FOTO: FUP
Marítimos divulgam carta aberta pedindo que a subsidiária fiscalize melhor o embarque e desembarque de pessoas a bordo dos navios. A possibilidade de prestar uma última homenagem a seus parentes falecidos devido ao covid 19 também é requerida. A Transpetro divulgou uma nota oficial ao CPG sobre o assunto
Marítimos, funcionários da Transpetro, estão literalmente com receio de se contaminarem ou morrer devido as medidas sanitárias contra a covid 19, que segundo eles, estão sendo ineficazes. As informações foram passas com exclusividade ao Click Petróleo e Gás (CPG), a carta aberta dos marítimos e a nota oficial da subsidiária estão nos parágrafos à seguir:
Carta Aberta dos Marítimos da Transpetro S.A
“Essa e uma carta aberta dos marítimos da Transpetro S.A solicitando um posicionamento e socorro para os trabalhadores que estão trabalhando em condições de precariedade e insegurança a bordo das embarcações da empresa.
Como já é de conhecimento de todos, estamos passando por momentos difíceis, onde várias pessoas perderam suas vidas para a Covid-19 em meio a essa pandemia.
Várias famílias perderam pessoas queridas e amadas, e nem puderam se despedir por ter que seguir os protocolos de segurança. Diante de todo esse processo de pandemia, visualizamos que a empresa está falhando e cometendo erros que possam ser fatais para a vida dos colaboradores da mesma.
Estamos sofrendo um surto de Covid 19 a bordo dos navios da empresa e a principal causa desse surto, e a quantidade de pessoas que embarcam e desembarcam dos navios, sem o devido controle e testagem, como é obrigatório diante dos protocolos.
Não estamos falando de omissão dos colaboradores da empresa, pois os mesmos fazem quarentena nos hotéis disponibilizados pela empresa logo após o teste e a comprovação de resultado negativo para o Covid 19 o tripulante embarca.
Porém, infelizmente não existe esses procedimentos com as firmas que a empresa está enviando pra bordo, que sem devido procedimento de quarentena e testagem embarcam via lanchas na estadia da embarcação em algum fundeio.
Devido a isso, vários colaboradores já pegaram a Covid 19, mesmo estando embarcado e tendo feito a quarentena, teste e seguido o protocolo da empresa.
Sendo assim feito, a empresa coloca em risco a vida de vários colaboradores pelo simples fato de não cumprir os procedimentos e protocolos vigentes.Aí ficar a perguntar no ar…… Será que a empresa estar esperando alguém morrer a bordo para tomar as corretas medidas de seguranças?
Então, devido a esse relato e desespero de toda a tripulação, pois infelizmente isso e um caso grave, estamos pedindo posicionamento, inspeção surpresa nas embarcações da empresa para que não precisemos correr riscos de vida e que possamos retornar aos nossos lares com a saúde que embarcamos.”
Nota oficial da Transpetro S.A
“Em virtude do novo aumento de casos de Covid-19 no Brasil e no mundo, a Transpetro suspenderá por 30 dias os embarques na sua frota. A medida integra o conjunto de ações de respostas à emergência adotadas pela companhia com o objetivo de proteger a saúde dos marítimos e evitar novos contágios pelo coronavírus. Assim, a Transpetro reitera o compromisso com a saúde e a segurança de seus colaboradores.”
“A suspensão é válida a partir de hoje (7/12) para novos embarques, ou seja, para aqueles marítimos que ainda não iniciaram o deslocamento e a quarentena prévia. Os tripulantes que ultrapassarem seu tempo limite de embarque receberão a compensação pecuniária conforme previsto no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente. “
“A Transpetro adotou procedimentos robustos em todas as suas unidades desde o início da pandemia, atuando sempre de forma diligente e dentro dos protocolos de segurança exigidos pela Anvisa e pela Marinha. Entre as medidas de prevenção ao contágio foram incluídos o período de quarentena pré-embarque com monitoramento de saúde para todos os marítimos, a avaliação de saúde e testes RT-PCR antes do embarque e, a bordo, o uso obrigatório de máscaras, o distanciamento entre as pessoas e o reforço na higienização e nas demais medidas de prevenção.”
FONTE: CLICK PETRÓLEO E GÁS