IMAGEM: EVELEN GOUVÊA/PREF. MARICÁ

Foram registrados 493.798 requerimentos, um aumento de 6,5% em relação ao mesmo mês do ano passado

número de pedidos de seguro-desemprego voltou a subir em agosto deste ano. Foram registrados 493.798 requerimentos, um aumento de 6,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, em que houve 463.834 solicitações. 

No acumulado dos primeiros oito meses do ano, porém, houve uma queda de 17,6%. De janeiro a agosto de 2020, período marcado pelo início da pandemia do coronavírus, foram registrados 4,9 milhões de pedidos ante 4,1 milhões nos primeiros oito meses de 2021.

Agosto também foi o último mês em que vigorou o BEm (Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda), que permitiu que empresas firmassem acordos de redução de jornada e salário ou de suspensão de contratos de trabalho. Foram beneficiados 10 milhões de trabalhadores no ano passado e 2,5 milhões neste ano.

No entanto, não é possível ainda atribuir o crescimento do número de pedidos ao fim do programa. De acordo com o economista Hélio Zylberstajn, professor sênior da FEA-USP e coordenador do Projeto Salariômetro, os pedidos de seguro-desemprego em agosto foram feitos por trabalhadores demitidos em julho ou antes, quando o programa ainda estava em vigor e podia ser utilizado.

"As empresas que demitiram provavelmente não esperam uma retomada em breve para desligar seus empregados, porque, se usassem o programa, teriam que manter os empregados por um período igual ao da duração da suspensão ou redução da jornada e salário", explica Zylberstajn. Para ele, o crescimento no número de pedidos do seguro-desemprego foi causado pelo agravamento da crise na economia, "que está andando de lado nos últimos meses".

Pré-pandemia

O recorde foi em maio do ano passado, com 960.308 pedidos, a maior marca da série histórica. Em junho deste ano, foram 483.233, retomando o patamar pré-pandemia. Os números são divulgados pelo Painel de Informações do Seguro-Desemprego, da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia.

O Ministério do Trabalho e Previdência afirma que os dados mensais de pedidos de seguro-desemprego evidenciam a quantidade de solicitantes no mês  e que o trabalhador pode dar entrada na sua solicitação entre 7 e 120 dias a partir da data da dispensa.

Segundo a pasta, o comportamento dos meses de agosto nos anos de 2020 e 2021 tem relação direta com a implementação do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, cujo foco principal pretendeu atenuar os efeitos da pandemia de Covid-19.

"Considerando as solicitações de seguro-desemprego no mês de agosto dos últimos cinco anos, agosto dos dois últimos anos (2020 e 2021) apresentaram os menores números. O terceiro menor número da série foi agosto de 2018 (567.067), o quarto foi agosto de 2019 (574.765). Em agosto de 2017 foram 603.911 solicitações", afirmou em nota o ministério.

Segunda onda

Para Josilmar Cordenonssi, professor de Economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, como 2020 foi um ano atípico, é difícil fazer comparações. Ele explica que o pico foi registrado em maio de 2020, quando houve quase 1 milhão de pedidos de seguro-desemprego, o que não se repetiu neste ano. Depois, o número caiu e, em 2021, começou a subir de modo tímido e se estabilizou.

"Acredito que a segunda onda de Covid-19 atrapalhou muita gente que pretendia contratar. Após um aumento em março deste ano, em termos de tendência, está menor que em 2019, por exemplo, no período pré-pandemia", avalia Cordenonssi. 

O economista prevê que, com o avanço da vacinação, vai aumentar a oferta de empregos, principalmente com o setor de serviços voltando com mais força, em especial o turismo. "Mas isso não vai se refletir nas estatísticas de desemprego, porque a gente vai passar por um momento de mais vagas a ser ofertadas e mais pessoas vão começar a procurar."

Segundo os últimos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o desemprego recuou e fechou o trimestre encerrado em junho em 14,1%. O valor, 0,5 ponto percentual inferior ao registrado nos três meses anteriores, indica que 14,4 milhões de pessoas estavam fora do mercado de trabalho no fim do primeiro semestre.

Os números atualizados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) serão divulgados nesta semana. Já o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostrou a criação de 1,8 milhão de vagas nos sete primeiros meses deste ano.

 

FONTE: R7.com

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IMAGEM: MIGALHAS

Conforme determina o artigo 6º, parágrafo 11, da Lei de Falências, incluído pela norma de 2020, ainda que haja a decretação da falência ou o deferimento da recuperação judicial, as execuções fiscais decorrentes de penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho e as execuções de ofício das contribuições à seguridade social decorrentes das condenações trabalhistas devem ser processadas na Justiça do Trabalho.

Com esse entendimento, a 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho declarou a competência da Justiça trabalhista para processar a execução de uma multa administrativa imposta à Carbus Indústria e Comércio Ltda., de Cordeirópolis (SP), por descumprimento da legislação laboral. Embora tenha sido decretada a falência da empresa no curso da ação, o colegiado levou em conta as alterações introduzidas na Lei de Falências (Lei 1.1101/2005) pela Lei 14.112/2020.

