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Estas são as ações contra as mudanças nas leis trabalhistas definidas na reunião do Conselho Nacional da Força Sindical

Dirigentes da Força Sindical definiram nesta quinta-feira, dia 28, em São Paulo, um calendário de lutas contra as mudanças ocorridas nas leis que regem o mundo do trabalho – nova lei trabalhista e terceirização – e na reforma da Previdência, que está em tramitação no Congresso Nacional. “Vamos fazer pressão e negociação”, disse Paulinho ao analisar este momento vivido pelos trabalhadores e sindicalistas e divulgar  o calendário de mobilização: amanhã – 29 de setembro – será realizada uma assembleia dos metalúrgicos e de outras categorias. No dia 3 de outubro acontecerá uma grande mobilização em frente à Petrobras/Eletrobras contra a privatização e, no dia 13 de outubro, será realizado o “Dia Nacional de Mobilização”.
Paulinho propôs fazer um dia nacional de paralisação antes da entrada em vigor da nova lei trabalhista, que será no dia 12 de novembro.Todo o debate foi feito durante a reunião do Conselho Nacional da entidade, realizada no Sinsaúde-SP (trabalhadores na saúde) com sindicalistas de diferentes categorias representando todas as regiões do País. Eles expuseram suas opiniões e deram sugestões sobre o que deve ser feito para vencer este período de incertezas no movimento sindical.
Fortalecimento da central
“O que está em debate aqui não é o custeio sindical. O que está em foco é o fortalecimento da central”, afirmou João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical. Ele lembrou que “a Força foi fundada em 1991 e, durante dezesseis anos, viveu sem a verba do imposto sindical e crescemos naquela época muito mais do que hoje. O que estamos buscando é um debate para darmos continuidade ao trabalho da central”.
“Temos de mobilizar as bases, organizá-las para fortalecer nossas negociações”, destacou Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da CNTM (confederação da categoria).
Eis alguns trechos do discurso do Paulinho:
Comparações
Paulinho relembrou fatos ocorridos na Revolução de 64, que implantou a ditadura por vinte anos no Brasil e prejudicou os trabalhadores, mas não conseguiu acabar com os sindicatos. Em 1988, os trabalhadores tiveram uma série de conquistas trazidas pela Constituição, mas sempre fruto da ação dos sindicatos, que mobilizaram os trabalhadores.
“Hoje, para comparar um pouco, estamos passando por uma coisa parecida”, disse Paulinho. “Talvez com um pouco mais de dificuldades porque nós sabemos dos efeitos da reforma trabalhista, mas não sentimos na pele o tamanho da encrenca que é. E o trabalhador muito menos. Ele não tem nem ideia do que vem por aí.”
Paulinho relembrou que, há alguns anos, ele fazia negociação unificada das categorias e, em alguns casos, um sindicato ajudava o outro. Mas hoje, a unificação não será suficiente porque o negociado prevalece sobre o legislado, e se o sindicato não negociar a empresa montará uma comissão de fábrica que vai negociar com ela e vai valer.
Vigilantes
“Temos que estar vigilantes sobre os efeitos da reforma trabalhista, da terceirização, do PJ (Pessoa Jurídica), do autônomo. E se uma empresa transformar seu pessoal de escritório em autônomos? Os efeitos da reforma trabalhista serão perversos contra os trabalhadores. Essa onda conservadora que tem contra nós, as pessoas dizem que é o Temer. Não é o Temer. É a onda que tem contra nós. Se não fosse assim o Bolsonaro não estaria com 26%.”
Pressão e negociação
“Precisamos ter muita força de resistência. Tudo o que puder ser feito de mobilização tem de ser feito. Acho que estamos equilibrando o jogo. Não precisamos dar demonstração de força a toda hora. Eu me sinto no processo de negociação, e não com um chapéu na mão. Estou negociando com gente que não é nossa, que temos de ganhar a opinião. Estamos falando de um processo de negociação. As datas das mobilizações que fizemos: 15 de março, 28 de abril, 24 de maio.Temos de aproveitar o efeito do que fizemos até agora para negociar. Eu acredito na negociação. Passei a vida inteira fazendo greve e negociando. Acho que estamos num processo bom de negociação. Ontem, na reunião com os líderes no Congresso que votaram contra os trabalhadores e a favor da reforma trabalhista, eles todos concordaram que precisam arrumar uma contribuição para manter a estrutura sindical.”
Situação complicada
“Estamos em uma negociação complicada, o movimento sindical paralisado. Hoje, quatro mil sindicatos não negociam há três anos. Não tem convenção coletiva. Para quê foram criados? Só por causa do imposto sindical? Acho que o movimento sindical errou muito. Nós deveríamos ter enfrentado, desde o início,  esse sindicalismo que foi criado nas nossas costas exatamente para pegar o imposto sindical. Agora estamos em uma hora boa, de retomada.
Mobilização é a palavra de ordem
Acho que o movimento sindical não será destruído. Vamos nos manter firmes na nossa organização. Acho que a palavra de ordem é mobilização. Acho que devemos fazer uma grande paralisação de novo e negociando. É nossa função negociar. Ninguém faz greve só pela greve.
Vamos fazer esse esforço todo e mudar nosso procedimento. Vamos colocar cotas em assembleias e os sindicatos vão ter de ir para as bases. Meu melhor exemplo é o Paulo Ferrari, presidente do Sindifícios-SP. Mais de doze mil trabalhadores já assinaram a convenção dele. O mesmo exemplo seguem os químicos e os metalúrgicos.
Acabar com a fábrica de sindicatos
“Vamos acabar com essa maldita fábrica de sindicatos e promover um outro sindicalismo da maneira que a gente conhece. Negociar e garantir os quóruns das assembleias.”
 
