Ato em Brasília 

IMAGEM: SÉRGIO LIMA/PODER360

 

Os atos de Brasília golpearam mais a Bolsonaro do que a Lula. 

Os bolsonaristas que vandalizaram as sedes dos Três Poderes neste domingo (8.jan.2023) em Brasília, queriam dar uma demonstração de força contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Terminaram tirando a legitimidade de Jair Bolsonaro (PL) como líder da oposição.

Ao anunciar a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, o presidente Lula responsabilizou Bolsonaro pelas depredações. “Ele não só provocou isso, não só estimulou isso, como está estimulando ainda pelas redes sociais. É da responsabilidade dele, dos partidos que sustentam ele e tudo isso vai ser apurado com muita força e muita rapidez”, acusou Lula.

Ninguém saiu em defesa de Bolsonaro

Os principais líderes políticos, incluindo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), apoiador de Bolsonaro, atacaram os atos e apoiaram a decisão de Lula de intervir no Distrito Federal.

Lira anunciou uma reunião com Lula e os presidentes do Senado e do Supremo Tribunal Federal nesta semana para “deixar absolutamente inquestionável que os Três Poderes estão mais unidos do que nunca a favor da Democracia”. A rapidez com que Lira propôs uma reunião dos Três Poderes é sintomática da possibilidade de uma parceria com Lula em novos termos, isolando o bolsonarismo radical. Podemos ter uma mudança ministerial mais rápida do que se imaginava.

Vários governadores ligados a Bolsonaro também se solidarizam com Lula. Com os atos de domingo, ficar próximo de Bolsonaro tornou-se politicamente tóxico.

Lula tem agora ao seu lado o monopólio da democracia. Mesmo seus opositores tendem a baixar o tom das críticas para não serem confundidos com os golpistas.

Se souber usar essa oportunidade, Lula poderá ampliar o seu arco de aliança e empurrar o bolsonarismo radical para um canto do ringue político. Grupos de direita e centro-direita que recusam Lula, mas são democratas, podem ser instados a uma opção mais moderada. O governo Lula 3 ganhou uma lua-de-mel inimaginável até semanas atrás.

 

THOMAS TRAUMANN

FONTE: PODER360

 

 

carteira de trabalho

IMAGEM: RAFAEL NEDDERMEYER

 

Precisamos de marco regulatório de ampla proteção social, trabalhista e previdenciária; políticas ativas de geração de trabalho e renda, capazes de enfrentar o desemprego

No dia 7 de abril de 2022 foi realizada a nova Conferência da Classe Trabalhadora (Conclat 2022), convocada por nove centrais sindicais. A Conclat aprovou a Pauta da Classe Trabalhadora ancorada em quatro pontos: emprego, direitos, democracia e vida.

Em um representativo ato político, o Fórum das Centrais Sindicais entregou a Pauta da Conclat aos pré-candidatos Lula e Alckmin. Os dirigentes sindicais enfatizaram, na ocasião, a necessidade de revogar os marcos regressivos da legislação trabalhista e previdenciária.

Três prioridades dessa Agenda foram encaminhadas antes mesmo da posse dos eleitos. Com a aprovação da PEC da Transição, ficaram assegurados o pagamento do Bolso-Família de 600 reais, o aumento real do salário mínimo e o fim do teto de gastos.

Depois da posse, outros itens foram contemplados. Destaque para a revogação das privatizações, retomada dos Conselhos e Conferências e reestruturação do Ministério do Trabalho e Emprego para coordenar a ação do governo nesta área estratégica.

Foi um bom começo e abre perspectivas positivas para um novo projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho. Para tanto, é essencial “implementar um marco regulatório de ampla proteção social, trabalhista e previdenciária”.

Nesse rumo, e em conformidade com a Pauta aprovada, o movimento sindical deve lutar por “políticas ativas de geração de trabalho e renda para enfrentar o desemprego, o subemprego, a rotatividade e a informalidade crescentes”.

Tudo isso deve vir acompanhado do fortalecimento sindical. Para que haja negociação digna do nome os trabalhadores precisam de sindicatos fortes, com garantia dos direitos trabalhistas, direito de greve e de financiamento solidário aprovado em assembleia.

A Pauta aprovada é ampla. Trata da jornada de trabalho, proteção frente às inovações tecnológicas, trabalho igual, salário igual, direito de negociação do setor público, restrição às demissões imotivadas e políticas para favorecer a entrada dos jovens no mercado de trabalho.

A definição do novo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, com raízes no movimento sindical, gera uma grande expectativa de que a obra de reconstrução e transformação nacional coloque o trabalho no topo das prioridades e reverta a degradação trabalhista no Brasil. 

