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IMAGEM: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

 

“A depender do que acontece no cenário internacional, qualquer soluço no mundo vira tsunami aqui no Brasil”, disse o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior

Isolado internacionalmente, o Brasil não conta com as ferramentas de outrora para reagir a turbulências no mercado internacional. Nesta quarta-feira (29), as principais bolsas do planeta fecharam em queda, arrastando também o mercado brasileiro. Diante das incertezas em relação à recuperação da economia dos Estados Unidos e com a alta dos derivados do petróleo, que afetam todos os demais países, os brasileiros sofrem com a alta generalizada dos preços.

Para o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, falta ao Brasil um projeto autônomo de desenvolvimento. Em entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual, nesta quinta (30), ele relacionou as flutuações nos mercados internacionais ao receio de que as economias centrais cresçam menos do que o esperado.

“No mundo, as coisas não estão correndo tão bem como muita gente imaginava. A conta da pandemia não vai sair barata. É um cenário internacional bastante delicado, de muita insegurança ainda. No Brasil, estamos bem longe de construir pontes efetivas para sair deste momento”, afirmou.

“Ou seja, a depender do que acontece no cenário internacional, qualquer soluço no mundo vira tsunami aqui no Brasil. É o que nós estamos assistindo agora”, acrescentou.

Custo da crise

Diante dessas incertezas, além da alta do petróleo, o Brasil enfrenta a desvalorização do real frente ao dólar. É o que explica a alta dos preços, principalmente dos combustíveis e dos alimentos. “Quem paga o preço, principalmente, são os mais pobres”, destacou Fausto

Nesse sentido, ele afirmou que a decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros (a Selic) contribui para o “esfriamento” ainda mais acentuado da economia brasileira. A elevação dos juros não tem o efeito pretendido sobre a inflação. Também não serve para atrair investimentos externos, dada a degradação da imagem do país no cenário internacional. A principal consequência é o encarecimento do crédito para famílias e empresas.

Debilidades

Para reagir à crise internacional de 2008/2009, o governo Lula apostou no fortalecimento do mercado interno. Bancos públicos baratearam o crédito para estimular o consumo, mantendo assim os níveis de emprego. Desde 2016, e principalmente agora, durante o governo Bolsonaro, a aposta é em reformas ultraliberais, que fragilizaram ainda mais o mercado de trabalho.

Além disso, no plano internacional, optou-se por um maior alinhamento à economia estadunidense, em vez do multilateralismo adotado no período anterior, segundo Fausto. Com isso, o Brasil vem enfrentando dificuldades, como nas negociações do Mercosul com a União Europeia. Também perdeu protagonismo em organismos internacionais como o G20, e enfraqueceu as relações com o bloco dos Brics.

 

FONTE: DIEESE

 

Desemprego passou de 15,1% para 13,7% entre março e junho

IMAGEM: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

 

A taxa de desemprego no país caiu para 13,7% no trimestre fechado em julho, uma redução de 1 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em abril (14,7%). Na comparação com o trimestre encerrado em julho de 2020, houve estabilidade (13,8%).

Apesar da diminuição na taxa, o país ainda soma 14,1 milhões de pessoas na fila em busca de um trabalho. O número representa queda de 4,6% em relação ao trimestre terminado em abril (14,8 milhões de pessoas), mas aumentou 7,3% ante o trimestre (mais 955 mil) ante o trimestre de 2020 (13,1 milhões de pessoas).

Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O indicador usa trimestres móveis, que não correspondem necessariamente ao primeiro, segundo, terceiro e quarto trimestres do ano.

De acordo com o IBGE, a queda na taxa de desemprego foi influenciada, principalmente, pelo aumento no número de pessoas ocupadas (89 milhões), que avançou 3,6%, com mais 3,1 milhões no período. Com isso, o nível de ocupação subiu para 50,2%.

Essa é a primeira vez, desde o trimestre encerrado em abril de 2020, que o nível de ocupação fica acima de 50%, o que indica que mais da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país Adriana Beringuy, analista da pesquisa

Trabalho por conta própria e trabalho doméstico atingem recordes

O trabalho por conta própria atingiu o patamar recorde de 25,2 milhões de pessoas, um aumento de 4,7%, com mais 1,1 milhão de pessoas. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o contingente avançou 3,8 milhões, alta de 17,6%.

