Pagamento poderá ser movimentado por aplicativo

IMAGEM: WILLIAN MOREIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

 

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira medida provisória que torna permanente o pagamento de 400 reais a famílias beneficiárias do Auxílio Brasil.

A proposta segue agora para o Senado, e precisa ter sua tramitação concluída no Congresso até o dia 16 de maio ou perde a validade.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já adiantou que a MP será levada ao plenário da Casa dentro do prazo.

Originalmente, a MP permitia apenas a concessão de um benefício extraordinário para complementar o Auxílio Brasil de dezembro de 2021 a dezembro de 2022.

O relator da proposta, João Roma (PL-BA), ex-ministro da Cidadania do governo de Jair Bolsonaro, acatou emenda após amplo acordo com líderes e modificou o texto para autorizar o pagamento perene do benefício.

Aprovado por 418 votos a favor e 7 contrários, o texto recebeu a chancela até mesmo de integrantes da oposição, que comemoraram sua aprovação. Mas muitos deles não deixaram passar despercebido sentimento de que o governo só teria autorizado a concessão permanente do benefício por se tratar de um ano de eleições gerais.

“Auxílio Brasil ou auxílio eleitoral? Está absolutamente claro, nítido, que o interesse é eleitoreiro. E mais: vamos comparar e ver que o poder de compra daquilo que está previsto nesse auxílio corrói, impede qualquer avaliação de que o aumento do valor signifique valor real”, apontou a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

A oposição também advogava por um valor maior, de 600 reais, para o benefício. Em plenário, Roma argumentou que a legislação impede uma ampliação do valor do auxílio. 

“Quanto às demais emendas, compreendemos que elas acarretam aumento de despesas públicas, sobretudo aquelas que propõem o aumento do valor do benefício extraordinário ou que preveem o seu pagamento em duplicidade em determinados casos. Tais emendas nos causam preocupação, pois sabemos que, em ano eleitoral, é proibido ao presidente da República conceder benefícios sociais que já não estejam autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior”, afirmou o relator.

Mais cedo, Pacheco avaliou que a MP será aprovada e disse que a probabilidade, entre os senadores, é de manutenção do valor, uma vez que há senso de responsabilidade fiscal na Casa.

 

FONTE: REUTERS

Comprovante de vacinação contra a Covid-19 em São Paulo

IMAGEM: DIVULGAÇÃO

 

Medida foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira; prefeito carioca Eduardo Paes aceitou sugestão do Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19

O decreto que suspende a obrigatoriedade do passaporte vacinal da Covid-19 na cidade do Rio de Janeiro foi publicado em Diário Oficial, nesta terça-feira (26).

A descontinuidade da medida foi selada nesta segunda-feira (25), quando o prefeito do município, Eduardo Paes, aceitou a sugestão do Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19  da capital, durante uma reunião no Centro de Operações Rio (COR).

No próximo dia 16, o Comitê se encontra novamente para debater o assunto.

“Será suspenso o passaporte da vacina por recomendação do Comitê Científico”, postou Eduardo Paes, no Twitter.

Vale destacar que o fim da exigência do documento para entrada de pessoas em locais fechados acontece logo após o término dos desfiles das escolas de samba na capital carioca. A flexibilização acontecerá antes do planejado pela Prefeitura do Rio de Janeiro.

Inicialmente, a expectativa da Secretaria Municipal de Saúde era que a exigência só deixasse de valer quando 70% do público-alvo recebesse a dose de reforço no Rio de Janeiro. Atualmente, o indicador, de acordo com o painel da prefeitura do Rio, está estacionado em 63%.

O secretário municipal de saúde Rodrigo Prado explicou que a decisão teve como base o cenário atual favorável na cidade em relação a doença. Para ele, a “estratégia” de cobrar o passaporte vacinal foi “esgotada”.

“Estamos com uma redução no número de casos e internações. Entendemos que essa estratégia (de cobrar o passaporte) já foi esgotada. A gente continua fazendo o monitoramento para ter subsídio para tomar as decisões, se algo mudar faremos alteração, por isso estamos chamando de suspensão temporária”, disse o secretário.

Com isso, a partir de agora, apenas três capitais brasileiras ainda mantêm a medida ainda em vigor, segundo um levantamento feito pela CNN.

São elas: Belo Horizonte, Cuiabá e Palmas, cidade que deve marcar uma reunião ainda nesta semana para discutir a suspensão da medida. São Paulo e Distrito Federal mantêm a medida apenas para eventos públicos e grandes shows.

O pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Diego Xavier, admite que a medida é uma realidade entre as capitais brasileiras. No entanto, ele acredita que deveria permanecer por mais tempo, já que, segundo ele, a pandemia ainda não acabou.

É uma tendência que estamos vendo no Brasil inteiro. As cidades, em geral, já retiram a obrigação do comprovante vacinal em locais fechados. Durante um período essa exigência cumpriu seu papel. Muita gente foi se vacinar para conseguir acessar esses locais. Mas agora depois de ver o Carnaval neste fim de semana, fica evidente que esse passaporte vacinal já deixou de ser cobrado. Precisamos lembrar que a pandemia não acabou, ainda corremos risco.

Diego Xavier, pesquisador da Fiocruz

Já Celso Ramos, infectologista membro da Academia Nacional de Medicina, acredita que o comprovante da vacinação deveria se tornar obrigatório para sempre em determinados locais. De acordo com ele, o passaporte vacinal é um “documento” que poderia ser exigido em locais com altos índices de contágio do vírus.

“Nós precisamos entender a vacina como uma questão de segurança coletiva e não segurança individual. A partir daí, eu entendo que o certificado precisa ser cobrado. Eu não vejo o porquê não manter a obrigação em determinados lugares com grandes aglomerações que podem gerar um risco à saúde das pessoas”, ressalta Celso Ramos.

