O juiz Marcelo Testa Baldochi, do Maranhão, não conseguiu trancar ação penal a que responde no Superior Tribunal de Justiça por suposta prática do crime de reduzir alguém à condição análoga à de escravo.

No último dia 14, o ministro Edson Fachin negou seguimento a habeas corpus impetrado pela defesa do magistrado, por considerá-lo intempestivo. Como já houve o encerramento do julgamento na Suprema Corte –com certificado de trânsito em julgado– Fachin determinou a imediata baixa dos autos, independentemente da decisão.

Baldochi foi denunciado pelo Ministério Público com base em relatório do Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho.

O Tribunal de Justiça do Maranhão havia absolvido o juiz por ausência de tipicidade de conduta. Ao julgar recurso da acusação, o Superior Tribunal de Justiça recebeu a denúncia e determinou o prosseguimento da ação penal.

O relatório do MJ apontava, entre outras práticas, alojamentos precários, ausência de instalações sanitárias, falta de fornecimento de equipamento de proteção individual e de água potável, jornada de trabalho exaustiva, sistema de servidão por dívidas, retenção de salários e contratação de adolescente.

O juiz alegou que o STJ reexaminou o conjunto fático-probatório, invadindo competência reservada às instâncias ordinárias. Argumentou que teve seu direito de defesa cerceado.

Em novembro de 2016, Fachin negara a concessão de liminar. O ministro citou precedentes do STF e registrou que o tipo penal se classifica como de ação múltipla e, nessa medida, basta a ocorrência de um dos elementos nele descritos.

Baldochi ficou conhecido nacionalmente quando, em 2014, deu voz de prisão a funcionários da TAM, quando perdeu um voo no aeroporto de Imperatriz (MA), e foi provisoriamente afastado do cargo.

Na ocasião, a Associação dos Magistrados Brasileiros divulgou nota compartilhando “da indignação da sociedade”. A entidade declarou que “considera inadmissível qualquer atitude praticada por agentes públicos, magistrados ou não, que represente abuso de poder e de autoridade”.

A AMB defendeu “a transparente apuração dos fatos garantindo o devido processo legal” e reiterou que o comportamento de Baldochi “não representa a conduta dos juízes brasileiros, que laboram diariamente assegurando direitos fundamentais e as liberdades públicas”.

O juiz afirmou à Folha na ocasião que iria recorrer da decisão, por entender que havia “várias arbitrariedades” no processo.

Fonte: Folha de S. Paulo

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O presidente da Bolívia, Evo Morales, chegou a Haia nesta segunda-feira para a abertura de audiências no tribunal mundial, onde seu país busca forçar o Chile a lhe garantir acesso ao Oceano Pacífico.

A Bolívia pediu à corte, formalmente conhecida como Tribunal Internacional de Justiça, que determine ao Chile a entrada em negociações sobre o tema, alvo de um processo iniciado em 2013.

O país, que perdeu seu território costeiro em uma guerra no Século 19, argumenta que o Chile não cumpriu compromissos e obrigações diplomáticas posteriores sob a lei internacional para negociar sobre “acesso soberano” —presumivelmente um corredor de terra e um porto sob controle do país.

Mas nos argumentos iniciais, os advogados bolivianos disseram que o país não está pedindo “que a corte determine como o acesso soberano será arranjado... mas simplesmente (que garanta) que o Chile volte à mesa de negociação em boa fé”.

“Por 150 anos a Bolívia sofreu a histórica injustiça de não ter acesso ao mar”, disse o advogado Eduardo Rodríguez Veltze, acrescentando que o Chile fez várias promessas de “reconectar a Bolívia ao mar”.

O Chile deve responder a esses argumentos na terça-feira.

Atualmente a Bolívia tem acesso ao mar por meio de portos chilenos, mas tem de pagar taxas. O Chile argumenta que a questão foi resolvida no tratado de paz de 1904, assinado após a Guerra do Pacífico, que fixou as fronteiras atuais.

Em 2015 a corte decidiu que tem jurisdição sobre o caso, apesar da oposição chilena.

