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Cadeia de O&G deve liderar crescimento econômico fluminense em 2025, projeta Firjan

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) aponta a cadeia de petróleo e gás como principal vetor do crescimento econômico do estado em 2025.

Após um avanço de 3,9% no PIB fluminense em 2024, impulsionado por serviços e indústria, a expectativa é que o setor de óleo e gás mantenha o protagonismo, com projeção de crescimento de 3,8% na indústria extrativa. Mesmo com interrupções em plataformas no ano anterior, a manutenção de um nível elevado de produção e a entrada em operação de novas unidades sustentam a perspectiva positiva para o segmento.

A sinergia com a indústria de transformação, que deve crescer 3,7% em 2025 puxada por derivados de petróleo, reforça o papel estratégico do setor no desempenho industrial fluminense. Segundo a Firjan, esse movimento poderá compensar as dificuldades enfrentadas por ramos mais sensíveis ao custo do crédito elevado. A força da cadeia de petróleo e gás, aliada aos investimentos em infraestrutura, deve sustentar o crescimento da economia do Rio acima da média nacional, mesmo em um cenário de incertezas econômicas e instabilidade internacional.

FONTE: Portos e  Navios

IMAGEM: CARLOS JASSO

Um rascunho de texto legal sobre um pacote de regulamentações para a implementação do Marco de Emissões Líquidas Zero da IMO não obteve consenso em um grupo de trabalho que deliberou até altas horas da noite na sede da agência da ONU, em Londres, ontem. O texto trata das chamadas medidas técnicas e econômicas de médio prazo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa nos próximos 25 anos.

No entanto, obteve apoio majoritário suficiente para que o grupo o recomende ao Comitê de Proteção do Meio Ambiente Marinho (MEPC) para aprovação formal hoje.

Quinze países, liderados pela Arábia Saudita, opuseram-se ao pacote, alegando que era ambicioso demais. Espera-se que insistam na votação do comitê, raramente utilizada por uma organização com um compromisso de longa data com o multilateralismo e um espírito de compromisso.

Seis pequenos Estados insulares em desenvolvimento do Pacífico, liderados pelas Ilhas Marshall, também expressaram profunda decepção e declararam em uníssono que não poderiam aceitar o pacote.

No entanto, espera-se que um grande número de delegações, muitas das quais participam do trabalho do grupo há anos, insistam na aprovação do comitê

A aprovação levaria automaticamente à circulação dos novos regulamentos como projetos de emendas ao Anexo VI da Convenção sobre Poluição Marinha (MARPOL), que abrange a poluição do ar, para adoção formal em uma sessão extraordinária do comitê em outubro, quando também seria definida a data de entrada em vigor internacional. O Marco Net Zero deve ser aplicado ao transporte marítimo internacional para embarcações de 5.000 toneladas brutas ou mais.

Em discurso ao grupo na noite passada, o secretário-geral da IMO, Arsenio Dominguez, lembrou aos delegados que o pacote era "apenas um passo em nossa jornada rumo a 2050". Muito mais trabalho era necessário, disse ele.

Os novos regulamentos da MARPOL não incluem uma taxa universal, embora esta tenha obtido apoio substancial de mais de 60 países antes da consolidação do atual projeto de lei. Eles estipulam uma abordagem em dois níveis para alcançar a redução da intensidade global de gases de efeito estufa (GFI) e estabelecem metas indicativas de conformidade básica e direta, expressas em porcentagens a serem cumpridas gradualmente em uma escala de tempo progressiva.

Por iniciativa do Egito, o grupo concordou em incluir um regulamento exigindo que o comitê aborde os "impactos desproporcionalmente negativos na segurança alimentar", particularmente em países expostos à insegurança alimentar, e mantenha os potenciais impactos "sob revisão contínua".

 

 

IMAGEM: TÂNIA REGO/AGÊNCIA BRASIL

Em meio a Semana Santa, celebração católica e cristã, a “carne branca” — especialmente o peixe — toma conta das mesas de todo o Brasil. Na Bahia não é diferente. Com um vasto litoral e bacias hidrográficas, o peixe não é apenas um dos protagonistas na culinária baiana: para mais de 147 mil trabalhadores, a atividade pesqueira é a principal fonte de renda.

Os dados são do Painel Unificado da Atividade Pesqueira, gerido pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) com dados dos sistemas: PesqBrasil (Pescador e Pescadora Profissional) e o Sistema Informatizado do Registro Geral da Atividade Pesqueira (SISRGP). O levantamento, atualizado na última quarta-feira (9), aponta que, ao total, 147.161 baianos estão registrados como pescadores ou aquicultores.