FONTE: CNN

IMAGEM: TRADEWINDS

 

A Drewry reviu em alta a previsão de lucros do shipping de contêineres para o ano corrente, de 200 milhões para 300 milhões de dólares.

A confirmar-se a previsão, as companhias de transporte marítimo de contêineres obterão lucros recordes, deixando longe os 214 milhões de dólares de ganhos de 2021, que representaram um máximo absoluto e (quase) irrepetível.

A Drewry sustenta a sua previsão na manutenção dos constrangimentos das cadeias de abastecimento (a situação só deverá normalizar algures em 2023, alvitra) e na capacidade das companhias de navegação cobrarem tarifas cada vez mais altas por causa desses constrangimentos.

Na verdade, o outlook da consultora aponta para uma redução dos volumes movimentados nos portos mundiais, acompanhada de um aumento dos fretes e dos lucros das operadoras.

A estimativa do crescimento da procura de transporte marítimo de contêineres foi revista em baixa, de 4,6% para 4,1%, este ano, e de 3,5% para 2,8%, em 2023. Já os fretes deverão subir, em média, 39%, depois de terem praticamente duplicado ao longo de 2021.

A Drewry reconhece os riscos que se perfilam no horizonte, que deverão afetar a procura, mas também sustenta que a evolução dos preços – e, logo, dos lucros – está cada vez mais dependente dos “gargalos” nas cadeias logísticas globais e menos do balanço entre a oferta e a procura.

A Maersk, a maior companhia de transporte marítimo de contêineres do mundo com resultados públicos, prevê ganhar este ano 30 milhões de dólares. No primeiro trimestre alcançou um EBITDA de 9,2 milhões de dólares, com os fretes a avançaram 71% em termos homólogos enquanto os volumes transportados caíram 7%.

 

FONTE: TRANSPORTES&NEGÓCIOS

 

Aplicativo FGTS da Caixa — Foto: Fabiana Figueiredo/G1

IMAGEM: Fabiana Figueiredo/G1

Fraudadores podem roubar dados e até sacar valores; saiba como se proteger

O trabalhador com direito de sacar até R$ 1.000 do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) extraordinário encontra facilidades na hora de ter acesso aos valores, com a possibilidade de movimentar o dinheiro de forma online, por meio do Caixa Tem. Porém, se não tiver cuidado redobrado, pode ser alvo de golpistas.

Especialistas em segurança digital e a própria Caixa Econômica Federal, que administra o fundo e é responsável por liberar o saque —permitido pela medida provisória 1.105—, alertam sobre o que fazer para não ser vítima de golpe.

GOLPISTAS AGEM EM DUAS FRENTES

Há duas frentes de atuação dos fraudadores: com dados já disponíveis após o megavazamento ocorrido há mais e um ano, que expôs informações sobre 223 milhões de brasileiros, ou por meio da coleta de dados ao enviar links falsos aos trabalhadores. 

Os links falsos chegam por meio de WhatsApp, SMS, emails e, até mesmo, nas redes sociais. Contra esse tipo de ação a Caixa faz o principal alerta. Segundo o banco, a instituição financeira não envia mensagens com solicitação de senhas, dados ou informações pessoais.

"Também não envia links ou pede confirmação de dispositivo ou acesso à conta por email, SMS ou WhatsApp", informa nota. 

De acordo com o advogado Alexandre Berthe, especializado em direito do consumidor, mesmo no caso dos cidadãos mais cuidadosos, os golpes podem ocorrer, já que o vazamento de dados é, hoje, o que ele chama de "pandemia". "As chances de qualquer um ser vítima são muito grandes", alerta.

Segundo ele, quem tiver o dinheiro sacado por meio de golpes deve registrar um boletim de ocorrência imediatamente e procurar a instituição bancária para restituir os valores. O advogado afirma que há prazo de dez dias para uma reposta. Caso não haja nenhum posicionamento da instituição financeira, é possível procurar os órgãos de defesa do consumidor e até a Justiça.

VEJA 7 DICAS CONTRA GOLPES NO CAIXA TEM

  1. Não forneça senhas em sites não oficiais

    O trabalhador não deve digitar sua senha ou outros dados de acesso em sites ou aplicativos que não sejam da Caixa; a mesma orientação vale para ligações telefônicas

  2. Cuidado com a clonagem do celular

    Desconfie de mensagens solicitando dinheiro, mesmo sendo pessoas próximas, pois o telefone pode ter sido clonado

  3. Confira número de telefone e mensagem enviada

    Desconfie de SMS, email ou qualquer forma de comunicação dizendo ser do banco, mas que seja de número celular comum e contenha erros de escrita

  4. Não clique em links enviados

    Links suspeitos podem levar à instalação de programas espiões, que podem ficar ocultos no celular ou computador, coletando informações de navegação e dados do usuário

  5. Procure o aplicativo oficial do banco

    Ao entrar na loja de aplicativos do seu celular, tenha certeza de que está baixando o app oficial do banco, como o Caixa Tem e o FGTS

  6. Fique atendo ao passo a passo do banco

    A Caixa não pede senha e assinatura eletrônica numa mesma página, sendo a assinatura digitada somente por meio da imagem do teclado virtual

  7. Caixa não faz pedido para instalação do Caixa Tem

    A Caixa não solicita ao cliente o desbloqueio ou cadastramento de novos dispositivos móveis para receber o dinheiro pelo Caixa Tem; essa necessidade será do próprio cliente

Fernanda Garibaldi, advogada das áreas de fintech e meios de pagamento do Felsberg Advogados, afirma que há regulamentações por meio do Banco Central, além de controle de instituição financeiras que trabalham com pagamentos digitais, com o objetivo de garantir a segurança digital nos meios de pagamento modernos.

Para a advogada, o que ocorre no Brasil é fruto da violência generalizada, muitas vezes causada pela desigualdade social, que faz com que a ação de ladrões e falsários coloque o cliente como vítima. "O usuário precisa ficar atento e fazer o que já sabe, que é usar o aplicativo oficial do seu banco, sempre no seu celular ou no seu computador, nunca em dispositivos públicos, e te verificação em duas etapas", diz.

Ela orienta o cidadão que for vítima de golpe a, inicialmente, procurar a ouvidoria da instituição financeira. Se o caso não for resolvido, será necessário ir até o local. "As instituições são reguladas e estão sob supervisão. Há ainda mecanismos de defesa do consumidor."

BANCOS GASTAM MAIS DE R$ 25 BILHÕES POR ANO COM SEGURANÇA DIGITAL

Para garantir a segurança digital dos usuários nos meios de pagamentos modernos, os bancos gastam, anualmente, cerca de R$ 25,7 bilhões em tecnologia, segundo dados da Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Do total, 10% são voltados para a segurança na internet.

Em nota, a Febraban informa que quem é vítima de golpe deve seguir as regras de ressarcimento do seu banco ou instituição financeira. "Informamos que cada instituição financeira tem sua própria política de análise e devolução, que é baseada em análises aprofundadas e individuais, considerando as evidências apresentadas pelos clientes e informações das transações realizadas."

Dentre os principais golpes destacados pela instituição estão o do falso motoboy, no qual um golpista liga para a casa do cliente, solicitando senha e diz que o cartão precisa ser cortado, mas deixando o chip intacto e, em seguida, um motociclista vai à casa do cidadão e retira o cartão; o da falsa central telefônica, que também solicita dados; e os ataques de phishing, por meio do envio de links suspeitos.

Dados de outubro de 2021 mostram que, na pandemia, o golpe do falso motoboy cresceu 271%, o da falsa central telefônica teve alta de 62% e o dos links falsos, aumento de 26%.

VEJA DEZ DICAS DE SEGURANÇA DIGITAL

  1. Nunca utilize dados pessoais como senha: data de aniversário, placa de carro ou números seguidos e nem anote a senha em papel ou computador
  2. Nunca clique em links de promoções muito vantajosas, com pedidos de atualização ou manutenção de token
  3. Nunca realize transferências para regularizar ou estornar valores em sua conta para testes
  4. Sempre avise o banco caso seu celular seja roubado
  5. Confira todos os dados antes de pagar um boleto, realizar transferências ou fazer um Pix
  6. Nunca acesse sua conta ou cadastre sua chave Pix, clicando em algum link que receber em mensagens; para isso, use seu celular ou seu computador
  7. Nunca transfira dinheiro para amigo ou familiar que tenha feito o pedido por WhatsApp sem antes ligar para confirmar com a pessoa
  8. Ative o duplo fator de autenticação em suas contas
  9. Habilite a função de rastreio do celular para apagar os dados do aparelho a distância e ative o bloqueio do chip da operadora com o PIN e tenha o código imei em caso de roubo
  10. Se receber contato em nome do banco solicitando para ligar para a central de tendimento, utilize outro celular para fazer isso, pois pode ser golpe

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

IMAGEM: Guangzhou Shipyard International 

 

O Guangzhou Shipyard International (GSI) iniciou os testes no mar do Stena Pro Patria, o primeiro petroleiro bicombustível movido a metanol construído na China no que foi descrito como um "momento divisor de águas" no desenvolvimento do metanol como combustível alternativo para petroleiros de longo alcance. 

A GSI assinou o acordo para construir três 49.990 navios-tanque DWT bicombustíveis com a Proman Stena Bulk, uma joint venture entre a Stena Bulk AB, com sede na Suécia, e a Proman, com sede na Suíça, em 2019. Stena Pro Marine e Stena Prosperous, os outros dois navios atualmente em construção, devem terminar este ano.

A GSI confirmou ainda que estava estendendo o acordo para construir três navios adicionais com o mesmo projeto. 

O vice-presidente da GSI, William Zhou, saudou o início dos testes no mar e testes do equipamento de propulsão como “um momento decisivo” no desenvolvimento do metanol como combustível alternativo para os navios-tanque MR. Ele disse que cada caminhão-tanque reduzirá significativamente as emissões de NOx usando cerca de 12.500 toneladas de metanol como combustível marítimo por ano, alimentado por um motor MAN 6G50ME C9.6 bicombustível, sem conversão de catalisador.

"A construção do Stena Pro Patria é uma grande conquista para todas as partes envolvidas e eu gostaria de agradecer a Proman, Stena, nossa equipe, motores MAN, bem como a sociedade de classe DNV por tudo o que estão fazendo para tornar este navio ousado e A GSI está absolutamente comprometida em liderar a inovação em navios movidos a combustíveis alternativos e esses navios podem percorrer um longo caminho para mostrar como o metanol pode ser implantado com segurança e a um custo relativamente baixo."

Grande futuro para o metanol 

Zhou disse que cada navio-tanque usa a mais recente tecnologia de eficiência energética, incluindo combustão continuamente controlada, ajuste otimizado, linhas de casco redesenhadas e aerodinâmicas e um gerador de eixo de energia que reduz o consumo de combustível. 

Ele também disse que vê um grande futuro para o metanol, pois não é mais perigoso do que o diesel e é menos perigoso para o meio ambiente do que o diesel ou o HFO, biodegradando-se rapidamente em caso de derramamento.

 “O metanol tem a vantagem de estar amplamente disponível já perto de muitos portos em todo o mundo, sendo embarcado há décadas”, disse ele. “Além disso, o abastecimento de metanol, como combustível líquido à temperatura ambiente, é semelhante ao combustível destilado, portanto pode ser usado em instalações de abastecimento existentes com relativamente poucas atualizações.

