(Imagem: REUTERS/Leonardo Benassatto)
A posição de entidades do setor de transporte mostra um setor dividido em relação à greve dos caminhoneiros marcada para esta segunda-feira, dia 1.º. Enquanto o Conselho Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas (CNTRC) afirma que o movimento está em pé, outras duas entidades da área – a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos (Abrava) e a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) – reforçaram que não participarão do movimento.
O presidente da CNTRC, Plínio Dias, acrescentando ao Estadão/Broadcast que a duração do movimento é “indeterminada” e que 22 Estados participam do conselho. Dias afirma que a redução ou zeragem do PIS/Cofins sobre o diesel, que chegou a ser cogitada pelo governo, não seria suficiente para terminar com a greve, porque o principal problema é a política de paridade ao preço internacional adotada pela Petrobras. Em entrevista neste domingo, 31, ao Estadão, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou que nenhum dos dois pontos deve ser atendido.
“Quem (teria a culpa) de desabastecimento do País se o movimento se prolongar por 3, 4, 5 dias, como foi na época do presidente Michel Temer, quando durou 11 dias, não são os caminhoneiros, é quem é responsável pela pasta. Se o presidente chamar para conversar no primeiro dia e resolver, todo mundo volta a trabalhar no dia seguinte. Até agora não teve diálogo com Conselho Nacional ou com a categoria.”
O presidente do CNTRC também disse que a categoria não irá bloquear as estradas, deixando faixas livres. “Vamos fazer a manifestação dentro da lei. Temos o direito de conscientizar a categoria. Somos um País democrático e está na Constituição o direito de fazer manifestação livre.”