Petrobras desembarca oito de plataforma por sintomas de coronavírus

IMAGEM: REPRODUÇÃO/VALOR

Pela média móvel dos últimos 15 dias, o número de confirmações subiu para 37

SÃO PAULO e RIO DE JANEIRO | REUTERS
 

Os casos novos de Covid-19 em plataformas de petróleo e gás aumentaram para 59, segundo relatório publicado nesta sexta-feira (19) pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), indicando uma tendência de aumento de registros da doença.

No relatório anterior, publicado na quarta-feira (17), a ANP havia reportado 26 infectados pelo coronavírus.

Além disso, pela média móvel dos últimos 15 dias, o número de casos subiu para 37, versus 30 na publicação anterior.

Os dados da ANP não especificam casos por empresas.

 

Na véspera, petroleiros do Norte Fluminense, que atuam na Bacia de Campos, pediram ao Ministério Público do Trabalho que a Petrobras seja chamada a prestar esclarecimentos sobre o avanço da Covid-19 em plataformas de óleo e gás, segundo documento visto pela Reuters.

 

Os casos de Covid-19 em plataformas de petróleo e gás do Brasil voltaram a apresentar tendência de alta desde o início de março, revertendo um movimento de queda visto no início do ano, conforme os dados da agência reguladora.

Denúncias recebidas pela FUP (Federação Única dos Petroleiros) indicam casos de contaminação nas unidades offshore P-43, P-38, P-63, P-25, P-35, de acordo com o requerimento do Sindipetro ao MPT (Ministério Público do Trabalho).

Levantamento da reguladora à Reuters indicou que oito plataformas chegaram a ser paralisadas desde março do ano passado por causa da Covid-19.

Apesar de não haver indicação de alguma unidade paralisada no momento, a pandemia foi apontada pela ANP como motivo de uma queda de 8% na produção de petróleo em fevereiro, ante o mesmo mês do ano passado, quando a Covid-19 ainda não havia se espalhado pelo Brasil.

Procurada, a Petrobras confirmou a ocorrência de casos de Covid-19 em algumas plataformas, mas disse que segue protocolos de segurança, mediante os quais isola e desembarca qualquer profissional com sintomas e seus contactantes.

Segundo a Petrobras, desde o início da pandemia foram realizados mais de 650 mil testes para detecção do coronavírus, além da imposição de medidas como "redução do efetivo presencial e ampla adoção do teletrabalho" e "reforço na higienização e distanciamento nas unidades operacionais".

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

Passaporte comum eletrônico brasileiro tem prazo de validade de 10 anos  — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Brasileiros enfrentam restrições duras para ingressar em 116 países, atrás apenas da África do Sul (119). A média mundial é de 100 países

O viajante internacional brasileiro é o segundo que mais enfrenta restrições rígidas na hora de ingressar em outros países. Em alguns casos, países fecharam o acesso completamente, e em outros, exigências de quarentena foram impostas.

 Os brasileiros enfrentam restrições de 116 países, atrás apenas da África do Sul (119). Em terceiro, está o Reino Unido (114). 

Não por coincidência são estes os três países onde emergiram as variantes do novo coronavírus que causam alarme ao redor do mundo

Além disso, o prolongamento da pandemia no país, com a lentidão do processo de imunização e alta histórica de casos e mortes, exigem restrições duras.

Em média, cada um dos países analisados (116) enfrenta barreiras em 100 países ou territórios.

Os dados são da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) e da Skyscanner (empresa de compra on-line de passagens aéreas) e foram publicados no Valor.