Destes, a imensa maioria atua na pesca artesanal, e apenas 10 atuam na pescaria industrial. Os dados demonstram ainda que a maioria esmagadora dos pescadores baianos, o equivalente a 98%, trabalha “desembarcado”, ou seja, em terra firme ou estruturas fixas sem a utilização de barcos ou embarcações. Estes são 145.390 pescadores.

Outros 459 trabalham “embarcados”, ou seja, com a utilização de barcos e embarcações. A Bahia ainda possui 1.160 embarcações registrada no Painel do MPA, sendo que destas 1.147 são de pequeno porte e 13 são de médio porte.

O PERFIL DAS ÁGUAS

No que tange ao perfil dos trabalhadores da pesca, a presença feminina surge como uma potência: 57,57% dos trabalhadores, um total de 84.722 registros no MPA, são mulheres. O levantamento aponta que em 56 das mais de 200 cidades registradas, as mulheres são 100% da força de trabalho na atividade pesqueira. 

Em termos de escolaridade, a maior porcentagem dos pescadores registrados (46.762), cerca de 32%, possuem ensino médio completo. 19% (28.531) possuem o primeiro terço da formação escolar (do 1° ano de alfabetização até o 4° ano do fundamental) incompleta e 18% (27.120) possuem o segundo terço da formação escolar (do 5° ano do fundamental a 9° ano do ensino fundamental) incompleta.

11% dos registrados (15.740) possuem ensino médio incompleto e 10% (14.459) possuem o primeiro terço da formação escolar (do 1° ano de alfabetização até o 4° ano do fundamental) completa; 7.777, cerca de 5%, possuem o segundo terço da formação escolar (do 5° ano do fundamental a 9° ano do ensino fundamental) completo.

4%, o equivalente a 5.261, não possuem nenhum grau de escolaridade. Outros 875 possuem ensino superior completo e 386 possuem ensino superior incompleto; 124 possuem ensino técnico completo e 38 possuem ensino técnico incompleto; 88 registrados não possuem informação sobre grau de escolaridade.

No que diz respeito a faixa de renda comprovada dos pescadores cadastrados, 91,50% possuem uma renda fixa comprovada de menor que R$ 1.045,00 por mês, o que potencialmente os coloca na linha da pobreza — na qual as famílias sobrevivem com uma renda menor que R$ 665 por mês por pessoa. O número de trabalhadores nessa faixa de renda é de 134.646 dos 147.161 registrados.

Um total de 10.874 pescadores, cerca de 7.39%, estão numa faixa de renda comprovada entre R$ 1.045 a R$ 2.000 mensais. Apenas 0,40%, o equivalente a 587 dos pescadores registrados, possuem uma renda comprovada de R$ 2.001 a R$ 3.000 por mês.

Em uma faixa de renda acima de R$ 3.000, foram registrados somente 187 trabalhadores da pesca. Outros 867 pescadores não tiveram a renda registrada.

ECONOMIA DAS ÁGUAS

Os dados também ajudam a demonstrar a força da pesca baiana. Junto a Bahia Pesca, entidade estadual vinculada a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri), o Bahia Notícias teve acesso ao Censo Estrutural da Piscicultura na Bahia.

O levantamento, realizado nos municípios de Glória e Paulo Afonso, no norte da Bahia (território de Itaparica); Casa Nova e Sento Sé, na região do sertão do São Francisco, apontam que foram produzidos mais de 9 toneladas de pescado em toda a Bahia, sendo a tilápia a principal espécie. Nas regiões analisadas, o levantamento indica que a produtividade nas respectivas regiões chega a 64 kg/m³ e 27 kg/m³, respectivamente.

O BN também entrou em contato com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI-BA), para compreender os reflexos econômicos da atividade pesqueira no estado. No entanto, os dados mais recentes, de 2023, contabilizam apenas a movimentação econômica da pesca industrial. Conforme o levantamento, somente a pesca industrial — que representa menos de 1% da força de trabalho na pesca — produziu 20 toneladas de pescado em 2023, arrecadando R$ 276.065 reais durante o ano. 

FONTE: Bahia Notícias

IMAGEM: PORTCOAST

Os planejadores da cadeia de suprimentos estão ocupados agendando remessas de destinos não chineses para os EUA hoje, após a renúncia tarifária de Donald Trump, o presidente americano, na noite passada.

