Bandeiras da campanha do Brexit diante do Parlamento britânico, em Londres, em outubro de 2019.

REUTERS/Henry Nicholls

Com janeiro a aproximar-se a passos largos, e a consequente saída do Reino Unido da União Europeia, os portos britânicos preparam-se para o Brexit, com ou sem acordo comercial.

Depois de quase quatro décadas com as mercadorias a circular livremente, os portos da Grã-Bretanha enfrentam agora o desafio de levantar fronteiras aduaneiras com os 27 Estados-membros do bloco europeu, o seu maior parceiro comercial.

 Laurence Dettman é inspetor de saúde no Porto de Hull, no norte de Inglaterra e explica que estavam preparados para o Brexit se ocorresse sem problemas, "mas as coisas avançaram, como avançaram, politicamente. Este ano tem sido uma preocupação, até agora, com as questões da Covid-19. Não se pode dizer que estejam confiantes de que tudo vai correr bem, longe disso."
 

O Porto de Hull não enfrenta, para já, as perturbações esperadas no condado de Kent. O Porto de Dover está a construir um depósito de desalfandegamento com espaço para até 2.000 camiões.

Mais de 80% das mercadorias que passam pelos dois portos do rio Humber são provenientes da União Europeia, segundo o porta-voz da Associated British Ports, Dafydd Williams:

"Todos os consumidores notariam se algo acontecesse nos portos de Humber. O maior exemplo disso seria no setor da energia. Assim, cerca de 10% de toda a energia do Reino Unido é fornecida por materiais que atravessam os portos Humber. Para além disso, todos os alimentos e os fornecimentos médicos em proporções significativas passam também por aqui. Se algo acontecesse aqui ou não se conseguisse manter os portos abertos, seria apenas uma questão de duas ou três semanas até que a nação ficasse realmente em dificuldades".

Caso o Reino Unido e a União Europeia não consigam chegar a um acordo de comércio livre antes do final do ano, serão aplicadas tarifas a muitas mercadorias, trazendo mais perturbação, burocracia e despesas.

De acordo com um estudo da Universidade London School of Economics, o custo de um Brexit sem acordo, para a economia do Reino Unido, será três vezes superior ao da pandemia da Covid-19.

FONTE: EURONEWS

Mapa de restrições de covid-19

 

Na contramão do restante do mundo, o Brasil continua sendo o único país sul-americano e um dos poucos sem restrições à entrada de estrangeiros por aeroportos a nível federal, não adotando medidas comuns a visitantes que chegam do exterior por esse meio, como apresentação de diagnóstico negativo para covid-19 ou quarentena obrigatória de 14 dias, segundo dados atualizados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).

Meses após o início da pandemia, a imensa maioria dos países, inclusive os que fazem fronteira com o Brasil, afetados em diferentes graus pelo novo coronavírus, ainda mantêm algum tipo de restrição parcial ou total a viajantes internacionais por ar, terra e mar.

Mas, no fim de setembro, o governo brasileiro, por sua vez, autorizou a entrada de estrangeiros, de qualquer nacionalidade, em todos os aeroportos do território nacional. Permanece em vigor o veto à entrada de estrangeiros "por rodovias, por outros meios terrestres ou por transporte aquaviário". O único pré-requisito é o seguro saúde obrigatório.

Dois meses antes, a entrada de estrangeiros por via aérea já havia sido liberada parcialmente, com restrição em aeroportos de alguns Estados.

A Bolívia, por exemplo, exige que visitantes apresentem um resultado negativo de teste molecular (RT-PCR) para covid-19 obtido com pelo menos sete dias antes da viagem. Já o Paraguai voltou a permitir voos internacionais nesta quarta-feira (21/10), mas também mediante apresentação de teste negativo para coronavírus e quarentena de sete dias — apenas para estadias superiores a uma semana.

Argentina, Chile, Uruguai e Venezuela mantêm veto à entrada de estrangeiros não residentes no país por qualquer meio. No caso uruguaio, há uma exceção específica para cidadãos brasileiros que, "demonstrando sua condição de fronteiriços, entrem na República pela fronteira Uruguai-Brasil e permaneçam na cidade fronteiriça", diz o Ministério de Saúde daquele país.

No Peru, que tem a mais alta taxa de mortalidade entre os 20 países afetados pelo coronavírus — seguido pelo Brasil, de acordo dados da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, voos comerciais internacionais foram retomados no último dia 5 de outubro, mas somente para a América Latina. Além disso, o governo peruano exige resultado negativo de teste molecular (PCR) realizado pelo menos 72 horas antes do voo. Caso o viajante apresente sintomas de covid-19 quando chegar ao Peru, é solicitado a se isolar por 14 dias.

Na Colômbia, o visitante estrangeiro tem de cumprir uma série de requisitos, entre os quais apresentar resultado negativo de teste molecular (CPR) para covid-19 realizado com 96 horas de antecedência ao embarque. Além disso, entre 24h e 1h antes do voo, é preciso preencher um formulário disponível no site do governo colombiano. O viajante, então, receberá um email de confirmação que terá que apresentar na chegada à Colômbia. O preenchimento do mesmo formulário 24 horas antes da partida do país também é obrigatório.

Já no Equador, outro país duramente afetado pela pandemia, os passageiros devem assinar um formulário de declaração com seu itinerário e dados de contato locais. Também devem apresentar teste de PCR negativo para covid-19, feito até 10 dias antes da chegada ao país. Caso esse teste não esteja disponível no país de origem do embarque, o visitante tem que concordar em se submeter a um teste para covid-19 no aeroporto do Equador na chegada.

Na América Latina (excluindo o Caribe), além do Brasil, apenas o México permite a entrada de viajantes sem restrições, apesar de solicitar o preenchimento de um fórmulário intitulado "Questionário de identificação de fatores de risco em viajantes".

Nos Estados Unidos, que têm o maior número de mortos por covid-19, restrições permanecem em vigor. Há cerca de um mês, o governo de Donald Trump anunciou a suspensão da restrição dos voos saídos de alguns países, incluindo do Brasil.

Mas, na prática, brasileiros continuam proibidos de entrar em território americano, exceto se forem cidadãos do país, residentes permanentes legais (portadores de green card), familiares imediatos de cidadãos norte-americanos e categorias específicas.

Ainda assim, os Estados Unidos recomendam "que os viajantes internacionais entrem em quarentena por 14 dias quando viajam de áreas de alto risco", diz nota da embaixada americana no Brasil.

No mundo, são poucos os países sem qualquer restrição a viajantes chegando em seus aeroportos. Além do Brasil e do México, Sérvia, Albânia e Macedônia do Norte são alguns deles. No caso da Sérvia, no entanto, cidadãos da Bulgária, Croácia, Macedônia do Norte e Romênia precisam estar munidos de um teste de PCR negativo para covid-19 emitido 48 horas antes do embarque.

A Turquia também suspendeu suas restrições à entrada de turistas estrangeiros por via aérea, mas continua a realizar triagem médica em seus aeroportos. Caso apresentem sintomas, eles serão submetidos a testes. E se testarem positivo, receberão tratamento médico.

FONTE: BBC

 

 

FAQ eSocial

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou nesta quinta-feira (22) uma nova rodada de flexibilização de normas trabalhistas.

Um dos pontos do pacote trata da revisão das normas de segurança no trabalho para o setor de agricultura, pecuária, silvicultura e aquicultura. Com isso, o governo diz que as empresas economizarão cerca de R$ 4 bilhões por ano, com redução de multas e despesas.

Além disso, o Descomplica Trabalhista, nome dado ao programa de revisão de regras e redução de burocracia, revogou 48 atos portarias do antigo Ministério do Trabalho.

O governo também anunciou uma simplificação do eSocial – sistema de envio de dados trabalhistas. Segundo o Ministério da Economia, o formulário foi enxugado. Por exemplo, o CPF passa a ser o único número de identificação do trabalhador, dispensando a necessidade de outros dados como PIS.

“Uma redução da burocracia para a geração de oportunidades”, disse o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, ressaltando que os direitos do trabalhadores estão preservados.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou ao evento ladeado pelos generais Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo, e Walter Braga Netto, ministro da Casa Civil.

Ao discursar, disse que o governo retomará a agenda de reformas –as tributária e administrativa estão paradas no Congresso– e disse que as medidas de desburocratização anunciadas no evento vão na linha do objetivo inicial do governo de facilitar a vida de investidores.

"Queríamos tirar o Estado ou o governo do cangote das pessoas. Em algumas semanas, vamos apresentar 2 mil simplificações para tirar o estado do cangote da população", afirmou.

As NRs são um conjunto de normas de segurança e medicina do trabalho que devem ser seguidas obrigatoriamente pelas empresas que tenham empregados regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Desde o ano passado, o governo iniciou o processo de corte de 90% dessas regras. São 37 normas regulamentadoras, conhecidas como NRs, que reúnem 6,8 mil regras distintas.

Para o governo, esse arcabouço regulatório representa um grande potencial de multas a empresas por fiscais do trabalho e uma carga que impacta diretamente a competitividade dos produtos brasileiros.

A flexibilização da NR 31, do setor agropecuário, foi anunciada pelo presidente em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do ministro Paulo Guedes (Economia) e Tereza Cristina (Agricultura).

Segundo Bianco, as 48 portarias revogadas eram “inúteis” e o ato teve apoio dos representantes dos patrões, empregados e do governo numa comissão de revisão das normas trabalhistas.

Ele citou, por exemplo, que as regras determinavam que pequenos produtores de vacas tivessem que fazer um plano de prevenção de riscos ambientais todos os anos.

O processo de flexibilização das normas começou em agosto de 2019, com a publicação da nova NR 12, que trata de segurança no trabalho com máquinas e equipamentos, e da nova NR 1, que dá disposições gerais sobre saúde e segurança. Na ocasião, o governo revogou a NR 2, sobre inspeção prévia.

Em setembro do ano passado, foram enxugadas mais três normas regulamentadoras: NR 3, sobre embargo e interdição; a NR 24, que trata das condições de higiene e conforto nos locais de trabalho; e a NR 28, de fiscalização e penalidades.

O Ministério da Economia informou, na época, que, com a revisão da NR 28, caiu para 4 mil o número de possibilidades de multa para todo o setor produtivo. Isso não significa, porém, que uma mesma empresa está submetida todas essas linhas de fiscalização, pois cada setor tem regras específicas.

Para a construção civil, são 600 itens de fiscalização, enquanto que para o seto de mineração são 534, por exemplo.

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 

 

Nabarima flutua inclinado; não se sabe a extensão dos danos da embarcação

Nabarima flutua inclinado; não se sabe a extensão dos danos da embarcação - Fishermen and Friends of the Sea - 16.out.20/Reuters

Grupos ambientais expressaram preocupação nas últimas semanas com um possível vazamento de 1,4 milhão de barris de petróleo que estão a bordo do navio venezuelano Nabarima.

Fotos recentes mostram a embarcação inclinada para o lado e progressivamente afundando nas águas do Golfo de Paria, localizado entre a costa da Venezuela e a ilha de Trinidad e Tobago.

Embora a dimensão do mau estado de conservação do Nabarima seja desconhecida, se a embarcação não for reparada logo pode afundar e desencadear um gigantesco desastre ambiental, poluindo as águas venezuelanas e de várias nações vizinhas no Caribe, relatou o jornal argentino El Clarín.

O Nabarima tem 264 metros de comprimento e acredita-se que ele esteja em sua capacidade máxima —o equivalente a 1,4 milhão de barris de petróleo, uma quantidade quase cinco vezes maior do que a derramada pela Exxon Valdez em 1989, de acordo com a emissora americana NBC.

O navio foi ancorado no Golfo de Paria com o objetivo de atuar na exportação de petróleo venezuelano, mas ficou inativo após o recente colapso na demanda mundial da commodity devido à pandemia do novo coronavírus e às sanções da Casa Branca contra o governo de Nicolás Maduro que assustaram os compradores em potencial.

A PDVSA planeja transferir parte do petróleo bruto do Nabarima para o petroleiro Icaro por meio de uma operação de navio para navio chamada de STS (sigla em inglês para "ship-to-ship"), disse uma pessoa familiarizada com o assunto à Reuters na segunda-feira (19).

Em dezembro de 2019, os Estados Unidos impuseram sanções adicionais ao próprio Icaro por entregar produtos petrolíferos venezuelanos a Cuba, um dos principais aliados do ditador Nicolás Maduro no exterior.

A PDVSA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Autoridades da vizinha Trinidad e Tobago disseram que planejam inspecionar o Nabarima.

A Marinha brasileira afirmou em comunicado que o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela própria Marinha, Ibama e ANP (Agência Nacional do Petróleo) está acompanhando a situação do petroleiro, que está a 1.300 km das águas brasileiras.

FONTES: FOLHA DE S.PAULO/REUTERS

Foto: Shutterstock

A automação acelerou sua presença nas empresas com o coronavírus, segundo o último estudo do Fórum Econômico Mundial

Que a chegada da pandemia do coronavírus tenha virado de cabeça para baixo as economias mundiais, estrangulando seu tecido empresarial e com ela, deixando milhões de trabalhadores em sérios apuros, é um fato de tal magnitude, que tem causado, da mesma forma , que as fórmulas para se adaptar a esta nova situação sofrem uma aceleração forçada no tempo. A robotização, paradigma do desenvolvimento tecnológico e fruto do progresso industrial, estará a partir de agora muito mais presente nas empresas, resultando numa equalização da força de trabalho entre homens e máquinas. É o que aponta o último estudo do Fórum Econômico Mundial (WEF na sigla em inglês), onde alerta que, em decorrência da irrupção abrupta do covid-19 e a conseqüente recessão geral dos países, até 2025 “em apenas cinco anos”, a distribuição das tarefas será da 50% entre humanos e robôs, o que pode resultar em maior desigualdade.

No relatório intitulado The Future of Jobs 2020(The Future of Jobs 2020), o WEF toma como referência para tirar suas conclusões as pesquisas realizadas com líderes empresariais seniores - principalmente diretores de RH e diretores de estratégia -, que representam quase 300 empresas globais e, juntos, empregam oito milhões de trabalhadores. Segundo suas estimativas, em 2025 o índice de automação da força de trabalho será de 47%, ante os atuais 33%, enquanto os empregos executados por seres humanos representarão 53%, bem abaixo dos atuais 67%. “A automação e uma nova divisão de trabalho entre humanos e máquinas irão deslocar 85 milhões de empregos em todo o mundo em empresas de médio e grande porte em 15 setores e 26 economias”, diz a análise, que em vez disso,da Quarta Revolução Industrial , como a inteligência artificial, e nos campos da criação de conteúdo ”.

“A integração dos robôs nas empresas está ligada ao advento da Quarta Revolução Industrial ou também chamada de Indústria 4.0. Seu objetivo é combinar os processos automáticos atuais e as tecnologias inteligentes que existem hoje para criar novas linhas automatizadas que permitem o acesso a todos os dados necessários em tempo real ”, afirma Ander San Vicente, engenheiro industrial.

Essa mudança na distribuição do trabalho preocupa os sindicatos, que concentram seus temores naquele grupo de trabalhadores que poderia ficar à margem desse novo avanço. “O que o futuro da implementação tecnológica nos leva é a uma redução drástica do emprego como a conhecemos. Muito se fala em treinamento para que esses novos nichos de trabalho sejam preenchidos. Mas por mais que queiramos correr, já existe uma parte da população que não terá possibilidade de acessá-los ”, avisa Gonzalo Pino, secretário de Política Sindical da UGT.“ A necessidade de adequação das capacidades dos trabalhadores às a incorporação de novas tecnologias nos processos produtivos é algo que vem ocorrendo historicamente.

“Com a integração de novas tecnologias como robótica, nanotecnologia ou inteligência artificial, não se pretende deixar o trabalhador sem emprego, mas sim permitir-lhe realizar tarefas com maior valor acrescentado e que as máquinas façam esse trabalho mais monótono ”, acrescenta San Vicente.

O predomínio da tecnologia na melhoria contínua da eficiência e da produtividade implica também, na opinião dos representantes dos trabalhadores, a necessidade de alteração do quadro regulamentar da concepção de trabalho. “A ruptura tecnológica que está ocorrendo na esfera produtiva tem que ser governada. Aspiramos governar a partir da negociação coletiva e do diálogo social com um objetivo, acreditamos que os benefícios que isso acarreta são distribuídos de forma equitativa. Que toda a sociedade seja beneficiada por essa transformação tecnológica ”, afirma Gutiérrez. “Devemos ir na direção de que todos os processos que estão sendo introduzidos a partir da tecnologia sejam revertidos para a sociedade. O robô paga ou não paga impostos? Deve remunerá-los na medida em que a massa de trabalhadores for reduzida ”, diz Pino.

"A Covid-19 acelerou a chegada do futuro do trabalho", disse Saadia Zahidi, diretora-gerente do Fórum Econômico Mundial. “A aceleração da automação e as consequências da recessão provocada pela pandemia acentuaram as desigualdades existentes nos mercados de trabalho e reverteram os avanços no emprego que se materializaram desde a crise financeira global de 2007-2008. É um duplo cenário de dificuldades que representa mais um entrave para os trabalhadores em um momento tão difícil ”, completa.

Interrupção do teletrabalho

Conforme reconhecido por 43% das empresas pesquisadas no relatório, elas vão reduzir sua força de trabalho devido à integração da tecnologia, enquanto 41% planejam expandir o uso de terceirizados para trabalhos especializados e 34% planejam expandir sua força de trabalho devido a integração tecnológica. Como tem acontecido nos últimos anos, o túnel de entrada da robotização está focado principalmente no processamento de informações e dados, tarefas administrativas e trabalhos manuais de rotina para trabalhos administrativos e produtivos. O relatório do Fórum Econômico Mundial adverte que metade dos trabalhadores que manterem seus empregos nos próximos cinco anos devem “fazer cursos para fortalecer suas habilidades básicas”.

Para fundamentar a previsão de agravamento da desigualdade, o WEF conta com estudo realizado pelo ADP Research Institute em que, após analisar as consequências do impacto do coronavírus no mercado dos Estados Unidos, resolveu que “as repercussões do Crise financeira global de 2008 em pessoas com níveis educacionais mais baixos, em comparação com a covid-19, as atuais são muito mais importantes e têm maior probabilidade de exacerbar as desigualdades existentes ”.

Outra das fórmulas de trabalho que a presente votação resolveu, e parece que também o fará, pelo menos no futuro imediato, é o teletrabalho. De acordo com o relatório, 84% dos empregadores estão preparados para digitalizar processos de trabalho e afirmam que “existe a possibilidade de que 44% de sua força de trabalho vá trabalhar remotamente”. No entanto, 78% dos empregadores acreditam que este novo formato de trabalho terá um impacto negativo na produtividade dos seus trabalhadores, por isso procuram conceber um sistema viável que mantenha a eficácia das tarefas realizadas à distância.

FONTE: EL PAÍS

 

As duas pestes do capitalismo - LIT-QI

Trabalho do Ibre FGV também relaciona queda na confiança com revisões para PIB

Países com maiores taxas de mortalidade relacionada à Covid-19, em geral, também apresentaram piores desempenhos econômicos, segundo estudo dos pesquisadores Aloisio Campelo, Marcel Balassiano e Rodolpho Tobler, do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da FGV).

O trabalho considera uma amostra de 12 países que representam cerca de 60% da economia mundial: Brasil, EUA, Alemanha, França, Espanha, Itália, Japão, Reino Unido, Canadá, China, Rússia e México.

O levantamento relaciona a diferença entre as projeções mais recentes do FMI (Fundo Monetário Internacional), de outubro, que já incorporam os dados efetivos de atividade divulgados por essas economias, e as previsões anteriores à crise com a taxa de mortalidade por milhão de habitantes coletada até a última segunda-feira (19) pelo site Worldometers.

A Espanha é o país com a maior taxa de mortalidade da amostra e a maior diferença entre as projeções da taxa de crescimento do PIB.

México, Reino Unido e Itália também são países com altas taxas de mortalidade e diferenças de mais de 10 pontos percentuais para o crescimento do PIB, segundo o estudo.

 China e Japão apresentaram as menores taxas de mortalidade e de mudanças nas projeções econômicas.
 

Brasil e EUA também possuem altas taxas de mortalidade, apresentaram mudanças relevantes entre o projetado em janeiro e outubro, mas em magnitude menor que os demais países da amostra.

Segundo os pesquisadores, no caso brasileiro, o efeito do auxílio emergencial ajudou a diminuir as perdas da atividade econômica. Nos EUA, também houve expressivas medidas de estímulo que ajudaram a minimizar as perdas.

“São dois países muito ruins na condução da crise de saúde e vão ter quedas fortes [do PIB], mas que poderiam ser piores”, afirma Marcel Balassiano

“Brasil e EUA foram países que estimularam bastante as economias, principalmente o próprio consumidor, dando bastante dinheiro para a população, e isso pode ter amenizado essa revisão da taxa, mas ainda há uma correlação positiva entre mortalidade e revisão”, afirma Rodolpho Tobler

Os pesquisadores ressaltam que a relação não é perfeita, pois outras variáveis também impactam a economia desses países e que estes resultados são para essa amostra de países, considerando esse período.

Dizem também que esse é um momento de menor incerteza econômica diante da evolução da crise sanitária após mais de seis meses e dos primeiros resultados das medidas de estímulo adotadas.

“Em outubro, temos muito menos incertezas do que em julho e muito menos do que em abril. Em junho, a projeção do FMI para o Brasil passou para -9%. Agora, passou para -5,8%. A gente pode dizer que essas projeções de outubro já incorporam muito os dados efetivos e as políticas de estímulo adotadas”, afirma Balassiano.

Os pesquisadores também pegaram os índices de confiança de consumidores e empresas e concluíram que países em que essas expectativas eram maiores no período anterior à crise apresentaram maiores revisões para o crescimento do PIB.

Os pesquisadores também compararam a mudança nos índices de confiança de consumidores e empresas e concluíram que, países em que o nível da confiança estava maior no período anterior à crise apresentaram maiores revisões para o crescimento do PIB.

“Os países que estavam com melhores perspectivas em termos relativos, conforme apontado pelos índices de confiança, foram pegos no contrapé pela inexorável crise. Em vez de realizarem o desempenho mais favorável sinalizado pelos índices de confiança, estes países observaram fortes revisões para o crescimento no ano. Por outro lado, nos países em que a confiança já estava relativamente mais baixa, as revisões foram menos profundas”, diz o estudo.

Tobler afirma que, no Brasil, não havia uma confiança tão alta antes da pandemia e que houve uma recuperação no indicador por conta dos estímulos econômicos, que afetaram mais os empresários do que os consumidores.

“Nos últimos meses, a gente até vê uma recuperação da confiança da indústria, mas um consumidor muito cauteloso. Até porque o auxílio emergencial contribuiu bastante para amenizar esse momento negativo, mas a gente sabe que a questão fiscal impede que ele seja mantido por muito tempo”, afirma o pesquisador.

“Os consumidores estão ficando muito cautelosos com esses próximos meses, porque o mercado de trabalho foi muito afetado, a renda das famílias também, então, quando sair o auxílio emergencial, isso pode ser uma complicação grande no andamento da recuperação.”

“A partir do quarto trimestre é que a gente vai observar como será a evolução das coisas. Os estímulos foram muito altos, o Brasil gastou muito. A gente tem essa incerteza, sem saber como as economias vão se comportar com o fim dos estímulos”, diz Balassiano.

Embora as medidas de estímulo do governo tenham ajudado a minimizar as perdas econômicas no Brasil, reportagem da Folha mostrou que um estudo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) realizado em parceria como IRD (Instituto Francês de Pesquisa e Desenvolvimento) identificou que há uma correlação entre a preferência pelo presidente Jair Bolsonaro e a expansão da Covid-19. A conclusão é que o discurso ambíguo do presidente induz seus partidários a adotarem com mais frequência comportamentos de risco.

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 

Busca por "salários" - Jornal Estado de Minas | Notícias Online

(foto: Getty Images)

O ex-presidente do Banco Central (BC) e do BNDES Pérsio Arida defendeu, na noite desta quarta-feira, 21, que é possível gastar mais para dar condições mínimas de vida para as pessoas menos favorecidas. Ele fez esta afirmação durante uma “live” organizada pela FEA-USP, ao discorrer sobre sua visão em relação ao programa Renda Cidadã.

Para isso, de acordo com o ex-banqueiro central, o governo deveria agir para cortar gastos, incluindo os elevadíssimos salários públicos e despesas. “Dá para gastar mais e dar condições mínimas para as pessoas”, afirmou. O mesmo, segundo ele, vale para os investimentos em educação e saneamento. “Cortar gastos e investir em educação não é uma escolha econômica, mas moral”, disse.
 

Hiperinflação

Ao ser instado a falar sobre sua participação na equipe econômica que criou o Plano Real e debelou a hiperinflação no País, Arida lembrou do paper que escreveu a quatro mãos com o economista André Lara Resende, o embrião do Plano Real chamada de “proposta Larida” de estabilização econômica.

“Eu e o André (Lara Resende) escrevemos o paper que ficou conhecido como a proposta Arida de anos antes. O documento repercutiu muito mal, não foi bem aceito pela academia”, disse.
 

A proposta Arida tinha como fio condutor a indexação e contemplou o entendimento do impacto que o congelamento de preços teria no imaginário popular. Mas de acordo com o ex-BC, à época, o Brasil tinha um líder que tinha um projeto para o País e com capacidade para galvanizar as ideias e as pessoas. Hoje, de acordo com Arida, não faltam boas ideias nem pessoas capacitadas, mas sim um líder para coordenar tudo isso.

“Temos boas ideias e pessoas capacitadas, mas infelizmente temos o Bolsonaro, que não tem visão de futuro”, criticou.

FONTE: Estadão Conteúdo

Foto: Shutterstock

Seis agentes dos serviços secretos russos foram acusados ​​pelos EUA de crimes cibernéticos, incluindo o ataque NotPetya que, há três anos, custou à Maersk centenas de milhões de euros.

Operacionais do Departamento de Justiça dos EUA afirmaram, ontem (dia 19), que os ataques russos foram “a série de ataques cibernéticos mais perturbadores e destrutivos já atribuídos a um grupo”.

Os seis homens, com idades entre 27 e 35 anos, foram colocados na lista de procurados do FBI após a conferência de imprensa.

“Nenhum país armou as suas capacidades cibernéticas de forma tão maliciosa e irresponsável como a Rússia, causando arbitrariamente danos colaterais sem precedentes na procura de pequenas vantagens tácticas e para satisfazer ataques de rancor”, afirmou o procurador-geral assistente John Demers, no anúncio da acusação.

Os seis piratas informáticos são todos, supostamente, membros da Unidade 74455, a divisão de hackers dos serviços secretos da Rússia. A unidade 74 555 tem várias outras designações, entre as quais Sandworm, BlackEnergy Group e Voodoo Bear.

Além dos ataques NotPetya direcionados à Ucrânia, que se espalharam e causaram danos corporativos globais de cerca de 10 mil milhões de dólares (85 mil milhões de euros), o grupo é acusado de ingerência em eleições e eventos desportivos como os Jogos Olímpicos.

A Maersk estimou que o ataque NotPetya, que afectou as operações da APM Terminals, cortou 200 a 300 milhões de dólares (170 a 255 milhões de euros) às suas receitas em 2017. Desde então, também a MSC, Cosco e CMA CGM, respectivamente segunda, terceira e quarta maiores companhias de contentores do mundo, foram alvo de ciberataques.

FONTE: TRANSPORTES&NEGÓCIOS

 

Reprodução/Instituto Butantan

Segundo o ministério, o processo de aquisição ocorreria somente após o imunizante ser aprovado e obter o registro junto à Anvisa.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje (21) que o governo federal não comprará a vacina CoronaVac, que está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. De acordo com ele, antes de ser disponibilizada para a população, a vacina deverá ser “comprovada cientificamente” pelo Ministério da Saúde e certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“O povo brasileiro não será cobaia de ninguém. Não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem”, escreveu Bolsonaro em publicação nas redes sociais.

Ontem (21), após reunião virtual com governadores, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, assinou um protocolo de intenções para adquirir 46 milhões de doses da CoronaVac, com o objetivo de ampliar a oferta de vacinação para os brasileiros. O ministério já tinha acordo com a AstraZeneca/Oxford, que previa 100 milhões de doses da vacina, e outro acordo com a iniciativa Covax, da Organização Mundial da Saúde, com mais 40 milhões de doses.

Segundo o ministério, o processo de aquisição ocorreria somente após o imunizante ser aprovado e obter o registro junto à Anvisa. Para auxiliar na produção da vacina, a pasta já havia anunciado o investimento de R$ 80 milhões para ampliação da estrutura do Butantan.

A CoronaVac já está na Fase 3 de testes em humanos e, segundo Instituto Butantan, ela é uma vacina segura, ou seja, não apresenta efeitos colaterais graves. Ao todo, os testes serão realizados em 13 mil voluntários e a expectativa é que sejam finalizados até dezembro.

Caso a última etapa de testes comprove a eficácia da vacina, ou seja, comprove que ela realmente protege contra o novo coronavírus, o acordo entre a Sinovac e o Butantan prevê a transferência de tecnologia para produção do imunizante no Brasil. A CoronaVac prevê a administração de duas doses por pessoa.

Fonte: Agência Brasil

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Luxemburgo não tem mar, mas o setor marítimo luxemburguês emprega entre 2.000 a 3.000 pessoas. Além disso, são 215 os navios registados no país.
 

Os dados foram avançados pelo ministro da Economia, Franz Fayot, à margem da apresentação no Parlamento de um novo projeto de lei que visa melhorar as condições de vida e de trabalho das pessoas que trabalham a bordo de navios com pavilhão luxemburguês.

O projeto propõe que os trabalhadores marítimos passarão a ter direito à licença parental, desde que preencham os requisitos estipulados no código do trabalho luxemburguês. Outro dos objetivos do texto é diminuir os riscos de acidente marítimo e de poluição, que muitas vezes acontecem devido a erros humanos resultantes do cansaço ou de formação insuficiente.

Para fazer face à falta de trabalhadores qualificados, um conselheiro técnico (com formação náutica) ou um conselheiro jurídico (especializado em direito marítimo) que trabalhe no Comissariado para os Assuntos Marítimos poderá tornar-se funcionário mesmo sem dominar a língua alemã. Tem, no entanto, de ter competências em inglês. É a primeira vez que uma disposição deste género é incluída num texto legislativo luxemburguês.  

Apesar o Grão-Ducado não ter acesso a mar, o setor marítimo tem-se desenvolvido desde a década de 1990. Cerca de 215 navios e 225 empresas trabalham atualmente no setor. 

FONTE: CONTACTO

Fachada do prédio da Petrobras no Rio de Janeiro
23/09/2020 REUTERS/Sergio Moraes

REUTERS/Sergio Moraes

Petrobras mostrou em sua prévia operacional do terceiro trimestre do ano que se saiu bem frente aos desafios criados pela pandemia de covid-19.

A produção de petróleo gás da companhia totalizou 2,9 milhões de barris de óleo equivalente ao dia (boed), superando as estimativas do UBS em 10%.

De acordo com a Petrobras, o aumento do volume produzido pode ser explicado pela maior eficiência operacional das plataformas instaladas no Campo de Búzios, pelo crescimento da produção da P-70 no Campo de Atapu e pela redução das perdas por indisponibilidade de linhas submarinas.

A taxa de uso das refinarias atingiu 83% no período e superou o percentual projetado pelo UBS, de 80%.

