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O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), que antecipa rumos do mercado de trabalho, caiu 1,9 ponto e foi a 107,7 pontos em março.
 
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou em março mas ainda assim encerrou o primeiro trimestre em nível elevado e apontando contratações nos próximos meses, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, caiu 1,9 ponto e foi a 107,7 pontos em março, devolvendo toda a alta do mês anterior, mas manteve tendência ascendente de 0,2 ponto na média móvel trimestral.
"O índice mostra-se em um nível bastante elevado refletindo uma grande confiança quanto à retomada da economia e, com isso, uma contratação mais forte ao longo dos próximos meses", disse em nota o economista da FGV/Ibre Fernando de Holanda Barbosa Filho.
O resultado do IAEmp em março teve como principal influência a queda de 10,2 pontos do índice que mede a situação dos negócios atual da Indústria de Transformação, segundo a FGV.
Ainda em março, o Indicador Coincidente de Emprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, recuou 0,9 ponto em março, para 96,2 pontos, o menor patamar desde agosto de 2016.
"O índice mostra que houve uma percepção de melhora nas condições de emprego principalmente para os consumidores de renda mais elevada. No entanto, reflete uma situação ainda bastante difícil no mercado de trabalho, apesar da melhora gradual observada nos últimos meses", explicou Barbosa Filho.
No trimestre até fevereiro, a taxa de desemprego do Brasil voltou a subir e atingiu 12,6 por cento, com o número de empregados com carteira de trabalho assinada atingindo o menor nível desde 2012 em uma economia que apresenta recuperação irregular no início do ano.
 
Fonte: Reuters