FONTE: BRASIL 247

Governo aprovou uso do FGTS como garantia para crédito consignado

IMAGEM: MARCOS SANTOS/USP IMAGENS

 

Quando um trabalhador é demitido do seu trabalho, fica em dúvida em relação aos seus direitos. Quando você é demitido sem justa causa terá o direito de receber as seguintes verbas:

  • Aviso prévio trabalhado ou indenizado;
  • 13º salário proporcional;
  • Férias vencidas e proporcionais mais 1/3;
  • Saldo Salarial;
  • Multa de 40% do FGTS;
  • Liberação de FGTS e entrega de guia para recebimento do Seguro Desemprego.
  • Porém, quando a demissão é por justa causa, o direito do trabalhador é:
  • Saldo de salários;
  • Férias vencidas com acréscimo de 1/3 constitucional.
  • Sendo que o trabalhador não poderá levantar o FGTS e não receberá Seguro Desemprego.

 

Quando o trabalhador pede demissão, ele terá direito:

  • Saldo de salário;
  • 13º salário proporcional;
  • Férias vencidas e proporcionais com acréscimo de 1/3 constitucional.
  • O trabalhador também não poderá levantar o FGTS e não receberá Seguro Desemprego.

Quantos dias depois de ser mandado embora eu recebo a rescisão?

A empresa terá o prazo de dez dias para pagar as verbas rescisórias do trabalhador, lembrando que o prazo se iniciará com o término do contrato de trabalho, segundo o artigo 477, parágrafo 6º da CLT.

O que acontece se a empresa não pagar a rescisão no dia certo?

O trabalhador terá direito à multa prevista no artigo 477, parágrafo 8º da CLT, que corresponde a um salário mensal.

FONTE: DIREITO NEWS

 

Vacina de Oxford/Astrazeneca

IMAGEM: Luiz Lima Jr./Fotoarena/Estadão Conteúdo

 

Abriria mão de contrapartidas

Lei foi sancionada há uma semana

Seria alterada por MP ou novo PL

A cúpula do Congresso quer afrouxar as regras para que as empresas possam comprar vacinas e imunizar seus funcionários. Isso pode acontecer assim que for concluída a vacinação dos grupos prioritários. A expectativa é que isso ocorra em meados de junho.

Pela lei sancionada na semana passada, as empresas já estão habilitadas a comprar vacinas, mas precisam doar 100% ao Plano Nacional de Imunização até que os grupos prioritários estejam imunizados. O governo federal colocou na dianteira da fila da vacina 29 grupos que somam população de 77,3 milhões. Até as 15h30 desta 4ª feira (17.mar), o Brasil tinha vacinado 10,5 milhões de pessoas com a 1ª dose.

Assim que todas essas pessoas tiverem sido imunizadas, as empresas poderão doar só metade das doses que comprar. As demais poderão ser distribuídas aos funcionários gratuitamente. No Congresso, há o desejo de que essa exigência seja derrubada.

Deputados e senadores ouvidos pela reportagem do Poder360 relataram que essa ideia já era considerada quando o projeto foi analisado pelo Congresso. Mas acabou deixada de lado por causa da preocupação de senadores que acharam errado permitir àqueles que podem pagar passar à frente dos demais.

Mesmo agora, com a lei já sancionada, dar essa permissão à compra de vacinas sem exigir contrapartida das empresas não seria difícil. É possível mudar esse trecho da regra aprovada por medida provisória ou por outro projeto de lei. A mudança não levaria mais que 1 mês.

Para os congressistas que apoiam essa mudança, o importante é esperar que as pessoas dos grupos prioritários sejam imunizadas. Dessa forma, a iniciativa privada não precisaria mais pagar o “pedágio” de doar 50% de suas doses ao SUS.

O presidente Jair Bolsonaro vetou o artigo da lei que dizia que Estados e municípios só poderiam comprar as vacinas em caso de falta da União. Agora o texto legal permite que os entes, em tese, comprem livremente. Isso libera prefeitos e governadores a comprar suas doses de vacinas sem passarem pela União.

A possível flexibilização da regra para a compra por empresas ganha força num momento em que há grande disputa mundial para assegurar vacinas. Muitos governos ainda estão em negociação com laboratórios que, em grande parte, estão com a capacidade de produção no limite. Esse quadro torna escassos os insumos e os imunizantes.

