IMAGEM: TRANSPORTES&NEGÓCIOS

 

A International Shipbreaking, parte do grupo EMR Metal Recycling, obteve a certificação EU Ship Recycling Regulation (EU SSR) para sua unidade em Brownsville, Texas, depois de investir US$ 30 milhões em infraestrutura.

A unidade de Brownsville é a primeira unidade de desmantelamento de navios dos Estados Unidos a obter esse credenciamento.

A International Shipbreaking recicla navios e estruturas marítimas desde 1995.

FONTE: PORTOS&NAVIOS

 

Seringa e medicamento

GETTY IMAGES

Segundo Claudia Osorio, pesquisadora da Fiocruz, hoje o Brasil produz apenas 5% do IFA utilizado no país

Um dos fatores que explica o ritmo lento da vacinação contra a covid-19 no Brasil é a escassez do IFA, o ingrediente farmacológico ativo necessário para a produção das doses. Mas por que o país não tem insumo suficiente para imunizar a população de forma rápida e independente? Segundo Claudia Osorio, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz), alguns são os fatores que explicam a atual situação. 

Apesar de ser referência mundial em sistemas de imunização, em grande parte devido ao Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil hoje é dependente de insumos estrangeiros, dos mais básicos aos mais complexos, e carece de investimentos em pesquisas, estrutura e tecnologia para se tornar independente do mercado externo de medicamentos e insumos. 

Para se ter uma ideia do quadro acima, segundo Osorio, os números mostram que há cerca de 40 anos o Brasil conseguia produzir 50% de IFA utilizado em território nacional. Hoje, a taxa já diminuiu para apenas 5%.

Nas palavras de Claudia Osorio, “o desempenho dos laboratórios ficou aquém daquilo que seria esperado desde sempre. Eles não conseguiram fazer frente por dificuldades de investimentos e outras questões contingenciais e contextuais que não favoreceram esses laboratórios a tornarem o Brasil independente em termos de insumos farmacêuticos ativos e medicamentos”. Como consequência, o país se tornou “grandemente” dependente de outros países, principalmente a China.

Ainda que o Brasil conte, por exemplo, com o papel desenvolvido pela Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil (ALFOB) – associação civil que tem como objetivo o fortalecimento do conjunto dos laboratórios oficiais, bem como a valorização da rede de produtores públicos –, “com a missão de justamente suprir o país de medicamentos essenciais, de acordo com as prioridades sanitárias”, afirma Osorio, “a gente infelizmente ainda não tem essa independência, ainda que relativa, de insumos farmacêuticos e medicamentos”.

A pesquisadora explica que os laboratórios públicos estão sempre dependentes de investimentos externos aos próprios para conseguirem se desenvolver. “Os laboratórios lutam com isso, porque foram constituídos como empresas públicas, mas precisam ter retorno, lucro. Então é uma dificuldade: tem de produzir de forma barata, o que não traz retorno, mas que é necessário. Ao mesmo tempo não têm, todos, os avanços em tecnologia para produzir aquilo que eles pudessem competir no mercado”, explica a pesquisadora.

Outro fator que explica, em parte, o cenário atual é a implementação da legislação sobre patentes, ainda na década de 1990. Diferente de outros países, como a Índia, o Brasil lançou mão do período de 10 anos para ajustar o parque nacional de medicamentos e insumos farmoquímicos antes de ser obrigado a reconhecer as patentes. Ao contrário, aderiu imediatamente aos acordos. 

O único caminho, ainda que longo e intrincado, é de desenvolvimento em pesquisa e estrutura. “Precisamos modernizar essas instituições de todas as formas, não só gerenciamento, mas fazê-los como centros de pesquisa e desenvolvimento para que possam, não receber de baixo para cima alguma coisa imposta e inserida nos seus contextos, mas se desenvolver como grandes polos de pesquisa, inovação e medicamentos”, afirma Osorio.

Para a pesquisadora, seguir esse caminho não é necessário apenas devido ao quadro estabelecido após a pandemia de covid-19, mas porque outras dificuldades continuarão aparecendo. Em suas palavras, sem ou com pandemia, o país precisa diminuir a dependência externa daquilo que é “essencial para a sobrevivência da população brasileira”.

