Petrobras Bate Recorde de Produção no Campo de Búzios em Julho

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira, 1º, que, após ajustes no regulamento do Plano Petros 3 (PP3), o seu Conselho de Administração deliberou o encaminhamento da nova proposta do plano para análise da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST) e para a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).

Segundo comunicado da petrolífera, o PP-3 será uma opção previdenciária exclusiva para migração voluntária e pontual dos participantes e assistidos dos planos Petros do Sistema Petrobras Repactuados e Não Repactuados (PPSP-R e PPSP-NR), ambos pós-70.

O novo plano também deve passar ainda por um estudo de viabilidade técnica e administrativa, acrescenta a companhia, “que só poderá ser concluído após a definição da massa de participantes que terá optado pelo PP-3”.

 

Estadão Conteúdo

Petrobras planeja vender oito refinarias de petróleo

Em posição favorável aos planos de desinvestimentos da Petrobras, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta quarta-feira, 30, que o Supremo Tribunal Federal (STF) não julgue a ação que tenta barrar o plano de venda das refinarias da estatal.

O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques, afirmou que o Ministério Público não identificou nos processos tocados pela estatal uma contradição com o que foi decidido no ano passado pela Corte. À época, o STF decidiu que a venda de subsidiárias não precisa passar pelo Legislativo, diferente da alienação da empresa-mãe. Após as sustentações orais, o julgamento sobre as refinarias foi suspenso na Corte e será retomado nesta nesta quinta-feira (01), às 14h, com o voto do relator, ministro Edson Fachin.

Jacques argumentou também que o processo de venda dessas unidades de refino acontece em "estrita obediência" ao artigo da Constituição, segundo o qual as estatais devem se sujeitar ao regime jurídico de empresas privadas. "Se uma grande empresa pode desinvestir, também pode a Petrobras desinvestir de acordo com o que a Corte já sinalizou", disse Jacques.

Na manifestação, o representante da PGR também disse não ver no caso da Petrobras a denúncia feita na ação apresentada pelo Congresso, de que a estatal estaria sendo repartida em várias pequenas subsidiárias para burlar a decisão do STF. "É excelente pergunta, mas para ser formulada precisa estar demonstrada nesse caso.

Se o STF pudesse dar essa resposta, seria pedagógico, mas não cabe nesse caso estreito da reclamação", disse. "A hipótese veiculada na reclamação não está efetivamente acontecendo, e por mais que ela seja tentadora que esta Corte responda, o que temos em verdade é algo distinto desta figura. É apenas empresa vendendo subsidiárias", afirmou o vice-procurador-geral.

FONTE: ESTADÃO

 

Plataforma de gás israelense para o campo Leviathan no Mediterrâneo Oriental.

Os dois países, tecnicamente ainda em guerra, chegam a acordo sobre o primeiro contato direto em 30 anos

A bonança que promete o gás natural enterrado sob as águas do Mediterrâneo Oriental favorece a reaproximação entre os inimigos. Líbano e Israel, que permanecem tecnicamente em guerra desde que se enfrentaram em 2006, anunciaram na quinta-feira um acordo para negociar a delimitação de sua fronteira marítima, uma área disputada que corre entre os principais depósitos na costa do Levante. O entendimento entre os dois países, que há três décadas não mantinham conversas diretas, ocorre após três anos de mediação dos Estados Unidos.

Crise política e econômica do Líbano, exacerbada pela explosão massiva que devastou o porto de Beirute há dois mesese causou quase 200 mortes, parece ter acelerado os contatos diplomáticos atolados por uma inimizade regional de longa data. O acordo-quadro firmado com Israel estabelece que as negociações de delimitação da fronteira marítima acontecerão sob os auspícios da ONU, na sede da Força Provisória das Nações Unidas para o Líbano (UNIFIL) em Naqura, localizada a poucos quilômetros da fronteira. Israelense. Os Estados Unidos atuarão como mediadores e promotores do diálogo a pedido de ambos os países, conforme anunciado pelo presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, cujo partido, Amal, sofreu recentemente sanções do Departamento de Estado contra altos funcionários da organização moderada xiita.

O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, felicitou-se imediatamente pelo resultado obtido "após longos anos de intensos esforços internacionais", através de um comunicado oficial. O subsecretário de Estado para o Oriente Médio, David Schenker, já havia antecipado em setembro a reaproximação entre as partes e a disposição para iniciar as negociações.