Nivaldo Santana

Secretário Sindical do PCdoB e secretário de Relações Internacionais da CTB

FONTE: PORTAL VERMELHO

notice 

IMAGEM: REPRODUÇÃO

 

Assinada por seus presidentes, as centrais exigem ação enérgica do governo para garantir a soberania popular, o cumprimento da Constituição e o pleno exercício da democracia.

As centrais sindicais brasileiras emitiram nota na tarde deste domingo, 8, repudiando a ação terrorista no Distrito Federal que invadiu e depredou o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.

Para as centrais, “trata-se de um complô golpista que visa desacreditar o Estado de Direito e que, de forma criminosa, contou com a leniência do governo do Distrito Federal”.

Assinada por seus presidentes, as centrais exigem ação enérgica do governo para garantir a soberania popular, o cumprimento da Constituição e o pleno exercício da democracia. Soberania que através do voto, elegeu o presidente da República e o Congresso Nacional”.

Também expressaram solidariedade aos membros do três Poderes da República e manifestaram apoio às iniciativas e medidas necessárias e urgentes para ocuparmos a nossa institucionalidade rapidamente, com a intervenção federal no Governo do Distrito Federal.

As centrais orientam as entidades sindicais e seus dirigentes “que se mantenham vigilantes, atentos às iniciativas que tomaremos e cientes que a democracia é um bem valioso, conquistado pelos trabalhadores e por toda a sociedade”.

Leia a íntegra da Nota:

 

 

 

Exigimos medidas enérgicas e exemplares contra atos terroristas

Sindicatos devem atuar para proteger estado democrático de direito

 

As centrais sindicais, representando os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, repudiam veementemente a ação terrorista no Distrito Federal, implementada através da invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF.

Trata-se de um complô golpista que visa desacreditar o Estado de Direito e que, de forma criminosa, contou com a leniência do governo do Distrito Federal.

Isso é inaceitável! O Brasil não pode continuar sob o caos e a desordem que marcaram os últimos quatro anos.

Exigimos ação enérgica do governo para garantir a soberania popular, o cumprimento da Constituição e o pleno exercício da democracia. Soberania que através do voto, elegeu o presidente da República e o Congresso Nacional.

Expressamos nossa solidariedade aos membros do três Poderes da República e manifestamos nosso apoio às iniciativas e medidas necessárias e urgentes para ocuparmos a nossa institucionalidade rapidamente, com a intervenção federal no GDF.

Orientamos todas as entidades sindicais e seus dirigentes que se mantenham vigilantes, atentos às iniciativas que tomaremos e cientes que a democracia é um bem valioso, conquistado pelos trabalhadores e por toda a sociedade.

São Paulo, 8 de janeiro de 2023

Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)

Miguel Torres, Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)

Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

Antonio Neto, Presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)

Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)

Nilza Pereira de Almeida, Secretária-geral da Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)

Emanuel Melato, Intersindical instrumento de Luta

José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor

 

 

 

Quem é demitido por justa causa perde muitos direitos

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Adesão do Brasil à convenção da OIT que proíbe 'dispensas imotivadas', ou seja, sem justificativa, está em análise na Corte

O STF (Supremo Tribunal Federal) poderá concluir ainda no primeiro semestre de 2023 um julgamento que se arrasta há 25 anos e com possíveis impactos para as relações entre empresas e empregados no Brasil.

Em uma das possibilidades à mesa, poderá proibir as demissões injustificadas, ou seja, aquelas que não tenham uma razão baseada em questões econômicas (da empresa) ou comportamentais (do empregado).

Não é essa possibilidade, porém, em discussão no STF.

O que os ministros discutem desde 1997 na ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 1.625 é a legalidade de um decreto assinado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) cancelando a adesão do Brasil à Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho). 

A convenção define critérios para o encerramento dos contratos de trabalho por iniciativa do empregador. Em um de seus artigos, a 158 prevê que: "não se dará término à relação de trabalho de um trabalhador a menos que exista para isso uma causa justificada relacionada com sua capacidade ou seu comportamento ou baseada nas necessidades de funcionamento da empresa, estabelecimento ou serviço."

No STF, o julgamento foi retomado no ano passado, mas novamente paralisado porque o ministro Gilmar Mendes pediu mais tempo para votar. A expectativa de que o julgamento seja concluído antes da metade final do ano existe porque em 2023 passa a valer um novo prazo regimental para pedidos de vista (como é chamado esse procedimento em que o ministro pede um tempo adicional para análise de casos).

