As equipes de resgate do Corpo de Bombeiros de Santarém e de Belém, além de militares da Marinha do Brasil, continuam as buscas pelos nove desaparecidos do rebocador da empresa Bertolini que afundou no rio Amazonas na madrugada de quarta-feira (2), depois de bater com um navio da Mercosul Line, próximo ao município de Óbidos, região oeste do Pará.

Já são mais de 90 horas sem notícias sobre o paradeiro do rebocador. As buscas, que já duram quatro dias, foram retomadas na manhã deste domingo (6). O trabalho das equipes de resgate tem sido intenso. Segundo o Corpo de Bombeiros, a água escura, a forte correnteza e a profundidade do rio têm dificultado o trabalho de mergulhadores.

Força tarefa

Uma força tarefa está sendo feita para localizar o rebocador e os desaparecidos o quanto antes. Dois navios especializados chegaram ao local do acidente neste domingo e estão realizando sondagens. Será utilizado um scanner fixo e outro portátil para fazer a varredura no fundo do rio. Segundo a Bertolini, uma empresa também foi contratada para fazer a remoção do rebocador.

Um dos navios é o Hidroceanográfico Fluvial Rio Branco, utilizado em levantamentos oceanográficos, meteorológicos e pesquisas. Outro é o Patrulha Bocaína, que tem a missão de fazer a inspeção naval, a patrulha naval, a salvaguarda da vida humana no mar e a fiscalização das águas territoriais brasileiras.

As buscas se concentram no entorno do navio e em áreas próximas, onde o rebocador foi avistado pela última vez. O Corpo de Bombeiros informou ainda que o trecho do rio Amazonas, onde aconteceu o acidente, possui profundidade que varia entre 60 e 70 metros, com correnteza de 9 km/h. A preocupação também é com a segurança dos mergulhadores.

O acidente

O rebocador com nove balsas carregadas com grãos colidiu com o navio cargueiro na madrugada de quarta-feira (2), por volta de 4h30. De acordo com a Capitania Fluvial de Santarém, no empurrador havia 11 pessoas, sendo 9 tripulantes e dois passageiros. Duas pessoas conseguiram se salvar. Elas foram resgatadas e levadas de lancha para Santarém.

Investigações

A Polícia Cívil de Óbidos já abriu um inquérito para apurar as responsabilidades pelo acidente. Em entrevista à TV Tapajós, o delegado Tiago Mendes disse que o acidente é complexo e de grandes proporções que demandam uma instrução detalhada. A Capitania Fluvial também vai investigar as causas do acidente.

Sobrevivente relata cena

Euclinger Costa, um dos sobreviventes do naufrágio do rebocador esteve na Capitania Fluvial de Santarém e relatou o desespero vivido momentos antes do rebocador afundar. Ele foi resgatado por uma embarcação que estava próximo ao local. Euclinger contou ao comandante da Capitania, Ricardo Barbosa, que ao perceber que a embarcação estava afundando, se lançou ao rio.

Lista de envolvidos

A Bertolini Transportes divulgou ainda na quarta-feira (2), uma lista com o nome dos nove tripulantes envolvidos no acidente. A Capitania Fluvial divulgou na quinta-feira (3) o nome das outras duas pessoas que também estavam no rebocador da Bertolini. Familiares dos desaparecidos seguiram para o local e acompanham as buscas.

Fonte: Adonias Silva / G1

 

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A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa aprovou projeto de lei que reajusta a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Pelo texto (PL 7172/10), em 2018 estarão isentos do tributo as remunerações mensais até R$ 2.141,98. Hoje, a isenção só alcança salários até R$ 1.903,98.
As novas faixas de incidência são: para remunerações de R$ 2.141,99 até R$ 3.179,98, a alíquota mensal será de 7,5%. De R$ 3.179,99 até R$ 4.219,93 a alíquota será de 15%. De R$ 4.219,94 até R$ 5.247,77, será de 22,5%.
Por fim, as remunerações mensais acima de R$ 5.247,77 terão descontadas a alíquota de 27,5%. A alíquota máxima em vigor abarca as remunerações a partir de R$ 4.664,68.
O texto também estabelece que, a partir de 2019 a tabela do IRPF será corrigida anualmente pelo IPCA, que mede a inflação oficial do País.
Injustiça fiscal
A correção foi proposta pelo relator do projeto, deputado Angelim (PT-AC). Ele apresentou um substitutivo ao PL 7172, que é oriundo do Senado, e a outros 50 projetos que tramitam apensados, todos tratando de IRPF.
O reajuste da tabela do imposto, segundo Angelim, corrige uma “injustiça fiscal”. “Pessoas que deveriam estar isentas acabam pagando o tributo, além de contribuintes que deveriam pagar numa faixa de renda com alíquota mais baixa acabam pagando o imposto numa faixa de renda com alíquota mais alta”, disse. A última vez que a tabela foi corrigida foi em 2015 (Lei 13.149/15).
Isenção
Além da correção da tabela, o substitutivo aprovado isenta as pessoas a partir de 60 anos do pagamento do IRPF sobre aposentadorias e pensões. Hoje, a isenção só vale a partir dos 65 anos (Lei 7.713/88). O relator explica que essa idade está em desacordo com o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03), que considera idosa a pessoa com idade superior a 60 anos.
“Ao considerar idosa apenas a pessoa com idade superior a 65 anos, a legislação tributária gera uma incoerência em relação à legislação protetiva sem qualquer razão que o justifique”, disse Angelim.
Tramitação
O projeto será votado agora nas comissões de Finanças e Tributação, que vai analisar o impacto fiscal da correção da tabela do IR; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, segue para o Plenário da Câmara.
 
Fonte: Agência Câmara de Notícias
 

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Segundo ele, com o aumento do tempo de exposição a riscos, mais acidentes e problemas de saúde serão registrados
 
O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, Carlos Silva, apresentou dados alarmantes sobre os acidentes de trabalho no país. Segundo ele, com o aumento do tempo de exposição a riscos, mais acidentes e problemas de saúde serão registrados:
“A cada 44 segundos temos um acidente no Brasil. A cada 30 minutos, uma incapacitação. A cada três horas, uma morte. A cada ano, 115 mil novos casos de adoecimento. São 710 mil acidentes de trabalho registrados por ano. É um panorama muito claro e evidente do quanto são insalubres os ambientes de trabalho”, disse.
Rosana Colen Moreno, da Nova Central Sindical dos Trabalhadores, afirmou que a aposentadoria especial corrige distorções e garante àquelas pessoas que vivem estatisticamente menos  um “usufruto real da aposentadoria”.
Déficit
A presidente da CDH, Regina Sousa (PT-PI), o senador Paulo Paim (PT-RS) e o relator da CPI da Previdência, senador Hélio José (PMDB-DF), afirmaram que o déficit da Previdência, apresentado como principal argumento para se fazer a reforma, na verdade não existe.
“ Querem que o trabalhador pague a conta da crise”, disse Hélio Jose.
Já o senador José Medeiros (PSD-MT) afirmou que a situação ­econômica do país exige reformas. 
“ Temos que reformar sim. Se nós demonizarmos uma reforma e nunca fizermos, nós daqui a um tempo não teremos Previdência nenhuma.. São diversas as profissões que colocam os trabalhadores sob risco de saúde”.
 
Fonte: Gazeta de S. Paulo

 

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Depois do reconhecimento do direito, INSS enviará carta a segurado, que deverá requerer benefício por central de atendimento.
 

Os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não precisarão mais comparecer a um posto de atendimento para pedir a aposentadoria por idade. Portaria publicada no “Diário Oficial da União” no dia 28 de julho determina que haverá o reconhecimento automático do direito, a partir da verificação das informações constantes nos sistemas corporativos do INSS e nas bases de dados do governo.

O INSS então enviará comunicado aos segurados sobre a concessão do benefício. O segurado poderá então requerer a concessão do benefício por meio do número 135. Para a realização do pedido será solicitada a confirmação dos dados pessoais, como ocorre no Sistema de Agendamento.

De acordo com a portaria, o benefício poderá ser confirmado no ato ou poderá ser solicitado contato posterior para confirmação.

A data da ligação para a Central 135 será considerada como a Data de Entrada do Requerimento.

Após processamento do reconhecimento do direito, o INSS enviará comunicado ao cidadão indicando as informações sobre os dados da concessão e pagamento do benefício.

Atualmente, o reconhecimento não é automático – o segurado precisa agendar o pedido pelo 135 e deve ir até uma agência da Previdência Social para dar entrada no requerimento.

Para a aposentadoria por idade o trabalhador deve ter o mínimo de 180 meses de trabalho, além da idade mínima de 65 anos (homem) ou 60 anos (mulher). Para segurados especiais como agricultores familiares, pescadores artesanais e indígenas, a idade mínima é reduzida em cinco anos.

Pente fino

Os aposentados por invalidez do INSS serão alvos, neste mês, da próxima fase do Operação Pente-Fino, que está revisando os benefícios por incapacidade. Em julho, o governo federal verificou o pagamento de auxílio-doença. 

Ao todo, serão convocadas 1,5 milhão de pessoas que há mais de dois anos estão sem perícia. Dessas, 530 mil recebem o auxílio-doença e mais de 1 milhão são aposentadas por invalidez com menos de 60 anos.

Até o momento, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, cerca de 200 mil beneficiários que recebiam o auxílio-doença passaram por auditoria, e 160 mil tiveram seus benefícios cancelados.

O pente-fino nos benefícios por incapacidade do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já gerou uma economia de R$ 2,6 bilhões para os cofres públicos, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social.

Fonte: Extra

 
Fim do imposto sindical em 2018 já causa fusão de entidades de trabalhadores e mexe com as patronais. A partir de agora, elas terão de se reestruturar para sobreviver
 