O Ministério da Saúde diz já ter assinados contratos que garantem ao país ter 563 milhões de doses de vacinas até o final do ano. Seria mais que o suficiente para vacinar toda a população –cerca de 213 milhões de pessoas, segundo a previsão do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2021.

Em 15 de março, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse esperar vacinar 88% dos grupos prioritários até o fim de abril. “É muito provável que em maio já tenhamos vacinado os grupos prioritários. A partir daí, são todas as outras idades, todos os demais grupos sociais“, declarou Pazuello, que será substituído no cargo pelo cardiologista Marcelo Queiroga.

 

FONTE: PODER 360

Transporte - barcos e portos - funcionários trabalhador (Porto de Paranaguá-PR)

IMAGEM: Cláudio Neves/Portos do Paraná

 

A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do Tribunal Superior do Trabalho declarou a validade do acordo coletivo 2017/2019 firmado entre o Sindicato dos Estivadores e Trabalhadores em Estiva de Minério do Estado do Pará (Setemep) e a Norte Operações de Terminais Ltda., que permitia a contratação de mão de obra portuária sem a necessidade de intermediação do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo). Segundo a decisão, as disposições da norma autônoma precedem o órgão gestor e dispensam sua intervenção nas relações entre capital e trabalho no porto.

Intermediação

O acordo autoriza o sindicato a designar trabalhadores portuários avulsos para prestar serviços de carregamento e descarga em embarcações nos portos de Vila do Conde, Belém e Outeiro (PA). Contra o instrumento, o Ministério Público do Trabalho (MPT) ajuizou, no Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP), ação anulatória, alegando ofensa à liberdade de associação, entre outros pontos.

Em sua defesa, o sindicato sustentou que sempre fora o responsável pela intermediação do trabalho portuário avulso, até que a Lei 8.630/1993, que tinha como finalidade a modernização dos portos, transferiu essa atribuição ao Ogmo. Porém, segundo argumentou, a nova Lei dos Portos (Lei 12.815/2013) ressalva que a intervenção do órgão gestor nas relações entre capital e trabalho poderia ser dispensada por meio de previsão em norma coletiva expressa.

O TRT acolheu o pedido e declarou a nulidade do acordo, com o entendimento de que a negociação coletiva não pode retirar as prerrogativas legais e exclusivas do Ogmo. Ainda de acordo com a decisão, o instrumento normativo privilegia a contratação de empregados sindicalizados, em detrimento dos não afiliados.

Singularidade histórica

O relator do recurso ordinário do sindicato, ministro Mauricio Godinho Delgado, explicou que, historicamente, cabia aos sindicatos a intermediação da mão de obra com os operadores portuários (empresas exportadoras, importadoras e de logística, por exemplo). Segundo ele, a organização e a forte atuação sindical marcaram o setor no decorrer de décadas, até que a Lei 8.630/1993 transferiu a tarefa ao Ogmo.  

Entretanto, o ministro ressaltou que o legislador, reconhecendo a singularidade histórica dos sindicatos nesse segmento, permitiu que eles continuassem a participar da gestão de mão de obra. Na sua avaliação, a interpretação do parágrafo único do artigo 32 da Lei 12.815/2013, acompanhada do conhecimento histórico dos fatos e dos fenômenos desenvolvidos, permite compreender que o dispositivo autoriza a atuação do sindicato como intermediador da mão de obra no porto marítimo, desde que estabelecido em contrato, acordo ou convenção coletiva de trabalho com os tomadores de serviço.

A decisão foi unânime.
 
(DA/CF)

Processo: RO-636-89.2018.5.08.0000

A Seção Especializada em Dissídios Coletivos é composta de nove ministros. São necessários pelo menos cinco ministros para o julgamento de dissídios coletivos de natureza econômica e jurídica, recursos contra decisões dos TRTs em dissídios coletivos, embargos infringentes e agravos de instrumento, além de revisão de suas próprias sentenças e homologação das conciliações feitas nos dissídios coletivos

FONTE: TST

 

Cabotagem aumenta 11,3 mesmo em período de pandemia_OMDN_O Mundo dos NegóciosAescom Divulgação MInfra

IMAGEM: AESCOM/DIVULGAÇÃO/MINFRA

 

Proposta que visa aumentar participação do modal e reduzir dependência do transporte rodoviário já foi aprovada na Câmara e, agora, está com o Senado

Em entrevista ao portal Brasil61.com, o senador Dário Berger (MDB/SC) afirmou que o Projeto de Lei 4.199/2020, conhecido como BR do Mar, será importante para estimular a cabotagem em Santa Catarina. 

A proposta — aprovada na Câmara dos Deputados em dezembro — enviada pelo Governo Federal visa ampliar a navegação entre os portos brasileiros (cabotagem) e diminuir a dependência do transporte rodoviário. A votação da matéria estava na pauta do Senado esta semana, mas foi adiada. 

Segundo o parlamentar, a matriz de transporte de cargas nacional está concentrada no modal rodoviário, que é mais cara, suscetível a roubos e poluente na comparação com a cabotagem. 

“A cabotagem é um modal que aumenta a capacidade de transportes, não tem problema com roubos, torna mais barato o custo para as empresas, amplia nossa competitividade e fomenta a indústria naval brasileira. O programa irá ajudar muito Santa Catarina, que possui cinco portos e uma imensa cadeia produtiva, que necessita de uma melhor infraestrutura para além das rodovias”, acredita. 

Um dos portos catarinenses é o de Imbituba. O Porto conta com uma linha semanal de cabotagem de contêineres, que carregam, principalmente, o arroz produzido no sul do estado. O modal de transporte tem crescido nos últimos anos. De 2017 para 2018, o crescimento em volume transportado foi de 21%. De 2018 para 2019,  a alta foi de 25%. Apenas na comparação entre o ano passado e 2019 é que houve queda, de 10,4%, motivado pela pandemia.  

 Arte: Brasil 61

Cabotagem

De acordo com estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a cabotagem responde por apenas 11% do transporte de cargas no País, ao passo em que o modal rodoviário é responsável por 65%, segundo o Ministério da Infraestrutura. Na prática, o projeto da BR do MAR visa aumentar a frota de embarcações no Brasil e flexibilizar regras no setor de modo a estimular a concorrência entre as empresas que ofertam o serviço. 

Atualmente, a cabotagem é feita pelas EBNs, as empresas brasileiras de navegação. Elas podem ter frota própria ou afretar navios. No entanto, uma operação realizada por navio com bandeira brasileira pode custar até 70% mais cara do que se fosse feita por uma embarcação estrangeira na modalidade de afretamento a tempo, que é quando uma companhia nacional contrata um navio com bandeira estrangeira.

A proposta da BR do Mar, então, visa ampliar as possibilidades de uma empresa brasileira usar o afretamento a tempo, por outras vias. A empresa brasileira poderia criar uma subsidiária no exterior e afretar dela mesma uma embarcação a tempo, o que teria um custo muito menor. Além de reduzir o preço, isso traria mais empregos a brasileiros, diminuiria a dependência do mercado marítimo externo e traria mais segurança à costa brasileira. 
 
Outro ponto importante para a diminuição de custos do transporte é a redução da alíquota do AFRMM (Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante) no longo curso de 25% para 8%. Tal medida reduziria o custo do frete de importação, em especial para os insumos importados pelo setor produtivo brasileiro.

Crescimento

Com a proposta, o Ministério da Infraestrutura quer ampliar o volume de contêineres transportados todos os anos de 1,2 milhão de TEUs (unidade equivalente a 20 pés) para 2 milhões de TEUs. Além disso, pretende aumentar em 40% a capacidade da frota marítima dedicada à cabotagem nos próximos três anos, excluindo as embarcações dedicadas ao transporte de petróleo e derivados. 

Atualmente, a cabotagem cresce cerca de 10% ao ano, quando considerada a carga transportada em contêineres, mas o ministro Tarcísio Gomes de Freitas já afirmou que o modal de transporte tem potencial para crescer perto dos 30% com as mudanças. A proposta também pode abrir espaço para novas rotas e mercados, segundo o governo. Segundo Dino Batista, diretor do Departamento de Navegação e Hidrovias, existem produtos que, hoje, não são comercializados entre regiões do País devido ao altíssimo custo logístico do transporte por rodovias, por exemplo. 

“A partir do momento em que esse produto é apresentado à cabotagem como solução logística, você viabiliza esse novo mercado. O principal é a possibilidade de criar novos mercados e possibilitar que as empresas brasileiras acessem outras regiões do País, porque os custos são mais baratos”, destacou em participação em podcast do Ministério da Infraestrutura. 

Concorrência

Desde que enviou a proposta ao Congresso Nacional, o governo trabalha para convencer os caminhoneiros de que o estímulo à cabotagem não vai prejudicar o setor. A narrativa da equipe econômica é de que a BR do Mar não é concorrente, mas parceira do modal rodoviário. 

De acordo com o governo, o aumento da demanda pela cabotagem vai aumentar a necessidade de caminhões para transportar as cargas até os portos. Além disso, a cabotagem não teria condições de competir com os principais fluxos rodoviários do País, que são intrarregionais ou para exportação, do interior ao litoral. 

FONTE: IMPRESSO CATARINENSE

Carteira de trabalho

IMAGEM: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

 

Fausto Augusto Junior, do Dieese, diz que criação de emprego é positiva, mas pode ser freada por avanço da pandemia

São Paulo – O Brasil abriu 260.353 vagas de emprego com carteira assinada em janeiro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na última terça-feira (16). No mês, o país teve 1.527.083 novas admissões e de 1.266.730 desligamentos.

Em dezembro do ano passado, o país fechou 93.726 vagas, segundo dado revisado de 67,9 mil vagas informado originalmente. De acordo com Fausto Augusto Junior, diretor técnico do Dieese, a geração de emprego é positiva, mas indica uma reconstituição do que foi perdido em 2020.

O especialista diz ainda que o avanço pode ser freado por conta do agravamento da pandemia de covid-19 nas últimas semanas. “Houve uma demissão grande em dezembro, mas também essa reorganização do emprego, em janeiro. É um número que indica um processo de recontratação no começo de 2021. No final do ano, a sensação era de normalidade e o preço estamos pagando agora. Vamos ver até que ponto esses números vão se confirmar em março, com o crescimento da covid-19 e influencia no mercado de trabalho”, disse ao jornalista Glauco Faria, da Rádio Brasil Atual, nesta quinta-feira (18).

Informalidade

Os dados do Caged consideram apenas vagas de emprego com carteira assinada no Brasil. Diante disso, Fausto diz que o melhor caminho é compará-los com a pesquisa feita pelo IBGE, que leva em conta os empregos informais. Atualmente, o país tem 13,4 milhões de pessoas na fila por um trabalho.

“A gente tem que comemorar qualquer dado positivo em relação ao emprego e, ao mesmo tempo, precisamos olhar para a economia como um todo, e ela está longe de ter números para comemorar”, afirmou o diretor técnico do Dieese.

Para o especialista, apesar do aumento nos empregos com carteira assinada, a informalidade segue em alta no Brasil. “É uma vulnerabilidade maior dos trabalhadores informais. Os conjuntos de trabalhadores, em momentos como esse, ficam sem qualquer tipo de proteção e são obrigados a enfrentar a pandemia, se arriscando, porque não tem saída. Na informalidade, os informais não têm a proteção da Previdência Social e, na pandemia, vemos o preço alto disso”, afirmou.

 FONTE: REDE BRASIL ATUAL

Ministério Público do Trabalho renova cadastro de entidades de NMT - A  Folha do Sul

No combate à pandemia e na corrida contra o tempo para salvar vidas, os ministérios públicos Federal (MPF) e do Trabalho (MPT) solicitaram informações a diversos órgãos sobre a possibilidade de reativação imediata da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), no Paraná, com objetivo de produzir oxigênio hospitalar/medicinal. Foram oficiados o Ministério da Saúde, o Governo do Paraná, a Petrobras e a Federação Única dos Petroleiros (FUP).

De acordo com informações divulgadas pela imprensa, a fábrica localizada no município de Araucária (PR) está com suas atividades suspensas. Caso reativada, ela poderia, com pequenas modificações, e utilizando apenas a metade da sua planta, passar a produzir de 350 a 750 mil metros cúbicos de oxigênio hospitalar/medicinal por dia. A produção ampliaria significativamente a capacidade de abastecimento e atendimento da demanda no Paraná e no Brasil.

 

Os órgãos acionados têm três dias, contados a partir do recebimento do ofício, para informar sobre a possibilidade de reativação imediata da Fafen-PR, com o objetivo de produzir oxigênio hospitalar/medicinal; o tempo e o custo para a adequação dos equipamentos da fábrica para essa produção, com a urgência que a situação requer; a possibilidade de readmissão imediata dos ex-empregados - tantos quantos se fizerem necessários para a produção máxima diária de oxigênio - além da identificação da capacidade máxima diária de produção de oxigênio hospitalar/medicinal após a adequação dos equipamentos.

Asfixia - O MPF e o MPT explicam que a reativação da Fafen-PR e a consequente produção de oxigênio hospitalar/medicinal pode evitar que várias vidas deixem de ser ceifadas por asfixia. “É de conhecimento geral que a falta de oxigênio no Estado do Amazonas, independentemente dos motivos que a ocasionaram, foi a responsável pela perda por asfixia de incontáveis vidas”, afirmam, acrescentando que a reabertura minimizará a situação crítica de falta de emprego, agravada com a desativação da fábrica.

Os MPs chamam atenção no documento para o aumento da procura por cilindros oxigênio hospitalar/medicinal, tendo em vista o quadro da pandemia no Brasil - com a ocupação dos leitos de UTI perto do limite e o colapso dos hospitais pela insuficiência de leitos bem como aumento da demanda para uso dos pacientes em tratamento domiciliar. “Com o caos hospitalar que, se já não aconteceu em todas as regiões do país, está prestes a acontecer em todo o território nacional – a procura por aluguel ou compra de cilindros de oxigênio e suas recargas aumentou significativamente nos últimos dias, e a tendência, com o crescimento dos casos ativos, é que essa demanda só aumente”, afirmam.

FONTE: BEM PARANÁ

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IMAGEM: PETROBRAS/FATOS E DADOS

 

  • Emenda visa impedir que empresas estrangeiras fretadoras de petroleiros detenham a possibilidade de interferir na distribuição de petróleo no território nacional. Sinaval defende amplo debate com partes envolvidas para evitar conflitos na redação final.

Uma proposta de emenda no Senado propõe a inclusão de um item no artigo 1º do projeto de lei 4.199/2020 (BR do Mar), estabelecendo que o BR do Mar não seja aplicado ao transporte de petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos produzidos no país. A proposta foi apresentada, nesta quarta-feira (17), pela equipe do senador Major Olímpio (PSL-SP), que encontra-se internado com Covid-19. Até o começo da noite desta quarta-feira (17) foram apresentadas 22 emendas ao PL 4.199/2020.

O argumento da proposição é que o incentivo promovido pelo PL da cabotagem ao afretamento de embarcações estrangeiras, para operarem no transporte por cabotagem na costa brasileira, merece atenção devido ao risco de impactos que podem surgir quando a atividade de transporte abarca cargas com elevado valor energético, no caso commodities.

A proposta insere como objetivo buscar a segurança energética contida no transporte de petróleo e derivados, evitando que empresas estrangeiras fretadoras de petroleiros detenham a possibilidade de interferir na distribuição de petróleo no território nacional, em decorrência de interesses que possam surgir durante o contrato de afretamento.

O Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) identifica conflitos das propostas na tramitação no Senado, o que potencializa o risco de o texto voltar para discussão na Câmara dos Deputados, onde foi aprovado em dezembro. O Sinaval identifica que ainda existem conflitos nas proposições que podem atrapalhar a votação. “Das 22 emendas, existem pelo menos 15 conflitos diferentes. Houve muitas emendas na Câmara e no Senado. Isso mostra que o projeto teve mais divergência que convergência e que não estava maturado para vir para o debate”, comentou o vice-presidente executivo do Sinaval, Sérgio Bacci.

Devido às medidas de distanciamento durante a pandemia, o tema não foi discutido pelas comissões do Congresso. “Está tudo muito solto. Só iremos saber o resultado quando sair o relatório”, disse Bacci. Ele teme que não haja amplo debate sobre a matéria, reunindo todas as partes envolvidas, mesmo que de forma virtual. A votação do PL no Senado está prevista para a próxima terça-feira (23).

Fonte: Portos e Navios – Danilo Oliveira

Turismo e viagem para Marmande 2021 - Férias em Marmande - Tripadvisor

IMAGEM: TripAadvisor

 

A uma hora de Bordéus, a comuna francesa de Marmande encontrou uma forma de minimizar o impacto da pandemia. Criou-se uma bolsa de trabalhadores que podem ir por empréstimo para outras empresas, sem perder o vínculo original.

É o caso de Laurent de Conti, operador de maquinaria pesada numa fábrica aeronáutica, que está emprestado numa empresa de compotas. "Vamos voltar, mais dia menos dia, e enquanto eu estiver aqui, é menos um fardo para o meu patrão. É uma troca de boas práticas: ele deu-me uma oportunidade, por isso estou a retribuir-lhe," diz Laurent, empregado emprestado pela CSA à Lucien Georgelin.

 O patrão da empresa de construção de estruturas aeronáuticas considera que este modelo é prova de boa gestão. Jerôme Cruzet sabe quanto custa encontrar a equipa certa.
 

"Estive 7 a 8 anos a contratar, a encontrar as pessoas certas, a treiná-las. Portanto, dispensá-las agora porque temos uma crise que durará alguns meses, talvez um ano, seria realmente muito má gestão", explica.

A ideia que começou em Marmande não é nova. A forma e os setores onde foi aplicada é que foram novidade. Ghislaine Héreu, diretora da unidade "Apoio às Empresas" de Lot-et-Garonne, salienta: "Este empréstimo de trabalhadores já existia nalguns setores de atividade, como a agricultura, mas o que queríamos fazer era multiatividades".

Na região diz-se que este é um modelo de win-win-win - ou de triplo proveito. Ganham as duas empresas e o trabalhador.

FONTE: EURO NEWS

Promo image for world shutdown story

IMAGEM: BBC

Fórum das Centrais Sindicais anunciou um "lockdown da classe trabalhadora" na próxima quarta-feira (24). Paralisação de 24h é em defesa da vida, ampliação da vacinação, auxílio emergencial de R$ 600, empregos e contra as privatizações do governo Bolsonaro

O Fórum das Centrais Sindicais, que reúne dirigentes de todas as regiões do país, anunciou esta semana um "lockdown da classe trabalhadora" na próxima quarta-feira (24). A ideia é cruzar os braços por 24h em defesa da vida, por vacinas, auxílio emergencial de R$ 600, empregos e contra as privatizações do governo Bolsonaro.

A convocatória ocorre no auge da pandemia de covid-19 no Brasil, que ultrapassou a média de 2 mil mortes por dia.

A ideia do protesto simbólico surgiu a partir do calendário da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que já previa um Dia Nacional de Lutas na próxima quarta. A proposta foi abraçada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e pelas demais centrais.

 As entidades que convocam o "lockdown" preparam um manifesto nacional, que será divulgado nos próximos dias.

"O agravamento da pandemia exige uma resposta contundente ao desgoverno Bolsonaro e ficar em casa, sem trabalhar, mesmo se o trabalhador estiver em home office é a ação que mais vai atingir o presidente, um negacionista que briga com os governadores que adotam medidas de restrição de circulação para conter a propagação do vírus", diz texto divulgado pela CUT.

“Um lockdown de, no mínimo, 24 horas é para ficar em casa, é um dia de reflexão sobre o que acontece no Brasil. É pela vida, pela vacina, é para que o país mude seu rumo. Estamos perto de chegar a 300 mil mortes e, segundo especialistas, se até o início do inverno 80% da população não estiver vacinada será o caos no Brasil”, afirma o presidente da central, Sérgio Nobre. 

Até a última quarta-feira (17), o Brasil registrou 284,7 mil óbitos por covid-19.

FONTE: Brasil de Fato 

portos do Arco Norte

IMAGEM: Wiilson, Sons

Para Thomé Guth, da Conab, opções de saída aumentam e vão exigir novos investimentos

A melhora no ritmo de colheita da soja e a elevação do valor do diesel esquentaram os preços do frete nas últimas semanas nas regiões produtoras de grãos.

Em janeiro, o valor médio do transporte de uma tonelada de soja de Sorriso (MT) a Santos (SP) custava R$ 300. Subiu para R$ 350 em fevereiro, e já está em R$ 375 neste mês, uma alta de 25% no ano.

A aceleração foi ainda maior no percurso de Sorriso a Miritituba (PA), a chamada saída pelo Arco Norte. O valor da tonelada saiu de R$ 160 em janeiro para R$ 230 em fevereiro. Atualmente está em R$ 250, com evolução de 56% no período.

Thomé Luiz Freire Guth, superintende de logística operacional da Conab (Companhia de Nacional de Abastecimento), afirma que há uma tendência maior de saída pelos portos do Norte.

 

A saída das exportações de grãos de Mato Grosso, principal produtor nacional, já é maior pelos portos do Arco Norte do que pelos do Sudeste e do Sul.

Essa tendência é uma viagem sem volta. As novas opções trazem ganho para o produtor, reduzem tempo para exportadores e geram a necessidade de maiores investimentos, principalmente pela iniciativa privada, segundo Guth.

Para ele, o cenário será ainda melhor quando o país passar a utilizar o Canal do Panamá para atingir a Ásia. Já estão sendo feitos estudos, e alguns portos terão de se adaptar à chegada de navios maiores, de até 100 mil toneladas.

Um dos poucos com calado suficiente para esses navios é o porto de Itaqui, que deverá ganhar ainda mais importância com a ligação de alguns ramais da malha Norte-Sul, afirma o superintendente.

Esses novos caminhos impactam no custo logístico e na paridade do produto. Há cinco anos, a referência de preços de saída das exportações era Santos e Paranaguá (PR). Hoje é Miritituba (PA) e Santarém (PA), afirma.

Essa nova dinâmica de mercado gera um custo logístico menor. As exportações de milho, por exemplo, podem ter uma redução de até R$ 7,2 por saca, quando o produto sai por esses novos portos e não por Santos.

“É um impacto logístico significativo e dá uma nova precificação ao mercado”, afirma o superintendente.

A utilização do Canal do Panamá trará benefícios ainda maiores. Estudos indicam que poderá haver uma redução de 35% nos fretes da região para importadores da Ásia. Além disso, haveria uma redução também nos preços dos fertilizantes importados, afirma Guth.

FONTE: FOLHA DE S.PAULO