Trump anunciou uma pausa de 90 dias para países afetados por tarifas mais altas dos EUA em meio à turbulência financeira e à desvalorização do dólar na semana desde que ele fez seus primeiros anúncios de tarifas.

No entanto, a guerra comercial entre Pequim e Washington se agravou, com o presidente dos EUA aumentando as tarifas sobre produtos chineses para 125%. As tarifas retaliatórias da China de 84% sobre todas as importações dos EUA entraram em vigor ontem, com o governo reiterando que não cederá a Trump.

A taxa universal de 10% imposta por Trump para todos os países, exceto a China, permanece em vigor, mas há sinais de que os EUA estão explorando acordos comerciais com bases de produção alternativas à China.

Por exemplo, o governo vietnamita afirmou hoje que está em negociações para um acordo comercial com os EUA, horas depois de Trump suspender as onerosas tarifas de 46% sobre o país do Sudeste Asiático.

Os dois países considerarão a remoção do máximo possível de barreiras não tarifárias, afirmou Hanói em um comunicado divulgado após uma reunião entre o vice-primeiro-ministro do Vietnã, Ho Duc Phoc, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, em Washington.

Após o recuo tarifário de Trump, Lars Jensen, chefe da consultoria de contêineres Vespucci Maritime, sugeriu via LinkedIn: “Para as cadeias de suprimentos, isso significa que a grande quantidade de reservas que foram suspensas/pausadas na última semana provavelmente serão enviadas o mais rápido possível para origens fora da China. Os transportadores vão querer movimentar essa carga enquanto têm a oportunidade de evitar as altas tarifas.”

A semana de turbulência tarifária viu as reservas de contêineres para os EUA caírem 67%, e o prazo repentino de julho para tarifas mais baixas provavelmente levará a alguns problemas de gargalo, à medida que os transportadores se apressam para enviar suas mercadorias aos EUA.

“Devemos esperar que os transportadores de origens fora da China queiram iniciar a alta temporada essencialmente já agora – ou o mais rápido possível – para que suas cargas da alta temporada sejam movimentadas antes de 9 de julho, quando a suspensão expira”, aconselhou Jensen.

A China não está se contendo com a escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, o que está provocando uma mudança nos padrões de compra de grãos e gás.

As tarifas do VLGC continuaram a despencar ontem, após o anúncio em Pequim de uma tarifa total de 84% sobre produtos americanos. Ontem, a rota LPG1 caiu US$ 12.200 por dia, para US$ 13.600 por dia, enquanto a rota LPG3 caiu US$ 12.800 por dia, fixando-se em US$ 14.300 por dia.

“Guerras comerciais não produzem vencedores, e o protecionismo leva a um beco sem saída. O sucesso econômico da China e dos EUA apresenta oportunidades compartilhadas em vez de ameaças mútuas”, afirmou o governo chinês em um white paper de 18.300 palavras recém-publicado em resposta às últimas tarifas americanas.

 FONTE: SPLASH247.COM

IMAGEM: ©FRESHIDEA - STOCK.ADOBE.COM

suspensão temporária nas tarifas recíprocas dos Estados Unidos deve mitigar a contração do comércio global. No entanto, o cenário ainda é de “fortes riscos”. É o que apontou o relatório mais recente da Organização Mundial do Comércio (OMC), divulgado nesta quarta-feira (16/4). 

suspensão temporária nas tarifas recíprocas dos Estados Unidos deve mitigar a contração do comércio global. No entanto, o cenário ainda é de “fortes riscos”. É o que apontou o relatório mais recente da Organização Mundial do Comércio (OMC), divulgado nesta quarta-feira (16/4). 

No cenário atual de "tarifas mais baixas", o comércio global deve se contrair 0,2% em 2025, antes de se recuperar e avançar 2,5% em 2026, segundo as projeções da organização. Contudo, se houver uma deterioração na situação tarifária, a retração pode ser maior, de 1,5% neste ano. 

O relatório apontou que, caso esse cenário se confirme, haverá uma reversão do crescimento do comércio global no ano passado, de 2,9%. Em nota, a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, disse estar "profundamente preocupada com a incerteza em torno da política comercial, incluindo o impasse entre EUA e China".

"A incerteza persistente ameaça atuar como um freio ao crescimento global, com graves consequências negativas para o mundo, especialmente para as economias mais vulneráveis", alertou.

A organização cortou suas projeções para o avanço do produto interno bruto (PIB) global em 2025, de 2,8% no relatório anterior para 2,2% em abril, e em 2026, de 2,6% para 2,4%. A expectativa é de um declínio, principalmente, nas exportações e nas importações da América do Norte.