Edição: Rebeca Cavalcante

FONTE: BRASIL DE FATO

Cientistas estudam variações do coronavírus

Foto: Phil Noble/Reuters

 

Queda acelerada em outros países

Brasil tem média superior a 1.000

A média móvel de mortes por covid-19 está em trajetória de alta no Brasil. O indicador está acima da marca de 1.000 mortes diárias desde 20 de janeiro. Nas outras 9 nações com mais vítimas do coronavírus, o que acontece é o oposto. Os dados foram compilados até 3ª feira (2.mar).

Se considerados os números de 2 de fevereiro a 2 de março, o Brasil foi o único país em que a média móvel de mortes de 7 dias cresceu.

Nessa 4ª feira (3.mar), de acordo com o monitor Worldometer, o Brasil foi o país que registrou o maior número de mortes pela doença em todo o planeta, com o total de 1.910.

Uma das explicações para a alta no número de mortes causadas pela doença é o Carnaval. Neste ano, o feriado teve início em 13 de fevereiro. A média móvel, à época, era de 1.070 mortes. Bateu 1.262 na 3ª (2.mar).

O número de casos aumentou significativamente após o feriado. Segundo dados do Ministério da Saúde, a média móvel de novos casos de covid-19 no Brasil subiu 21% duas semanas após o Carnaval. No dia 13 de fevereiro, o número era de 44.566 notificações diárias. Já nesta 2ª feira (1º.mar.2021), a média móvel era de 54.076 novos doentes por dia.

A análise compara a média móvel de novos casos nas datas comemorativas e depois de duas semanas. Especialistas afirmam que existe maior probabilidade de transmitir o vírus até 14 dias depois de ser infectado.

A maioria dos Estados cancelou folgas no Carnaval e manteve o funcionamento do serviço público no feriado, mas aglomerações foram registradas em diversas praias pelo país, e estabelecimentos foram interditados.

QUEDA ACELERADA

A maior parte dos países que, ao lado do Brasil, compõem o grupo dos 10 com o maior número de mortes por covid-19, têm experimentado uma queda acelerada no número de mortes.

Nos EUA, a média móvel de mortes era de 3.327 por dia em 26 de janeiro. Já nesta 3ª feira, foi de 1.986. No México, foi de 1.312 para 768 no mesmo período. No Reino Unido, de 1.245 para 285.

Ainda não está claro qual o principal motivo para a queda no número de óbitos pela doença nessas nações. Um dos fatores pode ser o início da vacinação em massa.

Os Estados Unidos são o país que mais administrou doses de vacinas até agora: 50,7 milhões de pessoas já receberam ao menos a 1ª injeção. O número corresponde a 15% da população do país. Os números foram atualizado até as 19h24 de 3ª feira (2.mar).

O Reino Unido aplicou a 1ª dose da vacina contra o coronavírus em pouco mais de 20 milhões de pessoas até 2ª (1º.mar). O governo pretende que todos os adultos do país recebam pelo menos a 1ª dose até o final de julho.

FONTE: PODER 360

 


IMAGEM: CORREIO DE MINAS

 

No novo programa de redução de jornada e de salários em estudo pelo governo, o trabalhador deverá receber uma espécie de antecipação do seguro-desemprego. Porém, se for posteriormente demitido sem justa causa, o funcionário só terá direito ao valor total do benefício após cumprir um período de carência.

O requisito de tempo mínimo para renovar o direito ao seguro-desemprego ainda não foi definido, mas deverá depender do valor a ser antecipado durante o período de redução salarial em 2021 e de qual foi a última vez em que o trabalhador solicitou o benefício.

No ano passado, o governo lançou o programa emergencial de manutenção do emprego e da renda, que ampliou as possibilidades para que empresas reduzissem a jornada de trabalho e, consequentemente, os salários.

O programa permitia a suspensão de contratos de trabalho ou reduções de 25%, 50% ou 70% nas jornadas, com corte proporcional de salário. Em compensação, o Tesouro Nacional pagava um benefício emergencial ao trabalhador afetado.

 

A medida foi idealizada para reduzir custos dos empresários num momento de crise econômica provocada pela Covid-19 e ajudou a conter as demissões no mercado formal, de acordo com o governo e especialistas.

Para 2021, o Ministério da Economia quer reformular esse modelo para reduzir o custo do programa para o Tesouro. Por isso, a ideia é propor o uso de recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), que paga o seguro-desemprego.