"Como resultado, o metanol é logisticamente mais barato para movimentar os portos hoje do que outros combustíveis alternativos criogênicos de baixa temperatura, como amônia, biometano e hidrogênio, embora esses combustíveis tenham seu lugar no futuro e a GSI esteja trabalhando no desenvolvimento dessas tecnologias, garantindo o AIP de Mas o metanol fornece uma solução agora e queremos compartilhar esse avanço e ajudar mais proprietários e operadores na jornada para atingir as metas de GEE 2050 da IMO.”

Zhou disse que os navios ecológicos Stena Pro Patria e seus irmãos reforçam ainda mais o desejo da GSI de ser um dos estaleiros mais verdes do mundo. 

“A descarbonização marítima é o desafio da nossa geração e a GSI está fazendo todo o possível para desenvolver o pensamento e a tecnologia mais recentes”, disse ele. “A GSI tem uma estratégia de sustentabilidade clara com o objetivo duplo de construir navios mais verdes e ser um estaleiro mais verde. Estamos entregando isso ao sermos pioneiros em uma variedade de tecnologias de combustível duplo e entregamos um grande número de embarcações equipadas com sistemas de limpeza de gases de escape. 

"Na frente do estaleiro, estamos fazendo mudanças na forma como operamos, o que nos concedeu o status de estaleiro verde pelo governo local de Guangzhou em 2021. Isso seguiu uma avaliação de emissões e tratamento de resíduos depois que investimos pesadamente em novas infraestruturas, como melhor esgoto e ferrugem sistemas de tratamento, bem como coleta de vapor orgânico e sistemas de tratamento de lixo industrial e reciclagem de balde de material de revestimento. 

"Também atingimos o Zero Waste Factory Standard depois de cortar 2.000 toneladas de resíduos industriais em 2020. Investimos ainda mais em novos sistemas de controle para corte de aço e poluição do ar de pintura, o que nos permitiu atender ao Shipbuilding Air Emission Control Standard".

FONTE: MARINE LINK

 

IMAGEM: Qian Wenpan/Nanfang Daily/VCG via Getty Images

 

Dezenas de cidades da China estão atualmente em confinamento parcial ou total após um novo aumento de casos de coronavírus no país devido à disseminação da variante ômicron. A situação ameaça a controversa estratégia de "covid zero" das autoridades chineses.

Com 25 milhões de habitantes e um peso vital para a economia do país, a cidade de Xangai sofre a pior onda de covid desde o início da pandemia, em Wuhan, há mais de dois anos.

A metrópole chinesa não é apenas um centro financeiro global, mas também um dos portos de carga mais importantes para o comércio internacional. Nos últimos dez anos, tem sido o maior porto do mundo em termos movimentação de cargas.

Em 2021, o porto de Xangai foi responsável por 17% do tráfego de contêineres e 27% das exportações da China.

No entanto, o confinamento ao qual a cidade está submetida dificulta a chegada dos caminhões para levar as mercadorias a outros locais ou distribuí-las às fábricas próximas. Muitas indústrias, como a Volkswagen e a Tesla, tiveram que interromper suas atividades.

"As restrições afetam principalmente as estradas de entrada e saída do porto, resultando em um acúmulo de contêineres e uma redução de 30% na produtividade", explica Mike Kerley, gerente de investimentos da empresa Janus Henderson.

Soma-se a isso a carência de trabalhadores portuários para processar os documentos necessários para que os navios desembarquem suas mercadorias ou façam a inspeção de saída.

Agora os barcos também estão se acumulando na costa e nos canais ao redor do porto esperando o sinal verde para atracar.

Os dados da consultoria VesselsValue demonstram como aumentaram os tempos de espera para navios tanque, navios graneleiros e navios cargueiros.

Gráfico com números sobre a espera no porto

Outro problema é que milhares de contêineres estão se acumulando no porto, colocando mais uma vez a cadeia de suprimentos global em xeque justamente quando os analistas estavam confiantes em sua recuperação após a pandemia.

Embora o porto permaneça operando, está cada vez mais entupido.

A Câmara de Comércio da União Europeia estimou que havia 40% a 50% menos caminhões disponíveis em Xangai e que menos de 30% da força de trabalho de Xangai pode retornar ao trabalho.

As medidas impostas pela China nesta nova onda de covid determinam que todos que forem diagnosticados com a doença devem ficar em quarentena mesmo que não apresentem sintomas.

Uma grande parte está em quarentena em instalações centralizadas, onde muitas pessoas se queixam de más condições.

Os principais produtos exportados por Xangai incluem máquinas de lavar, aspiradores, painéis solares, componentes eletrônicos e têxteis.

"A escassez temporária pode ser aparente para esses produtos, já que a exportação através de Xangai representa 30-50% do total das exportações chinesas desses produtos", disse Kerley, da Janus Henderson.

A Ocean Network Express, uma empresa japonesa de transporte, avisou os clientes que contêineres estão se acumulando no porto de Xangai.

"A situação não melhorou desde nossa última atualização em 6 de abril. O transporte rodoviário continua limitado e os terminais ainda estão congestionados, enquanto a capacidade de conexão da zona refrigerada continua muito tensa", disse a empresa em um comunicado.

A maior empresa de transporte marítimo do mundo, Maersk, também emitiu um comunicado nesta semana dizendo que "vários navios vão pular o porto de Xangai em suas rotas" devido à falta de espaço disponível para contêineres.

As consequências globais são cadeias de suprimentos tensas, fluxo lento de importações e aumento da inflação.

"Há muita preocupação de que as exportações sejam afetadas e do impacto inflacionário no mundo, inclusive na América Latina, que é um grande parceiro comercial da China", diz Alicia García-Herrero, economista-chefe para Ásia-Pacífico do banco de investimentos Natixis .

"Como a capacidade do porto não é a mesma de março, nem de fevereiro, levará algum tempo para resolver tudo isso. Mesmo que o lockdown da cidade termine amanhã, há um acúmulo de capacidade que não será resolvido rapidamente", diz Rodrigo Zeidan, professor de Economia e Finanças da NYU Shanghai, à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC

"A inflação vai continuar por um tempo. Os preços de muitos bens levarão algum tempo para se estabilizar", acrescenta Zeidan.

Os analistas do Bank of America acreditam que o impacto mais grave provavelmente será visto no fim do mês de abril.

"Embora as autoridades já tenham notado os problemas e começado a tomar medidas nos últimos dias, é provável que as interrupções (na cadeia de suprimentos) se estendam por todo o mundo dentro de 3 a 6 semanas e durem ao menos até o final do segundo trimestre", diz o banco em um comunicado.

O que vai acontecer na América Latina

O efeito na América Latina pode ser duplo, acredita Zeidán.

Primeiro em termos de produtividade econômica, diz ele, pois mesmo que haja demanda da China por todas as matérias-primas que ela importa da América Latina, os embarques não serão fáceis de fazer.

"Isso já está acontecendo. As taxas de envio estão ficando absurdamente altas por um longo tempo e os preços estão subindo."

E segundo, a inflação vai subir um pouco mais.

No entanto, vários dos especialistas consultados acreditam que, considerando a importância do porto de Xangai para o comércio da China, é improvável que as restrições durem muito. Eles dizem que o mais provável é que o governo chinês faça o possível para voltar à normalidade o mais rápido possível.

Para Zeidan, a situação só deve melhorar em meados de maio.

FONTE: BBC

 

IMAGEM: BIOAGÊNCIA

 

O presidente chinês Xi Jinping defendeu nesta quarta-feira (27) uma campanha de construção de infraestrutura como forma de estimular o crescimento econômico no país, afetado pela pandemia de coronavírus. informou a imprensa estatal.

Apesar de lutar para conter o surto mais grave de covid-19 em dois anos, o governo insiste em uma política rígida de ‘zero covid’ que cortou as cadeias de suprimentos, abalou o ânimo empresarial e afetou a economia mundial e os mercados.

“A infraestrutura é um apoio importante para o desenvolvimento econômico e social”, declarou Xi em uma reunião do governo na terça-feira, segundo a agência estatal de notícias Xinhua.

Na China, “a infraestrutura ainda é incompatível com as necessidades de desenvolvimento e segurança nacionais”, destacou no Comitê Central de Assuntos Financeiros e Econômicos.

A reunião identificou vários setores, como transporte e energia, que precisam de um reforço na infraestrutura, incluindo a construção de portos e aeroportos.

Os confinamentos recentes provocaram bloqueios nas cadeias de abastecimento e redes de transporte, incluindo cidades que são motores econômicos do país, Xangai e Shenzhen, assim como Jilin (noroeste), um celeiro para o país.

Nas últimas semanas, as autoridades chinesas anunciaram medidas para estimular a confiança na economia e tentar tranquilizar os mercados.

Após as declarações de Xi, as ações das empresas de infraestrutura registraram alta, como as construtoras Sany Heavy Industry e China State Construction International.

Uma campanha de investimento público, no entanto, também provoca temor na China. 

Após a crise de 2008, a China executou um pacote de estímulo econômico bilionário que terminou endividando municípios e empresas estatais.

FONTE: AFP

 

A primeira eleição realizada no Brasil aconteceu na Capitania de São Vicente em 1532, durante o período colonial.

IMAGEM: UOL/BRASIL ESCOLA

 

Patinando nos patamares mais baixos da história e com viés de queda para os próximos anos, os investimentos públicos entraram definitivamente no foco dos programas econômicos em elaboração pelos candidatos à presidência da República – mesmo na equipe de Jair Bolsonaro, que sempre defendeu os investimentos privados como a solução para a melhora estrutural da economia.

As propostas são diferentes, mas em comum há a necessidade de aumentar os gastos públicos principalmente na infraestrutura, para elevar a competitividade e o crescimento do País. Lideranças do setor produtivo também discutem com as campanhas a necessidade de reforço nesse ponto para o próximo governo.

Dados do Observatório de Política Fiscal do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), que serão publicados nesta segunda-feira, mostram que o investimento do governo totalizou no ano passado 1,84% do PIB. É o segundo menor índice, atrás apenas de 2017 (1,75% do PIB). O indicador vem desde 1947, e inclui dados do governo central, Estados, municípios e as estatais federais.

Em 2021, os investimentos das estatais atingiram o menor valor da série histórica. Já os investimentos dos Estados apresentaram recuperação, enquanto os da União estão em queda – nunca ficaram tão baixos por tanto tempo.

“Com a ampliação do orçamento de emendas parlamentares, a produtividade e o potencial de sinergia desses investimentos tende a continuar baixo. Mas o mais surpreendente é o baixo nível de investimentos da Petrobras, ainda mais em um contexto de elevada lucratividade do setor”, diz Manoel Pires, coordenador do Observatório Fiscal.

Da direita à esquerda, planos são de elevação dos aportes públicos

O nível de investimentos insuficiente, ao longo do tempo, para tornar a economia brasileira competitiva fez com que o tema dos gastos públicos no setor passasse a ser parte das discussões em todas as pré-candidaturas presidenciais, da esquerda à direita. A seguir, o que está em discussão nas principais campanhas:

LULA. Embora não tenha divulgado ainda um programa definido, a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende o aumento dos investimentos para recuperar o crescimento econômico e, assim, melhorar o resultado das contas públicas. Os economistas do partido defendem a mudança do teto de gastos – a regra que fixa um teto anual para o crescimento das despesas.

Um dos principais articuladores da campanha, o ex-governador do Piauí, Wellington Dias, defendeu a fixação de uma meta de investimentos públicos no Orçamento e um desenho orçamentário em que as emendas parlamentares estejam inseridas em um plano para o País.

 

Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda do PT, propôs um limite de gastos atrelado ao PIB, com um limite separado para gastos correntes (salários e custeio da máquina) e outro, para investimentos. Está em discussão interna a proposta para a criação de um Fundo de Investimentos Unificado voltado para alavancar a economia. Modelo semelhante é adotado na China.

JAIR BOLSONARO. Até mesmo o ministro da Economia, Paulo Guedes, defensor ferrenho do investimento privado, já apresentou ao presidente Jair Bolsonaro uma proposta para aumentar os investimentos públicos num eventual segundo mandato. Guedes agora fala em criar um fundo de reconstrução nacional com dinheiro de ações das empresas estatais – como as que o BNDES tem da Petrobras – e outros ativos para impulsionar os investimentos.

A ideia do Fundo Brasil não é nova, mas, ao invés de destinar 100% dos recursos arrecadados com esses ativos para o abatimento da dívida, 25% iriam para investimentos públicos e 25%, para o Fundo de Erradicação da Pobreza. Nesse caso, seria necessário mudar a regra do teto de gastos para excluir esses investimentos do limite de despesas. 

Para um segundo mandato, Bolsonaro cobra aumento dos investimentos em rodovias, ferrovias e energia. Ele quer, por exemplo, construir uma hidrelétrica em Roraima. Auxiliares do ministro afirmam que não há mudança de política econômica focada no aumento do investimento como a grande alavanca do crescimento do País, mas, sim, uma estratégia que pode, inclusive, facilitar as privatizações.

CIRO GOMES. Na campanha do candidato Ciro Gomes (PDT), o aumento dos investimentos é central. Coordenador do programa econômico, o deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE) diz que a proposta é fixar um porcentual para o crescimento dos investimentos vinculado à alta da receita. Está em discussão na equipe um porcentual em torno de 80%, 90%.

“O investimento não pode estar dentro do teto dos gastos”, diz. Na sua avaliação, o debate sobre a necessidade de aumento de gastos públicos veio para ficar. “Não existe teto de gastos. O que existe é corte de investimentos.”

Benevides prevê que o investimento executado do Orçamento deste ano do governo federal pode cair ainda mais, para R$ 20 bilhões, muito abaixo do previsto na lei orçamentária, de R$ 42 bilhões.

JOÃO DORIA. Para a economista Ana Carla Abrão, que trabalha no programa de João Doria (PSDB), ex-governador de São Paulo, é preciso dobrar os investimentos para começar a fechar a deficiência do País nessa área. “É ao longo do tempo. Não tem uma meta, aqui não tem trilhão do Paulo Guedes”, diz.

Para isso, segundo ela, é preciso conseguir retomar uma trajetória de equilíbrio fiscal, mas também melhorar a parte de planejamento e execução. A economista lembra que Doria, no governo de São Paulo, conseguiu elevar os investimentos para 13,3% da receita corrente líquida fazendo reformas com cortes de gastos.

Segundo Ana Carla, o programa vai prever implantação de uma nova lei de licitações e de uma revisão regulatória necessária para tornar o investimento público atual mais eficiente. Mas o grande foco do programa, diz, é garantir um ambiente jurídico e econômico para atração do investimento privado. Ela ressalta que o investimento público foi, em média, 0,5% do PIB nas últimas duas décadas.

SIMONE TEBET. Coordenadora do programa econômico da presidenciável Simone Tebet (MDB), a economista Elena Landau diz que, para aumentar os investimentos públicos, é preciso retornar ao controle do orçamento com previsão plurianual e clara definição de prioridades na infraestrutura social, além da manutenção das obras públicas.

“Tornar a máquina pública mais eficiente, com digitalização e reforma administrativa. E investimento privado com segurança jurídica e melhoria das agências e regulação, mais reforma tributária simplificadora”, afirma Landau.

Sem investimentos, Brasil perde terreno para outros emergentes

Sem investimentos suficientes para acelerar e dar competitividade à economia, o Brasil tem ficado para trás comparado a seus pares internacionais. De 1980 a 2019, o País investiu 49 vezes o volume de 1979. No mesmo período, considerando outras nações emergentes, o multiplicador foi de 249 na Índia; 202 na Coreia do Sul; e 66 na África do Sul. Já nos EUA, esse número foi de 81. Os resultados explicam, em parte, o fraco desempenho econômico, a baixa produtividade e a menor competitividade brasileira nos últimos anos. Pior: há pouca expectativa de que esse quadro vá mudar no curto e médio prazos.

Levantamento da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) mostra que, em 1979, o Brasil investiu, em valores atualizados, R$ 930 bilhões. Entre 1980 e 2019, o volume somou R$ 45 trilhões.

Se o País tivesse seguido o caminho da Índia, por exemplo, o investimento teria superado R$ 200 trilhões no período. Na comparação com a Coreia do Sul, o valor chegaria a quase R$ 190 trilhões – quase 20 vezes o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2021. E, em relação à África do Sul, duas vezes o PIB nacional.

“Ficamos para trás. O Brasil deixou de investir trilhões de reais nos últimos anos, o que tem distanciado o País de outras nações”, diz o diretor de Planejamento e Economia da Abdib, Roberto Guimarães.

Segundo ele, se for aplicado o mesmo modelo com relação à produção industrial, o resultado será semelhante.

A produção industrial brasileira teria tido um adicional de R$ 6,5 trilhões se tivesse crescido como a Coreia do Sul, entre 2010 e 2021. Com relação ao México, R$ 5,1 trilhões, ou 2,9 vezes.

Com relação à África do Sul, teríamos dobrado a produção. “Temos batido na tecla de que tem de aumentar investimentos, mas o que temos visto é o investimento público desabar nos últimos dez anos.” Um dos principais problemas, diz Guimarães, é que os governos não conseguem reduzir a despesa corrente e aí descontam nos investimentos. “O Orçamento previsto para este ano é um quarto do que foi há 15 anos.”