Fonte: AssCom Força Sindical

 

 

Ao todo, sonegação representa rombo de R$ 1,406 bilhão

A Receita Federal identificou irregularidades no pagamento da contribuição previdenciária em 46.483 empresas de pequeno e médio porte. Esse grupo apresentou dados inconsistentes na hora de acertar as contas com o Leão, o que indica uma sonegação de R$ 1,406 bilhão. Diante disso, o Fisco já emitiu um alerta aos contribuintes dando a eles a chance de fazer uma autorregularização antes de serem autuados.
Segundo a subsecretaria de Fiscalização da Receita, isso já trouxe resultados. Do total alertado, 8.849 empresas corrigiram suas declarações e recolheram R$ 461 milhões aos cofres públicos. No entanto, ainda existe um universo elevado de companhias que vão passar por auditoria e, com isso, terão que pagar os tributos atrasados, acrescidos de multas e juros.
Até agora, o Fisco já selecionou 17.231 empresas de pequeno e médio porte que serão autuadas num montante de R$ 1,188 bilhão. Deste total, R$ 500 milhões são relativos a multas. Segundo o subsecretário de Fiscalização da Receita, Iágaro Martins, embora o foco do órgão seja identificar sonegação praticada por grandes empresas, as pequenas e médias têm um índice elevado de irregularidades e, por isso, também estão na mira:
— A fiscalização da Receita dá mais atenção aos grandes contribuintes, mas também temos que dar atenção aos pequenos, que conseguem sonegar mais. Eles têm mais facilidade de ficar sem emitir nota fiscal, por exemplo. Os menores sonegam mais, proporcionalmente, em relação a sua receita bruta — afirmou Martins.
Uma as irregularidades identificadas pelo Fisco foi no pagamento da contribuição previdenciária por empresas com risco ambiental. Isso incluiu os segmentos químico, de siderurgia e construção civil. Por lei, esse grupo precisa pagar um adicional previdenciário em função dos riscos que a atividade apresenta aos trabalhadores. No entanto, a Receita observou que as empresas estavam recolhendo a alíquota mais baixa, de 1%, quando deveriam pagar um percentual de 2% ou 3%.
Neste caso, 7.271 empresas com indício de sonegação de R$ 386,7 milhões foram alertadas. Deste total, 4.889 fizeram uma autorregularização e recolheram R$ 340 milhões. Outras 2.382 serão fiscalizadas e podem ser autuadas em R$ 280 milhões.
Outro problema ocorreu com empresas fizeram o pagamento da contribuição previdenciária com se fossem do Simples para recolher menos tributos. Neste caso, foram alertados 14.115 contribuintes com indícios de sonegação de R$ 420 milhões. De acordo com o Fisco, 1.191 fizeram a autorregularização e pagaram R$ 50 milhões. Os 12.924 restantes poderão ser autuados. A Receita já selecionou neste grupo 6.312 pessoas jurídicas para fiscalização que devem um valor estimado de R$ 398,3 milhões.
Numa terceira frente, a Receita observou problemas em empresas optantes do Simples que apresentaram discrepâncias entre a receita bruta declarada e os valores emitidos em notas fiscais eletrônicas e de serviços. Também houve inconsistências entre os valores recebidos com cartão de crédito e a receita bruta informada. Neste grupo estão 25.097 contribuintes com indícios de omissão de receita de R$ 15 bilhões, o que representaria uma sonegação de R$ 600 milhões.
Neste caso, apenas 2.769 empresas acertaram as contas com o Leão e pagaram R$ 71 milhões. Os demais estão sob risco de fiscalização e podem ser autuados em R$ 510 milhões.
Segundo Martins, os contribuintes que forem autuados podem recolher os valores de forma parcelada, pois têm condições de aderir ao novo Refis. Ao ser questionado sobre o fato de o programa dar descontos muito elevados para quem sonegou, o subsecretário preferiu não entrar na polêmica e rebateu:
— Nós autuamos e criamos a poupança para o governo poder negociar.

 

Fonte: O Globo

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Ao mesmo tempo em que planeja vender US$ 21 bilhões em ativos para pagar dívida, a Petrobras foi responsável, ao lado da americana Exxon, por garantir ao governo recorde de arrecadação em leilão de concessão de áreas petrolíferas.

Juntas, as duas empresas arremataram seis áreas na bacia de Campos por R$ 3,59 bilhões, 93% dos R$ 3,84 bilhões arrecadados no leilão.

A receita supera os R$ 3,77 bilhões, em valores corrigidos, da 9ª rodada de licitações, em 2007, até então a maior arrecadação em leilões de concessão. Só é menor do que os R$ 19,47 bilhões, também corrigidos, do leilão de Libra, de 2013, sob o regime de partilha da produção.

A quantidade de áreas arrematadas, porém, foi uma das menores entre todas as rodadas: só 12,9% dos 287 blocos tiveram ofertas —na quinta rodada, em 2003, foram 11%.

Petrobras e Exxon levaram os seis blocos de uma área com potencial de reservas no pré-sal. Foram as mais disputadas do leilão, e os valores oferecidos pelas duas empresas surpreenderam as rivais.

Na disputa que teve o maior lance, de R$ 2,24 bilhões, a maior entre as três ofertas concorrentes foi de R$ 443,9 milhões, feita por Shell e Repsol.