A ideia inicial do ministro Paulo Guedes (Economia) era que o programa tivesse uma engenharia financeira que gerasse impacto zero para o Tesouro Nacional.

Em boa parte, o plano era adiantar as cotas de seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito em caso de uma eventual demissão para compensar (ao menos parcialmente) o corte de salário feito pela empresa durante o período da crise.

Na visão que Guedes vinha externando a interlocutores, era melhor pagar uma quantia para o trabalhador permanecer empregado do que um valor maior quando ele estivesse desempregado. Por isso, a medida passou a ser chamada informalmente de "seguro emprego".

Agora, técnicos do Ministério da Economia explicam que a antecipação do valor não significa que o trabalhador perderá o direito ao seguro-desemprego caso seja demitido no futuro.

Segundo o modelo estudado, como o emprego será mantido mesmo durante a crise da Covid-19, o trabalhador, em caso de demissão futura, poderá novamente sacar o seguro-desemprego, mas, para isso, terá que cumprir uma carência.

O impacto nas contas do FAT, portanto, poderá ocorrer duas vezes no mesmo contrato de trabalho, mas em diferentes períodos --um durante o corte de jornada e outro em caso de desligamento no futuro.

O uso de recursos do FAT é uma opção negociada entre o Ministério da Economia e líderes do Congresso para reduzir o custo do programa.

No entanto, líderes governistas já admitem que há pressão no Congresso para que o programa de corte seja relançado nos mesmos moldes do ano passado --com compensação ao trabalhador bancada pelo Ministério da Economia.

Para se reduzir o total de recursos reservados para os programas anticrise, chegou-se a discutir a viabilidade de somente um conjunto de setores mais afetados pela Covid-19 serem contemplados com a possibilidade de aderirem à redução de jornada e corte de salários.

Mas, diante das incertezas da pandemia no país novamente neste ano, a ideia vem sendo deixada de lado.

Segundo dados oficiais, quase 10 milhões de trabalhadores tiveram jornada e salário reduzidos ou contrato de trabalho suspenso temporariamente no ano passado. Cerca de 1,5 milhão de empresas aderiram ao programa.

O BEm (Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda) foi o terceiro programa que mais teve recursos liberados para combater a Covid-19 e seus efeitos (atrás do auxílio emergencial e dos repasses a estados e municípios) no ano passado.

 

Foram R$ 51,5 bilhões liberados, mas apenas R$ 33,5 bilhões executados em 2020. A explicação para a diferença é que a equipe econômica quis garantir o máximo de recursos para os pagamentos.

Para isso, considerou uma adesão de 73% de todos os trabalhadores formais do país, baseado na tese de que os outros 27% eram de segmentos considerados essenciais e não seriam afetados pela crise.

Depois disso, na visão do ministério, a retomada das atividades e a reação da economia fizeram a demanda ser menor do que a imaginada. "O total de acordos realizados foi, portanto, abaixo do necessário, o que ocasionou a não utilização total do orçamento inicialmente previsto", afirmou o Ministério da Economia, em nota.

Mas empresários ainda pedem a volta da possibilidade de usar o programa neste ano e chegam a classificar a situação como urgente.

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

Organização Marítima Internacional – Wikipédia, a enciclopédia livre

Entra em em vigor em 1º de abril de 2022 alterações ao Anexo VI da MARPOL adotadas na 75ª sessão do Comitê de Proteção do Meio Marinho da Organização Marítima Internacional (IMO) (MEPC 75) em novembro de 2020, sobre controle da qualidade de bunker.

Pela norma, fica determinada a introdução de um método de amostragem de óleo combustível de tanques de óleo combustível de navios para verificar o teor de enxofre. Como resultado do método introduzido, os armadores e os oficiais a bordo dos navios devem estar preparados para lidar com possíveis pedidos do Controle do Estado do porto (PSC) para amostragem dos tanques de combustível dos navios e não apenas da linha de óleo combustível entre o tanque de serviço e motores auxiliares.

FONTE: PORTOS&NAVIOS

Madrid Maersk

 

A Maersk, maior empresa de logística de contêineres terrestres e marítimos do mundo, espera que o comércio mundial cresça 3% ou mais em 2021. O armador vê o comércio global se recuperar, embora ainda há muita incerteza sobre o tamanho do impacto da Covid-19 na economia mundial em 2021.