CÍRCULO VICIOSO. Os baixos investimentos sempre foram um problema crônico desde a década de 1980. O Estado brasileiro cresceu demais, a máquina pública ficou inchada e, com a globalização, o País foi perdendo competitividade em relação aos concorrentes. “O Brasil tem alguns problemas para resolver, como equilibrar as contas públicas e definir o que quer ser, além do agronegócio e da mineração”, diz o professor do Insper Ricardo Rocha.

A dificuldade de investimento gera um circulo vicioso da economia. O PIB não cresce porque os investimentos não decolam, e as empresas não fazem novos investimentos devido à baixa expectativa de crescimento. “Um país que cresce pouco é um país que demanda pouco, e isso determina o investimento”, diz o presidente da consultoria Inter.B, Claudio Frischtak. Segundo ele, numa economia fechada e com pouca competição, o motivador para investir é o crescimento.

Hoje, o Brasil tem uma política de ajuste fiscal e não uma política de crescimento, dizem especialistas. Boa parte do que foi prometido pela atual administração não saiu do papel, como a privatização de empresas importantes e reformas essenciais para colocar o País na rota de crescimento, diz o pesquisador associado do FGV Ibre Cláudio Considera. “Um país com desemprego alto, sem expectativa de demanda e insegurança não atrai investimentos.”

FONTE: Estadão Conteúdo

 

Fachada do edifício sede do Supremo Tribunal Federal - STF

IMAGEM: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

 

Em razão da pendência no julgamento do Tema 1.046 da Repercussão Geral, no RE 1.121.636, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal determinou a suspensão de reclamação trabalhista que discute a aplicação de norma coletiva sobre o pagamento de horas de deslocamento do empregado (horas in itinere).

O Tema 1.046 discute a validade de norma coletiva de trabalho que restringe direito trabalhista não assegurado constitucionalmente. A relatoria é do ministro Gilmar Mendes, que determinou o sobrestamento das ações afetadas.

O caso julgado trata da aplicação de norma coletiva sobre o pagamento de horas de deslocamento de um trabalhador. A empresa reclamada requereu a suspensão de processo no Tribunal Superior do Trabalho até que o STF julgue o Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1.121.633 (Tema 1.046 da repercussão geral), o qual discute a matéria.

Por unanimidade, os ministros da 1ª Turma acompanharam o voto da relatora, Rosa Weber, para dar provimento ao recurso da empresa ré. Conforme a relatora, a decisão acompanha o entendimento aplicado pelo ministro Gilmar no ARE 1.121.633.

"Em análise, controvérsia relativa quanto à contribuição pelas horas extras decorrente de horas in itinere, em razão da impossibilidade de prevalência do pactuado sobre o legislado o processo deve ser sobrestado, para aguardar o pronunciamento definitivo dessa suprema corte no ARE 1121633, Tema 1.046, em que reconhecida a repercussão geral da matéria", destacou Rosa Weber.

FONTE: REVISTA CONSULTOR JURÍDICO/CONJUR

IMAGEM: ANDRÉ MOTTA DE SOUZA/AGÊNCIA PETROBRAS

 

A Petrobras, como operadora, e a Equinor iniciaram com sucesso a produção dos dois primeiros poços do projeto de aumento de recuperação de petróleo (IOR) em Roncador. Isso representa um marco importante no desenvolvimento do campo, aumentando as taxas de recuperação.

Os dois são os primeiros de uma série de poços IOR a atingir a produção. Segundo a Equinor, o processo está adiantado quase cinco meses antes do previsto e pela metade do custo planejado. Os poços adicionam cerca de 20 mil barris de óleo equivalente por dia a Roncador, elevando a produção diária para aproximadamente 150 mil barris e reduzindo a intensidade de carbono (emissões por barril produzido) do campo.

Por meio deste primeiro projeto de IOR, a parceria perfurará 18 poços, que deverão fornecer recursos recuperáveis adicionais de 160 milhões de barris. Melhorias no projeto do poço e a experiência tecnológica combinada dos parceiros são os principais impulsionadores da redução de 50% nos custos nos seis primeiros poços, incluindo os dois em produção.

Roncador está em produção desde 1999. A Petrobras é a operadora do campo (75% de participação) com a Equinor (25% de participação) entrando no projeto em 2018.

Veronica Coelho, gerente da Equinor para o Brasil, disse: “Estamos muito orgulhosos do que a parceria entre Petrobras e Equinor alcançou, entregando este projeto antes do prazo e abaixo do orçamento. Esse marco demonstra a capacidade da parceria de aumentar a produção e o valor por meio da tecnologia. Continuaremos combinando nossas capacidades para melhorar a recuperação de Roncador e extrair mais valor do campo. A Petrobras aproveitará sua experiência como uma das maiores operadoras de águas profundas e desenvolvedores do pré-sal do mundo e a Equinor aproveitará sua tecnologia, conhecimento e décadas de experiência em IOR na plataforma continental norueguesa ”.

Além dos 18 poços IOR planejados, a parceria acredita que pode melhorar ainda mais a recuperação e visa aumentar os recursos recuperáveis em um total de 1 bilhão de barris de óleo equivalente. O campo possui mais de 10 bilhões de barris de óleo equivalente em operação, sob licença com duração até 2052. O acordo de aliança estratégica também inclui um programa de eficiência energética e redução de emissões de CO 2 para Roncador.

FONTE: PORTOSeNAVIOS

Cidadãos pró-Rússia em Simferopol, na Península da Crimeia, comemoram anexação do território por Moscou

IMAGEM: Foto: Reuters/M. Shemetov

Chanceler russo diz, no entanto, que quer manter negociações de paz

No dia do encontro entre o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e o presidente russo, Vladimir Putin, e após a visita de dois ministros norte-americanos a Kiev, o chefe da diplomacia de Moscou, Serguei Lavrov, afirmou que quer continuar as negociações de paz com a Ucrânia. Ele alertou para o "perigo real" de o conflito se transformar na Terceira Guerra Mundial.