Segundo Adriana, essa é a forma de inserção que mais vem crescendo nos últimos trimestres na Pnad, embora o trabalho com carteira assinada comece a ter resultados mais favoráveis.

Já o trabalho doméstico aumentou 7,7%, somando 5,3 milhões de pessoas. Comparado ao mesmo período do ano anterior, houve adicional de 739 mil pessoas.

Em um ano, a população ocupada cresceu 7 milhões. Adriana, no entanto, destaca que esse crescimento tem como base de comparação o mesmo trimestre de 2020, quando a ocupação ainda era bastante afetada pela pandemia do novo coronavírus. "Embora tenha havido um crescimento sucessivo ao longo dos trimestres, mostrando recuperação da ocupação, a população ocupada segue inferior ao período pré-pandemia em cerca de 5 milhões de pessoas", disse a analista.

Informalidade impulsiona aumento de ocupados

O trabalho informal, que inclui aqueles sem carteira assinada (empregados do setor privado ou trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores ou empregados por conta própria) ou trabalhadores sem remuneração, chegou a 36,3 milhões de pessoas e uma taxa de 40,8%.

No trimestre anterior, a taxa foi de 39,8%, com 34,2 milhões de pessoas. Há um ano esse contingente era menor, 30,7 milhões e uma taxa de 37,4%, o menor patamar da série.

Subocupados atingem novo recorde

Os trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas — aqueles que trabalham menos horas do que poderiam trabalhar — chegou a um número recorde de 7,7 milhões de pessoas, um aumento de 7,2%, com mais 520 mil pessoas. Em relação ao ano anterior, o indicador subiu 34%, quando havia no país 5,8 milhões de pessoas subocupadas.

Já o contingente de pessoas subutilizadas, aquelas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial, foi de 31,7 milhões, uma redução de 4,7% em relação ao trimestre anterior (33,3 milhões).

Os desalentados — pessoas que desistiram de procurar trabalho devido às condições do mercado — somam 5,4 milhões de pessoas e tiveram uma redução de 10% no trimestre fechado em julho, em relação ao trimestre encerrado em abril. Em relação ao mesmo período do ano passado, esse contingente teve uma redução de 7,3%, quando havia no país 5,8 milhões de pessoas desalentadas no Brasil.

Metodologia de pesquisa

A amostra da pesquisa por trimestre corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e no Distrito Federal.

Existem outros números sobre desemprego, apresentados pelo Ministério da Economia, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os dados são mais restritos porque consideram apenas os empregos com carteira assinada.

https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/09/30/desemprego-brasil-pnad-continua-ibge.htm?cmpid=copiaecola

FONTE: UOL ECONOMIA

A previsão é de que em 2021 sejam investidos R$ 66,8 milhões

IMAGEM: COPERGÁS/DIVULGAÇÃO

 

As importações de GNL do Brasil atingiram recorde este mês

O Brasil precisa tanto de gás natural que pediu ajuda da Argentina para garantir suprimentos do exterior do combustível.

O Brasil aumentou as importações de gás natural liquefeito para operar usinas em meio à crise hídrica que reduz a geração de energia hidrelétrica. As importações de GNL do Brasil atingiram recorde este mês, segundo dados de rastreamento de navios, o que também aperta ainda mais o mercado global de gás, cujos preços à vista subiram para novas máximas.

A Argentina anunciou uma licitação para a compra de GNL em busca de quatro carregamentos para o terminal Escobar, que serão regaseificados e entregues por gasoduto ao Brasil, segundo operadores com conhecimento do assunto. O gás vai abastecer a Usina de Uruguaiana, que foi fechada há mais de uma década e só opera por períodos intermitentes para aliviar a escassez de oferta, disseram operadores.

Os preços da energia sobem no mundo todo em meio à oferta limitada e rápido crescimento da demanda depois das restrições da pandemia. No Brasil, os baixos níveis dos reservatórios na bacia do Rio Paraná reduziram a geração de energia hidrelétrica e levou concessionárias a dependerem do gás, aumentando a necessidade de importação de carregamentos caros de GNL à vista.

A Argentina exporta gás natural produzido internamente para o Brasil, mas é raro o país importar GNL com o objetivo de entregar o combustível ao vizinho.

 

FONTE: BLOOMBERG

petrobras inicia venda de terminal de gnl da bahia

IMAGEM: DIVULGAÇÃO

 

O movimento se deve após a assinatura do contrato de arrendamento do Terminal de GNL da Bahia com a empresa Excelerate Energy.