Neste cenário, a companhia diz implementar uma estratégia global que a posiciona para o crescimento em diversos países, incluindo o Brasil.

"Para dar o pontapé inicial em 2021 no Brasil, a Maersk começou a oferecer serviços de frete aéreo em janeiro", conta Douglas Piagentini, diretor comercial da Maersk East Coast South America. "Estamos construindo nossa rede intermodal, seja para transportar mercadorias por terra, mar ou por via aérea. Outra área de crescimento é a de serviços digitais para empresas de médio e pequeno porte, oferta que tem se mostrado muito útil durante a pandemia. Entretanto, alavancar a logística no Brasil é um desafio na frente regulatória", afirma Piagentini.

O executivo diz em nota: "Oferecer aos clientes da indústria, agronegócio ou do varejo a oportunidade de reservar contêineres, obter cotações de preços fixos e rastrear mercadorias online faz parte da nossa filosofia de simplificar, conectar e possibilitar o comércio para nossos clientes. Queremos tornar a movimentação de um contêiner tão fácil quanto enviar uma carta pelo correio ou comprar alimentos. Para chegar lá, precisamos da ajuda dos reguladores para reduzir o impacto da burocracia e o número de agências reguladoras envolvidas no envio de um contêiner".

No Brasil, o transporte de mercadorias via contêiner envolve o cumprimento das exigências regulatórias de cerca de 30 agências.

FONTE: PORTOS&NAVIOS

 

Setor portuário deve movimentar mais de R$ 30 bilhões até 2022

 Foto: Ministério da Infraestrutura

 

Crescimento de 4,2% em relação a 2019

Santos (SP) manteve a primeira posição

O setor portuário brasileiro movimentou 1,152 bilhão de toneladas em 2020. O número representa crescimento de 4,2% na comparação com 2019, segundo os resultados do Estatístico Aquaviário divulgado nesta 2ªfeira (1.mar.2021), pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).

Na avaliação do diretor-geral da agência, Eduardo Nery, o resultado deve ser celebrado, considerando o fato de 2020 ter sido um ano marcado pela pandemia. A mesma opinião tem o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. “Conseguimos apresentar respostas depois de um ano tão difícil”, disse.

“Era necessário manter nossos portos e transporte funcionando. Esse foi um dos grandes desafios de 2020. Esse desafio foi plenamente atendido, Conseguimos enfrentar a pandemia, com a logística funcionando. Por isso é muito gratificante ver esse resultado, que mostra nossa capacidade de antecipação dos problemas”, acrescentou Freitas.

De acordo com o levantamento, os TUPs (terminais de uso privado) movimentaram 760 milhões de toneladas, enquanto os portos organizados movimentaram 391 milhões de toneladas. Se o recorte abranger o período entre 2010 e 2020, o crescimento na movimentação de cargas nos portos privados chegou a 39,9%, enquanto o de portos organizados ficou em 31,6%.

A Antaq apresentou um ranking da movimentação de cargas nos terminais arrendados dos portos em 2020. Santos, no litoral paulista, manteve a primeira posição, com movimentação de 114,4 milhões de toneladas (aumento de 7,7%, na comparação com 2019), seguido do Porto de Paranaguá, no Paraná, com 52,1 milhões de toneladas movimentadas (crescimento de 7,5%) e Itaguaí, no Rio de Janeiro, que movimentou 45,7 milhões de toneladas (aumento de 5,9%).

O ranking de movimentação nos terminais de uso privado (TUPs) foi liderado pelo Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA), que movimentou 191 milhões de toneladas, tendo como principal produto o minério de ferro. O Terminal Aquaviário de Angra dos Reis (RJ) ficou em segundo lugar, com movimentação de 60 milhões de toneladas, tendo como carga principal a de petróleo e derivados; e em terceiro lugar o Terminal de Tubarão, no Espírito Santo, com movimentação de 56 milhões de toneladas que teve, como principal produto, o minério de ferro.

“As informações trazem que, em relação aos granéis sólidos, 688,9 milhões de toneladas foram movimentadas em 2020, um crescimento de 1,2%. Sobre os granéis líquidos, foram movimentados 289,5 milhões de toneladas, com crescimento de 14,8%. A movimentação de contêineres registrou 118,2 milhões de toneladas (+ 1,1%). Em relação à carga geral solta, foram 54,2 milhões de toneladas movimentadas em 2020, um decréscimo de 0,3%, comparando-se com 2019”, informou a Antaq.

“Conteineres, que é o setor mais afetado pela pandemia, teve ligeiro crescimento [1,1%], o que deve ser celebrado porque se esperava resultado negativo”, disse Eduardo Nery.

CARGAS

A carga mais movimentada foi o minério de ferro, com um total de 356 milhões de toneladas movimentadas. Em segundo lugar está a de petróleo e derivados, com 262 milhões de toneladas, seguida dos contêineres, que totalizaram 118,2 milhões de toneladas. A soja ficou em quarto lugar, com 104,2 milhões de toneladas movimentadas.

“O maior destaque, sob o aspecto do perfil de cargas, foi o dos granéis líquidos, com crescimento de 14,8% em relação ao ano de 2019, demonstrando o vigor do pré-sal. Também foram destaque as movimentações de exportação de óleos brutos de petróleo, que atingiram o crescimento de 18,8%”, detalha o levantamento.

Segundo o gerente de Estatística e Avaliação de Desempenho da Antaq, Fernando Serra, o crescimento na movimentação portuária em pleno período de pandemia se deve ao interesse estrangeiro pelas commodities, em especial minério de ferro, soja, milho e insumos para o plantio das safras. “Essas cargas têm grande peso no resultado do crescimento da movimentação. Elas não sofreram com a covid-19, pois os contratos de exportação são feitos no longo prazo, fazendo com que os embarques dessas mercadorias sejam contínuos, mesmo com a situação da pandemia”, disse.

“Por outro lado, os granéis líquidos (em especial petróleo e derivados) foram os que mais cresceram na movimentação total brasileira. Com 14,8% de crescimento, puxaram o valor de 4,2%, observado no crescimento geral da movimentação de cargas no Brasil. Houve aumento nas exportações de petróleo e na cabotagem do pré-sal. Todos esses movimentos não se sujeitaram aos problemas causados pela covid-19”, acrescentou Serra.

 FONTES: PODER 360/AGÊNCIA BRASIL

 
 
Análise divulgada pela Fiocruz

Análise divulgada pela Fiocruz

Dados alarmantes, diz fundação

Hospitais estão sobrecarregados

Pela 1ª vez desde o início da pandemia, todas as regiões brasileiras registram piora nos indicadores da covid-19 ao mesmo tempo, segundo boletim divulgado nessa 3ª feira (2.mar.2021) pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Até então, cada Estado apresentava um estágio diferente da evolução da doença.

Dezoito Estados e o Distrito Federal têm taxa ocupação de leitos de UTI para covid-19 acima de 80%. Desses, 10 estão com taxa de lotação acima de 90%.

“Os dados apresentados, embora alarmantes, constituem apenas a ponta de um iceberg de um patamar de intensa transmissão no país”, diz trecho do boletim (íntegra – 28 MB).

A Fiocruz alerta que a sobrecarga do sistema de saúde é uma preocupação desde o início da pandemia, mas que a situação se agravou desde janeiro.

Por trás dos dados “estão dificuldades de resposta de outros níveis do sistema de saúde à pandemia, mortes de pacientes por falta de acesso a cuidados de alta complexidade requeridos, a redução de atendimentos hospitalares por outras demandas, possível perda de qualidade na assistência e uma carga imensa sobre os profissionais de saúde”, diz a fundação. “A possibilidade de ampliação de leitos de UTI existe, mas não é ilimitada”, completa.

De acordo com a Fiocruz, das 27 capitais estaduais, 20 têm taxa de ocupação de leitos de UTI superior a 80%:

  • Porto Velho (100%);
  • Florianópolis (98%);
  • Curitiba (95%);
  • Goiânia (95%);
  • Teresina (94%);
  • Natal (94%);
  • Rio Branco (93%);
  • Manaus (92%);
  • Campo Grande (93%);
  • Fortaleza (92%);
  • São Luís (91%);
  • Brasília (91%);
  • Rio de Janeiro (88%);
  • João Pessoa (87%);
  • Palmas (85%);
  • Cuiabá (85%);
  • Belém (84%);
  • Salvador (83%);
  • Boa Vista (82%); e
  • Porto Alegre (80%).

Além da ocupação de leitos, a Fiocruz analisou também o crescimento do número de casos e de mortes e altos níveis de incidência de SRAG (síndrome aguda respiratória grave).

“Os dados consolidados para o país confirmam a formação de um patamar de intensa transmissão da covid-19.”

“Estamos diante de novos desafios e de um novo patamar, exigindo a construção de uma agenda nacional para enfrentamento da pandemia, mobilizando os diferentes poderes do Estado brasileiro (Executivo, Legislativo e Judiciário), os diferentes níveis de governo (municipais, estaduais e federal), empresas, instituições e organizações da sociedade civil (de nível local ao nacional)”, afirma a Fiocruz.

A fundação lista uma série de medidas que considera necessária. Entre elas:

  • reconhecimento legal do estado de emergência sanitária;
  • viabilização de recursos extraordinários para o SUS (Sistema Único de Saúde);
  • ampliação da capacidade assistencial, incluindo mais leitos clínicos e de UTI para covid-19 e a proteção, capacitação e valorização dos profissionais de saúde;
  • aceleração da vacinação;
  • aprovação de um Plano Nacional de Recuperação Econômica, com o retorno imediato do auxílio emergencial e de políticas sociais de proteção aos mais pobres e vulneráveis;
  • manutenção de medidas preventivas como distanciamento físico e uso de máscaras;
  • adoção de medidas mais rigorosas de restrição da circulação e das atividades não essenciais, de acordo com a situação epidemiológica e capacidade de atendimento de cada região.

PIOR DIA DA PANDEMIA: 1.641 MORTES

O Brasil registrou 10.646.926 casos de covid-19 e 257.361 mortes até as 20h dessa 3ª feira (2.mar.2021). São 59.925 diagnósticos e 1.641 vítimas a mais que no dia anterior, de acordo com o Ministério da Saúde.

O país nunca tinha registrado um número tão alto de mortes em 24 horas. A máxima anterior foi em 29 de julho, com 1.595 notificações. Naquela data, São Paulo divulgou 2 dias de dados represados.

O Brasil tem atualmente taxa de 1.206 mortes por milhão de habitantes. O Poder360 cruzou dados do Ministério da Saúde com a estimativa populacional para 2021 divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

FONTE: PODER 360

 

 Charge

Em um comunicado emitido nesta segunda-feira (1º), as Centrais Sindicais - CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB - apoiaram as iniciativas dos governadores e prefeitos que têm garantido o isolamento social para evitar a propagação da covid-19 e evitar que os sistemas de saúde se esgotem. No documento, as centrais também reivindicam a extensão do auxílio emergencial no país.

"Continuamos afirmando que é necessário esclarecer a população para a urgência do isolamento - "Fique em Casa" -, sobre o uso correto de máscaras e dos protocolos de proteção. Exigimos que o Congresso Nacional aprove imediatamente a retomada do Auxílio Emergencial no valor de R$ 600,00 enquanto durar a pandemia e das medidas de proteção dos salários e dos empregos."

Na visão das Centrais Sindicais, os custos econômicos do isolamento e da vacinação serão compensados com a segurança das pessoas, evitando mortes e investimentos em uma retomada futura de atividades com segurança sanitária. O grupo sindical reforça a importância do plano de vacinação e do fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

O documento assinado pelos presidentes sindicais também denunciam a "descoordenação das políticas públicas de vacinação" e de proteção sanitária e econômica adotadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Para as Centrais Sindicais, a atitude seria um ato intencional da gestão.

"Estratégia que conduz o país para as mais de 250 mil mortes, que não param de crescer, ao agravamento da crise sanitária, à insegurança social e a uma gravíssima crise econômica, inúmeras práticas que caracterizam responsabilidade e crimes no exercício do cargo."

Secretários de Saúde assinam carta sobre 'pior momento da crise sanitária' Uma carta foi assinada pelos secretários estaduais de Saúde alegando que o Brasil atravessa o 'pior momento da crise sanitária' provocada pela covid-19. O documento também faz um apelo para que as medidas de restrição sejam ampliadas com o intuito de evitar um colapso em todo o sistema de saúde nacional.

ssinado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que reúne 27 gestores da área, o texto é endereçado à "população brasileira" e pede toque de recolher nacional das 20h às 6h, além de suspensão das aulas presenciais e lockdown em áreas que tenham ocupação de leitos de covid-19 acima de 85% com tendência de elevação dos casos fatais pela doença. 

FONTE: UOL S.PAULO

 

IMAGEM: Divulgação/Porto de Santos

 

A Marinha do Brasil deu aprovação ao Porto de Santos para receber navios de 366 metros de comprimento, os maiores navios fazendo escala na Costa Leste da América do Sul.

Atualmente, o porto recebe navios de até 340 metros de comprimento, com capacidade para cerca de 9.000 TEU (contêiner padrão Twenty-foot Equivalent Unit ou Unidade Equivalente a 20 pés), enquanto o novo tamanho máximo de desembarque de navios permitirá ao maior porto do Brasil movimentar navios de 14.000 TEU.

A Autoridade Portuária de Santos (SPA) trabalhou com a Pilotagem de São Paulo e a Universidade de São Paulo (USP) para estudar os planos de manobrabilidade, interação hidrodinâmica e atracação, comprovando a viabilidade do tráfego dessas embarcações no canal de navegação.

Os pesquisadores utilizaram simulações matemáticas em que o cenário atual do canal, com profundidade de 15 metros, e um cenário futuro, com profundidade de 17 metros, eram viáveis ​​para navios de até 15.000 TEU.

O maior movimento de contêineres no complexo portuário santista está no horizonte com a previsão de ampliações dos terminais existentes e o planejamento da destinação de outras duas áreas, em Saboó, na margem direita, uma para o terminal portuário e outra para o back port.

A autoridade portuária espera ainda que a carga fique concentrada em Santos por conta do BR do Mar, projeto do Ministério da Infraestrutura para incentivar a cabotagem.

Excluindo o BR do Mar, o crescimento esperado é de 3,3% ao ano para carga conteinerizada, gerando um aumento de 4,4 milhões de TEU atualmente para 7,9 milhões de TEU em 2040, conforme projetado no plano de desenvolvimento e zoneamento do porto (PDZ).

Em janeiro, o porto movimentou 374,1 mil TEU, o que representa um aumento de 11% em relação ao mesmo mês do ano passado.

 

FONTE: Container Management

 

O vice-presidente, Hamilton Mourão - Isac Nóbrega/PR

Imagem: Isac Nóbrega/PR

 

Com a alta de casos e mortes pelo novo coronavírus, o vice-presidente Hamilton Mourão avaliou nesta segunda-feira, 1º, que a única forma de conter a pandemia da covid-19 é vacinar a população. Outras ações, na visão do vice-presidente, são “paliativas”. Mourão, contudo, afirmou que governadores e prefeitos devem tomar as medidas que julgarem necessárias para impedir a disseminação do vírus.

 “Cada gestor, seja governador, seja prefeito, toma as medidas que julgar necessárias para impedir que a doença se alastre e ele não tenha condições de tratar as pessoas. Então é isso que está acontecendo”, avaliou Mourão. Nas últimas semanas, gestores locais anunciaram medidas mais duras para conter o avanço da covid-19, como fechamento de atividades não essenciais e a suspensão de aulas presenciais.

O vice-presidente disse que a adesão a medidas restritivas por parte da população é uma situação “complicada”. Ele citou que a “população se cansou antes do tempo” por conta de ações de restrição tomadas anteriormente. “Na realidade, rapaz, a única saída para conter a pandemia é vacinar todo mundo. O resto tudo é paliativo. Então, a saída é a gente conseguir ir vacinando todos aí e consequentemente nós teremos condições de ter uma vida normal”, declarou.

Mourão criticou ainda a parcela jovem da população que não seguiu orientações contra aglomerações durante a pandemia. “Tem uma parcela da população que não consegue ficar dentro de casa, não aguenta ficar dentro de casa. Tem a turma jovem que vai para festa, aí fica todo mundo aglomerado na festa, depois encontra o pai, a mãe, o avô, a avó”, disse.

“O mais novo na maioria das vezes não tem sintoma, mas ele continua transmitindo. Então, são os problemas que cada gestor tem que buscar impedir para que determinados tipos de atividades ocorram”, concluiu.

FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO