IMAGEM: IBGE
Atlas também destaca as nações que compõem o G20 e traz a indicação dos territórios quilombolas no Brasil e a distribuição de pessoas quilombolas e indígenas, dentre outras inovações
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou nesta terça-feira (9), no Rio de Janeiro, uma nova edição do Atlas Geográfico Escolar. O material é referência para estudantes de todo o país, com dados geográficos, cartográficos e estatísticos do Brasil e de mais 180 países. Uma das novidades desta edição são os mapas-mundi que apresentam o território do Brasil no centro do mundo.
O lançamento ocorreu na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, transformada em Casa G20 neste ano, em que o Brasil preside o grupo. Nesse sentido, o novo Atlas também traz a marcação das representações diplomáticas do Brasil no exterior e das nações que compõem o G20, grupo que reúne 19 das maiores economias do mundo, além da União Europeia e União Africana.
Os interessados podem adquirir a versão impressa na loja virtual do IBGE. Além disso, o novo atlas também está disponível, em versão virtual, no portal da instituição. Outra novidade são QR codes disponíveis na publicação impressa que levam a gráficos interativos na versão digital, além de vídeos e links com conteúdos complementares.
“Esperamos que a rede pública e também as escolas privadas possam dispor desse material informativo aos nossos alunos. Precisamos de brasileiros cada vez mais conectados com a realidade do Brasil, um país de dimensão continental”, afirmou o presidente do IBGE, Marcio Pochmann.
Ao mesmo tempo, a nova edição do Atlas Escolar também traz a indicação dos territórios quilombolas no país e a distribuição de pessoas quilombolas e indígenas, além da cobertura e uso da terra e espécies ameaçadas de extinção. E acompanha as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ministério da Educação.
Agenda 2030 e ODS
Do mesmo modo, além do novo atlas, o IBGE também aproveitou a cerimônia para lançar a publicação Criando Sinergias entre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o G20: caderno desigualdades – primeiras análises. Assim, o estudo busca promover a articulação entre as agendas do G20 e dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A coordenadora do Projeto ODS na Presidência do IBGE, Denise Kronemberger, explica que a desagregação de dados para os indicadores ODS é fundamental para a implementação da Agenda 2030, pois permite captar a população em situação de vulnerabilidade e as desigualdades, para então combatê-las por meio de políticas públicas. O produto resultante deste esforço colaborativo é a Plataforma ODS Brasil, que disponibiliza atualmente um conjunto de 125 indicadores para o acompanhamento da Agenda 2030 no Brasil.
“Os indicadores seguem as metodologias e padrões internacionalmente estabelecidos e são calculados com os dados nacionais oficiais produzidos regularmente. Com essa publicação, o IBGE traz para o debate as sinergias existentes entre a Agenda 2030 e o G20, fornecendo um primeiro conjunto de informações que possam subsidiar as discussões sobre o tema das desigualdades”, destaca a especialista.
Avanços e obstáculos
Por exemplo, considerando a linha de pobreza de U$ 2,15/dia, Índia, Brasil e Indonésia apresentaram, em 2021, as maiores proporções de pessoas em situação de pobreza, entre os países do G20. Houve, no entanto, redução deste indicador no Brasil em 2022, caindo de 5,8% para 3,5%. Do mesmo modo, a Indonésia também registrou queda, de 3,5 para 2,5%.
Por outro lado, até 2021, nenhum país do G20 alcançou a cobertura universal de conclusão do ensino médio, considerando as pessoas de 20 a 22 anos de idade. Nos Estados Unidos, a taxa foi de 94,58%, enquanto no México era 59,53% e no Brasil, 73,37%.
México, África do Sul e Argentina são os países do G20 com a maior representação de mulheres nos parlamentos nacionais. No Brasil, a participação de mulheres é de apenas 14,81%, de acordo com o documento. Já na proporção de mulheres em posições gerenciais o Brasil ocupa a terceira posição, atrás apenas de EUA e Rússia.
Além disso, Índia, Indonésia, México, Argentina, África do Sul e Brasil apresentam as maiores taxas de informalidade. Enquanto na Índia a taxa é de 91,32% para as mulheres, na Alemanha é de 4,61%. Enquanto isso, a taxa de desocupação é maior entre a população de 15 a 24 anos em todos os países do G20.
FONTE: REDE BRASIL ATUAL