"Não pagaríamos o valor que pagamos se não achássemos que vale", disse o presidente da Petrobras, Pedro Parente. No consórcio, Petrobras e Exxon têm 50% de participação, cada uma.

Embora fiquem fora do chamado polígono do pré-sal, a ANP identificou nos blocos 11 estruturas subterrâneas que podem conter reservatórios abaixo da camada de sal.

A agência estima que as jazidas podem ter 13 bilhões de barris de petróleo, volume maior do que os 12,3 bilhões estimados para seis áreas que serão oferecidas nos leilões do pré-sal em outubro por cerca de R$ 7 bilhões.

A Exxon levou outras quatro áreas no leilão sem a Petrobras. A empresa tem apenas duas áreas exploratórias no país e, entre as grandes companhias globais, é a única hoje fora do pré-sal.

"A Exxon estava fora do jogo. A percepção é que agora mira uma parceria estratégica com a Petrobras", comentou Alfredo Renault, professor da PUC-Rio.

 

 

A intensificação da crise econômica observada nos últimos dois anos fez com que o desemprego e a insegurança no mercado de trabalho da região aumentassem. Temendo perder seus postos de trabalho, muitos operários acometidos por doença ocupacional resolveram buscar respaldo na Justiça, a fim de obter indenização pelas sequelas provocadas ou acentuadas, geralmente, por atividades repetitivas.
Como reflexo, o volume de ações trabalhistas tramitando no Judiciário cresceu 64,7% entre 2014 e 2016, ao saltar de 2.283 para 3.762 processos. Neste ano, até agosto, foi verificado o ingresso de 2.419 documentos à Justiça, número que corresponde a dez ações por dia e supera o total de 2014. Os dados são do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª Região, que engloba toda a Região Metropolitana de São Paulo e a Baixada Santista.
Para o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Sivaldo Pereira, o Espirro, as massivas demissões das montadoras de veículos da região podem ter influenciado no aumento dos processos. “Causou um efeito em cadeia. As autopeças, inclusive, sentiram bastante nos últimos tempos por conta disso. O medo em perder o emprego também impulsionou o ingresso de ações”, avalia.
É importante ressaltar que o Grande ABC conta com seis fabricantes nas sete cidades: Ford, Mercedes-Benz, Scania, Toyota e Volkswagen em São Bernardo, além da General Motors, situada em São Caetano.
“O principal motivo para o aumento do número de ações por causa de doença ocupacional é a informação. As pessoas estão ficando mais cientes dos seus direitos e de que elas não serão mandadas embora por isso. Ao contrário, terão direito à estabilidade”, explica o advogado especialista em Direito Previdenciário João Badari, sócio do escritório Aith, Badari e Luchin, João Badari.
Na concepção do médico especialista em medicina do trabalho e sócio da Ziviti, empresa voltada à realização de perícia médica Rodrigo Camargo, as doenças ocupacionais são causadas não apenas por problemas na ergonomia física, mas também na cognitiva. “Por este motivo, tanto alguém que desempenha um movimento repetitivo quanto a pressão psicológica podem desencadear algum problema. Assim, uma das doenças que mais estão crescendo é a depressão”, afirma. “No Grande ABC, uma das enfermidades mais comuns é a síndrome do impacto, problema desenvolvido no ombro, quando o trabalhador passa longos períodos com o braço elevado acima de 60 graus.”
Camargo destaca que a reforma trabalhista, que passará a vigorar a partir de novembro e deverá ampliar a terceirização, também tem influência no maior ingresso de ações trabalhistas. O presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Raimundo Suzart, partilha da opinião. “Com o risco maior de perder o trabalho tanto por conta da crise quanto pelo temor pós-reforma, ele (o trabalhador) acaba recorrendo a isso (o ingresso das ações) para, quem sabe, se sair do emprego, ter algum tipo de reserva.”
Profissionais da região sofrem com movimentos repetitivos
Quem faz parte da estatística é Uilson Ventura Piovezani, morador da Vila São Pedro, em São Bernardo, que contabiliza diversos problemas ocasionados por 22 anos atuando no chão de fábrica da Ford. “Tenho tendinite, bursite, ruptura no tendão, artrose, hérnia de disco e, há mais ou menos quatro anos, ingressei com ações por danos morais, periculosidade e, também, por irregularidades nas horas extras”, contou o ex-funcionário que atuou nas áreas de estamparia e pintura da montadora norte-americana, localizada no bairro Taboão, na mesma cidade.
Outro operário, morador de Santo André, que trabalhou na Mercedes-Benz e preferiu não se identificar, relatou que possui três procedimentos em tramitação na Justiça. “Tenho duas (ações) contra a empresa a respeito do horário de janta e da lesão que tenho no ombro, além de mais uma outra contra o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).”
Outra profissional que atua no setor bancário e também preferiu não revelar seu nome, afirmou estar afastada pelo INSS até o dia 31 de dezembro, além de receber auxílio-doença e se tratar por TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada). “Tudo começou em 2012, quando a agência em que eu trabalhava foi assaltada. Eu tinha medo de tudo, até de colocar o lixo para fora de casa. Sem saber, tinha desenvolvido a síndrome do pânico e fiquei assim por seis meses, até que comecei a ter sintomas físicos, como dores no estômago e no peito. Até procurei um advogado para ingressar com ação contra a instituição, mas tenho medo de ser demitida. Vou processar apenas se me mandarem embora.”
Especialistas elencam motivos para doenças
As ações motivadas por doença ocupacional podem ter três reflexos, aponta o especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin, João Badari.
“O primeiro se dá na esfera trabalhista, em que a pessoa tem direito à estabilidade de 12 meses após o fim do período de incapacidade e recebe uma indenização”, afirma. “O segundo, no âmbito previdenciário, prevê que o segurado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) poderá receber auxílio-doença, auxílio-acidente ou será aposentado por invalidez”, completa. “Já o terceiro é na esfera securitária. A maioria das empresas possui um seguro para o caso de acidentes, então, caso aconteça algum, a vítima também terá direito a receber quantia.”
Para a diretora do Sindicato dos Bancários do ABC e integrante do setor de Saúde da entidade, Adma Gomes, a quantidade de casos de síndrome do pânico e depressão estão crescendo muito na categoria, mas muitos não reconhecem que estão com a doença, além de terem medo e vergonha da condição. “Grande parte que possui alguma doença ocupacional só entra com processo caso seja demitido e, mesmo assim, teme não conseguir outro emprego, por isso apenas cerca de 50% o fazem. Os problemas físicos mais comuns aos bancários são os de coluna, porque eles passam muito tempo sentados. Mas, é um dos mais difíceis de serem reconhecidos como doença ocupacional.”
Para o médico especialista em medicina trabalhista Rodrigo Camargo, “na maioria dos casos, o motivo que leva à doença ocupacional é conhecido, por isso ela deveria ser evitada”.
Ainda segundo Adma, “em alguns casos, as pessoas tomam remédios, porém não pedem afastamento e, muito menos, entram com algum processo contra a empresa.”

 

Fonte: Diário do Grande ABC

 

 

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O Senado aprovou, nesta terça-feira (26), o Projeto de Lei (PLS) 206/17, que cria o Fundo Especial de Financiamento de Campanha. O fundo será composto por 30% das emendas impositivas apresentadas pelas bancadas de deputados e senadores ao Orçamento Geral da União. O projeto vai ao exame da Câmara dos Deputados.

O substitutivo do senador Armando Monteiro (PTB-PE) ao projeto do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) também extingue a propaganda partidária e transfere para o fundo o dinheiro da compensação fiscal que a União paga às emissoras pela veiculação dos programas. A estimativa é de um fundo de R$ 1,7 bilhão em 2018.

“Em 2014, a soma dos gastos declarados pelos candidatos superou R$ 6 bilhões em valores de hoje. Em nossa proposta, esse montante não alcançará sequer R$ 2 bilhões. Abaixo desse valor, restaria seriamente comprometido o financiamento eleitoral”, argumenta Monteiro.

O autor do projeto, senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), defendeu o texto original. Ele criticou o uso de emendas parlamentares para financiar as campanhas eleitorais.

“Qual é o teto? Qual o limite máximo do fundo de campanha? Olha a gravidade: são emendas de bancada! Estamos punindo 5,5 mil prefeitos no Brasil que não têm como sobreviver sem as emendas de bancada. Saúde, Educação e Infraestrutura... Todas essas áreas serão penalizadas”, advertiu Caiado.

O relator decidiu preservar o horário eleitoral gratuito, que seria extinto pelo texto de Caiado. Armando Monteiro também manteve as duas inserções anuais dos partidos no rádio e na TV, com duração de 30 segundos ou um minuto.

Distribuição do dinheiro
O substitutivo também define a distribuição dos recursos do fundo entre os partidos políticos: 2% são divididos igualitariamente entre todos os partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE); 49% na proporção de votos obtidos pelos partidos na Câmara; 34% de acordo com o número de deputados; 15% segundo o número de senadores.

O texto estabelece ainda regras para a divisão do dinheiro em cada partido político. De acordo com a proposta, 30% dos recursos serão rateados de modo igualitário entre todos os candidatos a um mesmo cargo em cada circunscrição.

Os partidos poderão definir como distribuir o restante do dinheiro, desde que a decisão seja tomada pela maioria absoluta da executiva nacional. Caso não chegue a um acordo, a legenda deverá respeitar critérios previstos no PLS 206/17: 50% ficam com as campanhas para presidente, governador e senador; 30% para deputado federal; 20% deputado estadual e distrital. Nos municípios, 60% dos recursos ficam com a campanha para prefeito e 40% para vereador.

Reforma Política
O plenário da Câmara deve concluir nesta quarta-feira (27) a votação da PEC 282, em segundo turno e devolver o texto para o Senado, onde já há acordo para finalizar a proposta e promulga-la.

FONTE:DIAP

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Considerada uma das “leis imorais” do país pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, a norma que garante aposentadoria especial para deputados e ex-deputados ganhou o apoio do governo na Justiça. A Advocacia Geral da União (AGU) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer contrário à ação de Janot contra o Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSS), que favorece a aposentadoria dos atuais e de ex-integrantes da Câmara.
A manifestação ocorre no momento em que o governo busca angariar votos para os seus dois maiores desafios no Legislativo: barrar o andamento da mais nova denúncia criminal contra o presidente Michel Temer e para aprovar a reforma da Previdência, que reduz direitos e para os demais brasileiros. Criado em 1997, o PSSC garante aos parlamentares benefícios como aposentadoria integral, averbação de mandatos passados, atualização no mesmo percentual do parlamentar na ativa, a chamada paridade, acúmulo de benefícios que extrapolam teto constitucional, pensão integral em caso de morte e custeio das aposentadorias por conta da União.
Em parecer enviado ao Supremo, a advogada-geral da União, Grace Mendonça, defende a manutenção das regras atuais para os congressistas. A ministra alega que elas fazem parte das “prerrogativas constitucionais do Poder Legislativo, tendo em vista a natureza política da função exercida”.
“Deve-se, ainda, salientar que a Constituição não veda a criação de regimes previdenciários específicos e nem limita a sua existência aos modelos atualmente em vigor”, diz trecho do documento ao qual o site Jota teve acesso. “O texto constitucional não permite necessariamente extrair-se uma interpretação restritiva, de que este é o único regime possível. Neste caso, entende-se que a previsão constitucional quis garantir àqueles ocupantes de cargos sem vínculo efetivo que estes não ficariam excluídos do amparo de um regime previdenciário”, acrescenta a AGU.
Isonomia e republicanismo
O raciocínio da ministra é oposto ao expressado por Janot na ação de inconstitucionalidade. Para ele, a aposentadoria especial para parlamentares contraria o princípio da isonomia previsto na Constituição. “É inadmissível elaboração de leis imorais, cujo único propósito seja privilegiar alguns poucos indivíduos, locupletando-os injustificadamente à custa das pessoas que sustentam financeiramente o Estado com seu trabalho”, argumenta.
Caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, decidir se concede liminar (decisão provisória) antes do julgamento do mérito do processo. O pedido da medida cautelar foi feito por Janot para evitar que ex-parlamentares continuem a receber benefícios indevidos, lesando segundo ele, os cofres públicos.
“A manutenção do plano de benefícios especial dos parlamentares ofende persistentemente a noção de republicanismo e isonomia que a sociedade deve nutrir, com o que degrada o ambiente institucional e a credibilidade do sistema representativo”, ressalta o ex-procurador.
Casta
Na avaliação da PGR, as aposentadorias especiais distinguem indevidamente determinados agentes políticos dos demais cidadãos e “cria espécie de casta, sem que haja motivação racional – muito menos ética – para isso”. O Ministério Público entende que, mesmo durante a ocupação de cargos públicos, é desejável que os mandatários do povo sejam tanto quanto possível tratados com direitos e deveres idênticos aos dos demais brasileiros.
“Não há critério razoável e proporcional capaz de legitimar tratamento privilegiado em favor de ex-membros do Congresso Nacional, os quais somente exerceram múnus público temporário – conquanto da mais alta relevância e nobreza, quando dignamente exercido –, plenamente conscientes disso”, defende Janot.
Ainda na ação, o ex-procurador argumenta que, desde a Emenda Constitucional 20/1998, todos os ocupantes de cargos temporários, inclusive agentes políticos, se tornaram contribuintes obrigatórios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Por isso, acrescenta Janot, em observância aos princípios da solidariedade, da universalidade e da diversidade da base de custeio, a Constituição dispõe que a filiação ao RGPS é obrigatória, e, portanto, não constitui faculdade do beneficiário ou do sistema.
Regalias parlamentares
Durante o mandato, o deputado segurado paga R$ 3,7 mil por mês ao PSSC – parcela igual àquela paga pela Câmara. Isso representa 11% do salário do parlamentar, que está em R$ 33,7 mil. Se comprovar os 35 anos de exercício de mandatos – federais, estaduais ou municipais – e 60 anos de idade, recebe aposentadoria integral, no mesmo valor do salário de deputado. Segundo a lei atacada, parlamentares, ex-parlamentares e dependentes beneficiários do PSSC podem receber benefícios até o valor do subsídio pago a deputados federais e senadores e, no caso de pensão, seu importe será de, no mínimo, 13% do subsídio.
A média de aposentadoria recebida por um ex-parlamentar, se levados em consideração os que se aposentam proporcionalmente, é de R$ 14 mil. Todo reajuste dos salários de deputados e senadores é repassado para as aposentadorias. Após a morte do parlamentar, os pensionistas (viúva ou os filhos até 21 anos) passam a receber a pensão.
Janot cita a disparidade das regras e do valor recebido entre um congressista e um trabalhador comum. “A concessão de benefícios previdenciários com critérios especiais distingue indevidamente determinados agentes políticos dos demais cidadãos e cria espécie de casta, sem que haja motivação racional – muito menos ética – para isso. Um cidadão comum, além de contribuir por 35 anos, se homem, ou 30 anos, se mulher, deve completar 60 anos de idade, se homem, e 55 anos, se mulher, para aposentar-se pelo RGPS, cujo teto atualmente é de R$ 5.531,31″, diz na ação ao STF.
Em 2015, 24 deputados se aposentaram, com benefício médio de R$ 18,4 mil. Nem todo o período de averbação é aproveitado. Quando sobra tempo de contribuição, ou falta dinheiro ao deputado, acontece a “desaverbação” parcial ou total. Mais uma regra bastante flexível do PSSC.
Dois anos de Câmara
O atual sistema permite casos extremos, como mostrou o Congresso em Foco em fevereiro. O deputado Manuel Rosa Neca (PR-RJ) chegou à Câmara como suplente, em janeiro de 2013. Cinco meses mais tarde, ingressou no plano de previdência dos congressistas. Completou apenas dois anos de mandato como deputado federal. Com o aproveitamento (averbação) de parte de mandatos anteriores de vereador e prefeito em Nilópoles (RJ), além de mais 26 anos de contribuição ao INSS, conseguiu a aposentadoria e recebe, hoje, R$ 8,6 mil.
Mas as regras do plano são ainda mais permissivas. Um deputado pode se aposentar a partir de apenas um ano de exercício do cargo, desde que faça averbações de outros mandatos ou contribuições ao INSS. O ex-deputado Junji Abe (PSD-SP) exerceu o cargo por  apenas quatro anos, entre 2011 e 2015. Em janeiro de 2015, teve aprovadas pela Câmara a averbação de mandatos de deputado estadual, vereador e prefeito de Mogi das Cruzes que somavam 20 anos de exercício desses cargos. O valor da averbação ficou em R$ 1,4 milhão. Em junho daquele ano, conseguiu ainda o aproveitamento de 12 anos de contribuições ao INSS. Fechou 24 anos de mandatos e assegurou uma aposentadoria de R$ R$ 23 mil.
 
FONTE: CONGRESSO EM FOCO

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“O ano passado foi um ano mau, 2017 é um bom ano e 2018 deve ser bastante estável”, disse Rodolphe Saadé, em entrevista à “Reuters”. “Com a consolidação no setor, o desenvolvimento de alianças e as condições de mercado favoráveis, não consigo antecipar o surgimento de uma crise”, reforçou.

Uma série de grandes aquisições, incluindo a compra, por 2,4 mil milhões de dólares (2 000 milhões de euros), da APL pela CMA CGM ou a da Hamburg Sud pela Maersk Line, por 4 000 milhões de dólares (3,4 mil milhões de euros), impediram o excesso de capacidade, de acordo com o empresário.

As alianças para partilha de capacidade entre companhias também ajudaram a esse ajuste. Saadé sublinhou, porém, que o espaço para a consolidação no setor já chegou ao seu fim.

O CEO da CMA CGM indicou esperar que a procura cresça entre 4% e 4,5% este ano, superando um aumento previsto de 3% da capacidade.

A CMA CGM confirmou, na apresentação dos resultados trimestrais, a encomenda de nove navios de 22 000 TEU.

A companhia não divulgou o o valor da encomenda – a imprensa internacional aponta para cerca de mil milhões de euros –, mas indicou que vai financiá-la através de empréstimos bancários e de fundos próprios.

Rodolphe Saadá rejeitou na entrevista à “Reuters” as críticas de que as encomendas ameaçam fazer regressar o cenário de excesso de oferta, alegando que os navios se destinam ao Ásia-Norte da Europa, onde a escala é crucial e onde os parceiros da CMA CGM na Ocean Alliance já usam mega-navios.

Os navios atuais serão, de acordo com o executivo, transferidos para outras rotas, como o trans-Pacífico.

FONTE: TRANSPORTES & NEGÓCIOS

 

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Supersafra criou movimento em cadeia no Centro-Oeste e fez a população ocupada aumentar em 17 mil entre o 1.º trimestre de 2015 e o 2.º trimestre deste ano; no Nordeste, crise da indústria fez esse número cair 1,9 milhão no período

Apesar de o emprego dar os primeiros sinais de reação, o mercado de trabalho não se recupera da mesma forma em todo o País. Enquanto na região Centro-Oeste o total de pessoas em atividade já recuperou os níveis pré-crise, no Nordeste, essa trajetória vai na contramão: a queda da população ocupada só se aprofundou entre o primeiro trimestre de 2015 e os três meses encerrados em junho deste ano.

Nesse período, o número de pessoas com trabalho no Brasil caiu 2,4 milhões, segundo cálculos da consultoria A.C. Pastore e Associados, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-Contínua).

No Sudeste, a queda na indústria e na construção civil ainda impedem uma recuperação mais robusta no número de brasileiros ocupados. Sem depender demais de um setor específico, a região Sul, por sua vez, é a que já está mais próxima da retomada. Já o mercado de trabalho da região Norte, apesar de ter registrado queda no número de ocupados na indústria e também ser dependente de investimentos, tem números melhores que os dos Nordeste – uma queda amortecida, em partes, por resultados positivos na indústria extrativa.

A região que mais chama a atenção positivamente, no entanto, é o Centro-Oeste. A população ocupada no segundo trimestre superou em 17,1 mil a do primeiro trimestre de 2015, quando o País começou a ter redução no número de ocupados. A supersafra gerou um movimento em cadeia na região, que aumentou as contratações não só na agropecuária, mas também no setor de serviços. Lá, esse foi o segmento que puxou o número de ocupados para cima nos últimos três meses, com 149 mil a mais trabalhando desde 2015. Mato Grosso está atraindo mão de obra até de outros Estados.

“A agropecuária, mais dinâmica no Centro-Oeste, teve um desempenho tão positivo que ajudou a recuperar o Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre e acabou gerando renda e afetando a região como um todo”, analisa o professor da FEA/USP Hélio Zylberstajn.

Ao mesmo tempo, o Nordeste ainda amarga a maior perda de pessoas ocupadas e é a única região sem ter dois trimestres seguidos de queda no desemprego. Entre 2015 e junho, a queda da população ocupada nos Estados nordestinos foi de 1,9 milhão – reflexo da crise da indústria e da escassez de investimentos.

Retrato da crise. O município de Cabo de Santo Agostinho é um retrato da situação precária do emprego na região: está entre as cidades do Nordeste que mais perderam postos de trabalho entre janeiro e agosto deste ano. Foram 2.449 postos a menos nesse período. A cidade divide com a vizinha Ipojuca a sede do conjunto que reúne porto, empresas, estaleiros e a refinaria de Abreu e Lima.

O município, que atraía mão de obra de outros Estados, hoje sofre com a falta de previsão para a construção da segunda fase de Abreu e Lima, com investimento estimado em mais de R$ 3 bilhões, e com o fim dos contratos para a construção de navios. Em frente à antiga prefeitura, onde os recém-chegados logo conseguiam trabalho, os moradores agora disputam uma vaga temporária – a maioria volta para casa sem nada.

“No Nordeste, levou mais tempo para que a crise econômica se refletisse no emprego. Enquanto o emprego no Sudeste e no Sul já começava a desacelerar no fim de 2014, no Nordeste, crescia. A demora para reagir agora faz parte do ciclo econômico”, diz Fernando Holanda Barbosa Filho, do Ibre/FGV.

Segundo ele, parte do cenário se explica pela queda dos investimentos públicos e da transferência de renda. “A base eleitoral da chapa vencedora em 2014 estava no Nordeste, e a política de deslocar recursos foi suficiente para ganhar a eleição. O ajuste veio na forma de alta do desemprego e demora para recuperá-lo.”

Fonte: O Estado de S. Paulo

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A taxa de desemprego nos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo passou de 18,3%, em julho, para 17,9% da População Economicamente Ativa (PEA) em agosto. A queda representa um recuo de 2,2%.
Desde maio, têm-se registrado ligeiras quedas na taxa, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade), que foi divulgada nesta quarta-feira (27).
No entanto, as chances de se encontrar um emprego estão abaixo do verificado nos dois últimos anos. Em agosto de 2016, havia 17,2% de desempregados e, em 2015, 13,9%. Em agosto deste ano, foram estimadas 1,988 milhão de pessoas desempregadas, número inferior a julho em 63 mil pessoas.
Apesar de as empresas terem demitido mais do que contrataram, o desemprego diminuiu porque 102 mil pessoas saíram do mercado de trabalho por motivos diversos. O saldo de postos criados ficou negativo (-0,4%) com o fechamento de 39 mil vagas.
O pior quadro foi constatado no comércio, que efetuou um corte de 61 mil empregados (-3,7%). A indústria, por sua vez, eliminou outros 15 mil trabalhadores (-1,1%). Os efeitos só não foram maiores porque as contratações superaram as demissões na construção civil e nos serviços. Na construção, surgiram 7 mil empregos, uma alta de 1,2% e, nos serviços, 40 mil, um aumento de 0,7%.
A pesquisa aponta ainda que o setor público enxugou mais o seu quadro de pessoal (-4,3%) do que o setor privado (-0,3%) e que houve uma melhora na qualidade dos empregos criados. Os contratos sem carteira assinada caíram 1,6% e manteve-se praticamente estável o número de trabalhadores registrados (-0,1%).
O Dieese registra ainda queda de 2% no total de autônomos e crescimento de 2,8% nas oportunidades de emprego doméstico.
Em relação aos ganhos, ocorreu recuperação de 1,7% entre junho e julho com os assalariados passando a receber a média de R$ 2.137. Em relação aos ocupados, o rendimento aumentou 2% ,com a média de R$ 2.076.

 

Fonte: Empresa Brasileira de Comunicação

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De setembro a dezembro, a perspectiva é que sejam contratados 374,8 mil temporários na indústria, comércio e serviços - um número 5,5% maior do que no mesmo período de 2016
 

Após duas quedas seguidas, a contratação de trabalhadores temporários de fim de ano deve voltar a crescer em 2017, puxada pela melhora da economia e pela mudança na legislação dos temporários, em vigor desde março, que deu mais segurança jurídica para as empresas admitirem.

De setembro a dezembro, a perspectiva é que sejam contratados 374,8 mil temporários na indústria, comércio e serviços - um número 5,5% maior do que no mesmo período de 2016, aponta o estudo da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem), que reúne 200 agências de emprego.

Do lado dos candidatos, a procura por uma vaga temporária ganhou força neste fim de ano porque o desemprego ainda está em níveis elevados. Levantamento feito em agosto com 2 mil currículos cadastrados no portal de carreiras Vagas.com.br revela que 77% dos candidatos pretendem realizar trabalho temporário neste fim de ano. "Foi o maior resultado desde que a pesquisa começou, em 2013", diz o coordenador do levantamento, Rafael Urbano.

Um dado do levantamento que chama a atenção é que, entre aqueles dispostos a realizar trabalho temporário de fim de ano, 65% pretendem procurar um emprego do mesmo tipo no restante do ano também.

Apesar da reação na oferta de vagas temporárias, o volume do emprego sazonal neste ano é bem menor do que o registrado três anos atrás, observa Márcia Constantini, presidente da Asserttem. Em 2014, foram abertas 490 mil vagas nesse período. "Houve anos em que se chegou a contratar 180 mil trabalhadores só em dezembro", lembra. Para 2017, a expectativa é de 115 mil admissões no mês, segundo a Asserttem, que projetou as admissões com base na reação observada no emprego temporário no ano até agora.

"Até 2016, as empresas estavam receosas e seguraram as contratações de temporários por causa da crise", diz Fernando Medina, diretor da agência Luandre. Ele conta que neste ano o quadro mudou. Na sua agência, ele notou a antecipação das admissões de temporários, de agosto para fim de junho, e o aumento de 18% nas vagas ante 2016. Desde junho, a agência admitiu 1,2 mil temporários. A maioria para o varejo, sobretudo o de vestuário.

A Besni, por exemplo, varejista de vestuário, com 36 lojas no Estado de São Paulo, vai admitir entre 800 e mil temporários neste fim de ano, um número 10% maior do que em 2016, segundo o gerente de Recursos Humanos, Arnaldo de Paula. O aumento das admissões reflete a melhora na venda.

A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) calcula que 25 mil temporários serão admitidos neste ano - entre outubro e novembro -, com crescimento de 30% ante 2016. "Será o maior número desde 2014, quando foram admitidos 30 mil", diz Jair Vasconcellos, economista da Fecomércio-SP.

A projeção da Fecomércio considera o aumento de 5% no receita real do varejo no Estado para este ano e o fato de o quadro de empregados estar muito enxuto. De janeiro de 2015 a junho de 2017, foram fechadas 140 mil vagas no Estado.

Lei

Para o advogado José Carlos Wahle, da Veirano Advogados, a nova lei de trabalho temporário acelerou a contratação neste ano. "Mas não foi o fator determinante." Antes, sob o risco de multa, as empresas não podiam admitir temporários para eventos previsíveis, como a alta sazonal do consumo. "A nova lei permite. Além disso, o prazo de admissão foi ampliado de 90 para 180 dias." Wahle frisa que a lei não gera emprego, mas dá flexibilidade em períodos como o atual que, com a demanda incerta, a empresa não quer ampliar o quadro de efetivos.

Fonte: Correio Braziliense

Como acontece todos os anos, a Organização Marítima Internacional (IMO) celebra na última semana de setembro o Dia Marítimo Mundial. O tema do evento este ano será “IMO – Conectando navios, portos e pessoas”. A Marinha do Brasil, no Rio de Janeiro, vai comemorar a data no dia 27, no Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (CIAGA), com a presença de autoridades e representantes da comunidade marítima, da Sociedade Amigos da Marinha (SOAMAR), Sociedade Brasileira de Marinha Mercante (SOBRAMAM), das empresas de navegação e dos Sindicatos ligados à atividade.

Entre as homenagens previstas no CIAGA está a entrega do Distintivo de Comodoro ao Capitão de Longo Curso (CLC) Antônio Mário Conor de Oliveira. A cerimônia contará também com uma reverência ao patrono da Marinha Mercante do Brasil, Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá. Alunos das Escola Técnica e Estadual de Ensino Fundamental Visconde de Mauá são convidados a participar.

E claro, os grandes anfitriões, os alunos da Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante, razão de existir do CIAGA, darão um brilho especial ao evento.

Além do CIAGA, o Dia Marítimo Mundial também será celebrado em outras Organizações Militares do Brasil, como o Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar (CIABA) e as Capitanias dos Portos da Bahia (CPBA), do Ceará (CPCE), do Espírito Santo (CPES), do Maranhão (CPMA), de Pernambuco (CPPE), do Paraná (CPPR), do Rio Grande do Sul (CPRS) e de São Paulo (CPSP).

A IMO, agência especializada das Nações Unidas responsável pela proteção e segurança da navegação e a prevenção da poluição marinha causada por navios, celebra esta edição do Dia Marítimo Mundial ressaltando o transporte marítimo e os portos como instrumentos importantes na criação de condições para ampliação do emprego, da prosperidade e da estabilidade mediante a promoção do comércio marítimo.

O Dia Marítimo Mundial foi criado em 1978, durante a Convenção da Organização Marítima Consultiva Intergovernamental (IMCO), entidade que deu origem à atual IMO. Desde então, a data passou a ser comemorada em todo o mundo, especialmente para destacar a importância das indústrias marítimas no comércio internacional.

 

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Empresas já estão usando as novas regras trabalhistas para precarizar a situação dos trabalhadores. Com a nova lei de terceirização e as mudanças na legislação, companhias consideram que não precisam garantir os direitos dos empregados. O exemplo mais recente é o da rede de lojas Riachuelo. A empresa é acusada pelo Ministério Público do Trabalho de deturpar a terceirização e, por esse motivo, responde a uma ação civil pública.

A ação foi ajuizada com base em um caso ocorrido no Rio Grande do Norte, onde o Ministério Público denunciou que a empresa varejista terceiriza seus serviços têxteis por meio da contratação de 50 pequenas confecções situadas em 12 municípios no interior potiguar.

De acordo com o Ministério Público, em nota, os funcionários são contratados com menor remuneração, menos direitos trabalhistas e condições mais precárias de trabalho do que os empregados que trabalham diretamente para a Riachuelo.

O juiz do Trabalho de Jundiaí, em São Paulo, Jorge Luiz Souto Maior lembra que as novas regras trabalhistas não eximem as empresas da responsabilidade social. “Do ponto de vista do Direito do Trabalho, que está previsto constitucionalmente, a responsabilidade social do capital e da propriedade não pode ser excluída por meio de mecanismos que tentam afastar, distanciar o capital do trabalho. Essa produção em rede é só uma aparência, no fundo quem explora o trabalho não é a pequena, aquela lá ao final”, explica.

Por isso, os trabalhadores que tiveram seus direitos negados podem entrar com ação de reparação contra a empresa responsável pela atividade. Souto Maior explica que há uma tentativa de eliminar a responsabilidade de quem detém os meios de produção e transferem a produção para empresas subcapitalizadas:

“É nesse sentido que essas ações vislumbram, essa perspectiva da subordinação em rede e estabelecer a responsabilidade de quem efetivamente detém o capital pelo qual ele ela explora essas empresas. Na verdade, a grande empresa está explorando não só os trabalhadores, mas também as subsidiárias do processo de produção”, afirma. Na ação, o MPT pede indenização de R$ 37,7 milhões por danos morais coletivos argumentando que as facções funcionam como “verdadeiras unidades de produção em estabelecimentos de terceiros”. Esse valor corresponde a parte do lucro com as facções, que, em 2016, foi de R$ 317,6 milhões. Segundo o Ministério, centenas de ações individuais já foram propostas por empregados demitidos, cobrando parcelas rescisórias não foram pagas e, inclusive, alegando a responsabilidade da Guararapes pelo pagamento dessas verbas.

FONTE:DIAP