A vida não andava nada fácil para o Sindicato das Indústrias de Artefatos de Couro do Paraná (Sindicouro) nos últimos anos. Com 79 anos de existência, a instituição enfrentava dificuldades para fechar suas contas, com as despesas superando as receitas. A situação piorou com a notícia da extinção, a partir de 2018, do imposto sindical, sua principal fonte de renda. Para não ter de fechar as portas, no início deste ano o Sindicouro decidiu unir-se ao Sindicato das Indústrias do Vestuário de Curitiba e Sudeste do Paraná (Sindivest), que também via sua situação financeira se deteriorar. Para eles, a união deve ajudar na racionalização dos gastos, além, é claro, de reforçar o caixa.
O Sindivest e o Sindicouro não são os únicos a enfrentar dificuldades: o fim do imposto sindical obrigatório está obrigando sindicatos de trabalhadores e empresários a reavaliar suas formas de atuar para que possam sobreviver e permanecer relevantes. A Reforma Trabalhista, sancionada pelo presidente Michel Temer em 13 de julho, prevê o fim da cobrança que incide sobre os ganhos dos trabalhadores e empresários e que serve para financiar o sindicalismo. O Brasil possui 16,5 mil entidades sindicais registradas, a maioria delas (68,6%) de trabalhadores.
Os demais 31,4% correspondem aos patronais. No ano passado, os sindicatos receberam R$ 3,4 bilhões via imposto sindical, recuo de 3% em relação a 2015, mas que é 26% maior que o visto em 2012 (veja quadro ao final da reportagem). Desse total, apenas 530 entidades receberam mais de R$ 1 milhão, o que representa 5% do total de sindicatos. “Tem sindicato que representa bem seus associados, mas tem muitos que não realizam assembleias há anos”, diz João Carlos Gonçalves, secretário-geral da Força Sindical, que possui 1,6 mil sindicatos filiados, ou 15% do total de entidades existentes, e que no ano passado recebeu R$ 46,6 milhões do tributo. “Agora, os sindicatos precisarão buscar meios para sobreviver.”
O fim do imposto deu início a um desafio para as organizações: aumentar o número de associados. No caso dos sindicatos dos trabalhadores, apenas 16,2% da força de trabalho possui algum vínculo com as entidades, segundo estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em média, um sindicato tem 1,6 mil trabalhadores associados, um sexto da quantidade de trabalhadores de sua base. É uma quantidade pequena, em comparação ao de países como Alemanha (17,7%) e Argentina (30,4%). O Sindivest, por exemplo, fez um grande esforço para aumentar o número de filiados.
Nos últimos dois anos, a entidade deu início a um processo de recadastramento que elevou a arrecadação com o imposto sindical de suas 2,3 mil empresas de R$ 27,6 mil, em 2013, para R$ 52,6 mil em 2016. “O sindicato tem despesas e precisa do imposto, que representa praticamente todo o nosso caixa”, afirma Letícia Birolli, presidente do Sindivest. “Com o fim dele, nós teremos recursos para sobreviver até junho.” Representantes das centrais sindicais se reuniram há duas semanas com o presidente Michel Temer para buscar soluções para o fim do imposto sindical. Eles propuseram que, ao invés da obrigatoriedade do tributo, as assembleias de trabalhadores decidam qual será a contribuição aos sindicatos.
Segundo os sindicalistas, a medida foi bem vista pelo governo e deve constar na Medida Provisória (MP) que o governo deve enviar ao Congresso. A MP vai ajustar alguns pontos controversos da Reforma Trabalhista, que foram mantidos no texto final para que a tramitação não fosse atrasada. “Temer reforçou o compromisso com a MP e agora vamos trabalhar para mobilizar o Congresso”, afirma Gonçalves, da Força Sindical. “A MP só virá quando a lei entrar em prática, o que acredito que deve ocorrer entre 4 e 5 de novembro.” Ainda que a contribuição possa ser reestruturada, dificilmente a arrecadação vai chegar ao volume de recursos de outrora. Por isso, muitas entidades devem repetir o que Sindivest e Sindicouro fizeram, e devem se unir para sobreviver.
“O sindicalismo moderno deve passar pelas situações vistas nas empresas, em que o trabalho é feito em uma estrutura mais enxuta, com compartilhamento de serviços”, diz Edson Campagnolo, presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), que em janeiro deste ano instituiu uma comissão para elaborar estudo sobre a possibilidade de incorporação de sindicatos. Segundo ele, este deve ser o caminho de cerca de 30% de seus filiados, que não possuem sustentabilidade financeira. “O País está se transformando e precisamos caminhar para uma nova realidade”, afirma Campagnolo. O que está claro é que os sindicatos que não conseguirem encontrar um novo rumo não sobreviverão.
 
 
Fonte: IstoÉ Dinheiro

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No dia seguinte à polêmica instalação da Assembleia Constituinte em Caracas, chanceleres dos países fundadores do Mercosul decidiram por unanimidade suspender a Venezuela do bloco em reunião neste sábado, em São Paulo. Essa é a sanção máxima a um país que deixa de respeitar a ordem democrática.

Reunidos na sede da prefeitura paulistana, os líderes do bloco lembraram que a decisão é uma medida extrema tomada depois do fracasso de tentativas de diálogo com a ditadura de Nicolás Maduro.

Essa é a segunda suspensão a Caracas tomada pelo bloco. O país comandado pelo ditador havia sido suspenso em dezembro do ano passado e acumula agora, portanto, dois bloqueios, permanecendo de fora de todos os órgãos de atuação do grupo.

"É uma sanção grave, de natureza política", disse o chanceler brasileiro, Aloysio Nunes Ferreira. "O objetivo é ter uma transição pacífica e a libertação dos presos políticos. Queremos que a Venezuela reencontre a democracia."

Mais enfático, o chefe da diplomacia argentina Jorge Faurie disse que "na Venezuela não há democracia e sem democracia não se faz parte do Mercosul". "É ruim pôr para fora da porta um país irmão, mas fizemos isso com firmeza, algo que nos causa grande dor. Basta de ditadura."

Embora uma escalada no tom contra Caracas tenha marcado os últimos dias, em especial por parte da Argentina, a decisão tomada no Brasil, país que ocupa agora a presidência rotativa do bloco, não pode ser considerada um passo anterior à expulsão do país caribenho dos quadros do Mercosul, já que o regimento do grupo não prevê a exclusão de um membro.

Aloysio esclareceu ainda que, ao contrário da suspensão a Caracas do ano passado, baseada em questões técnicas, o atual processo tem como alicerce a cláusula democrática do Protocolo de Ushuaia, que obriga integrantes do bloco a fazer uma consulta ao país onde a ordem institucional está ameaçada.

Na visão dele, a violação da democracia na Venezuela se tornou incontestável quando Maduro destituiu os poderes da Assembleia Nacional em abril deste ano, abrindo o processo para a eleição de uma Constituinte.

Confrontos em manifestações contra o ditador já deixaram mais de cem mortos na Venezuela desde então, sendo pelo menos 14 em protestos contra a Constituinte.

Empossado na última sexta, num processo denunciado por fraudes, o grupo deverá reescrever a Constituição venezuelana e reger Caracas por tempo indefinido.

Os Estados Unidos, a União Europeia e nações sul-americanas, entre elas o Brasil, indicaram que não reconheceriam mais essa manobra de Maduro para tentar se manter no poder. Em nota, o Itamaraty afirmou que o país caribenho passa por uma "ruptura da ordem constitucional".

Mesmo o Uruguai, que no início tentou evitar aplicar sanções, endureceu o discurso. "Esta é uma ação tomada a favor do povo venezuelano", disse Rodolfo Nin Novoa, o chanceler uruguaio.

REAÇÃO
Enquanto isso, a ex-chanceler venezuelana Delcy Rodríguez foi eleita a presidente da Constituinte e destituiu neste sábado a procuradora-geral Luisa Ortega Díaz, que havia dado início a uma investigação contra fraudes na eleição da nova assembleia.

Na saída da reunião em São Paulo, um grupo de imigrantes venezuelanos, levantando cruzes de papelão com nomes de mortos nos protestos contra Maduro, manifestou apoio à decisão do Mercosul. Houve ainda gritos de "fora, Temer" e também protestos de alguns brasileiros a favor do ditador venezuelano, que gritavam "Maduro, amigo, o Brasil está contigo".

Quando soube da decisão do bloco de suspender Caracas, Maduro disse a uma rádio argentina que "jamais vão tirar a Venezuela do Mercosul". "Somos Mercosul de alma, coração e vida", afirmou o líder. "Algumas oligarquias golpistas, como a do Brasil, ou miseráveis, como a que governa a Argentina, poderão tentar mil vezes, mas sempre estaremos aí."

*

Leia a íntegra da decisão dos chanceleres do Mercosul:

Ministério das Relações Exteriores
Assessoria de Imprensa do Gabinete

Nota nº 255

5 de agosto de 2017

DECISÃO SOBRE A SUSPENSÃO DA REPÚBLICA BOLIVARIANA DA VENEZUELA DO MERCOSUL EM APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE USHUAIA SOBRE COMPROMISSO DEMOCRÁTICO

_A República Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai e a República Oriental do Uruguai,_

CONSIDERANDO

_Que, de acordo com o estabelecido no Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no MERCOSUL, subscrito em 24 de julho de 1998, a plena vigência das instituições democráticas é condição essencial para o desenvolvimento do processo de integração;_

_Que toda ruptura da ordem democrática constitui obstáculo inaceitável para a continuidade do processo de integração;_

_Que, nas consultas realizadas entre os Chanceleres dos Estados Partes do MERCOSUL, constatou-se a ruptura da ordem democrática na República Bolivariana da Venezuela, consignada na "Declaração dos Estados Partes do MERCOSUL sobre a República Bolivariana da Venezuela", de 1o de abril de 2017, e, desde então, celebraram consultas entre si e solicitaram ao Estado afetado a realização de consultas;_

_Que as consultas com a República Bolivariana da Venezuela resultaram infrutíferas devido à recusa desse Governo de celebrá-las no marco do Protocolo de Ushuaia;_

_Que não foram registradas medidas eficazes e oportunas para a restauração da ordem democrática por parte da República Bolivariana da Venezuela;_

_Que o espírito do Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático é o restabelecimento da institucionalidade democrática no Estado afetado;_

_Que a aplicação do Protocolo de Ushuaia não deve interferir no funcionamento do MERCOSUL e de seus órgãos, nem produzir qualquer prejuízo ao povo venezuelano;_

Que os Estados Partes do MERCOSUL se comprometem a trabalhar em favor do restabelecimento da ordem democrática na República Bolivariana da Venezuela e da busca de uma solução negociada e duradoura em prol do bem-estar e do desenvolvimento do povo venezuelano.

DECIDEM:

1) Suspender a República Bolivariana da Venezuela de todos os direitos e obrigações inerentes à sua condição de Estado Parte do MERCOSUL, em conformidade com o disposto no segundo parágrafo do artigo 5º do Protocolo de Ushuaia.

A suspensão a que se refere o parágrafo anterior terá efeito a partir da data da comunicação da presente Decisão à República Bolivariana da Venezuela, de acordo com o disposto no artigo 6º do Protocolo de Ushuaia.

2) Os Estados Partes definirão medidas com vistas a minimizar os impactos negativos desta suspensão para o povo venezuelano.

3) A suspensão cessará quando, de acordo com o estabelecido no artigo 7º do Protocolo de Ushuaia, se verifique o pleno restabelecimento da ordem democrática na República Bolivariana da Venezuela.

4) Enquanto durar a suspensão, o disposto no inciso III do artigo 40 do Protocolo de Ouro Preto dar-se-á com a incorporação realizada por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, nos termos do inciso II do referido artigo.

São Paulo, 5 de agosto de 2017.

Fonte: FOLHA

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Medida provisória deve chegar ao Congresso ‘bem mais tímida’

Passados o recesso parlamentar e a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer, o governo quer retomar a discussão da medida provisória (MP) que vai alterar pontos da reforma trabalhista. Após um ruído com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que se posicionou de forma contrária ao projeto, o debate foi paralisado para não abalar os laços entre Planalto e Congresso antes da análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Temer. Fontes ligadas à discussão dizem que a Câmara não está disposta a aceitar todos os termos negociados pelo Senado com o Planalto, e que a MP deve chegar ao Congresso “bem mais tímida” do que a minuta divulgada inicialmente.
Um grupo de trabalho que inclui representantes da Câmara, do Senado e do Executivo, assim como da Casa Civil e do Ministério do Trabalho, foi criado para elaborar o texto final da MP. Alguns pontos da minuta enviada pelo Senado não têm consenso e devem passar por mudanças. Em relação à jornada intermitente, por exemplo, estuda-se diminuir o período de quarentena entre a demissão de um trabalhador e sua recontratação como intermitente. A minuta da MP fixa um prazo de 18 meses “para evitar riscos de migração de contratos”.
As mudanças na negociação da jornada de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso também não são consensuais. A lei da reforma fixa que esse tipo de horário pode ser definido por acordo individual. Os senadores propuseram alterar esse item, de forma que a jornada só possa ser acertada por acordo coletivo.
A reforma trabalhista foi sancionada no mês passado com um texto muito mais amplo do que o enviado pelo governo federal. Sob a relatoria do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), a Câmara alterou e incluiu uma série de novas questões no projeto, incluindo a jornada intermitente e uma série de restrições à Justiça do Trabalho. Por isso, a Câmara é reticente em alterar o texto. Tanto que o presidente da Casa fez questão de tuitar, na semana em que a reforma foi aprovada, que “qualquer MP não será reconhecida”.
ALTERAÇÕES ‘COSTURADAS COM SENADORES’
Com pressa para aprovar o projeto e mostrar força política, o Palácio do Planalto costurou um acordo com o Senado para que o texto não fosse alterado na Casa e pudesse ser votado o mais rapidamente possível. O combinado era que qualquer mudança fosse feita por MP. Isso porque, caso as alterações fossem diretamente no texto, ele teria de voltar para a Câmara, correndo o risco de alongar a tramitação e ter mudanças indesejadas.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou a minuta dessa MP com os pontos costurados entre os senadores da base. Além do item que trata da jornada 12x36 e do trabalho intermitente, a medida derrubava ainda a exigência de exclusividade a trabalhadores autônomos e a vinculação do cálculo de danos morais ao salário recebido pelo trabalhador, ambos itens previstos na reforma trabalhista e polêmicos. Essas mudanças devem permanecer na MP.
 
Fonte: O Globo

 

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O navio Mercosul Manaus, em que um tripulante teve 70% do corpo queimado, deixou o Porto de Santos na tarde de ontem.


A partida foi autorizada pela Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), após vistorias realizadas na última quinta-feira na embarcação.

De acordo com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), o Mercosul Manaus veio ao Porto de Santos para a descarga de 1.800 toneladas de mercadorias. Em seguida, realizou o embarque de 2.400 toneladas de produtos em contêineres.

Mas, antes da chegada no cais santista, um tripulante brasileiro de 64 anos sofreu um acidente a bordo da embarcação, na noite de terça-feira. O homem realizava serviços de manutenção na tubulação de vapor da cozinha do navio quando se queimou após ser atingido por uma forte rajada. A possibilidade é de que o acidente tenha sido causado pelo rompimento do duto.

O tripulante foi socorrido, ainda dentro da embarcação. Homens da Polícia Ambiental o levaram até a Ponte Edgard Perdigão, de onde foi levado para a Santa Casa de Santos.

De acordo o hospital, o tripulante permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado regular. No entanto, ontem, sofreu piora na função renal e não há previsão de alta.

Mesmo com a partida do navio, a Marinha do Brasil mantém as investigações sobre o acidente. A CPSP abriu um Inquérito Administrativo dos Fatos da Navegação (IAFN), que deve ser concluído em até 90 dias.

Em nota, a Mercosul Line confirma que um dos tripulantes da embarcação Mercosul Manaus se envolveu em um acidente de trabalho e que, conforme procedimento padrão, uma investigação será realizada.

Fonte: A TRIBUNA

 

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Especialista no Futuro do Trabalho defende que será preciso pensar em duas ou três carreiras, abraçar as mudanças e mudar a forma como você se compromete - com sua vida pessoal e profissional

No mundo, há cerca de 450 mil pessoas com mais de 100 anos. Nos Estados Unidos, são 72 mil centenários e, em 2050, esse número deve chegar a meio milhão. Segundo o especialista em demografia James Vaupel e sua equipe de pesquisadores, 50% dos bebês nascidos em 2007 no país têm uma expectativa de vida de 104 anos – ou mais. A mesma previsão pode se estender ao Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Canadá. No Japão, na mesma comparação, a expectativa de vida salta para 107 anos. Pensar nesse novo cenário é pensar em questões variadas que perpassam desde o sistema de aposentadoria, incluindo a sobrecarga ao sistema de saúde, até em novos modelos de pensões. Mas as questões são muito mais complexas, defende Lynda Gratton, professora da cadeira "Futuro do Trabalho" na London Business School. 
Em artigo publicado na Harvard Business Review, Lynda defende que viver mais traz implicações em todos os aspectos da vida – não apenas nas questões que surgem a partir do envelhecimento. "Se muitas pessoas vão viver mais, e de forma mais saudável, isso implica inevitavelmente em um redesenho das nossas vidas e dos nossos trabalhos", afirma. "Há uma verdade importante por trás dos clichês: ´os 70 são os novos 60` e os ´40 são os novos 30`. Se as pessoas envelhecem de forma mais lenta, mas durante um longo período, é como se tivessem mais jovens por mais tempo – e não o contrário". Ela explica as consequências disso.
Uma primeira questão é refletir sobre o momento de vida em que as pessoas decidem assumir compromissos, digamos, mais sérios. A hora de comprar uma casa, casar, ter filhos ou de começar ou mudar de carreira. São decisões que terão impacto pelo resto de suas vidas. Em 1962, por exemplo, 50% dos americanos se casavam aos 21 anos. Em 2014, a média já tinha saltado para 29 anos. Por trás dessa e de outras mudanças, segundo Lynda, está a prerrogativa de que os jovens sabem que possivelmente viverão mais. E isso torna menos atraente a possibilidade de assumir um compromisso cedo. "Antes, os compromissos acompanhavam a chegada à vida adulta. Agora, são postergados", diz a pesquisadora. "Surgem novos padrões de comportamento para determinar qual fase da vida aquela pessoa está ou quais novos parâmetros definem a fase dos ´20 anos` ". 
A longevidade retarda também a idade de aposentadoria. A menos que as pessoas estejam preparadas, desde cedo, a poupar mais, as previsões de Lynda Gratton sugerem que se você está na casa dos 40 e poucos anos, é provável que tenha de trabalhar até os 70 anos. Se você está com 20 e poucos anos, há uma chance grande de trabalhar até o final dos 70 anos e, provavelmente, passar dos 80 anos. Mas se as pessoas são capazes de bancar uma aposentadoria a partir dos 65 anos, uma vida de inatividade e sem trabalho pode ser prejudicial à sua vitalidade emocional e cognitiva. Ou seja: muitas pessoas podem não querer ficar paradas, pois isso fará mal à saúde delas. 
Não significa que todos vamos viver mais e estender nossas carreiras por muitos anos. Segundo Lynda, o corpo humano pode não aguentar uma vida com tanto tempo concentrado em uma mesma tarefa. Será preciso buscar outro tipo de atividade. A mesma premissa vale para o campo da educação. É impossível, seguindo a análise da estudiosa, que uma educação concedida no começo da vida adulta seja suficiente para sustentar uma carreira por 60 anos ou mais. "Se você levar em consideração as mudanças tecnológicas previstas para os próximos anos, vai concluir que suas habilidades podem se tornar redundantes ou então obsoletas na indústria que atua. Isso significa que em algum momento de sua vida, todos terão que reinventar por completo suas habilidades".
Dessa forma, é provável que o tradicional padrão de vida dividido em três fases precisará se transformar em um esquema múltiplo, contendo duas, três ou até mais carreiras diferentes. Cada uma dessas fases poderia ter um foco distinto. A primeira, por exemplo, estaria centrada na construção do sucesso financeiro e na realização pessoal. A segunda viria para criar um equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. Uma outra poderia explorar novas áreas ou o envolvimento com trabalhos de forma mais complexa. Você poderia, veja só, se tornar um profissional que busca contribuições sociais através de seus trabalho. Esse modo de fases múltiplas levaria as pessoas a transitarem por diversos setores, novas cidades e até a desenvolver uma série ampla de habilidades. "As transições entre cada uma dessas fases poderiam ser marcadas por sabáticos para que as pessoas tivessem um ´respiro`, cuidando da saúde, reinvestindo em suas relações e melhorando suas habilidades. Em alguns casos, essas paradas serão determinadas e decididas pelas pessoas. Em outros, porém, serão forçadas a realizá-las – se o trabalho tiver se tornado obsoleto", diz Lynda Gratton. 
Encarar a carreira com essa perspectiva é fundamental em um mundo no qual as pessoas vivem mais e as mudanças são rápidas e profundas. É preciso adotar essa nova visão também para a vida. Uma habilidade essencial é lidar – e abraçar – as mudanças que virão pela frente. Uma vida de três fases tem algumas transições, uma vida de múltiplas fases tem muitas. É por isso que conhecer seus pontos fortes, investir em uma rede de contatos poderosa e estar aberto a novas ideias são habilidades importantes para os novos tempos, ressalta Lynda. 
Uma vida de múltiplas fases também muda a associação que fazemos entre nossas conquistas e nossa idade. Em uma vida comum de três fases, as pessoas deixam a universidade e tendem a iniciar suas carreiras, construir suas famílias, avançar na carreira até chegar à média gerência em idades próximas – inclusive se aposentando com uma diferença mínima de idade. Em uma vida de múltiplas fases, as pessoas poderiam conquistar o diploma universitário aos 20, 40 ou 60 anos, se tornarem gestoras aos 30,50 ou 70 anos e se tornarem produtoras independentes em qualquer idade. 
Quando a idade, portanto, não é mais o fator determinante, a vida de líderes, gestores e profissionais de recursos humanos muda substancialmente. Pessoas de diferentes gerações e idades irão trabalhar mais próximas, misturando-se em maior escala dentro do ambiente de trabalho. Em última análise, essas pessoas vão compartilhar mais atividades. 
As estruturas atuais de vida, os planos de carreira estabelecidos, as normais sociais – tudo isso não bastará para regular uma sociedade em que se viverá por (muito) mais tempo. O conselho de Lynda Gratton é esquecer o padrão de em três fases, com trabalho contínuo e regular, a aposentadoria que se segue aos anos produtivos. Pensar em longevidade não é imaginar que viveremos por mais anos. Como Lynda Gratton defende em sua tese: trata-se de viver mais tempo, sendo jovem por um período maior e envelhecendo bem mais tarde. Os ´40 são os novos 30` e os ´70 são os novos 60`, lembra?
 
Fonte: Época Negócios

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Animadora a pesquisa divulgada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas –, no último dia 28, que nos dá conta de que a taxa de desemprego cedeu para 13% no segundo trimestre deste ano. Apesar de discreta, uma queda de 0,7% ante o trimestre anterior é um alento para a nossa economia, que sofreu por meses a fio uma sequência de quedas vertiginosas no número de postos formais de trabalho.
E por que discreta? Porque a taxa de desemprego, apesar dos sinais de recuperação, estava, há pouquíssimo tempo, na casa dos 14 milhões de desempregados, e, principalmente, pelo fato de o crescimento do emprego ter ocorrido para o lado da informalidade – mais pessoas trabalhando por conta própria, sem carteira assinada, sem quaisquer garantias trabalhistas, instáveis e sem direito ao seguro-desemprego em caso de demissão, e ganhando menos do que recebem os trabalhadores formais. Ou seja: o desemprego parou de piorar, mas o quadro que vivenciamos ainda é bastante caótico, além de muitos dos novos empregos não serem, nem de longe, aquilo que podemos classificar como ideais!
E enquanto isto os juros, apesar de também estarem recuando, continuam nas alturas. Os investimentos no setor produtivo não ressurgiram. A produção e o consumo continuam em baixa. E a maioria dos desempregados, cerca de 70% do total, é constituída por jovens, que ainda não têm plenamente construídas suas habilidades profissionais e prática.
E, é claro, por trás do negro cenário de desemprego, naturalmente expressivo para escancarar toda a angústia da classe trabalhadora ante a crise econômica que nosso País vivencia, há a revelação do quanto a falta de trabalho e a ausência de renda para as despesas mais básicas afetam e penalizam a parcela mais pobre da população, justamente aquela onde se enquadram os trabalhadores.  
O desemprego é o mal que precisa ser debelado. A economia não pode mais esperar. O País não pode mais esperar e os trabalhadores, os mais penalizados, não suportam mais esperar!
João Carlos Gonçalves – Juruna
Secretário-geral da Força Sindical e vice-presidente dos Metalúrgicos de São Paulo

Fonte: Força Sindical

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Decisão da 20ª Vara Federal de Porto Alegre tem abrangência nacional. Juiz Carlos Felipe Komorowsi acolheu pedido de liminar da Defensoria Pública da União, e cabe recurso ao TRF4.
A Justiça Federal no Rio Grande do Sul determinou, em liminar concedida na última sexta-feira (4) à Defensoria Pública da União (DPU), que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) restabeleça os benefícios cancelados a segurados convocados para a reavaliação do benefício concedido por auxílio-doença que têm perícia agendada.
A decisão do juiz Carlos Felipe Komorowsi, da 20ª Vara Federal de Porto Alegre, tem abrangência nacional. Cabe recurso ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
A assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) informou ao G1 que o governo federal vai recorrer da decisão da Justiça Federal. Ainda de acordo com a assessoria, nenhum benefício foi cancelado no prazo alegado pela DPU.
"Uma vez que a questão deduzida neste processo coletivo afeta interesses de segurados da previdência social em todo o Brasil, os seus efeitos igualmente devem ser ampliados ao território nacional", diz trecho do despacho.
Como parte do pente-fino para verificar possíveis pagamentos irregulares, o INSS convocou cerca de 55 mil segurados que não foram localizados pelos Correios para a reavaliação do benefício – clique aqui para ver a lista. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, 20,3 mil pessoas tiveram o auxílio-doença cancelado devido ao não comparecimento no prazo de cinco dias.
De acordo com a ação da DPU, muitos segurados não conseguiam atendimento na central por telefone, e mesmo em casos de pessoas que conseguiram agendar avaliações médicas, os benefícios foram suspensos. Komorowsi considerou a reavaliação periódica necessária, mas uma eventual incapacidade do INSS de fazer avaliações com a agilidade necessária não pode prejudicar os segurados.
No entanto, esse entendimento, ainda segundo o juiz, não significa que "todos os benefícios devem continuar sendo pagos indefinidamente, afinal o segurado pode ter efetivamente se omitido em procurar a autarquia para agendar a perícia, não existindo, assim, falha alguma imputável à Administração".
Contraponto
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Social informou que os beneficiários de auxílio-doença convocados pelo edital têm até o dia 21 de agosto para agendar a perícia pelo telefone 135. Caso não seja feito o contato, o benefício é bloqueado. Segundo o órgão, o prazo não se encerrou no sábado (5).
Veja na íntegra a nota:
"O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) informa que os beneficiários de auxílio-doença convocados pelo edital publicado no Diário Oficial da União de terça-feira (1º/08) têm até o dia 21 de agosto para entrar em contato com o INSS pelo 135 e agendar a perícia. O prazo, portanto, não se encerra hoje (05/08).
Considera-se notificado o beneficiário que esteja no Edital transcorridos 15 dias da publicação. Após esse período, conta-se 5 dias corridos para que ele ligue para o 135 para agendar sua perícia.
Se o beneficiário não entrar em contato, o benefício é bloqueado. A partir do bloqueio, o beneficiário tem mais 60 dias para que marque a perícia. Se marcar neste prazo, o benefício é liberado até a realização da perícia. Se passados 60 dias sem que o beneficiário se manifeste, o benefício será cancelado."
Pente fino nos benefícios
O governo começa neste mês uma nova fase da Operação Pente Fino na concessão de benefícios por aposentadoria por invalidez. Até o momento, mais de 200 mil benefícios de segurados que recebiam o auxílio-doença passaram por auditoria e 160 mil tiveram seus auxílios-doença cancelados, ou seja, oito de cada 10.
Ao todo, o governo pretende reavaliar 530 mil benefícios por auxílio-doença que há mais de dois anos não passavam por avaliação médica. A próxima etapa da operação será chamar os aposentados por invalidez. Serão convocados 1,005 milhão de aposentados por invalidez, começando pelos mais jovens. Os que têm mais de 60 anos ficam de fora.
O pente-fino nos benefícios por auxílio-doença do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já gerou uma economia de R$ 2,6 bilhões para os cofres públicos, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social.
Segundo o governo, 31,8 mil auxílios-doença que passaram pela perícia foram transformados em aposentadoria por invalidez, 1,8 mil em auxílio-acidente, 1 mil em aposentadoria por invalidez com acréscimo de 25% no valor do benefício e 5,2 mil que recebiam o benefício foram encaminhados para reabilitação profissional para voltar a trabalhar, mas em outra área.
À medida que as agências do INSS forem concluindo as perícias nos beneficiários de auxílios-doença, serão convocados os aposentados por invalidez que estão há mais de 2 anos sem passar por perícia.
Em alguns locais em que as perícias estão mais adiantadas, a nova convocação pode começar em agosto ou setembro.
O governo tem até dezembro para concluir a revisão dos benefícios. O cronograma varia de estado para estado e vai depender da capacidade de atendimento e da quantidade de benefícios vinculados a cada agência.
Pente-fino em números:
• 199.981 perícias realizadas
• 159.964 benefícios cancelados
• 31.863 benefícios convertidos em aposentadoria por invalidez
• 1.058 benefícios convertidos em aposentadoria por invalidez com acréscimo de 25%
• 1.802 benefícios convertidos em auxílio-acidente
• 5.294 segurados encaminhados para reabilitação profissional
 
Fonte: G1 RS

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu nesta quinta-feira (3) que a terceirização de empregados na atividade-fim das empresas não pode ser aplicada em contratos que foram assinados e encerrados antes da Lei das Terceirizações, sancionada, em março pelo presidente Michel Temer.
Com a decisão, empresas que não cumpriram a regra do TST, editada antes da lei,  que proibia contratação interposta de trabalhadores, podem responder pela ilegalidade se forem acionadas judicialmente por não manterem vínculo com o trabalhador na área-fim.
A questão foi decidida pela primeira vez no TST por um dos colegiados especializados por dissídios coletivos. Na ação, uma empresa de telemarketing pretendia mudar a declaração de ilegalidade no contrato de terceirização de serviços de cobrança com um banco. Por unanimidade, os ministros decidiram manter a ilegalidade na contratação.
A Lei das Terceirizações (Lei 13.429/2017) autorizou as empresas terceirizar a chamada atividade-fim, aquela para a qual a empresa foi criada. A norma prevê que a contratação terceirizada possa ocorrer sem restrições, inclusive na administração pública.
Antes da lei, decisões da Justiça do Trabalho vedavam a terceirização da atividade-fim e a permitiam apenas para a atividade-meio, ou seja, aquelas funções que não estão diretamente ligadas ao objetivo principal da empresa.

Fonte: Agência Brasil