13º Salário: Principais regras e a incidência dos Encargos Sociais

IMAGEM: Contábeis

 

Segundo nota técnica do governo, acordos de redução salarial não devem ser considerados. Primeira parcela deve ser paga até o próximo dia 30

O 13º salário deve ser pago integralmente mesmo para quem teve jornada e salário reduzidos durante a pandemia. O esclarecimento foi feito em nota técnica divulgada ontem (17) pelo Ministério da Economia, que recebia vários questionamentos sobre o assunto. Segundo as secretarias envolvidas, tanto para o 13º como para o cálculo das férias “não deve ser considerada a redução de salário de que trata a Lei nº 14.020”. Sancionada em julho, a lei criou o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

Assim, pela nota técnica, o 13º deve ser calculado com base na remuneração integral de dezembro. A orientação vale mesmo que o trabalhador esteja recebendo, naquele mês, remuneração menor devido à jornada reduzida. A primeira parcela deve ser paga até o próximo dia 30.

 Já em caso de suspensão de contrato, o período não trabalhado não será considerado para efeito de cálculo. A não ser que o empregado tenha trabalhado por mais de 15 dias no mês. No caso das férias, também não vale o tempo de suspensão do contrato – o trabalhador só tem direito após completar 12 meses de serviço.

Questionamentos

Segundo o governo, a nota foi divulgada devido “ao volume de questionamentos diários direcionados à Secretaria de Trabalho”. Assim, “não se mostra razoável não emitir um direcionamento claro à sociedade, mormente considerando que a ausência de posicionamento causa insegurança jurídica no planejamento dos empregadores sobre os cálculos que devem observar”.

De acordo com dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, quase 9,8 milhões de trabalhadores receberam o benefício emergencial previsto pela lei, para complementação de renda. Foram mais de 10,5 milhões de acordos de redução de jornada, de abril a outubro – 4,2 milhões tiveram diminuição salarial de 70%, 3,6 milhões, de 50% e 2,8 milhões, de 25%. Houve ainda 8,2 milhões de acordos de suspensão do contrato.

FONTE: REDE BRASIL ATUAL

 

A discussão sobre o teto de gastos em 2021 será importante para que se entenda qual vai ser o futuro das regras fiscais, como elas serão harmonizadas e como isso vai resultar ou não na possibilidade de reequilibrar a relação dívida/PIB.

A avaliação foi feita nesta segunda-feira (16) pelo diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, durante apresentação à imprensa do Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de novembro de 2020.

Após queda de 5% em 2020, a expectativa da IFI é que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresça 2,8% ao ano em 2021, e se mantenha em crescimento médio anual de 2,3% até 2030, com taxa real de juro de 3% ao ano.

Em relação ao desemprego, a população ocupada deverá terminar o ano caindo 8,8%, e a ocupação deverá crescer menos de 2% no ano que vem (alta de 1,8%). A recessão deverá ficar em 5%, e não em 6,5%, em 2020. Essa melhora, de acordo com a IFI, está associada às medidas de estímulo adotadas ao longo dos últimos meses, a exemplo do auxílio emergencial a vulneráveis.

O relatório da IFI apresenta avaliações conjunturais e atualizações para os cenários-base, otimista e pessimista, simulados com suporte em pressupostos para os parâmetros orçamentários, como PIB, inflação e taxa de juros, entre outros.

“O risco de rompimento do teto é elevado nos três cenários. A gente classifica o risco como baixo, moderado ou alto, com base nas contas de margem fiscal, de nível de despesas discricionárias e, também, nos gastos necessários para o funcionamento da máquina. É muito importante que o governo resolva a situação do Orçamento do ano que vem, que é a dimensão de curto prazo, e resolva o médio prazo, que depende dessa solução, dessa ponte que precisa ser construída, para que a gente saia de um cenário que foi muito crítico neste ano, que ninguém esperava, que exigiu uma ação do Estado necessária, mas que, a partir do ano que vem, vai precisar ser mais bem coordenada e mais eficiente” afirmou.

Felipe Salto acentuou que o quadro de fragilidade econômica atual afeta todas as projeções fiscais de 2020 e dos próximos anos. Ele ressaltou ainda que a recuperação da atividade econômica vai ser lenta, ao contrário do que ocorreu na crise fiscal de 2008-2009.

O teto de gastos também corre risco elevado de ser rompido em 2021, mas é preciso registrar que houve melhoras, a partir da revisão das despesas do próximo ano, a exemplo dos gastos previdenciários, advertiu.

“A maior precariedade está nos trabalhadores informais, que representam 8,8 milhões de pessoas. A precariedade do mercado de trabalho justifica gastos novos sociais que têm probabilidade grande de acontecer, mas isso tem que ser feito de maneira coordenada, fiscalmente responsável, que atente para a importância de compensar medidas que elevem gastos e para o fato de que o país tem uma regra constitucional do teto de gastos”, afirmou.