No dia em que o Exército russo anunciou ter atingido cerca de 100 alvos na Ucrânia, incluindo instalações ferroviárias no centro do país, numa tentativa de impedir o fornecimento de armamento, Lavrov acusou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de “fingir” para discutir com Moscou.

“É um bom ator. Se olhar com atenção e ler atentamente o que ele diz, encontrará mil contradições”, afirmou Lavrov, citado por agências de notícias russas. “Mas, continuamos a conduzir negociações com a equipe ucraniana, e esses contatos prosseguirão”, disse.

Em meio a tensões sem precedentes entre Moscou e o Ocidente, devido à guerra na Ucrânia, Lavrov alertou para o risco da Terceira Guerra Mundial. “O perigo é sério, é real, não podemos subestimá-lo”, considerou.

Declarações foram feitas feitas um dia depois da visita a Kiev dos secretários Lloyd Austin, da Defesa, e Antony Blinken, de Estado, dos Estados Unidos (EUA), com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy. Foi a primeira visita de governantes norte-americanos à Ucrânia desde o início do conflito, em 24 de fevereiro.

Ao fazer um balanço da visita, Austin considerou que a Ucrânia pode vencer a guerra contra a Rússia, se tiver o equipamento e o apoio certos. “A primeira coisa para ganhar é acreditar que se pode ganhar. E eles [os ucranianos] estão convencidos de que podem ganhar”, disse o secretário da Defesa norte-americano.

Zelensky entregou aos representantes dos EUA  plano de ação para fortalecer as sanções contra a Federação Russa, elaborado pelo grupo internacional de especialistas Yermak-McFaul, criado por ele. O plano propõe uma extensão das sanções contra a Rússia, de forma a incluir o petróleo e gás, transporte, novas proibições na área financeira e mais restrições à atividade das empresas estatais russas. Inclui ainda o reconhecimento da Rússia como Estado patrocinador do terrorismo.

As duas autoridades norte-americanas informaram, durante o encontro com Zelensky, que os EUA aprovaram US$ 713 milhões em financiamento militar estrangeiro para a Ucrânia e 15 países aliados e parceiros.

Desse valor, a Ucrânia vai receber US$ 322 milhões em financiamento militar e US$ 165 milhões em munições.

O restante será distribuído pelos países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e outras nações que forneceram a Kiev apoio militar desde o início da guerra.

FONTE: RTP

Cofre cofrinho investimentos Brasil

IMAGEM: Pixabay/ Julien Tromeur

 

Sem investimentos suficientes para acelerar e dar competitividade à economia, o Brasil tem ficado para trás comparado a seus pares internacionais. De 1980 a 2019, o País investiu 49 vezes o volume de 1979. No mesmo período, considerando outras nações emergentes, o multiplicador foi de 249 na Índia; 202 na Coreia do Sul; e 66 na África do Sul. Já nos EUA, esse número foi de 81.

Os resultados explicam, em parte, o fraco desempenho econômico, a baixa produtividade e a menor competitividade brasileira nos últimos anos. Pior: há pouca expectativa de que esse quadro vá mudar no curto e médio prazos.

Levantamento da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) mostra que, em 1979, o Brasil investiu, em valores atualizados, R$ 930 bilhões. Entre 1980 e 2019, o volume somou R$ 45 trilhões.

Se o País tivesse seguido o caminho da Índia, por exemplo, o investimento teria superado R$ 200 trilhões no período.

Na comparação com a Coreia do Sul, o valor chegaria a quase R$ 190 trilhões – quase 20 vezes o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2021. E, em relação à África do Sul, duas vezes o PIB nacional.

“Ficamos para trás. O Brasil deixou de investir trilhões de reais nos últimos anos, o que tem distanciado o País de outras nações”, diz o diretor de Planejamento e Economia da Abdib, Roberto Guimarães. Segundo ele, se for aplicado o mesmo modelo com relação à produção industrial, o resultado será semelhante.

A produção industrial brasileira teria tido um adicional de R$ 6,5 trilhões se tivesse crescido como a Coreia do Sul, entre 2010 e 2021. Com relação ao México, R$ 5,1 trilhões, ou 2,9 vezes. Com relação à África do Sul, teríamos dobrado a produção.

“Temos batido na tecla de que tem de aumentar investimentos, mas o que temos visto é o investimento público desabar nos últimos dez anos.” Um dos principais problemas, diz Guimarães, é que os governos não conseguem reduzir a despesa corrente e aí descontam nos investimentos. “O Orçamento previsto para este ano é um quarto do que foi há 15 anos.” 

Círculo Vicioso

Os baixos investimentos sempre foram um problema crônico desde a década de 1980. O Estado brasileiro cresceu demais, a máquina pública ficou inchada e, com a globalização, o País foi perdendo competitividade em relação aos concorrentes. “O Brasil tem alguns problemas para resolver, como equilibrar as contas públicas e definir o que quer ser, além do agronegócio e da mineração”, diz o professor do Insper Ricardo Rocha.

A dificuldade de investimento gera um círculo vicioso da economia. O PIB não cresce porque os investimentos não decolam, e as empresas não fazem novos investimentos devido à baixa expectativa de crescimento. 

“Um país que cresce pouco é um país que demanda pouco, e isso determina o investimento”, diz o presidente da consultoria Inter.B, Claudio Frischtak.

Segundo ele, numa economia fechada e com pouca competição, o motivador para investir é o crescimento.

Hoje, o Brasil tem uma política de ajuste fiscal e não uma política de crescimento, dizem especialistas. Boa parte do que foi prometido pela atual administração não saiu do papel, como a privatização de empresas importantes e reformas essenciais para colocar o País na rota de crescimento, diz o pesquisador associado do FGV Ibre Cláudio Considera. “Um país com desemprego alto, sem expectativa de demanda e insegurança não atrai investimentos.

FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO