O Brasil perdeu 3,4 milhões de empregos com carteira assinada em três anos, disse nesta terça-feira o coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo. Segundo ele, o aumento da população ocupada no país tem sido puxado pelo crescimento dos empregos informais.
"Isso [crescimento do trabalho informal] desconfigura um processo de trabalho decente", disse Azeredo. "O ponto positivo [do crescimento do trabalho informal] é que menos pessoas estão desocupadas", complementou o pesquisador, durante apresentação dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
Segundo os dados do IBGE, enquanto o número de empregados com carteira de trabalho assinada caiu 2,4%, ou 810 mil pessoas a menos, no terceiro trimestre de 2017, ante igual período do ano passado, o número de empregados sem carteira assinada no setor privado cresceu 6,2% ante o terceiro trimestre de 2016 (um adicional estimado em 641 mil pessoas).
Já a categoria dos trabalhadores por conta própria cresceu 4,8% na mesma base de comparação (mais 1,1 milhão de pessoas).
Azeredo destacou, ainda, que a expectativa para o quarto trimestre de 2017 é de redução na taxa de desemprego, em função da contratação de temporários, mas que não é possível fazer uma previsão do número de empregados para o fim do ano.
Fonte: Valor Econômico