A IFI estima que o deficit primário do governo central deverá ficar em R$ 779,8 bilhões, em 2020, abaixo do projetado em junho (R$ 877,8 bilhões). A principal mudança a explicar a revisão está no ingresso de recursos referentes a impostos diferidos entre abril e junho. Já a dívida bruta/PIB deverá encerrar 2020 em 93,1%, abaixo dos 96,1% projetados em junho. O PIB nominal mais alto e o deficit primário mais baixo explicam o grosso da alteração.

Para o período de 2021 a 2030, no cenário-base, os deficits primários do governo central e do setor público consolidado devem persistir até 2030. A dívida/PIB deve atingir 100% em 2024 e, até lá, dificilmente serão alcançadas as condições de sustentabilidade.

Para isso, de acordo com a IFI, seria preciso ter um superavit do setor público consolidado de 1,2% do PIB, em 2024, para que a dívida se tornasse estável. Isto é, trata-se de um esforço de 3,9 pontos percentuais do PIB, quando calculado a partir do deficit projetado para 2021 (2,7% do PIB).

O relatório aponta, contudo, que o desafio fiscal segue bastante intrincado. A IFI reitera que o reequilíbrio das contas públicas exigirá responsabilidade fiscal e reversão, ainda que gradual, do deficit primário que já persiste desde 2014, em um ambiente bastante desafiador de pressões por novos gastos e baixo crescimento econômico.

Fontes: Agência Senado/DIAP

O plenário do STF pode julgar se o trabalho intermitente é constitucional. Esse tipo de contrato foi admitido pela reforma trabalhista de Michel Temer de 2017

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) pode julgar nesta quinta-feira (19) se o trabalho intermitente é constitucional. Admitido pela reforma trabalhista de Michel Temer, na lei 13.467/2017, esse tipo de contrato de trabalho tem sido questionado por representantes dos trabalhadores. O modelo “rompe com a promessa de pleno emprego e de valorização do trabalho humano”, valores previstos na Constituição. É o que diz o advogado José Eymard Loguercio, sócio da LBS Advogados, que representa a CUT no processo.

Em entrevista a Hyndara Freitas, no portal Jota, Loguercio afirma que a ideia de que o contrato intermitente seria capaz de “formalizar” informais “não se concretiza uma vez que o que se verificou nesse período foi que a informalidade se manteve ou até mesmo cresceu, e os empregos formais foram se transformando em empregos precários”.

Enquanto empregadores defendem o modelo como forma de tornar as contratações mais flexíveis e criar mais empregos, entidades de trabalhadores defendem frente a esse julgamento no STF que o trabalho intermitente agrava a precarização do trabalho.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) atua como amicus curiae na ação direta de inconstitucionalidade (ADI) 5826, que tem como relator o ministro Edson Fachin, que foi ajuizada em 2017 pela Federação Nacional Dos Empregados Em Postos De Serviços De Combustíveis e Derivados de Petróleo (Fenepospetro). A entidade questiona os dispositivos da CLT, inseridos pela reforma, que preveem o contrato de trabalho intermitente.

FONTE: REDE BRASIL ATUAL

Foto: reprodução do site da Maersk

 

A MSC estará na iminência de superar a Maersk como número mundial no transporte marítimo de conteineres, prevê a Sea-Intelligence.

A Maersk é líder mundial há já um quarto de século, e a MSC é número dois desde 2004. Mas as posições poderão em breve inverter-se entre as rivais e parceiras na 2M.

 

Nas últimas semanas a MSC tem estado particularmente ativa na compra de navios em segunda mão, para substituir capacidade fretada. Mas o assalto à liderança mundial poderá acontecer se se confirmarem os rumores do mercado que apontam para uma encomenda de vários porta-conteineres de 23 000 TEU.

Atualmente, a frota da Maersk (4,085 milhões de TEU de capacidade) é 6% maior que a da MSC (3,850 milhões de TEU). Entregues que sejam as encomendas conhecidas (46 140 TEU para a Maersk, 115 mil para a MSC) essa diferença deverá recuar para os 4%, lembra a Sea-Intelligence.

Mas em termos de quota de mercado, segundo a Alphaliner, a diferença actual é já de apenas 0,9%.

Daqui que, antecipa a consultora de Copenhague, se se concretizarem as encomendas de que se fala para a companhia suíça, e se a dinamarquesa se mantiver firme na intenção de não comprar “gigantes” nos tempos mais próximos, pode haver mesmo uma troca de lugares no topo do ranking mundial.

FONTE: TRANSPORTES&NEGÓCIOS

IMAGEM: GOOGLE

Acordo prevê até 90 dias para alguns benefícios; STF ainda tem que homologar pacto

Um acordo assinado nesta semana pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, e pelo presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Leonardo Rolim, fixou prazos maiores do que os previstos pela legislação para que o instituto analise e responda aos pedidos de benefícios e conclua as perícias médicas necessárias à concessão de benefícios por incapacidade.

Anunciado como uma medida que reduzirá a espera dos segurados, o termo foi visto com desconfiança por advogados que atuam na área.

A lei 8.213, que trata da maioria das regras da Previdência, prevê que o primeiro pagamento do segurado seja efetuado em até 45 dias a partir da data da apresentação da documentação do referente ao pedido.

Quando o INSS demora mais do que esses 45 dias para responder, o pedido passa a ser considerado em atraso, gerando correção monetária pelo INPC, que é paga junto ao primeiro depósito.

O acordo assinado por MPF (Ministério Público Federal) e INSS chega a esticar esse prazo a até 90 dias, como é o caso da concessão de benefícios assistenciais a pessoas com deficiência ou idosos. As aposentadorias comuns também passarão a ter esse prazo mais longo, de três meses.

Também assinaram o documento o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco Leal, o advogado-geral da União, José Levi, o defensor público-geral federal em exercício, Jair Soares Júnior, e o secretário executivo do Ministério da Cidadania, Antonio José Barreto de Araújo Júnior.

Para o advogado Diego Cherulli, diretor do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário, o acordo é inócuo e pouco democrático, uma vez que sua elaboração não teve a participação de advogados ou de entidades que representem os segurados do INSS.
 

“Ele visa impedir as pessoas a irem à Justiça. O prazo já existe e precisa ser cumprido. O Estado é muito pouco punido pelo não cumpimento das regras”, diz.

A seccional paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) informou que divulgará nota de repúdio aos termos do acordo. O presidente da Comissão de Direito Previdenciário da OAB-SP, José Roberto Sodero, afirma que a extensão dos prazos é contrária à cidadania.

“Especialmente nos benefícios por incapacidade, 45 dias de prazo é muito tempo para alguém que está doente e sem trabalhar, muitas vezes sem renda”, diz. Sodero também critica a ausência da advocacia na construção do acordo.

A articulação do acordo, segundo o MPF, partiu do PGR devido à tramitação de um recurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal, no qual se discute se a Justiça pode estabelecer prazo para o INSS realizar perícia médica e implantar benefícios.

Em fevereiro, Aras solicitou a suspensão do processo para que os envolvidos discutissem uma solução amigável.

O acordo assinado na segunda não tem efeito imediato. Ele ainda precisa ser homologado pelo STF e, a partir disso, levará seis meses para começar a valer. No caso da perícia, o documento prevê que os prazos começam a contar quando, passada a pandemia, a agenda dos médicos estiver normalizada.

A PGR afirma que não falará sobre as queixas dos advogados, pois “não antecipa manifestações que possam ser objeto de ação judicial.”

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

Agência Brasil/EBC

 

Industriall-Brasil será lançada nesta terça (17) com o objetivo de discutir a indústria e o emprego no Brasil

As duas maiores centrais sindicais do Brasil, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Força Sindical, se uniram para a fundação da associação Industriall-Brasil, entidade que pretende discutir os rumos do trabalhado na indústria do país.

A notícia foi antecipada pela coluna Painel.

“É a primeira vez que as duas centrais se juntam dentro de uma associação com estatuto, sede e diretoria. É um fato histórico, um cavalo de pau dentro do movimento sindical”, diz Aroaldo Oliveira, metalúrgico do ABC ligado à CUT, que será o primeiro presidente da Industriall-Brasil.

Antes vistas como rivais dentro do movimento sindical, a Força e a CUT se aproximaram no início do mandato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Desde então, elas organizaram juntas uma série de manifestações e eventos, como o 1º de Maio.

A Industriall-Brasil será lançada nesta terça-feira (17) e será financiada pelas federações e confederações filiadas. Segundo Oliveira, há até o momento 14 entidades filiadas.

 Juntas, elas representam 10 milhões de trabalhadores da indústria, afirma. O setor emprega 18 milhões de pessoas no Brasil em seis ramos: metalúrgico, químico, têxtil/vestuário, construção civil, alimentação e energia.
 

“Estamos abertos, queremos dialogar com outras centrais sindicais, e também com os sindicatos que não estão dentro de uma central e com os trabalhadores que não estão sindicalizados”, diz Oliveira.

Um dos primeiros atos da Industriall-Brasil será o lançamento de um grande estudo sobre a situação da indústria no Brasil e do mercado de trabalho.

“As empresas pararam de fornecer dados e o governo não cobrou. Temos um apagão dos números do que está acontecendo no Brasil. Os dados oficiais do governo são duvidosos”, critica Oliveira.

Segundo ele, a Industriall-Brasil terá parcerias com universidades e com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) para fazer o levantamento.

O nome da associação foi cedido pela Industriall Global Union, iniciativa sindical mundial fundada em 2012 e que negocia en nome dos trabalhadores com grandes empresas multinacionais. Na América do Sul, o escritório do Industriall Global fica no Uruguai.

“A Industriall-Brasil não tem o papel de representar os trabalhadores junto às empresas. Não tiramos o papel do sindicato. Juntamos as federações para discutir a indústria, para discutir a reindustrialização no Brasil”, afirma o presidente.

Oliveira diz que a entidade vai trabalhar para articular política industrial e pautas importantes para o setor. Segundo o dirigente, a pandemia do novo coronavírus mostrou os problemas da indústria no Brasil.

“Está faltando insumo básico para a produção industrial. Outro fator que ajuda a discutir é disparidade cambial, causada pela pandemia, que cria uma vantagem competitiva para o Brasil. Queremos cavar uma pauta de nacionalização da indústria.”

Os temas se assemelham aos defendidos pelos sindicatos patronais, mas ainda não existe nenhum tipo de conversa com as empresas e a Industriall-Brasil.

“Não sei se o termo certo é parceria, mas queremos fazer um trabalho muito próximo com sindicatos patronais e associações empresariais. Por mais que a gente tenha divergências, a convergência é o desenvolvimento do Brasil. Em grande parte o discurso é o mesmo, criar política industrial, produção nacional. Mas o que a gente avança é que nosso intuito é criar emprego de qualidade e geração de renda”, diz Oliveira.

Também não é a primeira vez que as entidades dos trabalhadores e de empresas tentam algo em conjunto.

Em 2011, a Força Sindical, a CUT, os dois maiores sindicatos de trabalhadores da indústria do país (metalúrgicos de São Paulo e de São Bernardo) e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) anunciaram um seminário em conjunto: “Brasil do Diálogo, da Produção e do Emprego”.

A iniciativa resultou em um documento de propostas com o objetivo de impulsionar a indústria no país —muitas delas acabaram sendo implementadas pela então presidente, Dilma Rousseff (PT).

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 

 

Há esperança de que o Reino Unido já esteja firmemente em território de recuperação

Foto: Tolga Akman / AFP / CP

 

O Produto Interno Bruto (PIB) dos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cresceu 9% no terceiro trimestre de 2020, na comparação trimestral, depois de ter contraído 9,8% entre abril e junho. A atividade econômica, contudo, ainda permanece 4,3% abaixo do nível anterior à pandemia de covid-19, de acordo com um relatório publicado nesta quinta-feira pela OCDE.

Entre as sete maiores economia do mundo, a França registrou a maior alta do PIB entre julho e setembro, 18,2%, após uma retração de 13,7%. Em outras partes da Europa, o crescimento da economia no terceiro trimestre foi de 16,1% na Itália, de 15,5% no Reino Unido e de 8,2% na Alemanha, ressalta o documento. Na zona do euro e na União Europeia (UE), os avanços foram de 12,6% e 11,6%, respectivamente.
 

Nos EUA, o PIB apresentou avanço de 7,4% no terceiro trimestre, enquanto no Japão, a alta foi de 5,0%, destaca a OCDE. Em relação a igual período do ano passado, o PIB da OCDE teve queda de 4,1% no terceiro trimestre, após encolher 11,7% no trimestre anterior.

FONTE: ESTADÃO

 

 

 

 Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) mostra que os partidos dos presidentes da República desde Fernando Henrique Cardoso conseguiram eleger números expressivos de prefeitos dois anos depois de conquistarem o primeiro mandato. O PSDB aumentou de 317 cidades, em 1992, para 934 em 1996. Já o PT, de Luiz Inácio Lula da Silva, passou de 174, em 2000, para 400 prefeituras em 2004. Com Dilma Rousseff, o PT cresceu de 557 em 2008 para 638 em 2012.

Bolsonaro foi eleito pelo PSL, mas deixou o partido um ano depois. O presidente tentou criar o Aliança pelo Brasil, mas a legenda não saiu do papel. Parte dos candidatos bolsonaristas, entretanto, permaneceram no PSL e os demais buscaram abrigos em siglas pequenas.

Tabela com o desempenho dos partidos na eleição para prefeito desde 1992, considerando o resultado no 1ª turno  - DIAP

 

Ano

1992

FHC

1996

2000

LULA

2004

2008

DILMA

2012

2016

PMDB

1605

1295

1253

1051

1202

1021

1028

PSDB

317

934

987

862

791

695

793

PSD

35

116

111

   

489

539

PP

     

550

551

476

496

PSB

48

150

131

173

310

440

414

PDT

377

436

287

300

352

307

334

PR

       

385

275

295

DEM

       

496

278

265

PTB

303

382

397

423

413

298

262

10º

PT

54

110

174

400

557

638

256

11º

PPS

 

33

164

302

129

125

118

12º

PRB

       

54

80

104

13º

PV

 

13

13

55

75

100

101

14º

PSC

50

49

32

25

57

82

87

15º

PCDOB

     

10

41

54

80

16º

SD

           

53

17º

PHS

   

6

26

13

16

36

18º

PSL

 

11

26

25

15

23

30

19º

PTN

 

1

2

5

16

12

30

20º

PMN

 

30

14

31

42

42

28

21º

PRP

 

30

16

37

17

23

19

22º

PTDOB

 

4

6

23

8

25

15

23º

PTC

     

16

13

20

15

24º

PEN

           

14

25º

PRTB

 

2

4

12

11

16

10

26º

PSDC

 

2

8

12

8

10

9

27º

REDE

           

5

28º

PPL

         

11

4

29º

PMB

           

3

30º

PSOL

         

2

2

31º

PFL

965

934

1027

790

     

32º

PL

165

222

233

381

     

33º

PAN

   

1

1

     

34º

PPB

 

625

617

       

35º

PST

122

9

16

       

36º

PRN

   

3

       

37º

PRONA

 

1

         

38º

PDS/PPR/PPB

363

           

39º

PDC

211

           

40º

PJ/PRN

98

           

41º

PTR

48

           

42º

PCB/PPS

1

           

43º

NOVO

             

44º

PCB

             

45º

PCO

             

46º

PSTU

         

FONTE: DIAP

O Ministério da Economia revisou a estimativa para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 2020, que passou de 2,35% para 4,10%. O indicador é usado para reajustar o valor do salário mínimo. 

Se o número se confirmar, o piso salarial passaria de R$ 1.045 para R$ 1.087,85 em 2021. Em abril, o governo estimou no PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) que o piso salarial em 2021 seria de R$ 1.079, devido à projeção de 3,29% para o INPC à época. Esse projeto de lei serve como base para que o governo elabore a proposta orçamentária para o próximo ano.

Quando enviou a projeção do orçamento anual, em 31 de agosto, o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) propôs um salário mínimo de R$ 1.067 em 2021, deixando o piso nacional sem aumento real pelo segundo ano seguido. O valor de R$ 1.067 leva em conta uma alta de 2,09% do INPC. 

Hoje, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia revisou os índices e estimou um INPC de 4,10%, o que elevou a estimativa do salário mínimo para o ano que vem em R$ 42,85 em relação ao valor deste ano. Em setembro, a estimativa da secretaria era um INPC de 2,35%.

De 2007 a 2019, a lei garantia que o salário mínimo tivesse aumento real, acima da inflação, sempre que houvesse crescimento econômico, dentro da política de valorização do salário mínimo das gestões petistas. 

Essa fórmula de cálculo levava em conta a inflação do ano anterior, medida pelo INPC, mais o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. 

Fonte: UOL

Dos 69 congressistas candidatos nestas eleições, somente quatro deputados federais foram eleitos em primeiro turno. 15 vão disputar segundo turno sendo somente um senador que disputa a prefeitura de Goiânia (GO), Vanderlan Cardoso (PSD). E 50 não lograram êxito nas urnas em 2020.

Se considerar a soma das candidaturas e da dos candidatos eleitos comparado aos últimos pleitos revela que a eleição deste ano teve uma queda histórica no desempenho dos parlamentares – Deputados Federais e Senadores da República - para a esfera municipal.

Estatísticas do desempenho dos deputados e senadores no pleito municipal

 

Candidatos/eleição

2020

2016

2012

2008

2004

2000

1996

1992

Prefeitáveis

69

83

92

89

93

98

121

88

Deputados

67

81

87

86

89

94

117

86

Senadores

2

2

5

3

4

4

4

2

Deputados eleitos

4

19*

25

18

18

25

41

25

Senadores eleitos

0

1

0

0

2

1

0

1

Total eleitos

4

20

25

18

20

26

41

26

*15 parlamentares vão disputar eleição no segundo turno.

Leia também: Panorama das eleições municipais 2020

Eleitos em 1º turno:

UF

MUNICÍPIO

CARGO

CANDIDATO

PARTIDO

COLIGACÃO

RESULTADO

CE

MARACANAÚ

PREFEITO

ROBERTO PESSOA

PSDB

REPUBLICANOS / PTB / MDB / PMN / PSDB / PC do B / PROS

Eleito

MA

CAXIAS

VICE-PREFEITO

PAULINHO

PL

REPUBLICANOS / PP / PT / PODE / PL / PMN / PTC / PSB / PV / PSDB / AVANTE

Eleito

RJ

NOVA IGUAÇU

VICE-PREFEITO

JUNINHO DO PNEU

DEM

PV / PSL / PMB / PP / DEM / AVANTE / PDT / MDB / PL / CIDADANIA / PATRIOTA / PROS

Eleito

RJ

PORTO REAL

PREFEITO

DR ALEXANDRE SERFIOTIS

PSD

DEM / AVANTE / REPUBLICANOS / PSC / PL / PATRIOTA / PSD / MDB / PSL / PODE

Eleito

Disputarão 2º turno:

UF

MUNICÍPIO

CARGO

CANDIDATO

PARTIDO

COLIGACÃO

RESULTADO

AL

MACEIÓ

PREFEITO

JHC

PSB

PSB / PDT / PSDB

2º turno

BA

FEIRA DE SANTANA

PREFEITO

ZÉ NETO

PT

PDT / PT / AVANTE / PP / PC do B

2º turno

CE

FORTALEZA

PREFEITO

CAPITÃO WAGNER

PROS

PROS / REPUBLICANOS / PODE / PSC / PMB / PMN / PTC / DC / AVANTE

2º turno

CE

CAUCAIA

VICE-PREFEITO

DEUZINHO FILHO

REPUBLICANOS

PTC / PROS / REPUBLICANOS / PSC / PL

2º turno

ES

SERRA

PREFEITO

SERGIO VIDIGAL

PDT

PSD / PDT / SOLIDARIEDADE / PSL / CIDADANIA

2º turno

GO

GOIÂNIA

PREFEITO

VANDERLAN CARDOSO

PSD

PSD / PTB / PSC / PP / PMN / AVANTE / DEM

2º turno

MA

SÃO LUÍS

PREFEITO

EDUARDO BRAIDE

PODE

PODE / PSD / PMN / PSC / PSDB

2º turno

MG

JUIZ DE FORA

PREFEITO

MARGARIDA SALOMÃO

PT

PT / PV

2º turno

PA

BELÉM

PREFEITO

EDMILSON RODRIGUES

PSOL

PT / REDE / UP / PC do B / PSOL / PDT

2º turno

PE

RECIFE

PREFEITO

JOÃO CAMPOS

PSB

MDB / REDE / PC do B / SOLIDARIEDADE / PROS / PV / AVANTE / REPUBLICANOS / PP / PDT / PSD / PSB

2º turno

PE

RECIFE

PREFEITO

MARILIA ARRAES

PT

PSOL / PTC / PMB / PT

2º turno

RJ

CAMPOS DOS GOYTACAZES

PREFEITO

WLADIMIR GAROTINHO

PSD

PRTB / PP / MDB / PSD / PROS / PODE / PSC

2º turno

RR

BOA VISTA

PREFEITO

OTTACI

SOLIDARIEDADE

SOLIDARIEDADE / PATRIOTA / PT / PSC / PSB / PTC / PRTB / PROS / DC / CIDADANIA / PTB

2º turno

SC

JOINVILLE

PREFEITO

DARCI DE MATOS

PSD

PSD / PL / PSDB / PP

2º turno

SP

SÃO PAULO

VICE-PREFEITO

LUIZA ERUNDINA

PSOL

PCB / PSOL / UP

2º turno

Não eleitos:

UF

MUNICÍPIO

CARGO

CANDIDATO

PARTIDO

COLIGACÃO

RESULTADO

AM

MANAUS

PREFEITO

ZE RICARDO

PT

PT / PSOL / PCB / REDE

Não eleito

AM

MANAUS

PREFEITO

CAPITÃO ALBERTO NETO

REPUBLICANOS

REPUBLICANOS / PMN / PTB

Não eleito

AP

SANTANA

PREFEITO

PROFESSORA MARCIVANIA

PC do B

PDT / PC do B / PSD

Não eleita

BA

SALVADOR

PREFEITO

PASTOR SARGENTO ISIDÓRIO

AVANTE

AVANTE / PMB / PSD

Não eleito

BA

SALVADOR

PREFEITO

BACELAR

PODE

REDE / PTC / PODE

Não eleito

BA

PORTO SEGURO

PREFEITO

ULDURICO JUNIOR

PROS

PTB / PROS / REDE / PSC / PMB / PTC / PSD / PC do B

Não eleito

BA

FEIRA DE SANTANA

PREFEITO

PROFESSORA DAYANE PIMENTEL

PSL

PSL

Não eleita

CE

FORTALEZA

PREFEITO

HEITOR FREIRE

PSL

PSL / PRTB

Não eleito

CE

FORTALEZA

PREFEITO

LUIZIANNE LINS

PT

PT

Não eleita

CE

FORTALEZA

PREFEITO

CELIO STUDART

PV

PV

Não eleito

ES

MARATAÍZES

PREFEITO

NORMA AYUB

DEM

DEM / PP / PSB / PSD / PV

Não eleita

GO

GOIÂNIA

PREFEITO

ELIAS VAZ

PSB

PDT / REDE / PSB

Não eleito

MA

SÃO LUÍS

PREFEITO

RUBENS JUNIOR

PC do B

PC do B / PP / DC / CIDADANIA / PMB / PT

Não eleito

MA

SÃO LUÍS

PREFEITO

BIRA

PSB

PSB

Não eleito

MG

BELO HORIZONTE

PREFEITO

ÁUREA CAROLINA

PSOL

PSOL / UP / PCB

Não eleita

MG

GOVERNADOR VALADARES

PREFEITO

LEONARDO MONTEIRO

PT

REDE / PT / AVANTE / PC do B / PL

Não eleito

MG

BELO HORIZONTE

PREFEITO

LAFAYETTE ANDRADA

REPUBLICANOS

REPUBLICANOS

Não eleito

MS

CAMPO GRANDE

PREFEITO

DAGOBERTO

PDT

PDT

Não eleito

MS

CAMPO GRANDE

PREFEITO

TRUTIS

PSL

PSL

Candidatura rejeitada pelo TRE

MT

SINOP

PREFEITO

JUAREZ COSTA

MDB

MDB / PP / PTB / REDE / PSB / PSD / PROS / PDT / DEM / PV

Não eleito

MT

VÁRZEA GRANDE

PREFEITO

EMANUELZINHO

PTB

PMB / PTB / PTC / PSD / PT / REPUBLICANOS

Não eleito

PA

BELÉM

PREFEITO

PRIANTE

MDB

MDB / PTB / PSL / PODE / PSC / PL / DC

Não eleito

PA

BELÉM

PREFEITO

CASSIO ANDRADE

PSB

SOLIDARIEDADE / AVANTE / PROS / PSB

Não eleito

PA

BELÉM

PREFEITO

VAVÁ MARTINS

REPUBLICANOS

REPUBLICANOS

Não eleito

PB

JOÃO PESSOA

PREFEITO

RUY CARNEIRO

PSDB

PSD / PSC / PL / PSDB

Não eleito

PB

MONTEIRO

VICE-PREFEITO

DRA. EDNA HENRIQUE

PSDB

REPUBLICANOS / PP / PDT / PSL / PATRIOTA / SOLIDARIEDADE / PROS / PSD / PSC / PSDB

Não eleita

PI

TERESINA

PREFEITO

FABIO ABREU

PL

PL / REPUBLICANOS / PMN / PTB

Não eleito

PR

CASCAVEL

PREFEITO

ROMAN

PATRIOTA

PATRIOTA / PSL / PSDB / PROS / PTC

Não eleito

PR

CURITIBA

PREFEITO

CHRISTIANE YARED

PL

PROS / PL

Não eleita

PR

LONDRINA

PREFEITO

BOCA ABERTA

PROS

PROS

Não eleito

RJ

TANGUÁ

VICE-PREFEITO

EDU PEREIRA

PATRIOTA

PATRIOTA

Não eleito

RJ

SÃO JOÃO DE MERITI

PREFEITO

PROF JOZIEL

PSL

PSL / PMB

Não eleito

RJ

RIO DE JANEIRO

PREFEITO

LUIZ LIMA

PSL

PSD / PSL

Não eleito

RJ

RIO DE JANEIRO

PREFEITO

BENEDITA DA SILVA

PT

PT / PCDOB

Não eleita

RJ

RIO DE JANEIRO

PREFEITO

CLARISSA GAROTINHO

PROS

PROS

Não eleita

RJ

NOVA IGUAÇU

PREFEITO

ROSANGELA GOMES

REPUBLICANOS

REPUBLICANOS

Não eleita

RN

NATAL

PREFEITO

SENADOR JEAN

PT

PT

Não eleito

RR

BOA VISTA

PREFEITO

SHÉRIDAN

PSDB

PSD / PSDB / REPUBLICANOS / DEM

Não eleita

RR

BOA VISTA

PREFEITO

NICOLETTI

PSL

PSL

Não eleito

RS

PORTO ALEGRE

PREFEITO

FERNANDA MELCHIONNA

PSOL

PSOL / PCB / UP

Não eleita

SC

LAGES

PREFEITO

CARMEN ZANOTTO

CIDADANIA

DEM / PL / PSDB / CIDADANIA / PSB / PDT / PRTB

Não eleita

SC

FLORIANÓPOLIS

PREFEITO

ANGELA AMIN

PP

PSDB / MDB / PSL / PP

Não eleita

SC

CHAPECÓ

VICE-PREFEITO

PEDRO UCZAI

PT

PDT / PT / PSB / PV / REDE / PC do B

Não eleito

SE

LAGARTO

PREFEITO

FABIO REIS

MDB

MDB / DEM / PSD / PP

Não eleito

SE

NOSSA SENHORA DO SOCORRO

PREFEITO

FÁBIO HENRIQUE

PDT

PSC / PDT / PTB / PSD / PSDB

Não eleito

SP

SÃO PAULO

PREFEITO

ORLANDO SILVA

PC do B

PC do B

Não eleito

SP

SÃO PAULO

PREFEITO

JOICE HASSELMANN

PSL

DC / PSL

Não eleita

SP

SÃO PAULO

VICE-PREFEITO

CARLOS ZARATTINI

PT

PT

Não eleito

SP

SÃO PAULO

PREFEITO

CELSO RUSSOMANNO

REPUBLICANOS

REPUBLICANOS / PTB

Não eleito

TO

PALMAS

PREFEITO

ELI BORGES

SOLIDARIEDADE

PTB / SOLIDARIEDADE

Não eleito

 

FONTE: DIAP

 

13° salário tem cálculo alterado após corte na jornada; veja QUANTO pode receber

IMAGEM: REPRODUÇÃO/GOOGLE

 

Abono será integral nos casos de redução salarial; contrato suspenso terá cálculo proporcional

A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho informou nesta terça-feira (17) que vai orientar que o valor do 13º salário e das férias de trabalhadores que tiveram jornadas e salários parcialmente reduzidos devem ter as parcelas pagas com base na remuneração integral.

A regra deve ser observada, especialmente, nos casos em que os trabalhadores estiverem praticando jornada reduzida no mês de dezembro.

Para os contratos suspensos, os períodos de suspensão não devem ser computados como tempo de serviço e para cálculo de 13º e férias.

A exceção é para os casos em que os empregados prestaram serviço por mais de 15 dias no mês, que já estão previstos na legislação vigente, favorecendo, assim, o trabalhador.

As informações estão em uma nota técnica do governo acerca dos parâmetros a serem observados pelos empregadores para fins de cálculo dos valores de 13º salário e concessão de férias de trabalhadores que tiveram os contratos temporariamente suspensos ou as jornadas parcialmente reduzidas em razão de adesão ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), instituído pela Lei nº 14.020 de 2020.

 

“A diferenciação das fórmulas para cálculo ocorre porque na redução de jornada o empregado permanece recebendo salário, sem afetar seu tempo de serviço na empresa, o que permite computar o período de trabalho para todos os efeitos legais”, informou a secretaria.

“Com a suspensão dos contratos de trabalho, no entanto, a empresa não efetua pagamento de salários e o período de afastamento não é considerado para contagem de tempo de serviço, afetando assim o cálculo das férias e do 13º”, completou a secretaria.

Com a data-limite para o pagamento da primeira parcela se aproximando —o dinheiro deve estar na conta do trabalhador até 30 de novembro—, ganhou força o debate sobre a possibilidade de pagamento de abono proporcional ao salário recebido pelo funcionário nos meses em que houve redução da remuneração ou a suspensão contratual.

Por isso, o governo decidiu divulgar uma orientação sobre como ser calculado o valor do 13º salário para trabalhadores incluídos no programa emergencial para preservação de empregos durante a pandemia de Covid-19.

Os casos em que o funcionário ficou afastado e recebeu apenas o BEm (Benefício Emergencial) são mais simples: há respaldo da legislação trabalhista para que o empregador não inclua os meses de suspensão contratual no cálculo do 13º salário, segundo o advogado Filipe Luís de Paula e Souza, da LBZ Advocacia.

“A legislação trabalhista diz que o mês só é considerado no cálculo do 13º salário se o funcionário trabalhou ao menos 15 dias”, explica Souza. “Considerando a lei, o pagamento proporcional é possível nos casos de suspensão contratual.”

Para trabalhadores que tiveram salários reduzidos, porém, a opinião do especialista é que, assim como orientou o governo, o adequado é considerar o valor integral do salário nos meses trabalhados.

“Empresas mais atingidas pela crise estão avaliando pagar o valor proporcional ao salário reduzido, mas é algo que pode gerar custos com futuros processos trabalhistas”, diz o advogado. “É uma situação que nunca foi alvo de análise da Justiça e o risco jurídico é inédito.”

Para Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores) e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, o pagamento deve ser integral nos casos de redução salarial.

“Certamente tentaremos dialogar sobre o tema, mas entraremos com ações contra empresas que não cumpriem”, afirma Patah.

Só na capital paulista, a estimativa do sindicato é que 300 mil trabalhadores do comércio tenham recebido o BEm.

Em nota enviada à reportagem antes da divulgação da orientação da Secretaria de Trabalho, a FecomercioSP, que representa o setor patronal em São Paulo, havia informado que entendia que o pagamento deveria ser proporcional também nos casos de redução de jornada e salário.

“Nas hipóteses de redução de jornada e de salário, na proporção determinada pela lei de (25%, 50% ou 70%), a conta não é simples, o que tem gerado entendimentos diversos sobre o tema. A FecomercioSP entende que o pagamento deve ser proporcional, isto é, pensar no pagamento integral seria o mesmo que não olhar para a situação das empresas que se utilizaram-se ou da suspensão ou da redução da jornada e de salário; elas somente utilizaram esses instrumentos em razão da obrigatoriedade de ficarem com as portas fechadas”, informou a federação.

A FecomercioSP havia comunicado, no entanto, que aguardava orientação do Ministério da Economia sobre o tema.

FONTE: UOL ECONOMIA

Fachada 2

foto: Rodolfo Stuckert / Acervo Câmara dos Deputados

 

Depois do primeiro turno das eleições municipais, as lideranças do governo no Congresso vão buscar aprovar projetos da área econômica já em tramitação, mas as reformas estruturais ficarão para o período após o segundo turno. A preocupação continua sendo a de que as medidas impopulares prejudiquem os candidatos apoiados pelo governo que foram para a votação no dia 29 de novembro. Na lista da área econômica está, por exemplo, a desindexação de despesas do Orçamento, ou seja, retirar correções que são dadas automaticamente a alguns gastos.

 

Ao Estadão/Broadcast, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), disse que vai tentar votar a pauta que combinou com o presidente Jair Bolsonaro na semana passada. Ele admitiu que a votação das reformas ficará para depois do segundo turno. “Temos votações já (esta semana). As reformas ficam para o segundo turno. Acordaremos com os líderes amanhã. Isso é importante”, antecipou. Barros previu para esta semana a votação da medida provisória que trata da navegação da cabotagem.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), informou que terá reunião hoje com o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e com os líderes. “Definiremos projetos que serão apreciados esta semana”, disse. “A prioridade nossa é votar a Lei de Falências”, ressaltou.

FONTE: ESTADÃO