Fonte:Reuters

 

 

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Aposentados e pensionistas do INSS poderão solicitar revisões e outros serviços relacionados à Previdência na sede do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados) em São Paulo.
Os atendimentos devem começar até junho.
A inclusão de 126 mil beneficiários associados ao Sindnapi irá mais que dobrar o número de segurados no estado que já podem ter serviços previdenciários diretamente nos seus sindicatos.
Atualmente, acordos de cooperação com o INSS permitem que aproximadamente 110 mil trabalhadores paulistas possam escapar da espera de até seis meses para agendar atendimento em postos da Previdência.
Além da rapidez no atendimento, contar com ajuda especializada é uma das vantagens desse tipo de atendimento, de acordo com a coordenadora jurídica do Sindnapi, Tonia Galleti.
 
Fonte: Agora SP

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A Petrobras teve, em 2017, seu quarto prejuízo anual consecutivo, de R$ 466 milhões. Mais uma vez, os resultados foram pressionados por efeitos não recorrentes, com destaque para o provisionamento de R$ 11,2 bilhões para encerrar a ação coletiva movida nos Estados Unidos.

Desde 2014, nos últimos quatro exercícios, eventos extraordinários como baixas contábeis, adesão a programas de regularização de débitos federais e o provisionamento dos recursos para pagar os acordos em ações coletivas reduziram o patrimônio da estatal em R$ 160 bilhões.

Petrobras tem 4º prejuízo e indica que ajustes estão perto de acabar

Cerca de R$ 120 bilhões dessas perdas decorrem do que os contadores chamam de redução dos ativos ao valor recuperável, "impairment" no termo em inglês. O esquema de corrupção revelado pela Operação Lava-Jato foi responsável por parte dessas baixas.

Esses ajustes gigantescos estão entre as maiores "limpezas" de balanço já feitas por uma empresa de capital aberto no mundo. Mas podem estar chegando ao fim, segundo o presidente da estatal, Pedro Parente.

A confiança de que a companhia vai registrar lucro nos próximos balanços trimestrais levou o conselho de administração a propor a realização de estudos para mudar a política de distribuição de dividendos. A ideia é adotar pagamentos trimestrais já a partir deste 1º trimestre.

O balanço da Petrobras teve impacto direto na cotação de suas ações. Na bolsa de São Paulo, os papéis PN da estatal tiveram baixa de 4,78% e os ON, de 2,08%. O valor de mercado da companhia hoje é de R$ 292,4 bilhões e seu patrimônio líquido vale R$ 269,6 bilhões. Em 2013, antes da Lava-Jato, o patrimônio líquido era de R$ 350 bilhões. Além das baixas contábeis feitas desde então, o patrimônio menor de hoje reflete também as vendas de ativos. Na ponta positiva, há a redução do endividamento. A dívida líquida da companhia somava R$ 280,7 bilhões no fim de 2017 - no 3º trimestre de 2015, chegou a R$ 402 bilhões.

Fonte: Valor

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Juiz determinou que União custeie honorários periciais em que trabalhador pobre ficou sucumbente.
A responsabilidade pelo pagamento de honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão do objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita. A regra, no entanto, só vale para perícias requeridas após a vigência da reforma trabalhista. Assim entendeu o juiz do Trabalho Ricardo Gurgel Noronha, da 1ª vara de Pedro Leopoldo/MG.
A ação trabalhista foi ajuizada pelo empregado de uma prestadora de serviços auxiliares de transporte aéreo. O trabalhador apresentou declaração de pobreza, razão pela qual lhe foram deferidos os benefícios da Justiça gratuita. Ele alegou ter problemas auditivos em razão das atividades de “auxiliar de rampa” que desenvolvia na empresa. Assim, pediu indenizações por danos moral e material e, para tanto, requereu a realização de perícia médica, com o fim de demonstrar a doença relacionada ao trabalho. O médico perito, por sua vez, concluiu que a perda auditiva não se relacionava às suas atividades na empresa, além de não ter sido agravada pelo trabalho, e também não lhe causou incapacidade.
A CLT, em seu artigo 790-B, isentava o empregado beneficiário da Justiça gratuita do pagamento dos honorários do perito, mesmo que ele não fosse vencedor no objeto da perícia realizada na ação trabalhista. Nesse caso, os honorários periciais ficariam a cargo da União. Mas a reforma trabalhista modificou o artigo 790-B da CLT, o qual passou a ter a seguinte redação: “A responsabilidade pelo pagamento de honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão do objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita”.
Como foi o trabalhador a parte sucumbente no objeto da perícia, de acordo com a nova lei trabalhista ele teria de arcar com o pagamento dos honorários periciais. No entanto, como a perícia foi designada antes da vigência da lei, o julgador entendeu que o reclamante não pode ser responsabilizado.
 
 
“Ainda que fosse aplicada a regra de direito intertemporal prevista no CPC (de forma supletiva e subsidiária), o art. 1.047 do CPC/15 contempla a aplicação da nova legislação, em relação ao direito probatório, apenas às provas requeridas ou determinadas de ofício pelo juiz a partir da data de início de vigência."
O trabalhador foi isentado do pagamento dos honorários periciais, fixados em R$ 1 mil, que ficaram a cargo da União, na forma da resolução 66/2010 do CSJT.
 
Fonte: AssCom TRT-3

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O item principal da pauta da Câmara dos Deputados continua sendo a reoneração da folha de pagamento das empresas, configurado no PL 8.456/17. A proposta tem praticamente o mesmo teor da MP 774/17, de março passado, que havia sido alterada durante a tramitação na comissão mista e acabou revogada.

O plenário poderá aprovar urgência para apreciação da matéria. O relator da matéria é o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

Conteúdo do projeto
Segundo o texto do projeto, voltam a contribuir sobre a folha as empresas do ramo de tecnologia da informação, teleatendimento (“call center”), hoteleiro, comércio varejista e alguns segmentos industriais, como de vestuário, calçados e automóveis.

Essas empresas voltarão a contribuir pela folha de pagamento, com alíquota de 20%, depois de cumprido o princípio constitucional da noventena, que impõe uma carência de 90 dias para que a mudança em uma contribuição social passe a vigorar após a sanção da lei.

A contribuição sobre a receita bruta mensal ficará restrita apenas às empresas de transporte coletivo de passageiros rodoviário, metroviário (metrô) e ferroviário, construção civil e de obras de infraestrutura, e comunicação (como rádio, TV e prestação de serviços de informação).

O governo alega que os setores preservados são intensivos de mão de obra. A alíquota de contribuição varia conforme o setor.

Além dessas mudanças, a proposta, assim como a MP 774, revoga a cobrança do adicional de 1% sobre a alíquota da Cofins-Importação, instituída pela Lei 10.865/04. A cobrança é questionada na Justiça por diversas empresas, pois o valor pago não podia ser creditado pelo importador.

O projeto prevê ainda regras para a compensação tributária, em decorrência das alterações na forma de tributação – da receita bruta para a folha de pagamento.


SENADO FEDERAL

Casa realiza debate temático sobre “fake news”

Na quarta-feira (21), o plenário do Senado Federal vai realizar debate sobre “fake news”, a partir das 13 horas. Há grande preocupação da Casa como tema, que preocupa a todos em razão das eleições de outubro.

O Conselho de Comunicação Social (CCS) criou comissão de relatores para estudar os projetos de lei em discussão no Congresso que abordem as notícias falsas (fake news). Reafirmando nota do presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), o presidente do CCS, Murillo de Aragão, destacou que o colegiado não tem competência para elaborar projeto de lei, mas apenas de debater os temas relevantes para a sociedade.

Foram convidados para a sessão temática, o presidente do CCS do Senado Federal, Murilo Aragão; o vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, Paulo Tonet Camargo; o diretor-geral da Folha de S.Paulo em Brasília, Leandro Colon; o procurador do MPDFT e presidente do Instituto Brasileiro de Direito Digital, Frederico Ceroy; o consultor de Segurança Digital, Daniel Nascimento; e a presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor), Ângela Pimenta.


COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

Subcomissão do Estatuto do Trabalho
A Subcomissão Temporária do Estatuto do Trabalho (CDHET), vinculada à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, faz reunião com seu grupo de trabalho, nesta segunda-feira (19), para debater a sistematização do novo Estatuto.

Pela manhã, às 9 horas, o colegiado realiza audiência pública destinada a debater as questões da “Organização Sindical, Negociação Coletiva e Direito de Grave”.

Leia mais:
Subcomissão do Estatuto do Trabalho vai debater organização sindical, negociação coletiva e direito de grave

O grupo de trabalho colaborador da Subcomissão é formado por representantes da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra); do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait); do Ministério Público do Trabalho (MPT); da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat); do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit/Unicamp); e da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT).

Estatuto do Trabalho
A Reforma Trabalhista foi aprovada no plenário do Senado em julho do ano passado. A subcomissão foi criada em seguida, por iniciativa do senador Paulo Paim (PT-RS), para dar seguimento aos debates sobre o novo Estatuto do Trabalho.

O grupo de juristas deve analisar as sugestões da sociedade para a elaboração de anteprojeto. Em outra frente, a Subcomissão também realiza audiências públicas e diligências pelas diferentes regiões do país.

A reunião ocorre no plenário 6 da Ala Senador Nilo Coelho, a partir das 14h.

Policiais e educadores debatem segurança pública
Representantes de policiais, educadores e conselheiros da criança e do adolescente participarão de debate sobre a segurança pública no Brasil, na terça-feira (20), promovido pela CDH. Com foco no projeto de segurança pública e socioeducativo, a audiência pública é interativa com a possibilidade de participação popular.

Entre os convidados estão Elisandro Lotin de Souza, cabo militar e presidente da Associação Nacional de Praças; Leonel Lucas Lima, sargento militar e presidente da Associação Beneficente Antônio Mendes Filho e da Associação Nacional de Entidades Representativas de Policiais Militares e Bombeiros Militares; Gilson Noroesé, da coordenação da ONG Ideal Coletivo – Representação Política dos Policiais.

Também devem participar do debate o professor da Universidade de Brasília e Pesquisador do Sistema Socioeducativo, Fábio Félix; o conselheiro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Romero José da Silva; além de representantes do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal e do Fórum Nacional Permanente de Praças dos Corpos de Bombeiros Militares e das Policias Militares.

A audiência está marcada para começar às 9h, no plenário 6, da Ala Senador Nilo Coelho.


COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS

Inovação, competição e redução dos custos bancários
O colegiado agendou para debate em audiência pública, nesta terça-feira (20), às 10h, o tema inovação e competição para ajudar a reduzir os custos da intermediação financeira.

Para a audiência, estão convidados o presidente da Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag), Augusto Lins, e o chefe de Inovação da empresa Stone+, Raphael Guarilha. O presidente da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), Paulo Solmucci, a economista Ana Carla Abrão, sócia da consultoria Olyver Wyman, e o advogado Ênio Meinen, representante da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), completam a lista de convidados.

A audiência é sugestão do senador Armando Monteiro (PTB-PE). Ele lembra que, desde outubro de 2016, a taxa Selic caiu de 14% para 6,75% ao ano. Esse cenário, segundo o senador, mostra-se favorável “para se avançar numa agenda de redução dos spreads bancários, que são os custos e margens de intermediação financeira.”


COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO

BNDES
O colegiado investigativo (CPI) do BNDES deve votar na terça-feira (20) o relatório final apresentado pelo senador Roberto Rocha (PSDB-MA). No texto, ele sugere projeto de lei que impõe limites aos bancos de desenvolvimento para aquisição de ativos no exterior. A reunião tem início às 14h30 na sala 19 da Ala Alexandre Costa.

De acordo com o projeto contido no relatório, lido na comissão no último dia 13, os bancos de desenvolvimento criados ou mantidos pela União terão limites para aquisição de ativos no exterior ou participação em empresa estrangeira. As instituições passarão também a contar com um novo mecanismo de crédito e serão obrigadas a seguir regras de transparência em suas operações.

A CPI do BNDES foi instalada em agosto de 2017 para investigar irregularidades nos empréstimos concedidos pelo banco no âmbito do programa de globalização das companhias nacionais (em especial a linha de financiamento específica à internacionalização de empresas, a partir do ano de 1997), bem como para apurar eventuais irregularidades nas operações voltadas ao apoio à administração pública, em especial a linha denominada BNDES Finem - Desenvolvimento integrado dos estados.

FONTE:DIAP

 

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Questionamentos sobre o fim da contribuição sindical obrigatória — previsto na Lei 13.467/2017, conhecida como reforma trabalhista — devem ser feitos por alegação de inconstitucionalidade. Se no pedido de liminar esse ponto não é levantado, então a ação deve ser rejeitada.
Esse foi o entendimento do juiz Marco Antonio Miranda Mendes, da 2ª Vara do Trabalho de Dourados (MS), ao negar pedido do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Couro para que uma empresa fosse obrigada a voltar a impor a contribuição sindical obrigatória aos empregados.
“O deferimento do pedido liminar (emissão de guias sem prévia autorização dos trabalhadores), como já dito, encontra-se diretamente ligado à prévia análise da inconstitucionalidade da lei citada. Acresce que não houve pedido de que tal análise fosse efetuada via liminar, o que, por si só, já seria suficiente para a rejeição da medida”, afirmou o juiz.
O magistrado ainda ressaltou que o sindicato deixou de seguir o novo Código de Processo Civil ao não demonstrar a probabilidade de ter o direito que pedia na liminar.
“Mesmo porque o deferimento dos pleitos está diretamente ligado à declaração de inconstitucionalidade de texto de lei, o que, a meu ver, tal questão desafia uma cognição mais esclarecedora dos fatos, o que somente poderá ser verificado com a apresentação da defesa e regular produção de provas em sede de instrução processual”, finalizou Miranda Mendes.
Mudança polêmica
Apesar do que determina a Lei 13.467/2017, alguns magistrados têm aplicado entendimento diverso e mantido a contribuição sindical. O desembargador Luís Henrique Rafael, do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas-SP), por exemplo, além de divergir da nova lei, aproveitou para criticá-la em uma de suas decisões. Para ele, a reforma trabalhista "tem claro objetivo de desorganizar o sistema sindical vigente no Brasil".

As mudanças na legislação trabalhista também são alvo, até o momento, de 20 ações no Supremo Tribunal Federal. O fim da contribuição sindical obrigatória é alvo de 14 delas. Todas alegam que a verba tem natureza jurídica tributária e, por isso, só poderia ser modificada por meio de lei complementar.

Fonte: ConJur

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Dos R$ 660 milhões previstos para 2017, R$ 174,5 milhões foram aplicados

Os investimentos feitos em 2017 pelas companhias Docas, estatais responsáveis por administrar portos públicos, ficaram no menor nível dos últimos 14 anos, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Foram gastos R$ 174,5 milhões em obras de reformas, ampliações e dragagens, o equivalente a 26,4% do previsto no orçamento federal.
A última vez que a fatia de recursos utilizados foi menor que a do ano anterior foi há dez anos, quando 17,5% dos aportes programados foram feitos. O que não é gasto volta para os cofres do Tesouro.
A maior dificuldade da União não é a falta de recursos, mas a dificuldade de tirar as obras do papel, afirma Matheus de Castro, da CNI.
“O motivo para não termos tido melhorias nos portos é o fato das obras de canais de acesso e manutenção estarem na mão de estatais, que enfrentam grandes dificuldades administrativas na hora de aplicar recursos”, diz ele.
A judicialização dos contratos e o intrincado processo de licenciamento diminuem o ritmo de execução orçamentária, de acordo com a Secretaria Nacional de Portos, que faz a gestão das companhias Docas.
“No Porto do Rio, a dragagem de R$ 100 milhões contratada pela CDRJ [Docas fluminense] terminou, mas o pagamento à empresa responsável ficou meses suspenso por falta de aprovação dos órgãos responsáveis”, diz Ogarito Linhares, diretor do órgão.
Um aumento no nível de investimentos carece de menor burocracia, algo que pode ser alcançado com mudanças na legislação, afirma.

FONTE:FOLHA DE S.PAULO

 

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Muitas vezes, diagnósticos errados são repetidos indefinidamente a ponto de parecerem verdades; não é diferente quando o assunto é o mercado de trabalho

Quando o norte-americano Bernard D. Sadow, na década de 1970, teve o estalo de colocar rodinhas em suas malas, fez rolar com elas não só a bagagem, mas também os empregos de carregadores, que perderam espaço em aeroportos, rodoviárias e hotéis. O mesmo acontecera, décadas antes, com as comunicações telefônicas. A partir do momento em que o sistema conseguiu conectar ramais automaticamente, as telefonistas passaram a ser dispensadas.
Muitas vezes, diagnósticos errados são repetidos indefinidamente a ponto de parecerem verdades. Um desses diagnósticos errados é o de que desemprego é produzido pela robotização e pelo emprego intensivo de tecnologia. Robotização e emprego de tecnologia ajudam, sim, a reduzir a contratação de mão de obra. Mas muito provavelmente não são o principal fator. Na maior parte das vezes, isso acontece apenas por novas arrumações do setor produtivo. As rodinhas das malas são um bom exemplo e, antes delas, no início do século 20, Henry Ford já tinha promovido isso quando acabou com os cavaletes de montagem e inventou a linha de produção.
Mas veja, por exemplo, o que está acontecendo no comércio varejista. Com enorme rapidez, as lojas estão deixando de ser pontos tradicionais de venda e se transformando em showrooms. O consumidor confere o aparelho de TV ou a roupa que pretende adquirir, mas não leva o produto. Faz o pedido que depois lhe vai ser entregue em casa. Com a novidade, o lojista melhora o desempenho de seu negócio em muitos aspectos, mas ganha sobretudo na centralização de seus estoques, que não mais precisam ser pulverizados loja por loja, e na dispensa de vendedores e de caixas.
Enfim, os meios de produção estão em rápida reorganização, testam novos arranjos e, obviamente, no processo reduzem postos de trabalho. Levantamento da consultoria McKinsey estima que até 800 milhões de postos de trabalho podem desaparecer do mundo até 2030 se o ritmo de adoção dessas novas arrumações for ainda mais veloz do que o atual.
Assim com casca e tudo, esse número assusta, mas é preciso contabilizar também o novo. A própria McKinsey mostra que as perdas não são toda a história. Outros 375 milhões de trabalhadores mudarão de função e entre 555 milhões e 890 milhões de novos empregos devem ser criados. O resultado líquido é aumento do emprego.
O sócio-diretor da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) Roberto Martins aponta, no entanto, outros fatores de grande impacto sobre as relações de trabalho: “A tecnologia não é o que motiva as mudanças. Ela é apenas o instrumento das transformações”.
Um desses fatores é de natureza social. Tem a ver com a mudança das relações de consumo e das relações interpessoais. Martins observa que a sociedade passa por novo processo de urbanização, em que todos estão mais conectados entre si. Mas, na opinião dele, a globalização avançou pouco nas relações do trabalho propriamente ditas, o que começa a mudar agora, com as novas plataformas de oferta de serviços, a chamada economia compartilhada: “As pessoas mais e mais desenvolvem serviços e produtos e, nisso, competem de igual para igual até mesmo com empresas centenárias”. Quando, por exemplo, alguém aluga acomodação pela plataforma Airbnb, está dispensando os serviços de grandes redes de hotéis.
E há o fator demográfico. Como já se sabe exaustivamente, o mundo segue ganhando rugas e cabelos brancos. Estudos estimam que haverá pelo menos 300 milhões de pessoas acima de 65 anos em 2030 em todo o mundo, 50% a mais do que agora. “A força de trabalho ganha, pouco a pouco, profissionais de diferentes faixas etárias, cada um com necessidades e valores distintos, o que gera novas demandas”, conclui Martins.
O estudo da consultoria McKinsey também vai por aí. Entre os postos de trabalho que devem surgir estão os relacionados com o envelhecimento da população em todo o mundo. “Globalmente, estimamos que empregos relacionados com o envelhecimento e cuidados com a saúde poderiam crescer entre 80 milhões e 130 milhões até 2030”, aponta a consultoria. São geriatras, enfermeiros, cuidadores, fisioterapeutas, personal trainers e funções que ainda serão criadas.

Tudo isso é parte da paisagem nova que vai sendo desenhada. Repetir por aí que a automação, a robotização e a alta tecnologia acabam com o emprego é apenas um pedaço da verdade. E é o menor.

FONTE:O ESTADO DE S.PAULO

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Decisões judiciais desfavoráveis a trabalhadores que movem ações na Justiça do Trabalho têm despertado a atenção de especialistas e entidades que acompanham o tema no Brasil.
No último dia 7, uma sentença dada por uma juíza do Mato Grosso condenou um vendedor a pagar R$ 750 mil de indenização ao ex-patrão, que ele processava na Justiça sob a acusação de irregularidades trabalhistas.
Na ação, o ex-funcionário avaliava a causa em R$ 15 milhões. Tendo o pedido negado, a juíza o condenou a pagar 10% do valor. A vice-presidenta da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Noêmia Porto, destaca que esse tipo de resultado já era anunciado e que compromete a relação dos trabalhadores com o sistema de Justiça.   
“Inibe, intimida e amedronta no acesso ao Poder Judiciário trabalhista. Estamos vendo aquilo que já se previa durante o processo legislativo: um imenso problema de acesso ao Judiciário do Trabalho”, afirma.
A ação movida pelo vendedor tramitava desde 2016, antes da votação da reforma trabalhista, que foi aprovada no Congresso em julho do ano passado. Na decisão, a Justiça considerou que o intervalo de quatro meses entre a aprovação da nova legislação e a entrada das novas regras em vigor seria tempo suficiente para o vendedor reavaliar os riscos do processo.
A advogada trabalhista Camila Gomes aponta que a lei não pode retroceder para prejudicar o trabalhador. Esse entendimento constitui um dos princípios fundamentais do Direito. Ela acrescenta que sentenças como essa pioram o contexto de insegurança jurídica criado pela reforma aprovada pelo governo Michel Temer (MDB) em 2017.
“É muito grave. Significa que as leis no Brasil estão valendo pouco. Na verdade, é quase uma punição por ter acionado a Justiça. Isso deixa o cidadão sem ter pra onde recorrer”, ressalta.
Não há, no país, um levantamento a respeito do número de processos que tenham se encerrado com uma penalização para o trabalhador, mas, nos últimos meses, outros casos semelhantes ganharam repercussão pelo país.
Em dezembro, apenas um mês após a vigência da reforma trabalhista, uma ex-funcionária de banco foi condenada, no Rio de Janeiro, a pagar R$ 67,5 mil de honorários ao antigo empregador, que era acusado, entre outras coisas, de não pagar horas extras.
Apesar de destacar o direito à liberdade de interpretação por parte dos juízes diante da nova lei, a vice-presidenta da Anamatra acrescenta que tais decisões reforçam a necessidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) avaliar a reforma trabalhista. A entidade aguarda uma decisão da Corte sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 5766, movida pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Na ação, que tem a Anamatra como figura “amiga da Corte” – uma espécie de terceiro que intervém no processo para reforçar ou acrescentar uma argumentação –, a PGR questiona o trecho da reforma que trata do acesso à Justiça por parte do trabalhador.
Tal qual a PGR, a entidade aponta que os dispositivos que trazem a possibilidade de o trabalhador arcar com diferentes tipos de honorários são inconstitucionais.
O Artigo 5º da Constituição Federal prevê que o Estado deve garantir assistência jurídica gratuita aos cidadãos que não podem arcar com os custos processuais.
A vice-presidenta assinala que o entendimento está relacionado ao “princípio da universalidade da jurisdição”, previsto inclusive na Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão. Datado de 1948, o documento tem o Brasil como um dos Estados signatários.   
“A Constituição Federal brasileira nada mais faz do que, como em todos os países democráticos ocidentais, confirmar esse princípio”, destaca.
A Adi 5766 foi distribuída para o ministro Luís Roberto Barroso, que não apreciou o pedido liminar. Ele liberou o processo para a pauta da Casa, o que sugere que o plenário poderá decidir sobre o tema.

 

Fonte: Justificando

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São Luís

A CCCC (China Communications Construction Company), maior empresa chinesa de infraestrutura, olha com atenção a todos os projetos de concessão de ferrovias no Brasil, afirmou o presidente da companhia para a América do Sul, Chang Yunbo.

Ele veio ao país para o lançamento, na semana passada, da pedra fundamental do Porto São Luís, novo terminal privado multicargas da capital maranhense do qual a estatal chinesa detém 51%.

Interessam à CCCC os editais de ferrovias previstos para este ano, como o da Ferrogrão (MT/PA) e o da Norte-Sul (Porto Nacional-TO a Estrela D'Oeste-SP). A companhia avalia também uma participação na Malha Sul, da Rumo Logística.

"Temos um porto no norte, agora estamos vendo um no sul. Uma vez que haja conexão por ferrovia, é uma logística estratégica", disse, sem revelar mais detalhes.

O executivo diz que a China vê oportunidades em momentos de crise, justificando o interesse, apesar das incertezas econômicas, pelo Brasil. A primeira aquisição da CCCC no país foi a de 80% da construtora Concremat, por R$ 350 milhões, em 2017.

"Ferrovias de grande porte são investimentos de tamanho chinês, como se diz no mercado, porque é um setor que requer um volume de capital ao qual os chineses estão mais adequados", diz Marcos Ganut, diretor da área de infraestrutura da consultoria Alvarez & Marsal.

Com investimentos em portos e ferrovias a China busca não apenas diversificar sua atuação no Brasil --eles já têm presença marcante no setor de energia --, mas garantir a segurança alimentar de uma nação que tem 1,3 bilhão de habitantes.

O Brasil é um parceiro importante: em 2017, quase 79% das exportações nacionais de soja, por exemplo, foram para a China, segundo dados do Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços).

"O chinês tem uma questão de planejamento de longo prazo. O tema do fornecimento de alimento e commodities em geral vem sendo tratado com bastante carinho pela China, e nesse contexto o investimento em logística é estratégico", diz Ganut.

Para Yunbo, comprar de outros países não significa que há insegurança, mas diz que a maior função do porto será o transporte de grãos.

Concorrência

O porto de São Luís tem potencial para quase dobrar a movimentação do porto público vizinho do Itaqui, que movimentou 19,1 milhões de toneladas em 2017.

Para o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), não há risco de o novo porto privado abafar o já existente. "Há uma complementação entre os portos. Vamos ter mais um, dois, três e isso é bom para o Maranhão", diz.

Após a primeira fase de obras, orçada em R$ 800 milhões e que deve ser concluída em quatro anos, a capacidade do TUP (Terminal de Uso Privado) será de 15 milhões de toneladas --sendo 7 milhões delas para grãos.

O investimento total do novo porto é estimado em cerca de R$ 2 bilhões.

Junto à CCCC, também têm participação no negócio as brasileiras WPR (24%) e a Lyon Capital, de private equity (20%), além de acionistas minoritários.

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 

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Entre os países que mais enviaram mão de obra estão Estados Unidos, Filipinas, Reino Unido, China, Índia, e França

O Ministério do Trabalho concedeu mais de 25 mil autorizações de trabalho para estrangeiros em 2017. Foram 24.294 autorizações temporárias e 1.006 permanentes. As informações foram apresentadas nesta terça-feira (13) durante a 2ª reunião ordinária do Conselho Nacional de Imigração (CNIg). Os dados fazem parte do Relatório Anual elaborado pelo Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), da Universidade de Brasília (UnB).

O número é inferior ao de 2016, quando tinham sido emitidos mais de 30 mil documentos. A diminuição é consequência das mudanças na legislação de imigração – nova lei entrou em vigo em novembro do ano passado. De acordo com o ministro do Trabalho, Helton Yomuta, o período de adaptação acabou influenciando no processo de concessão.

De acordo com o relatório, a maioria dos imigrantes tinham nível superior completo. Os homens são os principais interessados em trabalhar no país: a eles foram concedidas mais de 22 mil autorizações, enquanto pouco mais de 3 mil mulheres conseguiram a documentação. Em relação às faixas etárias, mais de 9 mil autorizações se destinaram a estrangeiros entre 20 e 34 anos e mais de 10 mil para pessoas entre 35 e 49 anos.

Os Estados Unidos (EUA) estão entre os países que mais enviam mão de obra estrangeira para o Brasil. Só para aquele país foram emitidas mais de 5 mil autorizações de trabalho. Em seguida vêm as Filipinas com mais de 2 mil; e Reino Unido, China, Índia, e França, com pouco mais de 1 mil autorizações cada. Dos países da América do Sul, as autorizações se destinaram a nacionais da Venezuela (239), Colômbia (223) e Argentina (188). Os estados que receberam mais profissionais estrangeiros foram o Rio de Janeiro, que recebeu mais de 11 mil pessoas; e São Paulo, com 10 mil.

 

Fonte: Agência Brasil