A região também sofreu o maior corte nas projeções da OMC de crescimento do PIB, que passou de 2% a 0,4% para 2025 e de 1,7% a 1,1% para 2026. 

Ásia, Europa e América do Sul

Com a imposição de tarifas pela economia norte-americana, a organização projeta que outras regiões devem mostrar crescimento modesto de exportações e importações em 2025. Para a Ásia, a expectativa é de um crescimento de 1,6% para ambos. 

Já para a Europa, é esperada uma alta de 1% em exportações e 1,9% em importações. Na América do Sul, por sua vez, o crescimento das exportações deve ser de 0,6%, e de importações de 5%.

As previsões para o PIB da Ásia são de alta de 3,7% em 2025 e 3,8% em 2026. No caso da Europa, o avanço previsto é de 1,2% em 2025 e 1,4% em 2026. Na América do Sul, o PIB deve subir 2,7% em 2025 e 2,4% em 2026. Todos os números foram revisados levemente para baixo, em relação ao relatório anterior.

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE 

IMAGEM: REPRODUÇÃO/PREFEITURA

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou na terça-feira (8) que o discurso de privatização do rio Madeira está atrapalhando a tramitação do processo para a concessão da hidrovia. A declaração foi feita durante uma audiência na CI (Comissão de Infraestrutura) do Senado, ao responder perguntas dos senadores sobre os planos da pasta para os próximos dois anos. Ele associou o discurso de privatização ao cenário eleitoral previsto para 2026.

“Alguns setores têm vendido para a sociedade que será uma privatização do rio. Não é isso. A concessão é o modelo que existe no mundo, e acho que ela é muito benéfica para o país”, afirmou o ministro. 

O senador Jaime Bagattoli (PL-RO) pediu cautela ao governo federal nos estudos sobre a concessão da hidrovia no Norte do país. Na visão dele, não há necessidade de realizar o empreendimento, uma vez que “os usuários da hidrovia já são do setor privado”, argumentou.

Silvio Costa Filho reconheceu que a concessão da hidrovia do rio Madeira deve ser tratada com cautela, por se tratar de um “tema sensível”, mas ressaltou que a medida pode ampliar as operações atuais de 15 milhões de toneladas para 25 milhões de toneladas por ano. De acordo com o ministro, uma reunião no ministério está sendo articulada para discutir a situação, principalmente com a bancada do Norte no Congresso Nacional.

“A gente vai fazer uma reunião de trabalho com esses agentes para a gente poder ouvir, eximir qualquer dúvida e tentar buscar o melhor caminho possível para que, efetivamente, a gente tenha uma agenda de escoamento da produção sustentável naquela região”, explicou o ministro.

Busca de apoio dos governadores

A concessão da hidrovia do rio Madeira seria a primeira a entrar em audiência pública, mas a do rio Paraguai passou na frente. O estudo para conceder ao setor privado o trecho de cerca de mil quilômetros entre Porto Velho (RO) e Itacoatiara (AM) foi concluído e aprovado pela ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) em junho do ano passado.

De acordo com o ministério, foi necessário mais tempo para o projeto; porém, algumas fontes apontam que a bancada do Norte, no Parlamento, colocou objeções ao andamento do projeto. A expectativa é que a hidrovia do Paraguai seja um exemplo de sucesso para alavancar as outras. O senador Eduardo Braga (MDB-AP), por exemplo, afirmou à Agência iNFRA que é contra a medida.

O ministério está buscando apoio dos governadores do Norte. O governador de Rondônia, Marcos Rocha, reuniu-se com a cúpula do ministério e concordou em ajudar, angariando o apoio do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal, composto por governadores da região Norte.  

Hidrovia do Parnaíba, BR dos Rios e BR do Mar

Na ocasião, o ministro também anunciou os estudos para a hidrovia do rio Parnaíba, no Piauí. De acordo com ele, a iniciativa é estadual, e o governador Rafael Fonteles (PT) ficará responsável por articular a PPP (Parceria Público-Privada). Segundo Silvio Costa Filho, o governo federal apenas apoiará a medida. A Eletrobras está cotada para ser uma das investidoras do modal no estado.

A BR dos Rios deve ser lançada no mês de junho, segundo o ministro Silvio Costa Filho. O texto tem como objetivo criar um modelo de gestão mais atrativo para as hidrovias, incentivando o setor privado e promovendo o uso do modal hidroviário como alternativa para o escoamento de cargas.