O prazo ainda não foi definido

A Petrobras anunciou nesta terça-feira, 28, que vai realocar o navio regaseificador para o Terminal de Regaseificação de GNL do Pecém.

O movimento se deve após a assinatura do contrato de arrendamento do Terminal de GNL da Bahia com a empresa Excelerate Energy. O prazo ainda não foi definido.

“Com a conclusão da negociação, a Excelerate está buscando, com o apoio da Petrobras, a transferência das licenças e autorizações necessárias para a operação de um novo navio regaseificador no TR-BA. Tão logo a nova empresa esteja apta a operar, a Petrobras deslocará o seu navio regaseificador que se encontra no TR-BA para o Terminal de Regaseificação de GNL de Pecém”, disse em fato relevante a Petrobras.

FONTE: FOCUS.JOR

 

Em Canoas, refinaria da Petrobras ocupa cerca de 580 hectares

IMAGEM: ADRIANO LEAL/DIVULGAÇÃO/JC

 

As tratativas haviam sido iniciadas no início do ano. 

A Ultrapar Participações comunicou ao mercado nesta sexta-feira (1) que encerrou as negociações para aquisição da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) junto à  Petrobras, sem renovar proposta. As tratativas haviam sido iniciadas no início do ano.

“Apesar dos esforços envidados pelas partes durante esse processo, certas condições críticas definidas na proposta vinculante da companhia não se confirmaram no curso das negociações, desequilibrando a equação de risco e retorno esperada. Com isso, a Ultrapar informa que não irá renovar sua proposta vinculante, optando por encerrar as negociações em curso, sem penalidades para nenhuma das partes”, destacou.

A Ultrapar informou que está concluindo a fase de racionalização de seu portfólio com os desinvestimentos em andamento da Oxiteno, Extrafarma e ConectCar.

“Com um portfólio mais complementar e sinérgico, a Ultrapar reduzirá significativamente sua alavancagem financeira, ampliando sua capacidade de investimento. Nesse sentido, a Ultrapar continuará investindo no crescimento da plataforma existente nas verticais de energia e infraestrutura, por meio da Ipiranga, Ultragaz e Ultracargo, bem como em novas oportunidades de negócios alavancados na transição da matriz energética brasileira. A companhia também continuará acompanhando os desdobramentos do programa de venda de ativos da Petrobras”, ressaltou.

Já a Petrobras informou em comunicado que iniciará tempestivamente novo processo competitivo para essa refinaria.

“Os processos competitivos para venda da Refinaria Gabriel Passos (REGAP), em Minas Gerais, Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR), no Ceará, e Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná, continuam em andamento visando a assinatura dos contratos de compra e venda. As refinarias Landulpho Alves (RLAM) e Isaac Sabbá (REMAN) já tiveram seus contratos de compra e venda assinados”, destacou.

A estatal ainda informou que reforça o seu compromisso com a ampla transparência de seus projetos de desinvestimento e de gestão de seu portfólio e informa que as etapas subsequentes dos projetos em curso serão divulgadas ao mercado.

FONTE: MONEY TIMES

IMAGEM: REDE PETECA

 

Embora seja favorável à existência da comissão, a associação argumentou na ação que ela foi recriada com outro formato, outro tipo de composição e outras atribuições.

Segundo a ANPT, o Decreto presidencial 10.754/2020 prevê a Conaeti como uma comissão temática do Conselho Nacional do Trabalho (CNT), sem a representação pluralista anterior, que lhe assegurava efetividade graças à participação de representantes de diversos ministérios, secretarias, confederações, organizações internacionais e da sociedade civil, como o Ministério Público do Trabalho (MPT). Com a nova formação, a comissão passou a ter 18 integrantes, sendo seis do Poder Executivo federal, seis representantes dos empregadores e seis dos empregados.

Na opinião da associação, a Conaeti só foi restabelecida, e de forma precária, às vésperas de a Organização das Nações Unidas (ONU) declarar que 2021 seria o Ano Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil. Para a associação, apesar da iniciativa, o Estado brasileiro continua a ferir compromissos internacionais firmados em favor da proteção aos direitos humanos e do trabalho, e a execução do III Plano Nacional de Enfrentamento ao Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador, de competência da Conaeti, está parada há três anos. A pretensão é que a comissão volte a funcionar nos moldes estabelecidos pela Portaria 952/2003 do Ministério do Trabalho.

A ação foi distribuída ao ministro Dias Toffoli, que, diante da relevância da questão, aplicou a ela o rito abreviado do artigo 12 da Lei das ADIs (Lei 9.868/99), a fim de que a decisão seja tomada em caráter definitivo. Com informações da assessoria do STF.

A Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) apelou ao Supremo Tribunal Federal para, por meio de uma ação direta de inconstitucionalidade, tentar anular o decreto presidencial que reinstituiu a Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil (Conaeti), que havia sido extinta em abril de 2019.

Embora seja favorável à existência da comissão, a associação argumentou na ação que ela foi recriada com outro formato, outro tipo de composição e outras atribuições.

Segundo a ANPT, o Decreto presidencial 10.754/2020 prevê a Conaeti como uma comissão temática do Conselho Nacional do Trabalho (CNT), sem a representação pluralista anterior, que lhe assegurava efetividade graças à participação de representantes de diversos ministérios, secretarias, confederações, organizações internacionais e da sociedade civil, como o Ministério Público do Trabalho (MPT). Com a nova formação, a comissão passou a ter 18 integrantes, sendo seis do Poder Executivo federal, seis representantes dos empregadores e seis dos empregados.

Na opinião da associação, a Conaeti só foi restabelecida, e de forma precária, às vésperas de a Organização das Nações Unidas (ONU) declarar que 2021 seria o Ano Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil. Para a associação, apesar da iniciativa, o Estado brasileiro continua a ferir compromissos internacionais firmados em favor da proteção aos direitos humanos e do trabalho, e a execução do III Plano Nacional de Enfrentamento ao Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador, de competência da Conaeti, está parada há três anos. A pretensão é que a comissão volte a funcionar nos moldes estabelecidos pela Portaria 952/2003 do Ministério do Trabalho.

A ação foi distribuída ao ministro Dias Toffoli, que, diante da relevância da questão, aplicou a ela o rito abreviado do artigo 12 da Lei das ADIs (Lei 9.868/99), a fim de que a decisão seja tomada em caráter definitivo. Com informações da assessoria do STF.

 

FONTE: REVISTA CONSULTOR JURÍDICO/CONJUR

IMAGEM: Nelson Jr./SCO/STF 

 

Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1.018.459 — Repercussão geral

Relator: ministro Ricardo Lewandowski


Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de Curitiba x Ministério Público do Trabalho


Embargos de declaração na decisão que reafirmou a inconstitucionalidade da contribuição assistencial imposta por acordo, convenção coletiva de trabalho ou sentença normativa a empregados não sindicalizados.


Alega que três das quatro decisões mencionadas no julgamento tratam de outra contribuição — a Contribuição Confederativa — que, segundo este próprio STF não se confunde e não possui a mesma natureza da contribuição assistencial. Sustenta ainda que no único aresto que trata da Contribuição Assistencial não há discussão de mérito sobre a questão, em razão do mesmo considerar a discussão infraconstitucional. 

Com informações da Assessoria de Imprensa do STF

 

IMAGEM: CACB

 

Medida deve agilizar exportações brasileiras para o Chile.

O Plenário do Senado aprovou, na 3ª feira (28.set.2021), o acordo de livre comércio entre o Brasil e a República do Chile (PDL 288/2021). O documento trata de questões não-tarifárias, como comércio de serviços, telecomunicações e medidas sanitárias. Ele será promulgado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), na forma de decreto legislativo.

Para o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), relator do texto, algumas consequências positivas do acordo serão a agilização de exportações brasileiras de produtos de origem animal e vegetal para o Chile e o fim do roaming internacional entre os 2 países. Nelsinho disse acreditar, também, que o documento deverá estreitar os laços entre o Mercosul (Mercado Comum do Sul) e a Aliança do Pacífico, bloco econômico integrado pelo Chile que também inclui a Colômbia, o México e o Peru.

O acordo, assinado em 2018, é um protocolo adicional ao ACE (Acordo de Complementação Econômica) firmado em 1996 entre o Chile e o Mercosul. O ACE –1º pacto de livre comércio entre o bloco e um 3º país– fez do Chile o 1º membro associado do Mercosul.

Membros da embaixada chilena assistiram no Plenário a votação e acompanharam a aprovação do acordo.