ENTENDA O QUE ESTÁ EM DISCUSSÃO

  • O que o STF pode decidir

  • O que acontece se a Convenção 158 voltar a valer

  • O que acontece se o Congresso tiver que analisar a validade

  • O que acontece se a ação for derrubada

  • Demissão com e sem justa causa ou sem motivo; quais as diferenças

  • O que diz a Convenção 158 da OIT

Se um ministro não devolver ou não votar em até 90 dias, o processo fica automaticamente liberado para a pauta. O novo prazo começa a valer em 1º de fevereiro (a Corte está com prazos processuais suspensos até 31 de janeiro).

No caso da ADI, portanto, se Gilmar Mendes não liberar o processo até o fim de abril, ele estará automaticamente liberado para a pauta e aí dependerá da presidente Rosa Weber abrir a sessão de julgamento virtual ou levar o caso ao plenário.

O QUE O STF PODE DECIDIR

Existem três possibilidades principais na mesa, com base nos votos proferidos até agora. Como ainda faltam votos de três ministros –Alexandre de Moraes, Kassio Nunes e André Mendonça– e os que já se manifestaram podem mudar seus entendimentos até o fim, o resultado final segue imprevisível.

Os ministros Rosa Weber e Ricardo Levandowski e o ex-ministro Joaquim Barbosa consideraram que o decreto de FHC precisaria ter passado pelo Congresso Nacional para ter validade e, ao não fazer isso, a publicação é inconstitucional.

O QUE ACONTECE SE A CONVENÇÃO 158 VOLTAR A VALER

Caso esse entendimento seja o majoritário, o advogado Luiz Antonio Franco, sócio trabalhista do escritório Machado Meyer, vê ainda outras indefinições. Uma possibilidade seria colocar em xeque todas as demissões sem justa causa recentes.

"Sem modulação, todas as demissões dos dois anos anteriores poderiam ser discutidas", afirma.

A modulação é a etapa em que o STF estabelece limites para aplicar um entendimento definido em um julgamento. O prazo de dois anos é a chamada prescrição, o tempo máximo, a partir do fim do contrato, para um trabalhador discutir judicialmente direitos.

O advogado Cassiano D'Angelo, sócio trabalhista do escritório Guadêncio, considera improvável que o Supremo finalize esse julgamento sem que haja uma modulação. Esses parâmetros podem incluir, por exemplo, a aplicação da regra apenas a grandes empresas, carreiras organizadas ou a partir de um certo número de funcionários.

É possível ainda, diz o advogado, que os ministros excluam a retroatividade da norma, e a obrigação da justificação só valeria para demissões futuras.

Na avaliação de Luiz Antonio Franco, a retomada da validade da Convenção 158 poderá gerar ainda uma segunda discussão, que poderá ou não ser contemplada pelo STF já no acórdão. A dúvida refere-se ao enquadramento dos tratados internacionais.

Atualmente, o entendimento é de que ele é uma norma supralegal e, nas questões de direitos humanos, tem o mesmo peso do texto constitucional. Quando esse caso começou a ser discutido, no entanto, o próprio STF entendia que havia necessidade de uma lei complementar regular aquilo que ainda não estivesse previsto na legislação (a convenção só valeria se a lei criasse a figura da demissão sem justificativa).

DEMISSÃO SEM MOTIVO

  • Quando o STF vai decidir

    A ADI 1.625 estará pronta para volta a julgamento no fim de abril, mas dependerá da presidência da Corte

  • O que está em discussão

    Se um decreto no qual o Brasil rompeu com uma convenção da OIT tem validade ou se ele precisaria passar pelo Congresso Nacional

  • O que diz a convenção

    Que há a necessidade de uma justificativa para o fim dos contratos

  • O que diz as entidades

    Os sindicatos defendem a convenção e dizem que a regra protege os trabalhadores; os grupos patronais dizem que a regra é uma burocracia que fragiliza as contratações

O QUE ACONTECE SE O CONGRESSO TIVER QUE ANALISAR A VALIDADE

Uma outra possibilidade é a admissão parcial da ação, segundo a qual o Congresso Nacional precisaria analisar o decreto assinado por FHC. Votaram nesse sentido o ministro Dias Toffoli e o ex-ministro Nelson Jobim.

Nesse caso, a dúvida seria referente ao intervalo entre a decisão do STF e a conclusão da análise pelos deputados e senadores.

"Até a validação no Congresso, a convenção estaria vigente e aí teríamos também os efeitos sobre dois anos de demissões enquanto as discussões correm."

O QUE ACONTECE SE A AÇÃO FOR DERRUBADA

Até o momento, apenas um voto, do ex-ministro Teori Zavascki, propôs que a eficácia futura do entendimento desse tipo de decreto precisa de análise do Congresso Nacional. Ou seja, o cancelamento da adesão a um tratado internacional depende de avaliação de senadores e deputados, mas somente para novas convenções.

Com isso, o rompimento com a Convenção 158 estaria mantido e as demissões seguem como são hoje.

DEMISSÃO COM E SEM JUSTA CAUSA OU SEM MOTIVO; QUAIS AS DIFERENÇAS

As dispensas por justa causa são previstas na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em caso de falta grave cometida pelo empregado.

Para o trabalhador, ela também resulta na suspensão de direitos –ele perde o direito à multa de 40% sobre o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), saldo de férias e 13º proporcionais ou aviso-prévio. Também não acessa o seguro-desemprego.

O QUE DIZ A CONVENÇÃO 158 DA OIT

O texto aprovado na Conferência Internacional do Trabalho realizada em Genebra (Suiça) em 1982 trata do "término da relação de trabalho por iniciativa do empregador" e, segundo levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) em 2019, foi adotado por 35 países.

O ponto central da regra prevista na convenção trata da justificativa para a demissão. Nas questões comportamentais, diz o advogado Luiz Antonio Franco, a ideia é que o empregado tenha tempo para se defender e mesmo alterar sua conduta com relação à produtividade e assiduidade, por exemplo.

Na frente econômica, a justificativa seria um pouco mais simples, uma vez que bastaria demonstrar a inviabilidade financeira de manter aquele empregado.

A regra prevê ainda que algumas situações não podem ser consideradas razões para demissão, tais como raça, cor, sexo, estado civil, responsabilidades familiares, gravidez, religião, opiniões políticas e origem social.

Filiação a sindicato ou participação em atividade sindical, ser candidato a representante dos trabalhadores ou apresentar queixa contra empregador por suposta violação de lei ou regulamento também estão na lista de vetos.

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 
 
 

 

Los manifestantes protestan contra el regreso al poder de Lula da Silva, quien fue investido hace una semana como nuevo presidente. (Foto: AFP)

IMAGEM: AFP

Congressistas citam ataque à democracia brasileira por apoiadores de ex-presidente; analista vê dois caminhos

Os deputados americanos Alexandria Ocasio-Cortez e Joaquin Castro, filiados ao Partido Democrata de Joe Biden, pediram em publicações no Twitter que Jair Bolsonaro (PL) deixe os Estados Unidos, citando os ataques à democracia empreendidos por apoiadores do ex-presidente do Brasil em Brasília neste domingo (8).

Bolsonaro saiu do Brasil no último dia 30 de dezembro, antes do fim de seu mandato. Rompendo uma tradição democrática, decidiu não passar a faixa para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e se instalou na região de Orlando, próximo aos parques da Disney.

Segundo Gustavo Ferraz de Campos Monaco, professor titular de direito internacional privado da Faculdade de Direito da USP, dois caminhos poderiam resultar na saída compulsória do político dos EUA: deportação e extradição.

A extradição depende de diferentes variáveis. Monaco explica que ele deve, primeiro, ser solicitado pelo Judiciário brasileiro e, então, encaminhada pelo governo federal ao americano —que pode ou não aceitá-lo. 

O processo só pode acontecer caso exista um acordo específico entre os dois países envolvidos, o que é o caso de Brasil e EUA, e depende de fatores como reciprocidade de penas, explica o professor.

A deportação, por sua vez, é um mecanismo mais rápido e depende exclusivamente da vontade do Estado no qual o ex-presidente agora se encontra. Nesse caso, a decisão não precisa estar ancorada em nenhuma premissa ou pressuposto, segundo Monaco. Seguindo essa hipótese, caso tenha usado seu passaporte diplomático para entrar nos EUA, o ex-presidente teria 72 horas para deixar o país.

Deputada por Nova York, Alexandria Ocasio-Cortez afirmou, em sua conta de Twitter, que os EUA deveriam parar de "conceder refúgio a Bolsonaro" na Flórida.

"Cerca de dois anos depois de o Capitólio dos EUA ser atacado por fascistas, vemos movimentos fascistas no exterior tentando fazer o mesmo no Brasil’, afirmou ela.

A mensagem foi publicada depois da invasão da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na tarde deste domingo (8). Os golpistas invadiram áreas do Congresso Nacional, do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal), espalharam atos de vandalismo e depredação e entraram em confronto com a PM.

Mensagem semelhante à de AOC foi publicada pelo deputado democrata Joaquin Castro, do Texas, também na rede social. Nela, o deputado presta apoio ao governo brasileiro e afirma que "Bolsonaro não deve receber refúgio na Flórida, onde se esconde da responsabilidade por seus crimes". O ex-presidente é alvo de investigações, mas não foi formalmente denunciado na Justiça brasileira.

"Terroristas domésticos e fascistas não podem usar a cartilha de Trump para minar a democracia", disse Castro.

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 

IMAGEM: Novo comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen/Marinha do Brasil

Novo comandante da Marinha assume sem que o anterior participe da transmissão do cargo. 

A Marinha, com o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), foi muito beneficiada nos mandatos anteriores do presidente Lula. O fato deverá ser lembrado durante a posse do novo comandante da Força, almirante Marcos Sampaio Olsen, na quinta-feira. A solenidade ocorrerá sem a cerimônia de transmissão do cargo, pois o comandante anterior, Almir Garnier Santos, recusou-se a estar presente, o que é um fato inédito.

Na posse, a proximidade do presidente petista com os interesses da Marinha deve ser motivo do pronunciamento do novo ministro da Defesa, José Mucio Monteiro. O programa dos submarinos foi viabilizado por Lula em 2008, quando negociou e assinou um tratado de transferência tecnológica com o governo da França. Pelo acordo, a Marinha do Brasil deu impulso ao desenvolvimento de um submarino com propulsão nuclear, projeto acalentado por décadas, além da construção de quatro submarinos com propulsão diesel-elétrica. Agora, com a volta de Lula, reacendem-se as esperanças de que o Prosub será novamente fortalecido.

Para a realização do projeto, a Marinha firmou um contrato com a construtora Odebrecht, que dura até hoje, pelo qual foram construídos o estaleiro e a base naval em Itaguaí, no litoral sul do Rio. Também pelo contrato já foi entregue o primeiro dos quatro submarinos convencionais.

Marinha e Prosub serão tema da visita do presidente da França

O acordo de transferência tecnológica será um dos temas da visita do presidente francês, Emmanuel Macron, que fez chegar a Lula o desejo de vir ao Brasil ainda neste semestre. Pelo acordo, a Marinha já enviou centenas de militares e civis para serem treinados em estaleiros da França.

O almirante Olsen é um grande conhecedor do Prosub, pois foi diretor de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha desde dezembro de 2017. O novo comandante dirigiu o órgão que tem como missão planejar, orientar, coordenar e controlar as atividades nucleares, científicas, tecnológicas e de inovação, atuando como centro executivo do Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha.

O primeiro submarino convencional realizado pelo Prosub foi entregue quase quatro anos após entrar em testes. Em setembro passado, finalmente o submarino S40 Riachuelo foi incorporado ao Setor Operativo da Marinha do Brasil.

Segundo a Marinha, o Riachuelo entrou em operação após ter cumprido um extenso e rigoroso calendário de testes, tanto no porto, como no mar. O objetivo da esquadra de submarinos é, principalmente, defender e vigiar o mar territorial brasileiro no qual é retirado 95% do petróleo, 80% do gás natural e 45% do pescado produzido no país. Também é por rotas marítimas que fluem 95% do comércio exterior do Brasil.

No mesmo caminho do Riachuelo, outro dos quatro submarinos convencionais também está passando por testes. Trata-se do S41 Humaitá. Os outros dois, S42 Tonelero e S43 Angostura, estão em diferentes estágios de construção nos estaleiros de Itaguaí. Já o Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN) “Álvaro Alberto” sofre com os constantes atrasos do Prosub, afetado pela crise econômica e política do país, principalmente após 2015.

FONTE: Diário do Porto

IMAGEM: PETROBRAS/DIVULGAÇÃO

 

A Petrobras está intensificando a segurança em suas refinarias, em uma medida cautelar após receber ameaças de ataque contra instalações, incluindo as refinarias Reduc e Repar, disseram dois executivos da empresa, que pediram anonimato.

As ameaças foram detectadas pela unidade de inteligência da Petrobras que monitora as comunicações nas redes sociais de apoiadores do ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro, disseram as fontes.

A estatal disse em comunicado que todos os seus ativos e refinarias estão operando normalmente.

“A Petrobras está tomando todas as medidas preventivas de proteção necessárias, conforme procedimento padrão”, afirmou em comunicado.

Milhares de apoiadores de Bolsonaro neste domingo invadiram o Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), destruindo móveis e quebrando janelas, em um eco da invasão do Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021 por apoiadores do então presidente do EUA, Donald Trump.

As ameaças aos ativos visados pela Petrobras incluem refinarias nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, disseram as fontes.

A Petrobras tem equipe de segurança privada de 1.000 pessoas e está trabalhando em coordenação com a polícia militar.

O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL) disse no Twitter que enviou no sábado policiais para reforçar a segurança na Reduc, a principal refinaria do Estado.

 

FONTE: REUTERS

Supremo Tribunal Federal (STF) e estátua da Justiça

IMAGEM: SÉRGIO LIMA/PODER360

 

Ação deve voltar a ser analisada na Corte ainda no primeiro semestre

O Supremo Tribunal Federal pode validar uma norma que proíbe demissões sem justa causa. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 1625, ajuizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em 1997, quer a nulidade de um decreto de FHC que revogou a Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que barra a possibilidade.

A análise do caso recomeçou no fim de outubro. No entanto, o ministro Gilmar Mendes pediu vista. Com a nova regra da Corte que alterou para 90 dias o prazo máximo para que os processos com pedido de vista sejam devolvidos para julgamento, a ação deve voltar à pauta no primeiro semestre.

Há três linhas de voto no julgamento até o momento. Três ministros reconhecem a validade do Decreto nº 2.100, que retirou o Brasil da convenção: Dias Toffoli, Nelson Jobim (aposentado) e Teori Zavascki (morto em um acidente em 2017). No entanto, Toffoli e Teori defenderam que, para casos futuros, a saída de tratados e acordos internacionais deve ser aprovada pelo Congresso.

Já Joaquim Barbosa (aposentado), Ricardo Lewandowski e Rosa Weber votaram pela inconstitucionalidade do decreto, por avaliarem que a norma precisaria ter sido submetida ao Congresso.

Os ministros aposentados Maurício Corrêa e Carlos Ayres Britto votaram pela procedência parcial da ação. Para eles, caberia ao Congresso ratificar ou questionar os tratados internacionais. Em razão disso, a sua revogação definitiva dependeria de referendo dos parlamentares. Faltam os votos de Gilmar Mendes, André Mendonça e Kassio Nunes Marques. A discussão será acompanhada de perto por empresários e juristas.

FONTE: O ANTAGONISTA

 

IMAGEM: Wpa Pool/Getty Images

 

Os regimes flexíveis oferecem um "melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal" e “benefícios significativos para empregadores e empregados”, conclui a Organização Internacional do Trabalho

Horários de trabalho flexíveis, como os que foram aplicados durante a pandemia de covid-19, podem trazer benefícios às empresas e trabalhadores, incluindo maior produtividade e melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional, segundo um estudo da OIT.

O relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) "Tempos de trabalho e equilíbrio entre vida profissional e pessoal no mundo", divulgado esta sexta-feira, analisa diferentes regimes de horários de trabalho, incluindo trabalho por turnos, 'on-call work' (trabalho de prevenção), horários concentrados e regime médio de horas de trabalho/dia.

O estudo reporta que, em 2019, mais de um terço dos trabalhadores no mundo trabalhavam regularmente mais de 48 horas por semana, enquanto um quinto da força de trabalho mundial trabalhava menos de 35 horas semanais, sendo o horário padrão de 40 horas semanais.

Os regimes flexíveis oferecem, segundo o relatório, um "melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal" e "benefícios significativos para empregadores e empregados".

A semana de trabalho padrão clássica, de oito horas por dia, cinco ou seis dias por semana, "oferece estabilidade para os trabalhadores", mas tais horários fixos "são muitas vezes muito inflexíveis para permitir tempo para as exigências familiares", afirma a OIT.

Segundo o estudo, os horários flexíveis permitem que os trabalhadores organizem os seus próprios horários de trabalho com base nas suas necessidades individuais, dentro dos parâmetros estabelecidos, a fim de equilibrar o trabalho remunerado e os compromissos pessoais. 

Este regime flexível "tem efeitos positivos na saúde mental dos trabalhadores, mas pode reforçar desigualdades de género se apenas as mulheres o usarem", alerta no entanto a OIT.

O trabalho por turnos, segundo a OIT, pode dar maior flexibilidade de horário aos trabalhadores para ajudá-los a equilibrar o trabalho com compromissos mas, por outro lado, "pode exigir que os trabalhadores trabalhem em horários atípicos, o que tem sido associado a riscos significativos para a saúde e perturbações na vida familiar".

Já o trabalho a tempo parcial (menos de 35 horas por semana), com horários previsíveis, permite mais tempo aos trabalhadores para as suas responsabilidades pessoais e/ou de lazer, "levando a um melhor equilíbrio entre o trabalho remunerado e a vida pessoal", pode ler-se no relatório.

Por sua vez, o trabalho de prevenção ('on-call work'), baseado em horários altamente imprevisíveis, "perturba gravemente" o equilíbrio entre a profissional e a familiar e demonstrou ter efeitos negativos na saúde dos trabalhadores.

Os horários concentrados permitem fins de semana mais longos para passar com a família e amigos e, assim, "melhorar o equilíbrio entre vida profissional e pessoal", pode ler-se no estudo, indicando que há sinais sobre impactos positivos também na saúde.

O estudo refere ainda que as medidas de resposta à crise pandémica, como os horários reduzidos, ajudaram a evitar a perda de empregos e mostraram que "a implementação em larga escala do teletrabalho em quase todos os lugares do mundo em que era viável, mudou a natureza do emprego, provavelmente no futuro previsível".

O teletrabalho ajudou a manter o emprego e criou novas possibilidades para a autonomia dos trabalhadores, no entanto, a OIT defende que este e outro tipo de regimes flexíveis necessitam de ser regulamentados "para conter os seus potenciais efeitos negativos, através de políticas como o chamado "direito de desligar" do trabalho".
 
FONTE: EXPRESSO
 

Ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, durante a posse de Lula

IMAGEM: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo

 

“A boa notícia, como tem dito o presidente Lula, é que o Brasil está de volta. Existe uma clara demanda do mundo pelo Brasil”, disse ele

 Em um discurso de quase 40 minutos em sua cerimônia de posse, o novo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deixou claro o fim da política externa do governo de Jair Bolsonaro e prometeu a volta do Brasil ao protagonismo internacional.

Na presença do ex-chanceler Carlos França, Vieira apontou que o Brasil retomará sua tradicional política de direitos humanos, voltará ao protagonismo nos fóruns internacionais e voltará a investir nas relações regionais.

“Estivemos alijados do cenário internacional nos últimos anos por força de uma visão ideológica limitante. Com bom senso e muito trabalho e dedicação, reconquistaremos nosso lugar”, afirmou o novo ministro.

Nos últimos quatro anos, o Brasil se afastou de posições internacionais tradicionais, que vão desde a defesa da solução de dois Estados para a situação da Palestina à defesa de direitos das mulheres e de minorias e da ação a favor de imigrantes.

Em fóruns internacionais e na Organização das Nações Unidas (ONU), o país se alinhou a nações como a Arábia Saudita, por exemplo, contra políticas de direitos reprodutivos. Votou, pela primeira vez, com os Estados Unidos e contra a condenação ao embargo a Cuba. Abandonou os fórum regionais e a prioridade na relação com países como a Argentina e criou problemas nas relações com China, França e Alemanha, entre outros.

Posições que Vieira deixou claro que serão abandonadas com a volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao poder.

“Teremos de recompor relações bilaterais danificadas e retomar o protagonismo construtivo nos foros e organismos internacionais onde temos uma contribuição singular a oferecer", afirmou.

"O Brasil será um parceiro confiável, um ator incontornável, uma liderança e uma força positiva em favor de um mundo mais equilibrado, racional, justo e pacífico”, acrescentou. “O Brasil realinhará a política externa em direitos humanos aos parâmetros da Constituição Federal e do direito internacional dos direitos humanos, sobretudo na promoção da igualdade de gênero; no combate à discriminação e à violência em função de orientação sexual e identidade de gênero; na promoção da igualdade racial e o combate ao racismo e a xenofobia; e na defesa dos direitos dos povos indígenas."

Logo após o assumir o cargo, Vieira instaurou três mudanças em áreas que tinham sido relegadas a segundo plano no governo anterior: recriou as secretarias de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, que fora rebaixada a um departamento; da África e Oriente Médio, que havia sido unida à da Europa; e a de Serviço Consular, colocada como um departamento da Secretaria de Assuntos Políticos.

São três áreas colocadas como prioritárias para o novo ministro. Vieira, que indicou pela primeira vez uma mulher para a Secretaria-Geral do Itamaraty, a embaixadora Maria Laura da Rocha, tocou também em um ponto sensível para a gestão da chancelaria: a pouca quantidade de negros e mulheres em geral na carreira --elas representam apenas 27% dos diplomatas-- e menos ainda nos cargos mais altos.

O próprio ministro foi criticado por, em sua primeira passagem como chanceler, ter promovido poucas mulheres. Agora, se comprometeu a adotar políticas de maior inclusão de negros e mulheres na carreira.

“A sub-representação crônica de pessoas negras e mulheres distancia o perfil da diplomacia brasileira da sociedade que representa. Para reverter progressivamente esse quadro, instruirei a Secretaria de Estado a elaborar uma política de diversidade e inclusão no Itamaraty”, disse.

IMPEACHMENT

Mauro Vieira, de 71 anos, volta ao topo da carreira diplomática quase sete ano depois de deixar o cargo com o impeachment da então presidente Dilma Rousseff em maio de 2016.

O embaixador foi o terceiro ministro das Relações Exteriores de Dilma, e citou o impedimento de Dilma em seu discurso na volta ao comando do Itamaraty.

“Não é comum que a nós seja dada uma segunda oportunidade de voltar a fazer algo que foi brusca, involuntariamente interrompido. Em maio de 2016, deixei o cargo a que hoje regresso, em meio a um doloroso processo de impeachment que fraturou o país e deixou marcas profundas”, lembrou.

“Queria reiterar a gratidão que devo à presidenta Dilma Rousseff, primeira mulher a ocupar a Presidência do nosso país, pela confiança que em mim depositou naquele período, lamentando que não tenhamos podido concluir, na política externa, as tarefas a que nos havíamos proposto.”

Em um salão lotado de convidados e, especialmente, diplomatas, Mauro Vieira foi aplaudido de pé por um Itamaraty que, nos últimos quatro anos, sobreviveu praticamente alijado das principais decisões de governo, executando uma política externa que terminou por afastar o país do centro do cenário político internacional.

“A boa notícia, como tem dito o presidente Lula, é que o Brasil está de volta. Existe uma clara demanda do mundo pelo Brasil”, afirmou.

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Edifício sede da Petrobras

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Petrobras (PETR4) anunciou nesta sexta-feira que assinou acordo para aderir à Oil & Gas Methane Partnership (OGMP) 2.0, iniciativa global coordenada pela Organização das Nações Unidas (ONU) dedicada à quantificação e gestão de emissões de metano, com foco na mitigação das mudanças climáticas.

Segundo a estatal, sua adesão à OGMP reflete o valor da transparência e da importância que a companhia atribui à medição das emissões, além de contribuir para atingir a consolidação da redução de 55% da intensidade de emissões de metano no “upstream” até 2025.

A OGMP reúne mais de 80 empresas da indústria, com coordenação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e da Climate and Clean Air Coalition, organização voluntária mundial em prol da redução de emissões de gases de efeito estufa, disse a Petrobras.

“A atuação da Petrobras também colabora para o posicionamento do Brasil frente ao Global Methane Pledge, que prevê redução de 30% das emissões de metano até 2030 (com base em 2020)”.

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Bandeiras dos membros efetivos do Mercosul

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Ao tomar posse no Congresso, petista destacou a reconstrução do diálogo "altivo e ativo" com os Estados Unidos, a comunidade europeia, a China e os países do Oriente, citando também o fortalecimento dos Brics

O presidente da República, agora empossado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou neste domingo (1º) que seu governo irá retomar a integração sul-americana, a partir do Mercosul, da revitalização da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e das demais instâncias de articulação da região.

Lula ainda destacou a reconstrução do diálogo “altivo e ativo” com os Estados Unidos, a comunidade europeia, a China e os países do Oriente, citando também o fortalecimento dos Brics. 

“Sobre esta base poderemos reconstruir o diálogo altivo e ativo com os Estados Unidos, a Comunidade Europeia, a China, os países do Oriente e outros atores globais; fortalecendo os Brics, a cooperação com os países da África e rompendo o isolamento a que o país foi relegado”, disse Lula após ser empossado como 39º presidente da República.

O petista disse ainda que os olhos do mundo estiveram voltados para o Brasil nas últimas eleições, e que o mundo espera que o País volte a ser um líder no enfrentamento à crise climática e “um exemplo de país social e ambientalmente responsável”. “Capaz de promover o crescimento econômico com distribuição de renda, combater a fome e a pobreza, dentro do processo democrático”, concluiu.

Brasil retoma relação com a Venezuela

O novo governo do presidente Lula vai restabelecer relações diplomáticas totais com a Venezuela a partir de hje (1º).

Mauro Vieira, que será empossado ministro das Relações Exteriores neste domingo, disse que vai enviar logo nos primeiros dias de governo diplomatas ao país vizinho para reabrir a embaixada brasileira em Caracas.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, poderia até presenciar a posse de Lula, depois que o presidente Jair Bolsonaro (PL) revogou uma portaria de 2019 que impedia sua entrada no Brasil, mas acabou cancelando sua participação.

As relações entre os dois países estavam suspensas desde 2019, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro resolveu reconhecer o então líder opositor Juan Guaidó como “presidente interino” da Venezuela.

O restabelecimento das relações com a Venezuela é visto como um acerto pela grande maioria dos especialistas em relações internacionais, alguns deles ouvidos pela CNN nos últimos dias.

FONTE: CNN