O programa começou a ser desenvolvido ainda durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas não saiu do papel. No ano passado, o Ministério de Portos e Aeroportos chegou a anunciar que o texto seria enviado ao Congresso Nacional até o fim do ano, o que acabou não ocorrendo.

Já a publicação do decreto do BR do Mar, inicialmente previsto para o fim de março, foi adiada novamente, segundo o ministro, por conta da agenda do presidente Lula, que viajará à China e à Rússia no próximo mês, conforme informou o ministro. Uma nova data está sendo articulada para o mês de maio. “A ideia é que a gente anuncie ou em Pernambuco ou no Palácio do Planalto, mas já está tudo alinhado, aprovado […]. Quando o presidente Lula voltar da China, a gente vai fazer isso”, completou o ministro. 

Roadshow

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) vai acompanhar o ministro Silvio Costa Filho em um roadshow pela Europa no final do mês de abril, conforme informou o ministro. De acordo com ele, a ideia é apresentar o projeto do túnel Santos-Guarujá a investidores internacionais. O edital do projeto foi lançado em fevereiro, e a expectativa é que o leilão aconteça na sede da B3 no dia 1º de agosto. O governo de São Paulo assumiu a responsabilidade pela obra em parceria com o governo federal.

Apesar de o edital ter sido lançado pelo estado de São Paulo, o ministro considera a obra uma das mais relevantes para o governo federal. O investimento está previsto no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O valor total da obra é estimado em R$ 5,96 bilhões. Desse montante, R$ 4,96 bilhões serão divididos igualmente entre os governos federal e estadual, enquanto o valor restante será financiado pela iniciativa privada, por meio do programa. 

Críticas à malha aérea do Norte

Durante a audiência pública, os senadores da bancada do Norte cobraram do ministro medidas para melhorar a malha aérea da região. Para os parlamentares, as empresas que operam no Brasil não atendem adequadamente o Norte. Silvio Costa Filho concordou que ações devem ser adotadas, mas lembrou que as decisões estão sob a competência da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e pediu aos senadores que analisem, em breve, os três nomes indicados para a autarquia.

“Devem estar chegando em breve os três nomes para a ANAC, e quero pedir que vocês possam apreciar essas indicações. Com essa nova roupagem da ANAC, vamos poder avançar nessa discussão de maneira mais profunda”, disse o ministro, que não mencionou a indicação pendente para diretor-geral da ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).

Na ANAC, o superintendente de Aeronavegabilidade, Roberto Honorato, está substituindo o diretor-presidente desde o dia 1º de janeiro. O nome de Tiago Faierstein, que atualmente é diretor na Infraero, foi indicado para ser o novo diretor-geral da agência. Rui Mesquita foi indicado para a outra vaga de diretor que está em aberto. Ainda não foi enviado o nome para a vaga que ficou disponível no mês passado, com a saída do diretor Ricardo Catanant ao fim de seu mandato. O ministro também não revelou um novo nome. 

FONTE: AGÊNCIA INFRA

IMAGEM:  SUMISHO GLOBAL LOGISTICS USA

A imprensa repercutiu, na última sexta-feira (11), a declaração do diretor-executivo do Porto de Los Angeles (EUA), Gene Seroka, sobre a queda no número viagens previstas para o local por causa da guerra comercial global.

O Porto de Los Angeles é o principal terminal de contêineres do país, mas de acordo com Seroka, 12 viagens programadas para o mês de maio já foram canceladas. São cinco a mais em comparação com as sete desistências registradas no mesmo mês de 2024.

Segundo o diretor-executivo do porto, a queda se deve ao aumento das tarifas sobre importações chinesas, que está reduzindo novos pedidos por parte de varejistas e fabricantes.

Ele está prevendo uma queda de 10% no volume de carga na segunda metade de 2025.

*FONTE: Isto É Dinheiro / Foto: Port of Los Angeles

IMAGEM: IMO

EUA se retiram de reunião crítica da IMO sobre clima e ameaçam retaliação sobre precificação de emissões

Em um acontecimento dramático na reunião do Comitê de Proteção do Meio Ambiente Marinho da Organização Marítima Internacional (IMO), em Londres, o governo Trump anunciou a retirada dos Estados Unidos das negociações cruciais de descarbonização marítima que ocorrem esta semana.

O Marco de Emissões Líquidas Zero da IMO planeja modificar o Anexo VI da MARPOL, implementando um padrão para combustíveis marítimos e um sistema de precificação de emissões. Os delegados presentes na reunião do MEPC desta semana devem finalizar o rascunho do texto legal para as medidas.

