NÚMERO DE PROCESSOS SEM DECISÃO CRESCE NA JUSTIÇA BRASILEIRA
De 76,9 milhões em 2015, subiu para 79,7 milhões em 2016, aponta relatório do CNJ
De 76,9 milhões em 2015, subiu para 79,7 milhões em 2016, aponta relatório do CNJ
Fonte: Valor Econômico
Fonte: Portal Vermelho
A equipe da delegacia da área diz que está investigando o caso. Busca imagens de câmeras para identificar e prender os autores do crime
Criminosos roubaram pessoas que estavam numa fila para se inscrever em vagas de emprego em um supermercado, no Rio. O assalto aconteceu na madrugada de quinta-feira (31), em Padre Miguel, na zona oeste.
Segundo testemunhas, cerca de 70 candidatos dormiam na fila, aguardando sua vez para preencher a ficha de emprego, quando criminosos que portavam pistolas e um fuzil renderam pessoas e levaram celulares e documentos. Alguns candidatos conseguiram fugir do assalto.
"No momento em que as pessoas que não tinham sido rendidas correram, um deles, que estava com a pistola, mandou o que estava com o fuzil atirar, mas graças a Deus ele não efetuou nenhum disparo", diz uma testemunha, numa rede social.
A equipe da delegacia da área diz que está investigando o caso. Busca imagens de câmeras para identificar e prender os autores do crime. Vítimas estão sendo chamadas para prestar depoimentos.
Já a PM diz que não foi acionada. No dia anterior ao assalto em Padre Miguel, a oferta de 200 vagas de emprego gerou confusão na porta do Shopping Jardim Guadalupe, também na zona oeste.
Rio em crise
A taxa de desemprego no Rio de Janeiro foi de 15,6% no segundo trimestre do ano, um aumento em relação à do primeiro, que havia sido de 14,5%. No país como um todo, a taxa recuou de 13,7% para 13% no mesmo período.
A taxa de desemprego fluminense mais que dobrou em dois anos -era de 7,2% no segundo trimestre de 2015. Nenhum Estado perdeu mais postos formais de trabalho do que o Rio neste ano: 74,8 mil vagas foram perdidas de janeiro a julho.
Em crise, o Estado tem rombo nas contas do governo e vive descontrole da segurança pública.
O número de mortes violentas no primeiro semestre deste ano (3.457) cresceu 15% em relação ao mesmo período de 2016. Foi o pior primeiro semestre desde 2009 (3.893).
Não há recursos para contratar PMs aprovados em concurso. Servidores da segurança passaram meses com os salários atrasados; até hoje não receberam o 13º de 2016; pagamentos extras por trabalho na folga estão atrasados; o bônus por atingir metas de redução dos indicadores de criminalidade também não é pago desde 2015.
A política de Unidades de Polícia Pacificadora ruiu -estudo da PM cita 13 confrontos em lugares com UPP em 2011, contra 1.555 em 2016.
Silvia Ramos, coordenadora do Centro de Estudos de Segurança Pública da Universidade Cândido Mendes, diz que o crime percebe o vácuo de poder e se aproveita dele. "Estamos vendo uma disputa por território desesperada. Episódios de guerra entre grupos criminosos estão se multiplicando. Há um clima de 'o pedaço que eu não pegar alguém pegará'."
Fonte: Folhapress
Resolução com a mudança foi publicada no Diário Oficial da União
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) poderá elevar de 6 para 9 o número máximo de contratos ativos permitidos para crédito consignado por aposentado. A resolução com a mudança foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), pelo Plenário do Conselho Nacional de Previdência, presidido pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
A resolução também recomenda à Ouvidoria da Previdência do Ministério do Desenvolvimento Social "a criação de mecanismos de registro próprio para atender a ocorrências relacionadas a orientações indevidas por agentes que estimulam o cancelamento das contribuições associativas, com o único propósito de liberar a margem de crédito consignado".
O texto ainda traz uma terceira recomendação, desta vez direcionada às instituições financeiras que operam o crédito consignado da Previdência Social. A sugestão é que essas instituições adotem ações de "promoção e apoio" a projetos de educação financeira.
As recomendações foram definidas em reunião do Conselho realizada no último dia 29 de junho.
Fonte: Estadão Conteúdo
O TCP Terminal de Conteineres de Paranaguá, segundo maior terminal de conteineres da América do Sul, bateu em agosto o recorde de movimentação de conteineres cheios dentro de um único mês desde sua criação, em 1998. O Terminal movimentou no mês 74.898 TEUs (unidade de conteiner de 20 pés) e o volume de conteineres cheios exportados e importados foi 12% superior à agosto de 2013.
Após mais de um ano de negociações, a estatal chinesa China Merchants Port Holding (CMPorts) anunciou neste domingo, 3, a compra de 90% do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) e a empresa de serviços logísticos TCP Log, por R$ 2,9 bilhões (US$ 925 milhões). A transação envolve 90% dos ativos portuários. O fundo americano Advent, que tinha 50% da TCP, vendeu toda sua fatia. Os acionistas restantes – as empresas espanholas Galigrain e TCB –, também saem do negócio. Já os três sócios fundadores: Pattac, Soifer Participações e TUC Participações Portuárias vendem parte das ações, mas ficam, juntos, com 10% restantes dos ativos.
A transação avalia o TCP em cerca de R$ 3,2 bilhões e a conclusão da operação está prevista para até o fim de 2017, após passar por crivo regulatório e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Fundado em 1998, o terminal brasileiro é considerado um dos mais modernos no País e tem bom potencial de crescimento.
Nos últimos anos, recebeu altos investimentos na renovação de equipamentos e na infraestrutura local, o que melhorou de forma expressiva a produtividade da empresa. O terminal tem capacidade para movimentar 1,5 milhão de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés).
Tamanho. Hoje, o TCP é o terceiro maior terminal de contêineres do País, atrás apenas de Santos Brasil e Brasil Terminal Portuário (BTP), ambos no Porto de Santos. O terminal também detém o maior número de tomadas refeer – infraestrutura exigida para a manutenção de contêineres de produtos refrigerados, como carnes – do País.
Nos últimos meses, o TCP estava sendo alvo de cobiça de vários investidores. Além da estatal chinesa, o grupo árabe Dubai Port World (DP World) estava no páreo. A ideia original dos acionistas era abrir o capital do TCP ou vender apenas uma fatia a investidores privados. No entanto, a boa demanda pelo negócio levou os controladores a rever essa estratégia. No ano passado, o TCP contratou os bancos BTG Pactual e Morgan Stanley para assessorá-lo nas negociações. O grupo China Merchants contratou o banco Santander.
Em comunicado ao mercado, a China Merchants informou que “a entrada na América Latina, especialmente no Brasil, é crucial para a expansão global de sua rede de terminais”. A CMPort é uma das maiores operadoras globais de terminais de contêineres, com movimentação total de mais de 95 milhões de TEUs em 2016.
A gigante chinesa possui operações na Ásia e detém, ainda, terminais de contêineres em países como Estados Unidos, África e Europa.
O presidente da TCP, Luiz Antonio Alves, vai permanecer na empresa, de acordo com o comunicado ao mercado. Em nota, Alves disse que a entrada do novo controlador contribuirá para a nova fase de crescimento da TCP. “O Advent e os sócios-fundadores tiveram um papel fundamental, suportando a transformação operacional da empresa.”
Diversificação. O fundo Advent, que tem feito importantes aquisições no Brasil entre o fim do ano passado e este ano, decidiu vender sua participação para investir em novos negócios dentro e fora do Brasil. A gestora comprou o controle do TCP em 2011, por R$ 650 milhões. Com essa transação, vende o negócio por R$ 1,6 bilhão.
A gestora comprou recentemente participação relevante na Estácio para voltar a ser uma consolidadora no setor de educação, a exemplo do que fez na Kroton Educacional há alguns anos. No fim do ano passado, o Advent comprou uma faculdade no Rio Grande do Sul. O fundo também tem sido atuante em operações financeiras, com a aquisição da Easynvest.
Fonte: Estadão
Após mais de dois anos em queda, o emprego com carteira assinada no setor privado deu os primeiros sinais de reação no trimestre encerrado em julho. Não só o volume de vagas formais criadas cresceu como a renda desse trabalhador subiu, o que não ocorreu em outras categorias.
O aumento dos postos com carteira foi modesto, 0,2% (ou 54 mil vagas), mas interrompe uma sequência iniciada ainda em 2014 e, mais importante, é mais um sinal, segundo analistas, de que o mercado de trabalho começa a reagir à tímida recuperação da economia nacional.
"O emprego dá um respiro que não me parece apenas pontual, mas sim uma tendência", afirma o economista Everton Carneiro, da RC Consultores.
O avanço do emprego com carteira assinada é importante porque ele garante maior estabilidade ao trabalhador, além de benefícios –plano de saúde, por exemplo.
Mas a melhora do mercado de trabalho (a taxa de desemprego ficou em 12,8% no trimestre até julho, ante 13,6% nos três meses anteriores) também é explicada pelo avanço do emprego informal.
Na comparação entre o período de fevereiro a abril com o de maio a julho, 350 mil pessoas entraram no mercado de trabalho via ocupações de conta própria –como camelô ou motorista de Uber.
O total de trabalhadores no setor privado que não tem carteira também teve uma disparada: 468 mil a mais.
"Em termos quantitativos é uma recuperação, mas em termos qualitativos a melhora está ainda baseada em uma plataforma informal de trabalho", afirma o técnico do IBGE Cimar Azeredo.
A medida que crescem os postos informais há diminuição da renda do trabalhador sem carteira –houve queda de 3,5% na comparação anual e 2,3% na passagem dos trimestres.
Um trabalhador no setor privado sem carteira assinada ganha, em média, R$ 1.197, quase metade da renda dos funcionários formalizados (R$ 2.025), que cresceu 0,7% em relação ao trimestre encerrado em julho.
"A melhora [do desemprego] está assentada na informalidade como reflexo da crise. O aumento dos ocupados, porém, pode anunciar retomada, ainda que lenta, do emprego formal", disse o analista da consultoria Tendências, Thiago Xavier.
Azeredo, do IBGE, alerta para os riscos da continuidade do crescimento da informalidade, que poderá refletir em menos arrecadação de impostos federais e demora para a retomada do consumo das famílias.
"Pode ter impacto no futuro, porque essas pessoas não contribuem para Previdência, por exemplo, não são amparadas pelo seguro-desemprego. Isso pode chegar ao comércio, já que carteira assinada é uma espécie de passaporte para o consumo entre as pessoas de mais baixa renda", disse.
CATEGORIAS
A indústria, muito prejudicada pela crise, por sua vez passou a gerar vagas. Na passagem dos trimestres, o acréscimo foi de 425 mil pessoas.
O setor público também contribuiu para a estatística, com 423 mil postos gerados. Os serviços, transportes e alimentação também ajudaram, mas são segmentos em que há maior incidência de trabalho informais.
A chamada massa de rendimento real –que é a soma de todos os salários recebidos no país– teve a primeira alta significativa, de 1,3%, desde outubro de 2014.
FONTE: FOLHA DE S.PAULO
A PEC 77 trata de mudança de sistema eleitoral, “distritão”, em 2018, e distrital misto, em 2020. A PEC 282, que colide com a PEC 77, trata fim das coligações para eleições proporcionais, instituição de federação de partidos e cláusula de barreira.
Não há acordo sobre as propostas
É mais provável que as propostas não sejam votadas nesta semana. Há três razões plausíveis para este entendimento. A primeira é a ausência do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que ocupa, interinamente, a Presidência da República em função da ausência do presidente Michel Temer, que está na China. A segunda é a ausência de acordos ou consensos para dar início ao exame das propostas. E a terceira é o fato de quinta-feira (7) ser feriado. Assim, a semana política se encerra na quarta-feira (6).
Colégio de Líderes
Às 18 horas de segunda-feira (4) vai haver reunião do Colégio de Líderes para discutir a pauta da semana. Vai ser na sala da Presidência da Câmara.
CSLL
Na terça-feira (5), a partir das 9 horas, está prevista nova sessão extraordinária para votar proposta remanescente do dia anterior e outras proposições, entre elas a MP 783/17, que permite o parcelamento de dívidas com a União, tanto de pessoas físicas quanto pessoas jurídicas, concedendo descontos e possibilitando o uso de prejuízo fiscal e de base negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para pagar os débitos.
CÂMARA DOS DEPUTADOS
COMISSÕES ESPECIAIS
Fundeb / Educação (PEC 15/15)
Colegiado reúne-se terça-feira (5), às 10h30, para realização de audiência pública para discussão da matéria; análise do texto e sugestões para o seu aprimoramento. Foram convidados o professor, sociólogo e consultor educacional João Batista dos Mares Guia; o vice-presidente do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação (FNCEE), Álvaro Moreira Domingues Junior; e a presidente da UNE, Marianna Dias. Vai ser no plenário 9.
Reforma Política
Colegiado reúne-se, terça (5), às 14 horas para dar continuidade na votação do Relatório Parcial 3, do deputado Vicente Candido (PT-SP). Trate-se da regulamentação das propostas (PEC) que estão em discussão no plenário. Vai ser no plenário 8.
SENADO FEDERAL
Eunício agenda Reforma Política, financiamento de campanha
Está na pauta do plenário do Senado, entre outras proposições, as novas regras para fundos de campanha e para propaganda eleitoral. O fundo eleitoral proposto pelo senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) deve chegar a R$ 2 bilhões. Os recursos viriam da compensação fiscal que a União concede para as emissoras comerciais veicularem a propaganda política. O fundo também receberá o dinheiro de multas e penalidades aplicadas aos partidos com base no Código Eleitoral. O valor será corrigido a cada eleição pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Pela proposta (PLS 206/17), o dinheiro será depositado no início de cada mês junho, em ano eleitoral, pelo Tesouro Nacional em uma conta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O TSE deve reservar 20% do valor para o segundo turno das eleições. O restante do dinheiro será dividido pelo número de eleitores alistados para votar. Cada eleitor poderá direcionar o valor da sua cota ao partido ou candidato que preferir, por meio de uma plataforma desenvolvida pelo TSE.
Se o eleitor não declarar para qual candidato ou partido deve ir sua cota, 1% do valor será dividido igualitariamente entre todos os partidos registrados no TSE. Outros 14% serão distribuídos igualitariamente entre os partidos com representação na Câmara. E os 85% restantes divididos entre os partidos, de acordo com a proporção de deputados na Câmara.
Em razão do feriado de 7 de Setembro (quinta-feira), o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) agendou sessão extraordinária para tentar votar as proposições que constam na pauta.
CONGRESSO NACIONAL
Revisão da meta fiscal
Deputados e senadores podem se reunir novamente, em sessão do Congresso Nacional, agendada para terça-feira (5), a partir das 19 horas, para deliberar sobre emendas ao projeto de revisão da meta fiscal, que amplia a previsão de deficit do governo (PLN 17/17). Vai ser no Plenário Ulysses Guimarães, Câmara dos Deputados.
FONTE:DIAP
A situação é tão precária que percebemos não haver mais nenhum respeito à legalidade; o emaranhado de normas tem causado tanta confusão que as mesmas têm sido ignoradas pelos usuários dos recursos. Saiba a posição do Conepe (Coletivo Nacional da Pesca e Aquicultura) sobre a pesca brasileira em artigo publicado no 3º Anuário 2017 de Produtos, Serviços e Conteúdo Seafood Brasil.
Entidade representativa das demandas da pesca industrial nacional, o Conepe vai, aos poucos, retomando seu papel de liderança e restabelecendo parcerias para o desenvolvimento da atividade pesqueira socioeconomicamente sólida e ambientalmente correta, embasada em conceitos técnico-científicos.
Desde o início da atual gestão, em julho de 2016, a Diretoria Executiva do Conepe tem buscado fortalecer o setor, retomar o rumo da entidade e estabelecer alguma segurança nesse oceano de instabilidade política.
O Conepe tem buscado o diálogo aberto com o governo e com os diversos atores da cadeia produtiva da pesca, tendo como base justificativas técnicas que perpassam as negociatas eleitoreiras e interesses de curto prazo, prática comum por muitos anos. Através dessa nova postura, temos mantido entendimentos com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) visando à consideração de espécies ameaçadas de extinção de interesse pesqueiro sob uma perspectiva do uso dos recursos com base na biologia pesqueira. Temos avançado consideravelmente nas discussões, originalmente truculentas e judicializadas, para um ambiente de respeito e transparência.
Nesse contexto de mudanças, acreditamos e temos trabalhado para uma reforma da gestão pesqueira nacional, que envolve uma profunda revisão na legislação (atualmente vagas, dúbias e, por vezes, antagônicas), definição de atribuições e responsabilidades, reconhecimento da importância social, econômica e ambiental da atividade de pesca e estabelecimento de uma política de Estado.
A situação é tão precária que percebemos não haver mais nenhum respeito à legalidade; o emaranhado de normas tem causado tanta confusão que as mesmas têm sido ignoradas pelos usuários dos recursos. Esse fato não é prejudicial somente do ponto de vista legal, mas também sob a ótica do recurso pesqueiro e da escassez de dados e informações.
O futuro da atividade de pesca e da indústria pesqueira no Brasil é totalmente incerto. Estamos falando de produção de proteína animal de altíssima qualidade, com propriedades associadas ao aumento da expectativa de vida e na diminuição de gastos com saúde pública. É, portanto, muito mais que restringir o foco apenas à extração dos recursos pesqueiros; é preciso ter uma visão ampla da atividade e um alinhamento da sua importância para o Brasil com o contexto mundial.
A incerteza quanto ao futuro da atividade deve-se a: mudanças políticas, que têm reflexo direto no órgão gestor da atividade, causando uma paralisação nos serviços prestados e prejudicando o desenvolvimento e mesmo a manutenção do setor; à drástica diminuição de recursos voltados à capacitação, pesquisa, inovação e geração de conhecimento, subsídios
necessários e primordiais ao ordenamento pesqueiro; à falta de uma política setorial para o efetivo funcionamento do Sistema de Gestão Compartilhada do Uso Sustentável dos Recursos Pesqueiros, inclusive com a garantia de aporte de recursos; ao descumprimento das obrigações do país junto a Organismos Internacionais e Regionais de Ordenamento Pesqueiro, pondo em risco o desenvolvimento e aprimoramento da pesca oceânica por embarcações brasileiras dentro da sua Zona Econômica Exclusiva e em águas internacionais.
Temos atuado na proposta de um rearranjo do ordenamento pesqueiro através do recadastramento das embarcações pesqueiras, criação de um banco de dados integrado a outras ferramentas visando eficiência e transparência, e estabelecimento de cotas de captura dos recursos pesqueiros dentro de critérios científicos. Acreditamos e trabalhamos para uma mudança de referência; temos como entendimento que o tamanho da frota pesqueira se autoregulamentará de acordo com o resultado econômico da atividade. A responsabilidade é de todos e por isso temos como objetivo promover o diálogo entre os usuários, pesquisadores, gestores e todos aqueles afetos aos recursos pesqueiros visando a manutenção da biodiversidade e a repartição de oportunidades. O uso desses recursos deve ser pautado nos princípios da ética, respeito à diversidade, à tradicionalidade e às prerrogativas de geração de emprego e renda. É necessário que tenhamos os dados, as informações, as estimativas e as avaliações dos limites de uso dos recursos pesqueiros, os quais devem ser claros e respeitados, sob pena de perda de direitos àqueles que não os reconhecem.
FONTE:SAPERJ
Fonte: O Globo
Chama a atenção também a presença das alemãs: Wintershall e DEA Deutsche Erdoel AG estão entre as 32 inscritas no leilão. A lista inclui, ainda, companhias nacionais estreantes no mercado de óleo e gás, como a Bertek e a Greenconsult, que miram, sobretudo, ativos terrestres.
Murphy Oil e Wintershall não são inteiramente estreantes. Embora não possuam ativos no país, já chegaram a participar de alguns leilões no início dos anos 2000, no Brasil. A alemã, inclusive, saiu como vencedora na 4ª Rodada, em 2002, ao arrematar três concessões, mas depois saiu do país.
A grande novidade da 14ª Rodada gira em torno da Petronas, uma das maiores petroleiras do mundo, com uma produção de óleo e gás média de 2,39 milhões de barris de óleo equivalente (BOE/dia), e que nunca participou de um leilão no Brasil. O Valor apurou que a estatal malaia vem mapeando oportunidades de negócios desde o ano passado. Esta, aliás, não é a primeira vez que a Petronas se aproxima do mercado brasileiro. Em 2013, chegou a fechar um acordo com a OGX, para comprar 40% do campo de Tubarão Martelo (Bacia de Campos), mas desistiu depois que a antiga petroleira de Eike Batista entrou em recuperação judicial.
“Vejo com bos olhos a estreia da Petronas nos leilões. Estamos falando de uma grande estatal. A 14ª Rodada, aliás, se caracteriza pelo perfil variado das petroleiras inscritas. Temos as grandes ‘players’, muitos produtores independentes…” avalia o Diretor da Accenture Strategy Energy, Matheus Nogueira.
A pouco menos de um mês para a licitação, as companhias intensificam os estudos sobre os ativos disponíveis e buscam parcerias. Controlada pela LetterOne Energy, a alemã DEA, por exemplo, fechou em julho um acordo com a australiana Karoon para avaliar conjuntamente oportunidades de negócios no Brasil. O foco da parceria está na exploração e produção de ativos offshore (marítimos). Além da 14ª Rodada, a empresa também avalia oportunidades de aquisições no país e assumiu uma opção de compra de 50% de Echidna e Kangaroo, descobertas feitas pela Karoon no pós-sal de Santos.
No ano passado, o presidente do conselho de administração da LetterOne, Lorde Browne, disse ao Valor que a meta da companhia era que o Brasil respondesse por 25% da produção da empresa, contribuindo para que a petroleira alcançasse um patamar de 300 mil barris/dia – a DEA produz, em média, 138 mil barris/dia, com foco no Mar do Norte e Alemanha.
Outra que se prepara para estrear nos leilões da ANP é a Petro Victory. Oriunda do Texas, EUA, a empresa foi criada com o foco na exploração e produção de campos terrestres no Brasil. Em julho, anunciou sua entrada no mercado brasileiro, por meio da aquisição de quatro campos no Nordeste, mas ainda aguarda o aval da ANP para assumir os ativos. Enquanto isso, mira oportunidades para fortalecer sua presença no país.
A 14ª Rodada será a primeira licitação de blocos exploratórios desde a flexibilização do conteúdo local e da extensão do Repetro (regime aduaneiro especial para o setor de óleo e gás). Segundo fontes consultadas pelo Valor, a movimentação em torno da formação de consórcios, às vésperas da licitação, está mais intensa este ano, na comparação com a 13ª Rodada, de 2015, considerada um fracasso.
O número de estreantes poderia ter sido ainda maior se o governo tivesse conseguido anunciar a prorrogação do Repetro antes do fim do prazo de inscrição na rodada.
A extensão do Repetro é uma sinalização muito positiva para o leilão, porque tem um impacto muito grande, pode representar a viabilidade ou não de um projeto de exploração. Mas investidores podem ter deixado de entrar na licitação, porque houve uma demora no anúncio.
Fonte: Valor Econômico