradia, setor de atividade e renda per capita familiar.

De acordo com a pesquisa, divulgada na última sexta-feira (29) pelo Senai, o acréscimo na renda dos profissionais com curso técnico chega, em média, a 21,4% nas regiões Norte e Centro-Oeste e a 15,1% no Sul e Sudeste.

Segundo a pesquisa, o universo dos trabalhadores que concluíram um curso técnico está dividido quase igualmente entre homens e mulheres, com os profissionais do sexo masculino representando 50,4%. A maioria declarou-se branca (55,9%) e vive em cidades (95,8%), principalmente em regiões metropolitanas (39,8%).

A maioria tem entre 25 e 44 anos (50,3%) e a maior fatia (75%) se situa nas faixas médias de renda (de um a dois salários mínimos, chegando a ganhar R$ 1.874). Essa renda corresponde a 44,48% entre aqueles que nunca frequentaram cursos de educação profissional, segundo o Senai.

Cursos técnicos têm carga horária média de 1.200 horas (cerca de 1 ano e 6 meses) e são destinados a alunos matriculados ou que já concluíram o ensino médio. Têm a finalidade de ensinar uma profissão ao estudante que, ao término, recebe um diploma.

“Um aumento de renda de quase 20% não é trivial. Trata-se de um diferencial relevante e uma prova de que vale a pena investir nessa modalidade de formação profissional”, avaliou o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, na nota divulgada pelo Senai. Ele ressalta que o curso técnico é “o caminho mais rápido” para a inserção qualificada do jovem no mundo do trabalho.

Já entre as pessoas que fizeram cursos de graduação tecnológica, os homens representam 56,5% do total. A maioria, 64,9%, se autodeclara branca e 97,7% moradora de áreas urbanas, especialmente de regiões metropolitanas. A maior parte tem entre 25 e 34 anos (38,4%) e 50,6% está nas faixas de renda de um a três salários mínimos. Os cursos de graduação tecnológica são de nível superior (como o bacharelado e a licenciatura) e têm duração entre dois e três anos.

 

Fonte: Agência Brasil

 

Relatorio do Fundo afirma que rendimentos tem crescido em ritmo mais lento que antes da recessão global de 2008

O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou nesta quarta-feira três capítulos de suas Perspectivas Econômicas Globais (WEO, na sigla em inglês) que aponta que, apesar do mundo estar vivendo uma recuperação econômica no curto prazo, desafios estruturais permanecem no longo prazo. Um exemplo apontado e o caso dos salários: mesmo nas economias onde o desemprego está menor que antes da crise global de 2008, o crescimento do rendimento dos trabalhadores esta em ritmo muito inferior ao registrado anteriormente.
De acordo com o FMI isso se deve ao grande contigente de pessoas que continua sem atividade e, principalmente, ao aumento de pessoas e, trabalhos parciais ou informais. Ou seja, apesar do desemprego estar menor, o emprego é de menor qualidade, impactando nos salários e nos preços médios da economia:
"O crescimento dos salários pode continuar a permanecer suave até o peso involuntário do emprego de tempo parcial diminuir ou a tendência de crescimento da produtividade aumentar. E as taxas de inflação também irá provavelmente permanecem baixo a menos que crescimento dos salários acelere", afirmou o documento, que aponta que este cenário tende a aumentar as desigualdades, principalmente nos países desenvolvidos.
O terceiro capítulo do WEO aponta as consequências econômicas docaquecimento global: segundo o FMI tende a afetar mais os países tropicais, que geralmente possuem rendimento menor. Sem citar nominalmente o Brasil, o documento de 68 paginas alerta que as mudanças climáticas tendem a causar "a redução produção agrícola, reduzindo a produtividade de trabalhadores expostos ao calor, diminuindo o investimento, e piorando a situação média da saúde das pessoas".
O texto indica que ter uma estratégia pode reduzir os danos do aquecimento global nestas economias, mas que "as restrições enfrentados pelos países de baixa renda, impõe que a comunidade internacional deve desempenhar um papel fundamental no apoio estes países, com esforços para lidar com as alterações climáticas". O documento também alerta para os impactos e crescentes de tragédias ambientais, como tempestades, aumento do nível do mar e redução da biodiversidade.
Fonte: O Globo

 

 

Resultado de imagem para MERCADO INFORMAL

O mercado de trabalho informal foi responsável por quase 70% das vagas geradas no país no período de junho a agosto de 2017, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada na última sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento traz que o mercado de trabalho como um todo criou 1,374 milhão de postos no trimestre encerrado em agosto, alta de 1,5% na comparação aos três meses anteriores. Ante um ano antes, a população ocupada cresceu 1%.

Segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento de IBGE, a geração de postos de trabalho é positiva, ao reduzir a população desempregada no país. Ao mesmo tempo, o lado negativo é que são empregos sem qualidade, sem garantias trabalhistas do setor formal.

"São empregos como trabalhador familiar auxiliar, trabalhador por conta própria, emprego no setor privado sem carteira. Em momento de saída de crises, é comum aumentar o emprego informal. Foi assim em 2008, em 2003. As pessoas contratam, mas não efetivam com a assinatura da carteira porque ainda existem incertezas", disse Azeredo, após a divulgação dos dados.

Dos 1,374 milhão de postos criados no trimestre, 286 mil foram gerados no setor privado sem carteira, 472 mil em atividade de conta própria (profissionais autônomos), 95 mil em empregos auxiliares familiares (pessoas que ajudam parentes em seus negócios), 95 mil em empregadores de acordo com os dados divulgados pelos IBGE na última sexta-feira.

Já o setor público foi responsável pela geração de 295 mil postos de trabalho no trimestre, o que aumentou em 2,6% o estoque de ocupados nesta atividade somou 11,46 milhão de pessoas. Neste caso, o setor é formal e responsável pela fatia restante de empregos gerados no período.

Fonte: Valor Econômico

 

 

Após a aprovação da reforma trabalhista, em julho, a quantidade de negociações entre patrões e trabalhadores para definir reajuste salarial despencou para as campanhas com data-base em agosto. De acordo com o Boletim Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), até hoje foram fechadas 71 negociações salariais com data-base de agosto, 56% menos que as 167 concluídas no mesmo período do ano passado.
 
Segundo Hélio Zylberstajn, coordenador do Salariômetro, a queda pode ser explicada pela inclusão nas negociações, pelos sindicatos, de cláusulas que neutralizassem as novas normas, o que o especialista chama de “antídoto à reforma” ou “pauta antirreforma”.
 
“Os sindicatos estão muito receosos, e as empresas, tateando, ainda não escolheram a estratégia de negociação diante de uma nova realidade da legislação trabalhista. Esse quadro interrompe as decisões”, diz Zylberstajn. Ele elenca três pontos que impedem a assinatura de acordos: ultratividade, terceirização e contribuição, todos itens que foram derrubados com a reforma trabalhista, que só entra em vigor em novembro.
 
Clemente Ganz-Lúcio, diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), pondera que as regras da reforma ainda não entraram em vigor, mas reconhece que elas “seguram” a negociação.
 
“A reforma abrir um campo de disputa que não vai ser pequeno. Todo mundo vai ter que olhar com cuidado. Poucos conhecem a extensão da reforma, ela traz uma série de incertezas. Mas há muitas empresas forçando negociações com data-base em agosto para fechar acordos por dois, três meses e revê-los em novembro, já sob as novas regras”, diz Ganz-Lúcio.
 
O Boletim Salariômetro também mostra que a inflação baixa é um aspecto que reduz a concretização dos acordos salariais, uma vez que os trabalhadores tendem a recusar reajustes baixos, embora um pouco acima da inflação.
 
De acordo com a Fipe, a proporção de ajustes acima da inflação medida pelo INPC (2,1% em 12 meses encerrados em agosto) nos principais acordos de negociação coletiva é de 73,2% em agosto. Na média do ano, os reajustes registraram ganho médio de 5,5%, mais de três pontos percentuais acima da inflação.
 

Fonte: Valor Econômico

 

Resultado de imagem para PIS PASEP

A partir de 17 de novembro serão disponibilizados os recursos para os aposentados

O calendário de saque de recursos das contas do PIS/Pasep para os idosos começa no dia 19 de outubro. A partir desta data poderão sacar os cotistas com mais de 70 anos.

A partir de 17 de novembro serão disponibilizados os recursos para os aposentados.

Em 14 de dezembro será a vez da antecipação do saque para mulheres a partir de 62 anos e os homens a partir de 65 anos fazerem os saques.

O cronograma foi divulgado na última quinta-feira (28) pelo governo após reunião do presidente Michel Temer com integrantes da equipe econômica, no Palácio do Planalto.

A redução da idade para o saque do PIS/Pasep a mulheres e homens a partir de 62 e 65 anos, respectivamente, foi anunciada pelo governo no final de agosto e será permanente. Para retirar o recurso era preciso ter 70 anos completos. A partir do próximo ano, os saques retomam o calendário regular.