A ação foi ajuizada pela Fazenda Nacional contra a empresa visando ao recolhimento de créditos fazendários relativos à multa por descumprimento da legislação trabalhista. No curso do processo, a empresa teve a falência decretada, levando o juízo da 1ª Vara do Trabalho de Limeira (SP) a declinar da competência da Justiça do Trabalho e determinar a habilitação do crédito no juízo falimentar (no caso, a Vara Civil de Cordeirópolis).

Contra essa decisão, a Fazenda Nacional sustentou que os créditos inscritos na dívida ativa da União não estariam sujeitos à habilitação em recuperação judicial ou falência e que a execução fiscal não poderia ser extinta ou suspensa.

No entanto, o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (interior de São Paulo) manteve a decisão por entender que, de acordo com a jurisprudência do TST, não cabe à Justiça do Trabalho proceder a execução contra a massa falida, pois essa prerrogativa é do juízo falimentar.

O relator do recurso de revista da União, desembargador convocado Marcelo Lamego Pertence, observou que o TST vem reiteradamente decidindo que, no caso de recuperação judicial ou falência da empresa, o crédito relativo à execução fiscal deve ser habilitado no juízo falimentar, pois a competência da Justiça do Trabalho se encerra com a individualização e a quantificação do crédito. Entretanto, ele chamou atenção para o fato de que a Lei 14.112/2020 trouxe consideráveis alterações à Lei de Falências e, por isso, não seria o caso de aplicar a esse processo os fundamentos de decisões jurisprudenciais passadas. A decisão foi unânime. Com informações da assessoria de imprensa do TST.

 

FONTE: REVISTA CONSULTOR JURÍDICO/CONJUR

Descomissionamento de plataformas apresenta-se como grande nicho de negócios

IMAGEM: CLICK MACAÉ

 

A ANP aprovou resolução que regulamenta procedimentos para apresentação de garantias e instrumentos que assegurem o descomissionamento de instalações de produção em campos de petróleo e gás natural.

A apresentação de garantias financeiras de descomissionamento de instalações já estava prevista nos contratos de exploração e produção de petróleo de gás natural, firmados entre a ANP e as empresas. A resolução traz previsibilidade quanto ao momento de apresentação da garantia e segurança jurídica quanto aos critérios exigidos para sua aceitação pela ANP, respeitada a baliza de discricionariedade da Agência.

A questão ganhou especial importância no contexto atual, com a proximidade do fim de contratos da Rodada Zero e a execução de projetos de desinvestimento da Petrobras, o que transfere os direitos e obrigações de um número expressivo de contratos para outras empresas.

O descomissionamento é o conjunto de atividades associadas à interrupção definitiva da operação das instalações, ao abandono permanente e arrasamento de poços, à remoção de instalações, à destinação adequada de materiais, resíduos e rejeitos, à recuperação ambiental da área e à preservação das condições de segurança de navegação local.

Esta atividade é uma obrigação contratual, e é realizada ao final de sua vida produtiva do Campo, quando a produção já não é suficiente para sustentar os custos de operação.

O descomissionamento requer que os contratados realizem gastos, exatamente em um momento em que o campo já não apresenta retorno financeiro. Por isso, os contratos para exploração e produção de petróleo e gás natural determinam, além da própria obrigação de conduzir o abandono e a desativação das instalações, a obrigação apresentar garantias financeiras para assegurar os recursos necessários para este fim.

A ANP começou a debater o tema em 2015 e, a partir de 2018, no âmbito da Tomada Pública de Contribuições nº 8/2018, foram intensificadas as discussões por meio de grupos de trabalho, junto às partes interessadas, possibilitando consolidar as modalidades de garantias, a metodologia de cálculo do custo do descomissionamento e o modelo de aporte progressivo, com o objetivo de assegurar financeiramente o descomissionamento à União.

A ANP submeteu a minuta à apreciação do mercado por meio da consulta prévia em março de 2020, e posteriormente à consulta e audiência públicas, resultando na nova resolução aprovada ontem.

 

FONTE: PORTOSeNAVIOS

Queda da renda foi quase duas vezes maior entre os mais pobres

IMAGEM: MARCELLO CASAL JR./AGÊNCIA BRASIL

 

Desemprego elevado, aumento do trabalho por conta própria e subocupação recorde têm reduzido salários de admissão e dificultado o orçamento das famílias.

Depois de ficar quase 1 ano praticamente sem trabalhar, a diarista Lizete Pereira, de 53 anos, voltou a fazer faxina em diferentes casas, mas ainda não conseguiu recuperar a renda de antes do início da pandemia. E nos últimos meses se viu forçada a aceitar ganhar menos pelo dia de trabalho para conseguir novos clientes.

"Tem semana que trabalho de segunda a sexta, tem semana que é só um dia e chega a ter semana que eu não trabalho. Só tenho uma casa que é toda semana. O resto é a cada 15, 20 dias. E voltei recebendo menos porque aquele valor de antes da pandemia a maioria não quer pagar, acha que está caro", diz.

Mesmo com o avanço da vacinação e com o retorno de trabalhadores informais e por conta própria ao mercado de trabalho, a recuperação da economia segue em ritmo lento. Já o rendimento médio dos brasileiros com algum tipo de ocupação está encolhendo e atingiu o valor mais baixo desde 2017.

 

    A renda média real do trabalho ficou em R$ 2.433 no 2º trimestre de 2021, o que representa uma queda de quase 7% na comparação com o mesmo trimestre de 2020 (R$ 2.613) já descontada a inflação do período. Veja no gráfico abaixo:

    Renda média real do trabalho principal — Foto: Economia G1

    Renda média real do trabalho principal — Foto: Economia G1

     

    Os números integram levantamento elaborado pela consultoria IDados, com base nos indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do segundo trimestre nos últimos 40 anos, e considera a renda real habitual da ocupação principal do trabalhador. Ou seja, valores já descontando a inflação.

    Embora a renda média ainda esteja em nível semelhante ao do valor pré-pandemia, um achatamento ainda maior ao longo dos próximos meses é dado como inevitável em razão do elevado número de desempregados em busca de uma oportunidade e pela retomada dos setores que concentram as remunerações mais baixas.

    "Ainda são mais de 14 milhões de desempregados e a tendência é que as pessoas voltem subocupadas, ou seja, trabalhando menos horas do que gostariam e em empregos informais. Com mais gente nesses empregos que pagam menos, o rendimento médio vai cair mais. E as perspectivas de aumento da inflação só prejudicam ainda mais o quadro", afirma Bruno Ottoni, pesquisador do IDados e autor do estudo.

    O pesquisador explica que o aumento da renda real média em 2020 foi uma melhora "artificial", uma vez que a elevação é explicada pela maior redução do número de ocupados nas atividades com menor remuneração, principalmente, entre trabalhadores informais e por conta própria do setor de serviços, enquanto que trabalhadores com ensino superior e com renda relativamente mais alta foram menos atingidos pelo desemprego.

    Rendimento médio por categoria de ocupação — Foto: Economia G1

    Rendimento médio por categoria de ocupação — Foto: Economia G1

    Mais gente em ocupações que pagam menosSegundo os últimos números divulgados pelo IBGE, o aumento do número de ocupados no país tem sido puxado pelo trabalho por conta própria, também chamado de bico quando o pessoa não atua como microempreendedor individual (MEI) formalizado.

    Ao término do 2º trimestre, o Brasil ainda tinha menos 6,7 milhões de pessoas com algum trabalho na comparação com o período pré-Covid – eram 94,5 milhões trabalhando em dezembro de 2019 e são 87,8 milhões agora.

    O estudo do IDados mostra também que o setor de serviços tradicionais, que inclui os restaurantes, o setor de lazer e os serviços doméstico atividades – além de ter sido o mais afetado pela pandemia – é o que possui uma das menores rendas médias, perdendo só para a agricultura.

    "Quando as pessoas começarem a conseguir novamente empregos nesses serviços tradicionais, como a renda desse setor é mais baixa, isso provavelmente também vai puxar o rendimento médio para baixo", afirma Ottoni, acrescentando que o desemprego elevado também contribui para reduzir os salários de admissão.

    De acordo com os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, o salário médio de admissão em julho no país foi de R$ 1.802, o que corresponde a uma redução real de -R$ 22,72 na comparação com junho.

    O IDados projeta que a taxa de desemprego deverá se manter acima de 12% até o final de 2022, podendo ficar acima de 13% dependendo do agravamento da crise hídrica e da piora das expectativas para o PIB (Produto Interno Bruto), inflação e taxa de juros.

    Rendimento médio por setor da economia — Foto: Economia G1

    Rendimento médio por setor da economia — Foto: Economia G1

    Ganhando pouco e trabalhando menos horas do que gostaria

    O número de trabalhadores que trabalham menos horas do que poderiam trabalhar também atingiu recorde de 7,5 milhões no final de junho, o que também contribui para pressionar a renda.

    Estudo divulgado recentemente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou forte queda nas horas efetivamente trabalhadas que alcançaram apenas 78% das horas habituais, o que representa uma jornada semanal média efetiva de 30,7 horas.

    Neste grupo está a diarista Elizete.

    "Antes da pandemia, dependendo do tamanho da casa, eu recebia até R$ 200. Agora, peço R$ 170 mais a condução e a pessoa ainda faz cara feia. Estou cobrando até mais barato porque é melhor pingar do que faltar, e tenho que fazer um bico a mais para não faltar nada em casa", diz a trabalhadora por conta própria, que é viúva, pensionista do INSS e mora com 5 filhos numa comunidade do Jardim Elba, na Zona Leste de São Paulo.
    A diarista Lizete Pereira conta que ainda está trabalhando menos do que gostaria e que está aceitando receber menos para não ficar sem renda. — Foto: Arquivo pessoal

    Renda corroída pela inflação

    Com a disparada da inflação, que atingiu atingiu 9,68% no acumulado em 12 meses, até mesmo a renda daqueles que estão empregados e que tiveram algum reajuste salarial tem caído em termos reais.

    Segundo o boletim Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), 50,5% dos acordos e convenções coletivas realizadas no país entre janeiro e agosto resultaram em reajustes abaixo do o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado até a data-base. A pesquisa mostra que apenas 22,1% das negociações resultaram em ganhos reais e que 27,3% dos reajustes empataram com o INPC.

    Em agosto, o reajuste mediano ficou 1,4 pontos percentuais abaixo do INPC e apenas 9,5% das negociações resultaram em ganhos reais.

    A inflação projetada para as próximas datas base tende a se manter perto dos 10%, comprimindo o espaço para ganhos reais.

    "A inflação corrói os rendimentos e, dada a situação de desaquecimento da economia, a tendência é que as negociações trabalhistas também não sejam muito favoráveis nos próximos meses. E isso tudo deve pressionar para baixo também a renda de quem tem carteira assinada", afirma Ottoni.

    A renda média mais baixa também significa menos dinheiro circulando na economia e um menor consumo das famílias, componente fundamental para a retomada da economia.

    Segundo o IBGE, a massa mensal de rendimentos do trabalho somou R$ 215,5 bilhões em junho, se mantendo 1,7% abaixo (menos R$ 3,8 bilhões) do patamar de junho de 2020.

    Ao final do 2º trimestre, 28,5% dos domicílio brasileiros sobreviviam sem nenhuma renda de trabalho, contra uma taxa de 25% no pré-pandemia, segundo o Ipea, evidenciado a recuperação lenta da ocupação e da economia.

    País encerrou junho com 87,7 milhões de trabalhadores ocupados, a maioria como empregados com carteira assinada — Foto: Economia/G1

    País encerrou junho com 87,7 milhões de trabalhadores ocupados, a maioria como empregados com carteira assinada — Foto: Economia/G1

     

    FONTE: G1

    Funcionários, localidade, carreiras da SINDMAR - Sindicato Nacional dos  Oficiais da Marinha Mercante | LinkedIn

    O Sindmar foi contatado por mais de 50 oficiais interessados no Curso de Atualização de Oficiais de Máquinas – ATOM, que permitirá a renovação dos seus certificados de habilitação.

    A maioria, no entanto, ainda não se inscreveu, não tendo sido alcançado o mínimo de participantes (15) que a Marinha do Brasil exige para realização do curso.

    As inscrições podem ser feitas até 30 de setembro:

    • no Grupo de Atendimento ao Público (GAP) do CIAGA ou do CIABA;
    • pelo Correio;
    • com envio da documentação por meio da Capitania, Delegacia ou Agência mais próxima.

    O Sindmar recomenda que, após efetuarem a inscrição, os oficiais enviem uma cópia ou foto do comprovante ao Setor Educacional no e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. para que seja feito o acompanhamento do processo.

    É importante que todos mantenham seus dados cadastrais atualizados por meio do site do Sindmar www.sindmar.org.br/como-sindicalizar-se ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., solicitando o formulário de atualização.

    FONTE: SINDMAR

    Imagem da fachada do TST

    IMAGEM: PORTAL TST/JUSTIÇA DO TRABALHO

     

    O Tribunal Superior do Trabalho vai julgar se a Covid-19 pode ser considerada doença do trabalho. O recurso será analisado pela 2ª Turma da corte, em data ainda não estipulada, sob relatoria do ministro José Roberto Freire Pimenta.

    A ação originalmente foi movida pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo, Região Metropolitana de São Paulo e Zona Postal de Sorocaba (Sindect). A entidade acusava a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) de não controlar adequadamente a disseminação da doença em uma unidade na grande São Paulo.

    A Vara do Trabalho de Poá (SP) impôs diversas obrigações aos Correios quanto a protocolos sanitários. A ECT recorreu, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região considerou que as medidas adotadas não foram suficientes e manteve a decisão de primeiro grau.

    Na ocasião, o TRT-2 também confirmou a obrigação de os Correios expedirem comunicações de acidente de trabalho (CATs) relativas aos empregados que contraíram Covid-19. O entendimento contrariou um dispositivo da Medida Provisória 927/2020, cuja vigência já se encerrou, e segundo a qual os casos de Covid-19 não seriam considerados ocupacionais, exceto se comprovado o nexo causal.

     

    FONTE: REVISTA CONSULTOR JURÍDICO/CONJUR

    IMAGEM: ABRASCO

     

    Chile e Brasil, países em que programas de ajuda estatal foram substanciais, lideram em atividade econômica, enquanto o México e a Argentina ficam para trás

    De rígidos confinamentos, os países da América Latina passaram às restrições intermitentes, forçando a passagem de uma nova normalidade econômica. A região sofreu a morte de um milhão e meio de pessoas pela covid-19, enquanto a pobreza aumentou, a inflação subiu, o trabalho mudou e, com ele, a perspectiva do futuro. É nesse contexto em que ocorre a recuperação econômica, diferente em cada país, mas com um denominador comum: o impacto positivo dos estímulos fiscais implementados pelos governos.

    Setembro trouxe os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre do ano e que permite retratar a recuperação das economias em comparação aos seus níveis pré-pandemia. Os resultados evidenciam: aqueles que investiram em estímulos fiscais para ajudar a população desempregada estão na dianteira. Os que não o fizeram, porém, não só ficaram para trás, como, também, perderam crescimento potencial no futuro, dizem especialistas consultados.

    “Estamos exatamente um ano após do começo do processo de recuperação”, diz Alfredo Coutino, analista especializado na região da Moody’s Analytics. A maioria dos países latino-americanos iniciou a ascensão econômica no terceiro trimestre do ano passado e, em julho, a maioria da região deu o sinal verde à reabertura das economias. “E o que vemos é que existem dois grupos de países: no primeiro estão o Chile, o Brasil e o Peru, já com nível de PIB próximo ao que tinham antes da pandemia. No segundo grupo estão os países mais atrasados, entre eles o México e a Colômbia”. O PIB do Brasil, do Chile, do México e da Argentina, combinado, representa 66% do PIB total da região.

    O que os três países ganhadores têm em comum, diz Eugenio Sánchez, economista e analista de dados, é que investiram uma grande quantidade de recursos em estímulos fiscais. Elementos que foram gastos por meio de uma combinação de programas, transferências diretas às famílias mais pobres, empréstimos a empresas, isenções de impostos e subsídios ao desemprego —este, em particular, uma estratégia que permitiu que os funcionários voltassem a trabalhar normalmente durante a reabertura, preservando a relação empresa-empregado.

    “Vale a pena entender quais são as determinantes do crescimento a longo prazo, que nesse caso é a força de trabalho”, diz Sánchez por telefone, de Londres. “As pessoas incorporadas ao mercado de trabalho e o capital acumulado, em conjunto, determinam a capacidade instalada de produção de um país e, portanto, seu crescimento a longo prazo. Então, quando há alguma situação como a da pandemia, em que obrigamos a economia a parar para conseguir o distanciamento social e forçamos as pessoas a ficar em casa, é possível ver a destruição de capital”

    Entre as maiores economias da América Latina, o México é o país que menos destinou medidas de gasto adicional como porcentagem do PIB. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o México gastou 0,7% do PIB em medidas adicionais para conter o dano da pandemia e se negou a fazer isenções de impostos. Enquanto isso, o Chile destinou 14%, o Brasil 9,2%, o Peru 7,8%, a Colômbia 4,7% e a Argentina 4,5%. O Chile, por exemplo, gastou muitos recursos em seguro-desemprego e subsidiou parcialmente a folha de pagamento para evitar que as empresas quebrassem e os empregos não se perdessem. O Brasil também aumentou o gasto público. O resultado disso é uma recuperação mais rápida.

    Cautela ‘em excesso’

    “O México tem sorte de ter uma economia tão grande e ter, ao lado, os Estados Unidos implementando um estímulo tão grande. No entanto, o México estaria melhor se o Governo tivesse implementado um estímulo fiscal maior”, opina Luciano Rostagno, estrategista de mercados para a América Latina do Banco Mizuho do Brasil. Autoridades norte-americanas diminuíram durante a semana prognóstico de crescimento para este ano de 7% para 5,9%. “O México foi cauteloso demais em seus gastos, e por isso a economia está sofrendo pela pandemia”.

    As consequências dessa decisão já são vistas nos dados recentes, mas também serão vistas futuramente. “O país perdeu crescimento potencial”, acrescenta Rostagno, se referindo à estimativa de quanto uma economia pode crescer sem sofrer problemas de inflação, “e a razão para isso é que não agiu para amortecer o choque da pandemia. Isso afetou o sentimento de negócios, o adiamento de investimentos e a perda da taxa potencial de crescimento”.

    Protestos e inflação

    O programa de apoios estatais na Colômbia impulsionou a economia até o surgimento de protestos maciços que se tornaram violentos e custaram dezenas de vidas. As rupturas geradas, considerando que os protestos duraram meses, impactaram a economia do país, dizem os especialistas. A Argentina, por sua vez, tem uma inflação acima de 50% nos últimos 12 meses, o que limitou o crescimento do país.

    “A Argentina continua tendo os mesmos problemas estruturais há 3 anos”, diz Coutino, “estiveram em recessão desde então e o país começou um processo de recuperação após a pandemia, no terceiro trimestre do ano passado, mas foi mais por um ricocheteio aritmético que ocorreu em praticamente todas as economias do mundo”.

    O futuro

    É evidente que há um crescimento positivo importante na América Latina neste ano, diz Coutino. “Agora, para aonde se move? Nossas projeções nos permitem antecipar que após a retomada econômica de 2021, a América Latina já se encaminha a uma fase de expansão econômica”. O Chile, o Brasil e o Peru continuarão crescendo neste ano acima de onde estava seu nível do PIB antes da pandemia, enquanto as outras economias, como o México e a Colômbia, poderão se expandir além do nível pré-pandemia em 2022.

    As expectativas de inflação alta em todo o mundo fizeram com que alguns bancos centrais elevassem suas taxas de juros. “Esperamos que isso dê suporte às moedas da região em curto prazo”, diz Rostagno, “mas em uma perspectiva a longo prazo, a política continuará sendo um vento contrário”. A região enfrenta uma intensa temporada eleitoral neste e no próximo ano e a pandemia aumentou o descontentamento com os governos. “Isso aumenta o risco de políticas populistas”, opina Rostagno, “a Argentina, o Chile e a Colômbia são os próximos a ter eleições desafiadoras pela frente. No Brasil, ainda falta um ano às eleições gerais, o que dá tempo para melhorar” em termos de incerteza política.

     

    FONTE: EL PAÍS

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    IMAGEM: JORNAL PONTO FINAL

     

    Taiwan pediu para aderir ao Acordo Abrangente e Progressivo para uma Parceria Transpacífica (CPTPP, na sigla em inglês) – anunciou seu governo nesta quinta-feira (23), quase uma semana depois de a China ter solicitou seu ingresso a este mesmo pacto. 

     

    Firmado por 11 países da região Ásia-Pacífico em 2018, incluindo México, Chile e Peru, este é o maior acordo de livre-comércio da região. Representa em torno de 13,5% da economia mundial.

    “A maioria dos países-membros (do CPTPP) são os principais parceiros comerciais de Taiwan, que respondem por 24% do comércio internacional de Taiwan”, disse o porta-voz do governo, Lo Ping-cheng, à imprensa.

    “Taiwan não pode ficar à parte do mundo e deve se integrar à economia regional”, acrescentou.

     A China, que considera Taiwan como seu próprio território, reagiu, afirmando que Taipé não deveria ser autorizada a aderir.

    “Nos opomos firmemente a qualquer país que tenha trocas oficiais com Taiwan e nos opomos firmemente à adesão da região de Taiwan a quaisquer tratados, ou organizações, oficiais”, declarou o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Zhao Lijian, a repórteres.

    O governo japonês respondeu favoravelmente, por sua vez, ao anúncio.

    “O Japão dá as boas-vindas ao pedido de Taiwan para se unir” ao CPTPP, afirmou o ministro japonês das Relações Exteriores, Toshimitsu Motegi, em entrevista à imprensa em Nova York, por ocasião da Assembleia Geral da ONU.

    O movimento desta ilha, com um governo democrático próprio e de soberania reivindicada por Pequim, acontece na esteira do pedido formal de adesão por parte da China.

    Essas manobras coincidem com o aumento da tensão entre China e Austrália, país-membro do CPTPP, que acaba de firmar uma aliança militar com Estados Unidos e Reino Unido para rivalizar com Pequim na região do Indo-Pacífico.

    Reunindo um mercado de cerca de 500 milhões de pessoas, este acordo foi, inicialmente, promovido pelos Estados Unidos para aumentar sua influência na região e tentar isolar a China.

    O então presidente americano Donald Trump se retirou das negociações em 2017. Ainda assim, um ano depois, o pacto foi assinado por Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Peru, Nova Zelândia, Singapura e Vietnã.

    FONTE: AFP

    IMAGEM: REPRODUÇÃO TV MORENA

     

    A situação é cada vez mais grave nos rios que formam a hidrovia Paraguai-Paraná e Prata.

    O recorde histórico de baixa do Rio Paraguai, em Assunção, foi atingido nesta quinta-feira, 22: – 0,55 metro. Em 24 horas, o rio baixou 2 centímetros e superou o recorde anterior, de outubro de 2020: – 0,54, marca que superava um registro de 51 anos atrás.

    A tendência é que o rio desça ainda mais nos próximos dias. A redução do nível do rio trará consequências econômicas graves para o Paraguai, como lembra o jornal Última Hora, já que ficará intransitável para barcos, barcaças e rebocadores.

    O transporte de combustíveis e de outros insumos vitais para o comércio já está praticamente impossibilitado, o que vai aumentar os custos de fretes e, por consequência, os preços para os consumidores.

    O Paraguai conta com uma das maiores frotas de barcaças do mundo, utilizadas para transportar a produção agrícola rumo aos portos da Argentina e Uruguai e também para trazer produtos de importação, inclusive combustíveis, já que o país não tem costa marítima.

    Se a navegação comercial for totalmente paralisada, as perdas poderão chegar a US$ 100 milhões.

    Por enquanto, as perspectivas são negativas. Seria necessário chover 30 milímetros diários por algum tempo, para recuperar o rio e seus afluentes.

    No entanto, não há previsão de isso acontecer. E em novembro, devem começar a aparecer os efeitos de La Niña, que trará ainda mais seca.

    NOSSOS RIOS

    Enquanto isso, a situação no Rio Paraná melhorou um pouco, nos últimos dias. Na Ponte da Amizade, o rio vai variar entre a cota 95,65 e 97,34 metros acima do nível do mar, nesta quinta-feira, 23, segundo o Boletim Hidrológico da Itaipu Binacional.

    Para sexta-feira, mínima deve baixar para 95,33 e máxima para 96,82 metros. A situação está melhor que em semanas anteriores, mas ainda assim o Rio Paraná está cerca de 8 metros abaixo da cota normal.

    RIO IGUAÇU

    Nas Cataratas do Iguaçu, a vazão nesta quinta-feira está em 1.690 metros cúbicos por segundo, superior à vazão em períodos normais, que gira em torno de 1.500 m³/s.

    Na quarta-feira, 22, a vazão nas Cataratas chegou a superar, em alguns horários, 2 mil m³/s. ÀS 13h, chegou a 2 mil “redondos”. Às 14h, a 2.030 m³/s; às 15h, a 2.040 m³/s; e às 16h, a 2.020 m³/s. Depois, foi progressivamente voltando a níveis mais baixos, mas ainda assim superiores aos de períodos normais.

    “FORA DO AR”

    Não foi possível, nesta quinta, obter informações do Instituto Água e Terra (IAT) sobre a situação dos rios paranaenses em geral, que expliquem, inclusive, como o Iguaçu está com vazão tão alta nas Cataratas.

    O levantamento sobre os 51 rios paranaenses, baseado em registros das 86 estações telemétricas, é divulgado toda quinta-feira pelo IAT, no site Hidroinforma, que hoje não foi ao ar.

    Aliás, aparentemente todos os endereços eletrônicos do Governo do Estado estão com problemas. Não é possível acessar nenhuma página, inclusive da Agência Estadual de Notícias.

     

    FONTE: H2FOZ

    IMAGEM: Lucas Pacífico/CB/D.A Press

     

    No mês de agosto, o reajuste salarial mediano no país ficou 1,4 ponto percentual abaixo da inflação, considerando como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Apenas 9,5% das negociações resultaram em ganhos reais, de acordo com o boletim Salariômetro, divulgado hoje (23) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

    O reajuste médio negociado foi de 8,5% em agosto, enquanto o INPC, no acumulado de 12 meses, ficou em 9,9%. O piso salarial mediano – modelo que corrige discrepâncias – negociado foi de R$ 1.255 em agosto, enquanto o piso médio foi de R$ 1.396.

    O Salariômetro analisa os resultados de 40 negociações salariais coletivas, que são depositados no Portal Medidor, do Ministério da Economia. 

    Não houve aumento mediano real como resultado das negociações em nenhum dos últimos 12 meses, conforme a fundação. Desde setembro do ano passado, o índice tem oscilado de -1,4% a zero.

    Segundo a Fipe, a inflação projetada para as próximas datas-base ficará perto dos 10%, o que deverá comprimir o espaço para ganhos reais no futuro.

     

    FONTE: AGÊNCIA  BRASIL

     

    Guias de IPTU 2020 só serão emitas pela internet em Macaé, RJ, a partir de fevereiro do ano que vem — Foto: Rui Porto Filho/Prefeitura de Macaé

    IMAGEM:  Rui Porto Filho/Prefeitura de Macaé

     

    Empresa de energia, Eneva, deve comprar o projeto do Terminal Portuário de Macaé, investimento passa de R$ 1 bilhão

    A Eneva, empresa de energia que atua nos setores de geração, exploração e produção de petróleo e gás natural e comercialização de energia elétrica, deve comprar o projeto do Terminal Portuário de Macaé, é o que informa o Brazil Journal. O investimento é de R$ 1 bilhão e permitirá à companhia implementar seu plano de desenvolver térmicas na costa.

    A Eneva é antiga MPX Energia, e pertencia ao infame Eike Batista. Mas em 2014 o controle passou para as mão do grupo alemão de energia E.ON, quando há a mudança de nome. Em 2016, a Eneva se junta com a Paranaíba Gás Natural, antiga OGX Maranhão, mas que já estava nas mãos do Fundo de Investimento Cambuhy, ligado a família Moreira Salles.

    De acordo com Geraldo Samor, do Brazil Journal, o projeto está alinhado com a estratégia do CEO Pedro Zinner de desenvolver um hub de gás, composto de térmicas, infraestrutura associada e um terminal de regaseificação de GNL. Ele também lembra que os planos da empresa bem justamente quando o Brasil passa por uma crise hidríca aguda, precisando de usinas ‘térmicas na base’ — aquelas que estão disponíveis 24 horas por dia e conectadas por dutos aos navios que trazem o gás. Vale lembrar que a base energética do Brasil é hidrelétrica, e a crise hídrica é tão grave que pode deixar o Rio de Janeiro sem água.

    Macaé, diz o Brazil Journal, está em localização estratégica, com acesso tanto ao gás do pré-sal (hoje o mais competitivo) quanto ao gás importado. E o terminal portuário da cidade terá um terminal de líquidos e apoio offshore e outro para movimentação de petróleo, com dois berços de atracação aptos a receber navios VLCC e movimentar de até 2 milhões de barris de petróleo por dia.

    FONTE: DIÁRIO DO RIO.COM

     

    Hidrovias do Brasil

    IMAGEM: Hidrovias do Brasil/Divulgação

     

    A equipe do BTG Pactual participou de uma sessão web com o CEO da Hidrovias do Brasil, Fabio Schettino, e a gerente de RI (Ana Bastos) para discutir as atualizações recentes desde o último relatório trimestral.

    Os principais destaques foram:

    • Os níveis dos rios no Corredor Sul estão abaixo média histórica e a empresa enfrenta um cenário de grande restrição operacional, principalmente no trecho norte da hidrovia Paraná-Paraguai;
    • Novas fusões e aquisições no corredor sul são uma opção para expandir as operações;
    • A safra mais fraca de milho deste ano traz dificuldade para os volumes no Corredor Norte, mas a Hidrovias tem contratos take-or-pay de longo prazo, que têm sido importantes para manter os níveis razoáveis de EBITDA apesar dos volumes menores;
    • A Hidrovias está buscando novas oportunidades de projetos para diversificar as fontes de receita.

    Além disso, a reunião reforçou que os catalisadores de valor do longo prazo para a companhia ainda são encorajadores, impulsionados pelo aumento da capacidade de infraestrutura e expansão de volumes de grãos no país, diz o BTG.

    No geral, as tendências mais recentes apontam para um curto prazo ainda desafiador, que os analistas esperam continuar pressionando as ações até um melhor crescimento de curto prazo ser observado pelo mercado.

    “Assim que a empresa apresentar o crescimento esperado, acreditamos que as ações serão reavaliadas pelo mercado, conforme sinalizamos que sua tese de investimento de longo prazo permanece intacta”, diz o BTG.

    Corredor Sul enfrenta grandes restrições operacionais

    Os níveis de água no Corredor Sul estão abaixo da média histórica e as operações estão ainda severamente restritas, principalmente no trecho norte do corredor Paraná-Paraguai, por onde a empresa transporta minério de ferro.

    O CEO destacou que o menor limite de sua faixa de guidance revisado já incorpora um cenário de não navegação na região de Corumbá por 2 meses e a situação até agora tem estado muito próxima dessa realidade.

    No entanto, apesar deste cenário desafiador, a empresa aumentou sua participação de mercado na região para 80%, um nível recorde que acreditamos ser explicado pela frota melhorada da Hidrovias após a aquisição da Imperial, que permite a navegação em rios com níveis de calado mais baixos.

    O crescimento inorgânico adicional é uma opção de expansão e a empresa é um consolidador natural do mercado, aproveitando o grande número de pequenas empresas prejudicadas pelo difícil cenário hidrológico.

    Enfim, muitas iniciativas têm sido discutidas entre as companhias que atuam no Corredor Sul para reduzir o risco hidrológico do corredor, como (i) realização de dragagens com antecedência, preservando um fluxo ativo de fornecedores; (ii) negociações com o governo paraguaio para a realização de dragagens com maior frequência; e (iii) buscar novas tecnologias que possibilitem navegação em rios de águas mais rasas (exclusivo para Hidrovias).

    Safra mais fraca já incluída no guidance revisado

    A safra de milho mais fraca neste ano, devido ao clima mais seco durante a época de plantio, está trazendo dificuldades em termos de volumes para o Corredor Norte, conforme refletido na redução de guidance da empresa (os volumes esperados no corredor para 2021 foram reduzidos em ~-33%).

    Sobre este assunto, o CEO sinalizou a importância dos contratos take-or-pay de longo prazo da Hidrovias, que ajudam a manter os níveis de EBITDA, apesar dos volumes mais baixos. Ele também mencionou que a perspectiva de safra para o próximo ano aponta para um ambiente mais favorável e as negociações de contrato têm sido positivas até agora.

    Sobre a competitividade da empresa no longo prazo, o CEO destacou que a Hidrovias está bem posicionado no corredor norte, sendo o único provedor de logística integrada independente que atende tradings de grãos não verticalizados.

    Esse posicionamento estratégico também dá à Hidrovias a capacidade de ajustar preços de acordo com as especificações do contrato, proporcionando uma melhor competitividade as operações dos seus clientes.

    O executivo não espera grandes impactos da recente assinatura do projeto Lucas do Rio Verde (LDRV) pela Rumo, devido a baixa sobreposição operacional. Olhando para o longo prazo, a empresa também está otimista quanto à aprovação do Ferrogrão, aumentando a competitividade do Corredor Norte e possibilitando maior volumes.

    Hidrovias segue em busca de novas oportunidades de projetos

    A modernização do terminal da Hidrovias em Santos está em vias de ser concluída em 2022. O terminal será um importante polo de entrada de fertilizantes no estado de São Paulo.

    A divisão de cabotagem tem desempenho regular, mas os volumes ainda são impactados pela lentidão na retomada das operações de um cliente relevante após o problema em seu cais de descarga.

    A divisão Joint Venture também está atuando regularmente, sem grandes mudanças no 2º trimestre. Além de seu atual portfólio de projetos, a empresa busca novos oportunidades de diversificação de receitas.

    A Hidrovias planeja acelerar construção de seu terminal em Porto Velho, tanto quanto possível, devido à forte demanda dos clientes na região.

    Por fim, a empresa também está trabalhando para manter um maior equilíbrio na estrutura da dívida para ter um hedge natural mais adequado, com foco em melhorar a adequação de sua exposição da dívida em moeda estrangeira com as receitas e custos.

    FONTE: BTG