Israel também foi rápido em confirmar o acordo para o início das negociações de delimitação da zona marítima, que por enquanto exclui as queixas pendentes de fronteira terrestre do Líbano. O ministro da Energia, Yuval Steinitz, afirmou que as negociações serão diretas e começarão em meados de outubro, após o fim do feriado judaico. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gabi Ashkenazi, por sua vez destacou o importante papel desempenhado pela mediação norte-americana na obtenção de entendimento.

Enquanto Israel já começou a explorar em sua zona econômica marítima os grandes campos de Tamar e Leviatán, atualmente operados pela petrolífera norte-americana Chevron, o Líbano tenta desde 2018 conseguir um consórcio liderado pela francesa Total e pela italiana ENI para iniciar a exploração da riqueza do gás que está sob suas águas de exploração exclusiva. Dois dos setores em que ainda não fizeram pesquisas estão na área em disputa com Israel.

“Se a demarcação for bem-sucedida, há uma margem muito ampla, principalmente no que diz respeito aos blocos 8 e 9, para que possamos pensar em poder pagar nossas dívidas”, disse Berri em Beirute, citado pela agência de notícias Efe. Em meio à pior crise nacional desde a guerra civil que devastou o Líbano entre 1975 e 1990, a delimitação da fronteira marítima ajudaria a desbloquear a concessão a empresas internacionais de pesquisa e exploração de recursos de hidrocarbonetos. Aliado do partido miliciano Hezbollah - declarado inimigo do Estado judeu - o Presidente do Parlamento atua com independência como responsável pelas negociações na fronteira marítima.

Delegação militar libanesa

Espera-se que a delegação libanesa nas negociações com Israel seja chefiada por membros do Exército, uma das poucas instituições estritamente nacionais dentro da complexa distribuição de poder confessional e étnico.

Mediterrâneo oriental, centro histórico de conflitos, esconde grandes reservas de gás longe de seu principal mercado. Por isso, a UE está promovendo um projeto de gasoduto para conectar —por Chipre, Grécia e Itália— os depósitos marítimos do Levante, como meio alternativo de fluxos de energia que reduzem a dependência europeia da Rússia.

O calcanhar de Aquiles do projeto é o alto custo de transporte do gás levantino, o que o tornaria mais caro em até 40% em relação ao gás russo. O orçamento da complexa obra de engenharia, superior a 6.000 milhões de euros, e as dificuldades técnicas de a realizar a profundidades até 3.300 metros abaixo do nível do mar condicionam o projecto. O Líbano, por sua vez, espera ter reservas de gás semelhantes às de Israel, segundo estimativas preliminares do governo de Beirute, ainda não confirmadas por prospecção.

FONTE: EL PAÍS

 

TRT da 2ª Região (@trtsp2) | Twitter

Realizou audiências com sindicato

900 trabalhadores foram demitidos

1.600 foram incluídos no PDV

A Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáuticas) e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos vão levar o conflito trabalhista por causa da demissão de mais de 900 trabalhadores e desligamento de 1.600 funcionários incluídos no PDV (Plano de Demissão Voluntária) ao TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo).

As partes fizeram a 2ª reunião de conciliação sobre o tema na última 3ª feira (29.set.2020), mas não chegaram a 1 acordo. A 1ª reunião foi realizada no dia 8 de setembro, também sem consenso sobre as reivindicações.

Durante a audiência desta 3ª feira (29.set), a Embraer recusou a proposta de conciliação da vice-presidente judicial do TRT-15 (Tribunal Regional do Trabalho de Campinas), Tereza Asta Gemignani, que previa a conversão de 502 dos 900 desligamentos em suspensão temporária de contrato de trabalho, o chamado “lay-off”. Com isso, o processo será distribuído a 1 relator.

Ainda ontem, Gemignani também concedeu liminar para concessão de plano de saúde e auxílio alimentação de R$ 450 até junho de 2021 aos trabalhadores demitidos. Para a Embraer, a “decisão coincide com a proposta apresentada pela empresa durante as audiências no TRT”. 

“A Embraer manteve a coerência de propor o mesmo pacote de benefícios aprovado pela maioria das entidades sindicais que representam profissionais da companhia pelo Brasil, como o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, Sindicato dos Metalúrgicos de Botucatu, Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio do Estado de São Paulo (SINTEC-SP) e Sindicato Nacional dos Aeronautas”, disse.

O sindicato, no entanto, considerou a proposta insuficiente.  “Consideramos a decisão liminar muito fraca, pois não garante o sustento de milhares de trabalhadores jogados no olho da rua por conta da ganância da Embraer. A empresa não precisava demitir ninguém”, disse em nota o diretor da entidade Herbert Claros.

O sindicato informou ainda que insistirá no pedido original de reversão de todas as demissões anunciadas pela Embraer, conforme solicitado em ação judicial.

AS DEMISSÕES

Em 3 de setembro, a Embraer anunciou as 900 demissões o desligamento de 1.600 funcionários incluídos no plano de demissão voluntária. Em reação, na mesma data, o sindicato anunciou greve.

Em comunicado, a Embraer afirmou que a medida foi necessária devido aos impactos da covid-19 na economia global, o que implicou o cancelamento da parceria com a Boeing. “O objetivo é assegurar a sustentabilidade da empresa e sua capacidade de engenharia”, disse a empresa, em nota. 

Em 10 de setembro, a empresa anunciou que assinou acordo coletivo com o Sindicato dos Engenheiros de São José dos Campos para a extensão dos benefícios a parte dos funcionários demitidos em 3 de setembro.

FONTE: PODER 360

Cade e Petrobras celebram acordo para venda de refinarias de petróleo -  Diário do Poder

Corte rejeitou ação em que o Legislativo acusa o governo de desmembrar a estatal matriz para vender subsidiárias

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira (1) permitir que a Petrobras venda suas refinarias sem aval do Legislativo.

A corte rejeitou uma ação em que o Congresso acusava o governo de desmembrar a empresa estatal matriz para vender subsidiárias, que não dependem de aval do parlamento para serem privatizadas.

A decisão dá força ao plano de vendas da Petrobras, que pretende negociar oito refinarias.

A maioria dos ministros discordou da tese levantada na ação pelo parlamento. Os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Luiz Fux votaram nesse sentido.

O relator, Edson Fachin, e os ministros Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio e Rosa Weber divergiram.

Nesta quinta foi julgado o pedido do Congresso para que o Supremo desse uma liminar (provisória) suspendendo a negociação dos ativos. O STF ainda deve voltar a discutir o tema quando for analisado o mérito da ação. Na prática, no entanto, o resultado do julgamento desta quinta cria precedente a ser aplicado em outras estatais que adotarem a mesma estratégia para aumentar sua arrecadação.

No caso em análise, o Congresso e citou uma refinaria da Bahia e outra do Paraná e requereu que o Supremo vetasse a “criação artificial de subsidiárias”.

Para a maioria, porém, a Petrobras não desrespeitou a decisão do STF de 2019, quando a corte determinou que, nos casos de perda de controle acionário, o governo só pode fazer a negociação se tiver aval do Congresso.

Os ministros entenderam que, como a União continuará com o comando da estatal, a venda das refinarias não viola o entendimento do Supremo.

Moraes foi o primeiro a abrir divergência em relação ao relator. O ministro afirmou que fraude e desvio de finalidade para perda de controle acionário não é permitido, mas que este não é o caso.

Ele citou o julgamento de 2019 e disse que, na ocasião, o Supremo decidiu que a transferência do controle de subsidiárias não exigiria essa anuência do Legislativo.

“Entendo aqui que há um plano negocial de desinvestimento, o legítimo e lícito exercício de sua discricionariedade de gestão administrativa”, afirmou.

Segundo Moraes, “a empresa-mãe não pretende perder valor na bolsa, não pretende perder comando acionário, ela pretende realizar um plano de desinvestimento buscando otimizar sua atuação e garantir maior rentabilidade e eficácia a empresa”.

Barroso acompanhou o raciocínio do colega e reafirmou que a venda de subsidiária não exige autorização legislativa.

“Nem sequer se tangencia questão de alienação de controle. Portanto, não vejo fraude", afirmou.

Fachin, porém, afirmou que seria indispensável nesse caso a autorização do Poder Legislativo.

“Não se está afirmando que essa venda não seja possível, necessária ou desejável dentro do programa de desinvestimentos da empresa, mas que essa ação depende do necessário crivo do Congresso Nacional e procedimento licitatório”, disse.

 

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 

Convenção da OIT sobre trabalho infantil conquista ratificação universal -  UGT - União Geral dos Trabalhadores

Cerca de 34 milhões de empregos foram perdidos pelo coronavírus na América Latina e no Caribe, e a reativação econômica pós-pandêmica aumentará as desigualdades na região, alertou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) nesta quarta-feira (30).

As medidas de bloqueio para conter o coronavírus significaram que “cerca de 34 milhões de trabalhadores perderam seus empregos no primeiro semestre do ano” na região, indicou a OIT.

“Nos três primeiros trimestres deste ano, a redução estimada das horas trabalhadas foi da ordem de 20,9%, enquanto os rendimentos do trabalho diminuíram 19,3% na região, quase o dobro do mundo (11,7% e 10,7%, respectivamente), acrescentou.

Por isso, a América Latina e o Caribe são “a região mais afetada mundialmente em horas trabalhadas e rendimentos”, afirmou a organização em seu segundo relatório sobre o impacto da pandemia no mercado de trabalho regional.

“É ainda mais problemático se considerarmos que os empregados informais, as mulheres, os jovens e os de menor escolaridade são aqueles que, em geral, experimentaram com maior intensidade a perda do emprego”, acrescentou a OIT, que tem sua sede regional em Lima.

“Enfrentamos um desafio sem precedentes, o de reconstruir os mercados de trabalho da região, o que implica enfrentar falhas estruturais que se agravaram com a pandemia”, apontou o diretor regional da OIT, Vinícius Pinheiro.

– Mulheres e jovens –

O maior impacto sobre o emprego foi sentido “principalmente” no segundo trimestre e iniciou-se então uma gradual recuperação, segundo o relatório, elaborado com dados de nove países que representam 80% do mercado de trabalho regional: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Peru, Paraguai e Uruguai.

“Observa-se que as mulheres, mais do que os homens, e os jovens (até 24 anos), mais do que os adultos, têm sofrido, em termos relativos, a perda de emprego com maior intensidade”, afirnou a OIT.
 

“Essas tendências exacerbam significativamente as lacunas de emprego existentes antes da pandemia”, acrescentou.

Segundo o relatório, “em 2019 as mulheres estavam sobrerrepresentadas em alguns dos setores de atividade gravemente afetados por esta crise, como, por exemplo, os serviços de hotelaria e restaurantes”. Por isso, o impacto entre as mulheres tem sido maior.

Além disso, a OIT alertou sobre as “crescentes dificuldades de conciliar o trabalho remunerado com as responsabilidades familiares, em um contexto em que os serviços educacionais e de assistência foram profundamente alterados”.

A OIT também destacou que, como as mulheres são maioria nos “serviços sociais e de saúde, estão desproporcionalmente expostas a riscos de contágio e/ou jornada de trabalho prolongada” devido à pandemia.

Outro segmento muito afetado são os jovens, cujo trabalho teve grande incidência em hotelaria, comércio e construção, “atividades fortemente afetadas pela pandemia”.

FONTE: AFP

 

Imagens do resgate do navio MV Golden Ray, que naufragou no dia 8 de setembro de 2019

(crédito: Departamento de Recursos Naturais da Georgia/Divulgação)

Embarcação continha cerca de 4,2 mil veículos nos decks. Acidente, que ocorreu em 2019, só teve a provável causa relevado nesta semana; 

Após longa investigação, a Guarda Costeira dos Estados Unidos (USCG) divulgou um documento com a possível causa do naufrágio do navio MV Golden Ray, na Georgia. Segundo a avaliação técnica, a embarcação excedeu o limite peso da carga, já que continha nos decks cerca de 4,2 mil veículos.

 

O MV Golden Ray naufragou em 8 de setembro de 2019. O relatório foi concluído em 26 de agosto de 2020 e publicado em 22 de setembro, mais de um ano depois do tombamento. Contudo, a provável causa do acidente só foi divulgada nesta semana.

De acordo com o tenente Ian Oviatt, responsável pelo relatório técnico, o excesso elevou o centro de gravidade do veículo, o que afetou diretamente uma das curvas que o navio fez, para então tombar.

Ainda segundo o tenente, para equilibrar o peso, a tribulação da embarcação deveria ter preenchido alguns tanques internos. Ele explica no documento que “os tanques de lastro de estibordo estavam quase totalmente carregados, no entanto, o correspondente aos tanques do porto foram carregados com menos de 10% da capacidade”.

Esclarecimentos sobre o naufrágio

Hyunjin Park, chefe do navio, com 13 anos de experiência em navegação e comandante do Goldn Ray desde março do ano passado, prestou esclarecimentos para a Guarda Costeira norte-americana. Em seu depoimento, ele afirma que calculou o peso dos carros por uma estimativa.

 

“No porto de Brunswick, não recebi um plano de estiva final. Em vez disso, recebi o plano de pré-estiva. Como eu tinha acesso apenas ao número de carros e não sabia o tipo de carro, calculei o peso total com base no peso médio de um determinado número de carros”, diz Hyunjin Park .

Resgate

Ao todo, o navio contava com 24 pessoas na tripulação e todos foram resgatados com vida. Por causa da pandemia causada pelo novo coronavírus e de uma série de tempestades na região do naufrágio, as investigações atrasaram, mas devem continuar pelos próximos meses. A retirada de partes da embarcação do mar voltam nesta quinta-feira (1º/10).

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

 

 

Nota: Emissão da Carteira de Trabalho e Previdência Social em Goiás - Sead

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, não incluindo trabalhadores domésticos, entre maio e julho de 2020, foi estimado em 29,4 milhões – menor número já registrado na série histórica, iniciada em 2012. Isso representa queda de 8,8% (redução de 2,8 milhões de trabalhadores) em relação ao trimestre móvel anterior e de 11,3% (menos 3,8 milhões), na comparação com o mesmo período de 2019.

O número de empregados sem carteira assinada no setor privado chegou a 8,7 milhões de pessoas – um recuo de 14,2% (menos 1,4 milhão de pessoas) ante o trimestre móvel e de 25,4% (menos 3 milhões) na comparação com o mesmo trimestre de 2019.

Já o número de trabalhadores por conta própria, que soma 21,4 milhões de pessoas, teve queda de 8,4% (menos 2 milhões de trabalhadores), na relação com o trimestre móvel anterior e de 11,6% (menos 2,8 milhões) na comparação com o mesmo período de 2019.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Menor número

A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, destacou que, pela primeira vez, o número de carteiras de trabalho assinadas ficou abaixo de 30 milhões.

“O ponto máximo da forma de inserção da carteira na série foi no trimestre de maio, junho e julho de 2014, dos recordes de carteira que foram alcançados e posteriormente a perda deste tipo de vínculo nos últimos anos muito em função do avanço do trabalho informal”, disse, completando que todo o mercado de trabalho foi impactado. “Tem a menor com carteira, o menor sem carteira também, ou seja, todo esse mercado dos empregados, seja ele com ou sem carteira, atingem aí as suas estimativas mais baixas”.

Para a pesquisadora, o mercado de trabalho tem um cenário de perdas de ocupação, de carteira de trabalho, não apenas perdas quantitativas, mas qualitativas.

 “Teve uma redução muito acentuada do trabalho com carteira e ele tem uma dificuldade maior de se recompor do que, por exemplo, o trabalhador informal, que sai rápido, mas também volta rápido até porque não tem nenhuma proteção ou salvaguarda para poder ficar por um período maior fora do mercado de trabalho, então, tem um processo ao longo de 2020 que é de perdas muito grande para o mercado de trabalho. Isso está evidente através dos números.”

Domésticos

O número de trabalhadores domésticos foi outro que chegou ao menor patamar da série histórica da Pnad Contínua. Entre maio e julho ficou em 4,6 milhões, uma queda de 16,8% (931 mil trabalhadores) na comparação com o período anterior e de 26,9% (1,7 milhão de pessoas) ante o mesmo trimestre de 2019.

Informalidade

A taxa de informalidade atingiu 37,4% da população ocupada – 30,7 milhões de trabalhadores informais – e, com isso, ficou abaixo do período anterior quando era de 38,8% e dos mesmos três meses de 2019, quando era de 41,3%.

“Não necessariamente uma queda da informalidade significa que a gente esteja melhorando o mercado de trabalho, ou seja, que mais pessoas estejam passando da informalidade para a formalidade. Não é esse o movimento. Essa informalidade cai porque essas pessoas estão perdendo o trabalho, seja informal ou não. Essa retração da informalidade está ligada à perda de ocupação que essas pessoas tinham em trimestres anteriores”, completou.

Entre agosto e outubro de 2019 eram 38,8 milhões de trabalhadores informais o que, para a analista, indica queda rápida diante do total registrado entre maio e julho de 2020. “Mostra, realmente, que essa população informal foi afetada pelo processo da pandemia”.

 Rendimento

O rendimento médio real habitual chegou a R$ 2.535 no trimestre terminado em julho, um acréscimo de 4,8% frente ao trimestre anterior e de 8,6% ante o mesmo trimestre de 2019.

Adriana Beringuy informou o maior crescimento da série histórica está associado à comparação com o período anterior, que tinha na sua composição uma população informal maior. “Na medida em que essa população informal vai saindo da ocupação, os que restam são justamente os trabalhadores de maior renda. Por isso, esse crescimento aparece tanto na comparação trimestral quanto na anual”, disse.

A massa de rendimento real habitual somou R$ 203 bilhões, uma queda de 3,8% (menos R$ 8 bilhões) em relação ao trimestre anterior e de 4,7% (menos R$ 10 bilhões) contra o mesmo período de 2019.

Na comparação com o trimestre móvel anterior, o rendimento médio real habitual aumentou em dois grupamentos de atividade: indústria (6,2%, ou mais R$ 151) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,3%, ou mais R$ 148). Conforme a pesquisa, os demais grupamentos não tiveram variações significativas.

Já na comparação com o mesmo trimestre de 2019, o rendimento cresceu em cinco grupamentos: indústria (11,4%, ou mais R$ 266) comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (5,9%, ou mais R$ 110), alojamento e alimentação (7,3%, ou mais R$ 107), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,7%, ou mais R$ 165) e outros serviços (10,5%, ou mais R$ 177). Os demais grupamentos não tiveram variações significativas.

Empregadores

A Pnad Contínua mostrou ainda que o número de empregadores apresentou queda de 6,3% na comparação com o trimestre anterior e ficou em 3,9 milhões de pessoas (menos 263 mil pessoas). Houve recuo também de 9,1% (menos 393 mil empregadores) frente ao mesmo trimestre de 2019.

Previdência

A Pnad Contínua mostrou também que o número de trabalhadores que contribuem para o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) chegou a 54 milhões, uma queda na comparação com o trimestre que terminou em fevereiro, quando eram 57,4 milhões.

“O menor contingente de toda a série, uma queda de 54 milhões de pessoas, uma queda acentuada porque as pessoas foram perdendo a sua ocupação”, pontuou a analista.

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

12,5 milhões de brasileiros marcam taxa de desemprego no Brasil » FDR -  Terra

Com um recorde de 13,8%, no trimestre até julho, o desemprego deve demorar ao menos até 2022 para voltar ao patamar de antes da pandemia da covid-19, pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Apesar de o País ter aberto 249 mil vagas formais em agosto, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), especialistas estimam que, entre formais e informais, a desocupação seguirá piorando até 2021.

A Pnad Contínua de julho, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra o tamanho da deterioração: em apenas um trimestre, 7,214 milhões de brasileiros perderam o emprego. Em um ano, o total de postos extintos supera os 11,5 milhões. A taxa de desemprego, de 13,8% no trimestre encerrado em julho, ou 13,1 milhões de pessoas, foi a pior desde que a pesquisa foi iniciada, em 2012. No trimestre até julho do ano passado, a taxa era de 11,8%.

Os números sugerem que o País chegou no terceiro trimestre a um cenário que já preocupava os economistas: com o afrouxamento das medidas de isolamento, o brasileiro vai, aos poucos, voltando às ruas para buscar emprego – mas as vagas de trabalho não estão mais lá.

Faltou trabalho para 32,892 milhões, somados todos os subutilizados. A pesquisa, que segue recomendações internacionais, considera desempregado quem buscou uma vaga. Embora a demissão tenha sido massiva, a maioria que perdeu seu emprego caiu na inatividade.
 

“O desemprego só não foi maior, porque a força de trabalho continuou caindo em julho. Em agosto e setembro, as suspensões de contratos de trabalho feitas pelas empresas para evitar cortes vão se esgotando, o que traz mais risco para esses empregados”, avalia Cosmo Donato, da LCA Consultores.

A expectativa da consultoria é de que a desocupação encerre este ano em 15% e continue subindo, até chegar a um pico de 18,5% no primeiro trimestre do ano que vem, atingindo 15,5 milhões de pessoas. A estimativa é que o desemprego só volte ao nível dos 11% – em que estava antes da pandemia – em 2022.

“Isso, num cenário em que o Produto Interno Bruto (PIB) do País cresça em um ritmo de 3,5% em 2021 e 2022″, ressalta Bruno Ottoni, da IDados.”A desocupação ocorria em rimo lento, mas os dados de julho assustam. Uma recuperação antes de 2022 é pouco provável.”

Apesar do recorde negativo da Pnad, o Caged, também divulgado ontem, pelo Ministério da Economia, trouxe um alento: 249.388 vagas com carteira assinada foram abertas em agosto. Foram contratados 1,239 milhão de formais e demitidos 990 mil o melhor resultado para agosto desde 2010. Nos oito primeiros meses do ano, porém, as demissões superaram as contratações em 849.387.

As pesquisas têm metodologias diferentes: enquanto o Caged considera só os com carteira, por meio dos dados que as empresas enviam ao governo, a Pnad Contínua faz amostra de domicílios com dados de vagas formais e informais, domésticos, empregadores etc.

Os economistas também ponderam que os programas de manutenção dos empregos, como a suspensão de contratos e a redução de jornada e salário, ajudaram a evitar mais fechamentos de postos formais, o que se reflete nos dados do Caged.

Saídas

Na avaliação dos economistas, mesmo que o cenário para o mercado de trabalho em 2021 ainda seja desafiador, algumas medidas podem ser tomadas para minorar esse baque.

“A proposta de renda mínima após o fim do auxílio emergencial pode ajudar a reduzir a queda menor do consumo das famílias mais pobres. A grande questão é como financiar isso, sem o País arruinar ainda mais as suas contas”, avalia Daniel Duque, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

FONTE: ESTADÃO

 

Articulação em defesa da soberania nacional, contra privatizações, conta com os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, que participam do ato

Autoridades políticas, lideranças dos movimentos sociais e sindical, além de artistas e intelectuais promovem no sábado (3) um dia nacional de luta em defesa do patrimônio do povo brasileiro. A data marca o aniversário de 67 anos da Petrobras. Destaque para o “Ato Virtual pela Soberania Nacional”, às 15h, além de manifestação presencial em frente ao prédio da estatal, no centro do Rio de Janeiro.

Entidades como a Frente Brasil Popular e o Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas transmitem o ato via YouTube e Facebook. A coordenadora do comitê, Maria Rita Serrano, participa do encontro, que também contará com a presença dos deputados federais Marcelo Freixo (Psol-RJ), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), do ex-senador Roberto Requião (MDB-PR) e dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff (PT). Outras lideranças sindicais e políticas são esperadas.

“O objetivo, além de comemorar o aniversário da empresa, é destacar a necessidade de defesa da soberania nacional, das estatais, do funcionalismo público, da saúde e da educação pública e contra a reforma administrativa”, afirma, em nota, o Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas.

“A Petrobras comemora neste sábado, 3 de outubro, 67 anos. E a data não vai passar sem que a empresa pública seja valorizada e defendida, frente às tantas ameaças de privatização que vem sofrendo nos últimos anos”, completa.

FONTE: REDE BRASIL ATUAL

 

IBGE: 3,1 milhões de brasileiros procuram trabalho há 2 anos ou mais O Dia  - Brasil

O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, afirmou nesta quarta-feira, 30, que há uma “possibilidade grande” de o governo prorrogar por mais dois meses o programa de suspensão de contratos e corte de jornada e salário. Com a decisão, os acordos poderão se alongar por mais dois meses, totalizando oito meses.

Ao mesmo tempo, ele afirmou que o benefício pago pelo governo como contrapartida aos trabalhadores com salários reduzidos ou contratos suspensos “não deve extrapolar o ano de 2020”.

O discurso de Bianco reflete a visão da área econômica do governo Bolsonaro de que os auxílios lançados durante a pandemia do novo coronavírus, mesmo quando prorrogados, devem ser encerrados em dezembro de 2020, para evitar pressão fiscal maior em 2021.

O programa foi anunciado em abril como medida para evitar um aumento ainda maior do desemprego diante da pandemia do novo coronavírus, que provocou restrições no funcionamento ou mesmo o fechamento de parte do comércio e da indústria. A medida provisória inicial, que foi sancionada no início de julho e transformada em lei, previa a suspensão dos contratos de trabalho por até dois meses e a redução da jornada e de salários em até 70% por até três meses.

Em julho, o governo publicou a primeira prorrogação do programa, elevando para até 4 meses o período em que as empresas poderiam aderir a uma das modalidades. Em agosto, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a prorrogação da medida por mais outros dois meses.

Programa

Segundo o Ministério da Economia, até o momento, 18,4 milhões de acordos desse tipo foram firmados por aproximadamente 1,4 milhão de empresas. O total de trabalhadores atingidos é de 9,7 milhões – muitos foram impactados por mais de um acordo. O de serviços é responsável pela maior parte das reduções, com 9,3 milhões, seguido de comércio (4,6 milhões) e indústria (3,9 milhões). Há ainda acordos no setor de construção (422 mil) e agropecuária (51 mil).

O governo já desembolsou R$ 28,5 bilhões para pagar o complemento que cada trabalhador atingido pelo corte tem direito. O total reservado para o programa é de R$ 51,6 bilhões. A sobra de recursos foi um dos motivos que levaram a equipe econômica a propor uma nova prorrogação do programa.
 
FONTE: ESTADÃO

Barco iraniano Forest aportou na Ilha Margarida, estado venezuelano de Nueva Esparta, na madrugda desta terça-feira (29) - Reprodução

Embarcação atracou na Ilha Margarida e nas próximas 12 horas deve chegar à refinaria de El Palito

O navio iraniano Forest aportou nesta terça-feira, (29), na Ilha Margarida, estado venezuelano de Nueva Esparta, carregado com 32 mil toneladas de combustível. O envio faz parte da cooperação comercial entre o Irã e a Venezuela. Para outubro está prevista a chegada de outras duas embarcações, Fortune e Faxon, que viajam pelas costas brasileiras. 

Os três navios têm capacidade de carregar cerca de 825 mil barris de petróleo. O combustível será entregue à refinaria de El Palito, no estado venezuelano de Carabobo. A unidade foi reativada em setembro deste ano, depois de 18 dias paralisada, e é responsável pelo refino de 22 mil barris de gasolina diários.

Esse é o sexto navio petroleiro iraniano a transportar gasolina e insumos para a indústria petroleira venezuelana nos últimos meses. Por conta do bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos, as estruturas da PDVSA, a estatal petroleira venezuelana, estão comprometidas. A produção caiu cerca de 70% nos últimos cinco anos. 

Por conta dessa relação entre o Irã e a Venezuela, o presidente estadunidense Donald Trump emitiu novas sanções unilaterais contra o presidente Nicolás Maduro, na última semana.

O Irã é o sétimo produtor de petróleo do mundo, gerando 1,9 milhão de barris diários, de acordo com a Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), enquanto a Venezuela produz 340 mil barris, apesar de possuir a maior reserva do combustível fóssil no mundo, com 309 bilhões de barris certificados.

O petróleo é a base da economia e venezuelana e representa 90% das exportações do país. As duas nações mantêm relações diplomáticas há 18 anos, com acordos nas áreas petrolífera, industrial, ambiental, educacional, agrícola e científica

Na última segunda-feira, (28), o chanceler venezuelano Jorge Arreaza se reuniu virtualmente com seu homólogo iraniano Mohamed Yavad Zarif para dialogar sobre o avanço das relações bilaterais, que segundo o funcionário, "estão no seu melhor momento". 

"Falamos da nossa relação de maneira integral, de todos os setores, desde energético, com a questão da gasolina, assim como os setores de saúde, agricultura, alimentação. Com o Irã realizamos outros projetos, sobretudo nos últimos dois anos e agora intercambiamos desenvolvimento científico no combate à covid-19", declarou o ministro venezuelano. 

Segundo Arreaza, o Irã recebeu positivamente a proposta do presidente Nicolás Maduro de criar um grupo de contato entre os 34 países que sofrem com as medidas coercitivas unilaterais impostas pelos Estados Unidos e União Europeia, com a finalidade de estabelecer pontes de cooperação, tanto para manter as nações abastecidas, quanto para combater o próprio bloqueio.

FONTE: BRASIL DE FATO