Pelos cálculos do governo, a liberação deve injetar R$ 15,9 bilhões na economia. A medida tem o potencial de atingir um público próximo a 8 milhões de pessoas. O saldo médio dos cotistas é de R$ 1,2 mil, sendo que a maioria tem saldo em torno de R$ 750 na conta do PIS/Pasep.

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que a antecipação da liberação dos recursos vai contribuir para o aquecimento da economia e a retomada do crescimento do país. “A totalidade desses recursos será liberada ao longo de 2017 e contribuirá de maneira significativa para a continuidade desse processo de retomada do crescimento da economia. É dinheiro que vai entrar para o consumo, para as famílias reduzirem seu endividamento e, portanto, isso ajuda a facilitar o acesso ao crédito e a dinamizar o comércio, o varejo e assim também a produção industrial, agrícola e agroindustrial”, disse Dyogo Oliveira.

O crédito será feito de forma automática para quem tem conta no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal. A transferência dos recursos do PIS/Pasep para outros bancos poderá ser feita sem custos.

Quem pode sacar

Só tem direito aos recursos o trabalhador do setor público ou privado que tenha contribuído para o PIS ou Pasep até 4 de outubro de 1988 e que não tenha feito o resgate total do saldo do fundo. Quem começou a contribuir depois dessa data não tem direito ao saque.

O saque do saldo principal é permitido atualmente nas seguintes situações: aposentadoria; 70 anos completos; invalidez; reforma militar ou transferência para a reserva remunerada; câncer de titular ou de dependentes; portador de HIV; amparo social ao idoso, concedido pela Previdência; amparo assistencial a pessoas com deficiência da Previdência; morte e em casos de doenças graves.

Fonte: Agência Brasil

 

Os recentes casos de abusos sexuais em transportes coletivos provocaram a reação dos senadores. Dois projetos tratando do tema foram aprovados nesta quarta-feira (27) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Ambos receberam 16 votos a favor e nenhum contrário e seguem para a Câmara dos Deputados, se não houver recurso para análise do Plenário.

O primeiro texto aprovado é do senador Humberto Costa (PT-PE), que contou com o apoio do relator Magno Malta (PR-ES). O PLS 740/2015 cria a figura do crime de constrangimento ofensivo ao pudor em transporte público.

Segundo o relator, a proposta encontra uma solução para o impasse atual na legislação:

— A conduta de frotteurismo (ato de se esfregar em outra pessoa) pode ser hoje enquadrada como importunação ofensiva ao pudor, que é uma contravenção penal com previsão apenas de multa; ou violação sexual mediante fraude, crime com pena de reclusão de dois a seis anos. São dois extremos e nenhum oferece uma descrição adequada da conduta. O projeto cria uma solução intermediária, que nos parece acertada — opinou.

Apesar de elogiar a proposição, Magno Malta apresentou mudanças para tornar maior o alcance da medida prevista inicialmente no projeto.

Desta forma, inseriu o artigo 216-B no Código Penal, criando o crime de Constrangimento Ofensivo ao Pudor. A pena é de reclusão de dois a quatro anos para quem constranger, molestar ou importunar alguém de modo ofensivo ao pudor, ainda que sem contato físico, atentando-lhe contra a dignidade sexual.

Se a conduta ocorrer em transporte coletivo ou em local aberto ao público, está previsto o aumento da pena, de 1/6 até 1/3.

Molestamento

Já o PLS 312/2017, da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), cria o crime de molestamento sexual. O relator Armando Monteiro (PTB-PE) também reconheceu a existência de uma lacuna na legislação penal. E lembrou que tal problema  impediu a aplicação de uma punição mais adequada a um homem que ejaculou numa mulher dentro de um ônibus em São Paulo.

Da forma como foi aprovado o projeto, ficou estabelecida pena de dois a quatro anos de reclusão para quem constranger, molestar ou importunar alguém mediante prática de ato libidinoso realizado sem violência ou grave ameaça, independentemente de contato físico.

Tramitação

Na fase de debates, os senadores chegaram a discutir se não seria o caso de anexar as duas propostas para que tramitassem em conjunto, mas chegaram à conclusão de que elas poderiam ser votadas e aprovadas separadamente. Caso entendam necessário, os deputados poderão unir os textos durante a tramitação na Câmara, avisou o presidente da CCJ, Edison Lobão (PMDB-MA).

 

Fonte: Agência Senado