A senadora Kátia Abreu (PP-TO), presidente da CRE (Comissão de Relações Exteriores), celebrou a aprovação do acordo como uma ferramenta para acelerar a importação de tecnologias e investimentos. Ela aproveitou para lembrar do acordo do Mercosul coaproveitou para lembrar do acordo do Mercosul com a UE (União Europeia), que está em fase final depois de mais de 20 anos de negociações.

“O Brasil ainda é um dos países mais fechados do mundo para o comércio. Isso é muito prejudicial à nossa economia. Os ganhos são extraordinários quando o mercado se abre”, disse Abreu durante sessão.

Já o senador Paulo Rocha (PT-PA) expressou preocupação com os termos do acordo, argumentando que ele avança sobre temas que ainda não estão normalizados pela OMC (Organização Mundial do Comércio) –como comércio eletrônico e questões trabalhistas.

“Concessões feitas a um país têm que ser estendidas a outros. No caso do Chile, pode ser de interesse nacional, mas estender esse tipo de acordo para os Estados Unidos, a China ou a União Europeia pode não ser adequado para o nosso país. Registro nosso inconformismo que não tenha estudos de impactos dessa nova abertura”, alertou Rocha.

FONTE: AGÊNCIA SENADO

Navio de cruzeiro Carnival Panorama atracado em Long Beach, Califórnia, EUA,

IMAGEM: Lucy Nicholson/Reuters

 

Os cruzeiros são uma importante fonte de poluição e degradação ambiental, que urge controlar aponta uma investigação hoje divulgada.

A indústria de cruzeiros volta a estar sob fogo, por causa dos impactos no ambiente e na saúda humana, de acordo com um estudo realizado no Reino Unido, Espanha e Croácia.

Publicada na revista especializada “Marine Pollution Bulletin”, a análise foi divulgada pela Universidade de Exeter (Reino Unido) e indica que a indústria dos cruzeiros tem um impacto crescente, tanto no ambiente como na saúde e bem-estar humanos.

A investigação, que, segundo os autores, é a mais abrangente jamais realizada sobre uma das indústrias de crescimento mais rápido na área do turismo antes da pandemia de Covid-19, alerta para a degradação do ar, água, solo, habitats frágeis e vida selvagem gerada pelos cruzeiros.

Os autores concluíram também que a indústria dos navios de cruzeiro é uma fonte potencial de riscos físicos e mentais, para passageiros, para trabalhadores e para pessoas que vivem perto dos portos ou que trabalham em estaleiros navais. Os riscos incluem a propagação de doenças, como a Covid-19, o ruído, a poluição atmosférica e ambientes de trabalho difíceis.

Num trabalho que envolveu, além do Reino Unido, a Espanha e a Croácia, a investigação combinou informação de mais de 200 documentos de investigação sobre a saúde das pessoas e do ambiente em diferentes oceanos.

Josep Lloret, da Universidade de Girona, disse, citado na investigação, que é preciso agora legislação global para minimizar danos, tanto para os oceanos como para a saúde das pessoas

“O turismo de cruzeiro era um turismo em rápida expansão antes da Covid-19, e a nossa investigação mostra que causa grandes impactos no ambiente e na saúde e bem-estar humanos. Precisamos de um acompanhamento muito melhor para gerar dados mais sólidos para a imagem real destes impactos. Sem regras novas e rigorosamente aplicadas a nível nacional e internacional, é provável que a indústria dos cruzeiros continue a causar estes graves riscos para a saúde e o ambiente”, disse Lora Fleming, da Universidade de Exeter.

Os investigadores dizem que um grande navio de cruzeiro pode ter uma pegada de carbono superior a 12 000 automóveis, e que os passageiros de um cruzeiro na Antártida podem produzir tantas emissões de dióxido de carbono (CO2) como a média europeia num ano inteiro. Dentro do Mediterrâneo, dizem, estima-se que as emissões de CO2 dos navios de cruzeiro e “ferryboats” sejam até 10% de todas as emissões de navios.

O documento hoje divulgado inclui ainda investigação sobre os resíduos sólidos, que também têm impacto na saúde e no meio ambiente.

Um navio de cruzeiro que transporte 2 700 passageiros pode produzir uma tonelada de resíduos por dia.

“Embora os navios de cruzeiro constituam apenas uma pequena percentagem da indústria naval mundial, estima-se que cerca de 24% de todos os resíduos produzidos pela navegação provêm deste setor”, dizem os autores da investigação.

 

FONTE: TRANSPORTES&NEGÓCIOS

 

 

 

Relatório elaborado pela ONU mostra que desigualdade social deixou consequências ainda mais graves durante pandemia

Um relatório preparado pela Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que as consequências da pandemia serão mais graves para países com maior desigualdade social, como o Brasil.

O documento será lançado nesta quarta-feira (29/9) e foi elaborado em parceria com outras organizações da ONU, como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

De acordo com o relatório, quando a Covid atingiu o Brasil, o país apresentava diversas fragilidades estruturais que influenciaram na crise sanitária, econômica e social. O relatório mostra que os grupos em situação de vulnerabilidade social são os mais afetados pela pandemia.

O relatório cita como exemplo a taxa de letalidade por Covid entre pessoas de diferentes grupos raciais. De acordo com dados do Núcleo de Saúde Pública da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a taxa é de 56% entre pacientes brancos e 79% entre não brancos.

Além disso, os maiores índices de óbitos estão entre pessoas sem escolaridade (71%). Os pacientes que tinham ensino superior completo representam apenas 22% das mortes por Covid, mostra o documento.

Segundo as organizações, mesmo que o país tenha conquistado bons resultados no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nas últimas décadas, parte da população ainda sofre para alcançar necessidades básicas.

“Notadamente, apesar dos ganhos substanciais em saúde, educação e no padrão de vida da população registrados nas últimas décadas, ainda há um conjunto de necessidades básicas diferentemente atendidas no Brasil e nos seus estados; e, paralelamente, uma nova geração de desigualdades se abre, alargando a lacuna entre aqueles que têm e aqueles que não têm”, aponta o relatório.

Em documento divulgado na página da ONU na terça-feira (28/9), a alta comissária da organização, Michelle Bachelet, ressaltou as desigualdades sociais expostas pela pandemia em todo o mundo.

Bachelet pontuou que a incapacidade dos países de manter liberdades fundamentais, como justiça, educação de qualidade, moradia e trabalho, “minou a resiliência das pessoas e dos estados”.

“Devemos garantir que os planos de recuperação econômica dos estados sejam construídos sobre alicerces dos direitos humanos e em consulta significativa com a sociedade civil. Deve haver passos para defender a saúde universal, as proteções sociais universais e outros direitos fundamentais para proteger a sociedade de danos”, concluiu Bachelet.

 

Homem sobe no mastro da bandeira do Brasil na Praça dos Três Poderes

IMAGEM: JAMIL BITTAR/REUTERS 

 

Dados são do Instituto Brasileiro de Economia da FGV

O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas subiu 14,3 pontos em setembro, para 133,9 pontos, o maior nível desde março de 2021. Segundo análise do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), comparando-se à série histórica anterior à pandemia de covid-19, período em que foram registrados níveis inéditos de incerteza no Brasil e no mundo, este seria o segundo maior nível de incerteza, ficando abaixo apenas de setembro de 2015, quando o indicador alcançou 136,8 pontos.

“Entre os fatores que contribuíram para alta estão as diversas crises do momento – política, institucional e hídrica, o cenário fiscal indefinido, a inflação ascendente e dúvidas remanescentes quanto à pandemia que injetaram uma dose adicional de incerteza no mês. Com todos esses choques, dificilmente o indicador convergirá para a (já elevada) média 2015-2019 em 2021, como parecia ser possível alguns meses atrás”, afirmou, em nota, a economista do Ibre/FGV, Anna Carolina Gouveia.

Segundo o estudo, os dois componentes do Indicador de Incerteza caminharam no mesmo sentido em setembro.

“O componente de mídia subiu 14,2 pontos, para 132,6 pontos, maior nível desde agosto de 2020, uma contribuição de 12,4 pontos para o índice agregado. O componente de expectativas, que mede a dispersão das previsões para os 12 meses seguintes, subiu 8,8 pontos, para 125 pontos, maio nível desde abril, contribuindo de forma positiva em 1,9 ponto para a evolução na margem do IIE-Br”, informou a FGV.

 

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

IMAGEM: PLURAL CURITIBA

 

Relatório aponta que mulheres responsáveis ​​pela gestão de equipes apresentam níveis ainda mais elevados de esgotamento

Mesmo em face de uma pandemia global, as mulheres continuaram a progredir no mundo corporativo nos Estados Unidos no ano passado. Mas também estão sofrendo mais com o burnout.

Um novo relatório da McKinsey & Company em parceria com a LeanIn.org apontou que a representatividade das mulheres melhorou na maior parte do fluxo corporativo em 2020. O relatório anual pesquisou mais de 65.000 funcionários de 423 organizações** que optaram por participar.

Embora os ganhos sejam uma boa notícia, as mulheres ainda estão sub-representadas nos cargos de liderança. O problema é ainda maior entre as mulheres negras.

“À medida que as empresas continuam a gerenciar os desafios da pandemia e procuram construir um local de trabalho mais igualitário para o futuro, elas precisam se concentrar em duas prioridades principais. Primeiro a de promover todos os aspectos da diversidade e inclusão. Depois, de lidar com o desgaste crescente que todos os funcionários – mas principalmente as mulheres – estão experimentando “, disse o relatório.

Aqui alguns pontos que o relatório identificou:

A representação melhorou … mas ainda falta

Nos últimos cinco anos, a representação feminina em cargos de liderança, incluindo gerente, vice-presidente e vice-presidente sênior, aumentou, mas as mulheres ainda estão sub-representadas em todos os níveis de gestão.

No início de 2021, 41% dos cargos de chefia eram ocupados por mulheres, ante 37% no início de 2016. Mas as mulheres negras representavam apenas 12% dos gerentes neste ano.

No nível de vice-presidente sênior, 27% são de mulheres em 2021, ante 24% em 2016. No entanto, as mulheres negras ocuparam apenas 5% dessas funções este ano.

“Os ganhos na representação das mulheres em geral não se traduziram em ganhos para as mulheres negras”, disse o relatório. As mulheres negras continuam perdendo terreno a cada etapa do processo, disse Rachel Thomas, cofundadora e CEO da LeanIn.Org. “Elas perdem mais terreno do que as mulheres brancas e perdem mais terreno do que os homens negros”, disse ela.

“E quando você chegar aos níveis de diretoria, nenhum de nós deve estar comemorando a aparência dos chamados C-levels: apenas um em cada quatro executivos desse grupo é uma mulher e apenas um em 25 é uma mulher negra.”

Mulheres negras também enfrentam taxas mais altas de microagressões no local de trabalho que podem prejudicar o crescimento de suas carreiras e levar ao esgotamento, descobriu o relatório.

Burnout é uma ameaça real

A pandemia ampliou o esgotamento dos funcionários em todas as áreas, mas tem sido especialmente ruim entre as mulheres, que estão cada vez mais considerando reduzir o número de funcionários.

Das mulheres entrevistadas, 42% disseram que frequentemente ou quase sempre se sentiram esgotadas este ano, em comparação com 35% dos homens. No ano passado, 32% das mulheres relataram se sentir assim, em comparação com 28% dos homens.

Ainda mais preocupante é que uma em cada três mulheres já pensou em deixar o mercado de trabalho ou mudar de carreira, de acordo com o relatório. Isso representa um em cada quatro durante os primeiros meses da pandemia.

As mulheres responsáveis ​​pela gestão de equipes apresentam níveis ainda mais elevados de esgotamento, com mais de 50% das gerentes entrevistadas relatando que costumavam ficar ou quase sempre estavam esgotadas.

O problema começa cedo

É difícil avançar degraus na escada corporativa quando você nem consegue chegar até ela. Para cada 100 homens promovidos a cargos de chefia, apenas 86 mulheres são promovidas, de acordo com o relatório.

“O degrau quebrado provavelmente explica porque a representação das mulheres nos níveis de gerente sênior, diretor e vice-presidente melhorou mais lentamente do que o fluxo geral”, disse o relatório.

Sem solução rápida

As empresas podem fazer mais quando se trata de melhorar a diversidade, incluindo a revisão das práticas de contratação, promoção e avaliação de desempenho para garantir justiça, responsabilização dos líderes da empresa e acompanhamento mais completo da representação.

O relatório descobriu que, embora muitas empresas promovam a diversidade como importante, apenas cerca de dois terços responsabilizam os líderes seniores pelo progresso nas metas de diversidade e menos de um terço responsabilizam os gerentes.

“Em alguns casos, as empresas estão oferecendo penalidades financeiras por não fazerem progresso, bem como incentivos financeiros para fazer progresso. Algumas estão compartilhando os resultados publicamente fora da organização, então tudo isso ajuda a demonstrar que é importante e responsabiliza os indivíduos”, disse Ishanaa Rambachan, sócia da McKinsey & Company.

**nos Estados Unidos

FONTE: CNN