A Estratégia de GEE da IMO para 2023 visa atingir emissões líquidas zero do transporte marítimo internacional até 2050, com o pico de emissões atingindo o mais breve possível, considerando as circunstâncias nacionais e alinhando-se às metas de temperatura do Acordo de Paris.

Em sua mensagem, o governo Trump caracterizou os esforços da IMOI como "uma tentativa de redistribuir riqueza sob o pretexto de proteção ambiental".

Os EUA se opuseram particularmente à meta da IMO de atingir emissões líquidas zero até 2050, argumentando que isso "promoveria imprudentemente o uso de combustíveis hipotéticos caros e não comprovados".

A estratégia atual da IMO visa ainda uma redução de 40% na intensidade de carbono do transporte marítimo até 2030, em comparação com os níveis de 2008, com 5% a 10% da energia utilizada no transporte marítimo proveniente de fontes com emissão zero ou quase zero de GEE até 2030.

Se aprovadas, essas medidas poderão entrar em vigor em 2027, após a adoção final em uma sessão extraordinária do MEPC em outubro de 2025.

FONTE: GCAPTAIN

IMAGEM: IMO

A necessidade de uma votação e o número de abstenções revelaram-se bastante relevantes sobre a conclusão, na sexta-feira, da 83ª reunião do Comitê de Proteção Ambiental Marinha, realizada na sede da Organização Marítima Internacional (OMI), em Londres.

O acordo final sobre as medidas de médio prazo foi considerado "fraco" pelo Dr. Nishatabbas Rehmatulla, pesquisador principal do Instituto de Energia da UCL, em Londres, por não reduzir as emissões do setor em linha com as metas da estratégia revisada de gases de efeito estufa (GEE) da OMI. No entanto, envia um sinal sobre a eliminação gradual dos combustíveis fósseis.

O acordo constitui um padrão para combustíveis, como tal, um mandato sobre a intensidade de GEE da energia utilizada, juntamente com um mecanismo de precificação e comercialização.

Navios que não reduzirem a intensidade de suas emissões de GEE – incluindo dióxido de carbono, metano e óxido nitroso – em conformidade com as duas trajetórias de redução definidas nas novas regulamentações, que ainda precisam ser promulgadas na próxima MEPC em outubro, são considerados como tendo um déficit de emissões.

A Arábia Saudita, os EUA e seus aliados na área de combustíveis fósseis bloquearam o progresso a todo momento.

Isso deve ser resolvido com a compra das chamadas unidades corretivas. Para o cumprimento da chamada trajetória de meta básica, as unidades custarão US$ 380 por tonelada de emissões equivalentes de CO2. Para o que é chamado de meta de conformidade direta, elas custarão US$ 100. Ambos os preços são válidos apenas para o período de 2028 a 2030, com valores futuros a serem definidos posteriormente.

A OMI, por sua vez, saudou o novo marco de emissões líquidas zero, com entrada em vigor prevista para 2027, como o primeiro no mundo a combinar limites obrigatórios de emissões e precificação de GEE em todo um setor industrial.

“A aprovação do projeto de emendas ao Anexo VI da MARPOL, que torna obrigatória a estrutura de emissões líquidas zero da OMI, representa mais um passo significativo em nossos esforços coletivos para combater as mudanças climáticas, modernizar o transporte marítimo e demonstra que a OMI cumpre seus compromissos”, comentou o secretário-geral da OMI, Arsenio Dominguez.

Muitos Estados vinham pressionando por uma taxa universal de carbono na MEPC da semana passada, mas isso foi rejeitado. A controvérsia em torno da cúpula verde fez com que a delegação dos EUA nem sequer comparecesse à OMI, enquanto o acordo de compromisso foi submetido a votação.

Votações formais na OMI são extremamente raras. O resultado da votação foi de 25 países se abstiveram, 63 Estados-membros se manifestaram a favor e 16 se opuseram.

Os níveis de receita esperados com base nas especificações políticas atuais, de aproximadamente US$ 11 a US$ 12 bilhões por ano, foram considerados insuficientes pelo UCL Energy Institute em relação à escala necessária para apoiar a adoção antecipada de combustíveis com emissões quase nulas e para financiar uma transição justa e equitativa.

"Consequentemente, essa queda na receita pode criar uma tensão competitiva entre esses dois objetivos, aumentando a probabilidade de que nenhum deles possa ser alcançado em um nível suficiente para o clima e a equidade", afirmou o UCL Energy Institute em um comunicado após o encerramento do encontro ambiental.

Descontente, Ralph Regenvanu, ministro de Adaptação às Mudanças Climáticas, Meteorologia, Riscos Geológicos, Meio Ambiente, Energia e Gestão de Desastres de Vanuatu, afirmou: “Sejamos claros sobre quem abandonou o 1,5°C. A Arábia Saudita, os EUA e seus aliados do setor de combustíveis fósseis reduziram os números a um nível insustentável e bloquearam o progresso a todo momento. Esses países – e outros – não apoiaram um conjunto de medidas que teriam levado a indústria naval a um caminho de 1,5°C. E rejeitaram uma proposta de fonte confiável de receita para aqueles de nós que precisam urgentemente de financiamento para ajudar com os impactos climáticos.”

Wilfried Lemmens, diretor-gerente da Associação Real Belga de Armadores, expressou frustração com a ausência de um imposto universal sobre o carbono.

“A Associação Real Belga de Armadores lamenta que os estados-membros da OMI não tenham conseguido chegar a um acordo sobre uma taxa global, pois esta teria sido a maneira mais simples e eficiente para o setor marítimo atingir os objetivos climáticos”, disse ele.

Mais otimista, Guy Platten, secretário-geral cessante da Câmara Internacional de Navegação, afirmou: “Espero que hoje seja lembrado como um momento histórico para o nosso setor. Se formalmente adotado, o transporte marítimo será o primeiro setor a ter um preço de carbono acordado globalmente.”

Embora admita que o acordo de sexta-feira não foi perfeito, Platten disse esperar que ele forneça a certeza de que os produtores de energia precisam urgentemente para reduzir o risco de suas enormes decisões de investimento.

“O compromisso alcançado pelos estados-membros da OMI claramente não está à altura do desafio que aguarda o setor de transporte marítimo”, afirmou Bastien Bonnet-Cantalloube, especialista em descarbonização do transporte no Carbon Market Watch. “Não há reduções de emissões suficientes, não há preços de emissões suficientes, não há preços altos o suficiente, não há receitas suficientes. Ao ignorar o problema, a OMI não o resolverá. Isso representa uma oportunidade perdida de dar o exemplo para que outros setores cheguem a um acordo sobre medidas globais ambiciosas para sua descarbonização. Os governos da OMI claramente têm trabalho pela frente para definir o rumo de uma descarbonização justa e ambiciosa para o transporte marítimo internacional. Ações regionais e setoriais mais ambiciosas são necessárias para compensar este acordo flagrantemente fraco.”

FONTE: SPLASH247.COM

IMAGEM:  Luke Sharrett/Bloomberg News

Taxas de 25% sobre veículos passou a valer a partir de 2 de abril; os estoques aproximam-se do limite, dizem executivos

Carros importados estão sendo acumulados nos portos dos Estados Unidos por conta das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump (Partido Republicano). Os terminais já estão próximos de suas capacidades máximas. Algumas fabricantes como Audi, Jaguar, Land Rover e Aston Martin chegaram a atrasar ou diminuir o envio de cargas de veículos para os EUA, segundo executivos de empresas do setor automobilístico ao Financial Times.

Sem se identificar, os executivos disseram que a situação pode “ficar feia”, uma vez que ainda há incerteza acerca da maneira como a política econômica será implantada. O porto de Bremerhaven, na Alemanha, uma das principais portas de saída de automóveis da Europa e do mundo, espera perder até 50% da carga, tanto para os EUA, quanto oriunda do país. O porto é responsável por cerca de 1/3 do tráfego automotivo norte-americano.

Matthias Magnor, diretor-executivo da BLG Logistics e responsável pela administração do porto de Bremerhaven, disse que os efeitos do tarifaço de Trump “ainda serão sentidos”. Outro executivo ouvido pelo veículo em anonimato disse que a espera para o envio das cargas de veículos é uma das estratégias adotadas pela indústria para amenizar possíveis perdas, visando a um acordo entre os EUA e os principais parceiros comerciais em breve. Segundo ele, fabricantes de automóveis esperam que “algum tipo de compromisso seja alcançado”.

Ademais, as taxas de importação dos próprios portos são altas, o que aumenta a ansiedade para um acordo. As fabricantes buscam estocar os carros enviados aos EUA em depósitos alfandegados, para evitar pagar as tarifas.

TARIFAS DE 25% SOBRE CARROS IMPORTADOS

Trump assinou em 26 de março um decreto que aplica tarifas de 25% a todos os carros importados. Segundo a Casa Branca, a medida, que passou a valer a partir de 2 de abril, deve resultar “em mais de US$ 100 bilhões” em arrecadação ao governo norte-americano.

FONTE: PODER360

IMAGEM: DIVULGAÇÃO

Terminou, na última quarta-feira (9), o prazo de cinco sessões para apresentação de emendas ao substitutivo do projeto de lei (1.584/2021), que trata da reciclagem de embarcações.

O texto tramita na Comissão de Viação e Transportes (CVT) da Câmara dos Deputados. Não foram apresentadas emendas ao substitutivo no período regimental, que havia sido aberto no dia 31 de março. Após tramitação na CVT, o PL seguirá para análise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara.

No último dia 28 de março, o relator do PL na CVT, deputado Alexandre Lindenmeyer (PT-RS), apresentou parecer pela apresentação do substitutivo adotado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. O parlamentar acolheu uma emenda que retira a ‘obrigatoriedade’ de reciclagem em estaleiros nacionais, que passaria a ter ‘caráter prioritário’, e suprimir dispositivos referentes a exigências para preparo da embarcação para reciclagem.

Lindenmeyer rejeitou um total de quatro emendas. Uma delas pretendia inserir um anexo ao PL contendo relação de materiais perigosos restritos, além de exigir o inventário de materiais perigosos apenas para embarcações estrangeiras fabricadas a partir da entrada em vigor da lei. Outra emenda pretendia suprimir um dispositivo que trata das medidas de controle de embarcações estrangeiras que não dispuserem de cópia do certificado de inventário ou do certificado de embarcação pronta para reciclagem.

O relator também rejeitou a proposta de emenda cujo propósito era inserir outro anexo ao PL, com uma lista de elementos para o inventário de “matérias perigosas”. Essa emenda também alteraria a redação de um artigo a fim de restringir a apresentação de inventário simplificado de materiais perigosos a embarcações existentes destinadas à reciclagem. Uma outra emenda rejeitada pretendia alterar a redação de um artigo que trata da vistoria final.

FONTE: Portos e Navios

IMAGEM: LEOLINTANG/GETTY IMAGES

Plano Nacional e seu Comitê Gestor foram instituídos pela Portaria Conjunta nº 2, de 7 de abril de 2025.

Foi publicada na edição desta terça-feira, dia 8, do Diário Oficial da União (DOU), a Portaria Conjunta nº 2, de 7 de abril de 2025. Assinada pelo Ministério das Mulheres e outros dez ministérios, a referida Portaria institui o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens e o seu Comitê Gestor. O Plano terá vigência até o ano de 2027 e tem por objetivo promover iniciativas que contribuam para reduzir as desigualdades salariais e laborais no mundo do trabalho. Confira a íntegra da Portaria aqui.

O Plano Nacional observará as convenções e compromissos que visem promover a igualdade firmados pelo Brasil no âmbito internacional. A iniciativa possui seis diretrizes, sendo elas: igualdade de remuneração de mulheres e homens por trabalho de igual valor; igualdade de oportunidades no mundo do trabalho para mulheres e homens; o trabalho decente, com a promoção do emprego produtivo e de qualidade, a ampliação da proteção social e o fortalecimento do diálogo social; eliminação de todas as formas de discriminação, violência e assédio no trabalho; responsabilidade compartilhada entre mulheres e homens pelo cuidado de crianças, idosos, pessoas com deficiência e outras pessoas que demandem cuidado; e a transversalidade étnico-racial no trabalho.

O Plano conta, ainda, com três eixos estruturantes: ampliação do acesso das mulheres ao mundo do trabalho; permanência das mulheres em atividades laborais; e valorização e ascensão profissional das mulheres. As ações do Plano serão conduzidas pelo Comitê Gestor Interministerial instituído pela Portaria. O colegiado atuará como órgão de assessoramento e articulação, com o intuito de monitorar, avaliar e formular propostas de alteração ao Plano Nacional.

O Comitê Gestor Interministerial será composto por representantes dos seguintes órgãos: Ministério das Mulheres (MM), que o coordenará; Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); Ministério da Igualdade Racial (MIR); Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC); Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC); e Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Os membros do Comitê Gestor Interministerial e os respectivos suplentes serão indicados pelos titulares dos órgãos que representam e designados em ato da ministra de Estado das Mulheres, Aparecida Gonçalves. Além das pastas citadas acima, também assinaram a Portaria Conjunta nº 2, os seguintes ministérios: Ministério de Minas e Energia (MME); Ministério da Educação (MEC); Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

FONTE: SINDIRECEITA