 “Os números do terceiro trimestre do ano dão suporte à nossa visão de que uma retomada deve acontecer mais cedo”, afirmaram Luiz Carvalho e Gabriel Barra, analistas do banco. A notícia é positiva para as distribuidoras de combustíveis.

Raio de sol durante a tempestade

O UBS reiterou a compra da ação da Petrobras, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 27.

Os analistas continuam com uma perspectiva positiva para a empresa, que, apesar dos impactos causados pelo coronavírus, tem focado na sua estratégia de desinvestimentos e está em ritmo acelerado de desalavancagem.

A decisão de dar atenção aos negócios principais deve aumentar a lucratividade da companhia e diminuir a interferência do governo, o acionista controlador.

Nova meta

A Petrobras aproveitou a divulgação do relatório para revisar sua meta anual de produção.

Em 2020, a estatal espera atingir a produção média de 2,8 milhões de boed, dos quais 2,2 milhões correspondem à produção diária de barris de óleo, com variação de 1,5% para cima ou para baixo.

O volume ultrapassa o limite superior das metas divulgadas inicialmente pela empresa para o ano, de 2,7 milhões de boed.

FONTE: MONEY TIMES

 

Pressão sobre o mercado de trabalho pode levar a “crescimento acentuado” do desemprego, alerta ex-diretor do Dieese

Políticas públicas para a agricultura familiar e segurança alimentar, aquisição de alimentos, formação de estoques, crédito e investimento em infraestrutura são medidas necessárias para recolocar o país no caminho do desenvolvimento. Em linhas gerais, essas são algumas das medidas apresentadas durante seminário promovido ao longo desta segunda-feira (19) pelo PT e pela Fundação Perseu Abramo (FPA) como parte de um plano de “reconstrução” para o país.

“A falta de controle de estoque de alimentos regulado pelo Estado, a existência de um Plano Safra exclusivo para o agronegócio, bem como os vetos às medidas de apoio e fortalecimento da Agricultura Familiar e Camponesa, que é responsável em produzir comida de verdade, é o que tem piorado a situação de fome no Brasil”, diz manifesto divulgado na semana passada por várias entidades. Entre elas, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), cujo presidente, Aristides Veras dos Santos, participou do debate.

Alimentos mais caros

O presidente da Contag apontou fatores como a alta demanda por alimentos, associada ao apoio insuficiente à agricultura familiar, além da falta de planejamento nos estoques, como fatores que encarecem os produtos. Ele criticou o Plano Safra 2020/2021, anunciado em junho pelo governo. A confederação esperava um plano específico para a agricultura familiar, a que realmente “garante a segurança alimentar” no país, lembrou Aristides.

O deputado federal João Daniel (PT-SE), que é agricultor, aponta controle do mercado por “grandes corporações de alimentos, que hoje são meia dúzia de empresas”. Além disso, o país vive hoje a “vergonha de importar soja, milho” e outros produtos. “Precisamos avaliar que nós tivemos três governos exitosos com políticas públicas para agricultura familiar, comunidades tradicionais, quilombolas”, disse o parlamentar.

Ele defendeu “um grande programa na área de educação do campo e da erradicação no analfabetismo integrado aos institutos e universidades federais”. Também é preciso recuperar o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), “praticamente desativado”, e ampliar a assistência técnica rural.

Papel do Estado

Na sequência, o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor técnico do Dieese e atual coordenador do Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas de Trabalho (Napp-Trabalho) da FPA, observou que é o auxílio emergencial que vem evitando “uma queda mais acentuada da atividade econômica”. A crise sanitária ampliou a crise no mercado de trabalho, que já vinha se caracterizando por aumento da informalidade e da precarização.

A volta de parte da mão de obra ao mercado de trabalho, em momento de atividade fraca, deve fazer crescer o contingente de desempregados. “Podemos ter um crescimento acentuado do desemprego”, alertou, apontando consequências como aumento da pobreza.

O momento exige investimento público, defendeu Clemente, como forma de “recolocar o país numa trajetória de crescimento”. Além disso, apoio a micro e pequenas empresas, “responsáveis por mais de dois terços das ocupações”. É preciso repensar o papel do Estado, com uma “dinâmica suficiente para enfrentar uma economia que está travada”. Isto é, medidas macroeconômicas, orçamentárias e de apoio ao desenvolvimento.

O senador Paulo Rocha (PT-PA) lembrou que, depois da indústria e dos serviços, a automação está chegando também no setor de construção civil. trabalho no centro da questão. Isso faz aumentar a tendência de retorno de trabalhadores ao campo.

FONTE: REDE BRASIL ATUAL