IMAGEM: FETRACAN

 

STJ julga limitação de créditos trabalhistas em recuperação judicial


Várias empresas em recuperação judicial acionaram o STJ pedindo afirmando que há, sim, previsão legal expressa que permite a limitação de pagamento dos créditos trabalhistas.

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Os ministros da 4ª turma do STJ deram início ao julgamento de recurso especial no qual se discute a sujeição de créditos trabalhistas, no âmbito de recuperação judicial, ao limite de 150 salários, previsto na lei 11.101/05. O julgamento foi suspenso por pedido de vista do ministro Antonio Carlos.

Várias empresas em recuperação judicial acionaram o STJ contra acórdão do TJ/MT. O Tribunal mato-grossense decidiu que o art. 83, da lei 11.101/05 (sobre classificação dos créditos), é inaplicável à recuperação judicial, motivo pelo qual os créditos trabalhistas (e seus equivalentes) habilitados na recuperação não se sujeitam ao limite de 150 salários.

No STJ, as empresas sustentaram que há previsão legal expressa que permite a limitação de pagamento dos créditos trabalhistas, "a fim de evitar que altos valores consumam todos os recursos da empresa em recuperação para pagamento de poucos credores trabalhistas".

Assim, as empresas pediram a declaração de legalidade das cláusulas aprovadas por credores em assembleia, as quais permitem a limitação quantitativa do pagamento dos créditos derivados da legislação do trabalho.

Validade do pacto dos credores

O relator, ministro Marco Buzzi, entendeu que, em se tratando de verbas honorárias de quantia elevada - quer trabalhista por equiparação - o STJ tem admitido, sim, a estipulação de forma diferenciada do seu pagamento pela deliberação consensual da assembleia geral dos credores, "razão pela qual o julgado Estadual recorrido deve ser reformado" para que seja restabelecido o pacto de credores firmado no plano de recuperação judicial.

Após o voto do relator, o ministro Antonio Carlos pediu vista.

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FONTE: MIGALHAS

Novos projetos na Bacia de Campos contratados nos últimos leilões já começa a refletir nos cofres do Rio de Janeiro. — Foto: Daniel Silveira/G1

IMAGEM: Daniel Silveira/G1

RJ praticamente dobra receita com royalties e participações especiais do petróleo em 2021

Estado do Rio deu um salto de R$ 3.454.198.670,34, em 2020, para R$ 5.379.012.735,53, neste ano, um aumento de 56%

Números divulgados pela Associação Nacional do Petróleo (ANP) sobre o repasse de royalties e participações especiais para Estados e municípios sobre o petróleo e outros combustíveis, mostram que o Estado do Rio aumentou sua receita em 56%. Dando um salto de R$ 3.454.198.670,34, em 2020, para R$ 5.379.012.735,53, neste ano. Os dados forma publicados pelo Jornal O Globo.

O município do Rio também apresentou resultado expressivo, passou de R$ 148.510.920,51, no ano passado, para R$ 191.055.425,97, alta de 29%. Os índices, segundo a ANP, são do acumulado até setembro em ambos os anos.

No que se refere as participações especiais, o aumento é mais significativo para o Estado. Somando os pagamentos dos dois primeiros trimestres de 2021 (os únicos feitos até agora), o Palácio Guanabara recebeu como contrapartida R$ 6.117.836.338,08, muito além dos R$ 2.724.873.936,09 pagos que em 2020, alta de incríveis 125%.

Dobrando sua arrecadação, a Prefeitura do Rio recebeu R$ 115.826.521,06 em 2021, enquanto que em 2020 foram R$ 55.490.397,45 , alta de 109%.

No acumulado, o Estado do Rio já soma R$ 11.496.849.073,61 este ano, muito acima dos R$ 6.179.072.606,43 de 2020 – disparada de 86%. Já a cidade do Rio viu aumentar sua receita em R$ 100 milhões: passou de R$ 204.001.317,96 para R$ 306.881.947,03 (50% a mais).

 

FONTE: DIÁRIODORIO.COM

 

Chefe da OIT diz que impacto da pandemia no trabalho é 'cataclísmico' -  Sindicato dos Bancários d

A pandemia de covid-19 seguirá afetando o emprego de forma mais intensa que o esperado em 2021, de acordo com as estimativas da Organização Mundial do Trabalho (OIT) publicadas nesta quarta-feira (27).

A nova edição do Observatório da OIT sobre a covid-19 mostra que a perda em número de horas de trabalho em 2021 pela pandemia será significativamente maior que o previsto anteriormente.

A previsão mais recente calcula em 4,3% o número de horas perdidas em comparação ao período anterior à pandemia, contra -3,5% da estimativa de junho.

“A trajetória atual do mercado de trabalho está marcada por uma recuperação estagnada, com o surgimento de riscos maiores de deterioração e por grandes diferenças entre as economias desenvolvidas e em desenvolvimento”, afirmou o diretor geral da OIT, Guy Ryder.

“Constatamos de maneira dramática que é a disponibilidade desigual de vacinas e capacidades para retomar o orçamento o que alimenta estas tendências”, destacou.

O relatório mostra que a jornada de trabalho está se recuperando em países de renda alta e média-alta, enquanto as horas de trabalho continuam registrando perdas significativas em países de renda baixa e média-baixa.

Por regiões, Europa e Ásia central registraram as quedas mais leves na comparação com o período anterior à pandemia (-2,5%), seguidas pela Ásia-Pacífico (-4,6%). A situação é mais grave na África (-5,6%), Américas (-5,4%) e países árabes (6,5%).

Também existem desigualdades entre diferentes setores e os jovens, especialmente as mulheres jovens, são as mais afetadas no trabalho.

A OIT atribui a situação nos países menos desenvolvidos às limitações orçamentárias e ao acesso escasso às vacinas, além dos riscos de superendividamento e problemas nas cadeias de abastecimento de todo o mundo.

A organização considera que se os países com menos renda tivessem um acesso mais justo às vacinas, em apenas um trimestre poderiam alcançar a recuperação no que diz respeito às horas de trabalho das economias mais ricas.

FONTE: AFP

 

'Acordo histórico', disse secretária de Comércio Exterior da Argentina

IMAGEM: REUTERS/YVES HERMAN

A uma semana da COP 26, políticos pedem que Europa imponha regras mais duras a exportadores

BRUXELAS - Se no Brasil o agronegócio e as ONGs ambientais costumam estar em lados opostos, na França eles estão unidos —e agindo para complicar a vida de exportadores brasileiros e do acordo comercial entre a União Europeia e Mercosul.

Doze eurodeputados de quatro blocos ideológicos —do esquerdista GUE/NGL ao centro-direitista PPE—, entre representantes de sindicatos rurais e ativistas verdes, afirmaram que vão se opor "de forma inequívoca" ao acordo UE-Mercosul, em artigo publicado no jornal francês Le Monde nesta segunda (25).

A França ocupa no próximo semestre a presidência rotativa do Conselho da União Europeia, o que lhe permite influenciar a pauta de discussões do bloco de 27 países.

O presidente Emmanuel Macron, que enfrenta uma eleição em abril, deverá estar especialmente sensível aos apelos de dois grupos de pressão relevantes em seu país: os ambientalistas e os agricultores. 

Segundo os eurodeputados, a União Europeia deve estabelecer regras de reciprocidade para produtos agrícolas importados, para evitar que distorções prejudiquem os produtores europeus e reduza a transição para uma produção sustentável.

A carne brasileira é expressamente citada no texto: "Certos métodos de produção (uso de farinhas animais, uso de antibióticos como promotores de crescimento) que são estritamente proibidos na criação europeia devem ser objeto de medidas estritas de reciprocidade e controle de produtos importados, como carne bovina, que chega até nós do Brasil ou Canadá, por exemplo".

Os eurodeputados também defendem que alimentos vendidos para a UE devem ser barrados se usarem pesticidas ou antibióticos proibidos no bloco europeu, que os considera prejudiciais à saúde.

O Brasil é o terceiro país que mais usa agrotóxicos em números absolutos, depois de China e EUA, segundo dados da FAO, agência da ONU para alimentação e agricultura. Em relação à área de agropecuária, a terceira global, ocupa a 27ª posição no ranking da entidade –5,94 kg por hectare.

Um decreto recente que flexibiliza regras sobre o uso de químicos na produção foi visto por organizações como um retrocesso nas políticas ambientais e de saúde do Brasil. Segundo o governo, a mudança aumentará a concorrência, incentivando produtos mais modernos, menos tóxicos e mais baratos.

Para os eurodeputados que escrevem no Le Monde, o resultado disso é deixar agricultores europeus expostos "à concorrência desleal com produtos importados que são mais baratos e piores em termos de saúde, meio ambiente e bem-estar animal".

Os produtores franceses precisam interromper até o final do ano que vem, por exemplo, o uso do glifosato, o agrotóxico mais usado no Brasil, e que eleva a produtividade da soja brasileira, já favorável por condições climáticas e gerenciais.

Os eurodeputados que assinam o texto também criticam o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul e o CETA (com o Canadá), por "reduzirem barreiras alfandegárias aos produtos agrícolas sem impor o cumprimento estrito das normas europeias", o que, segundo eles encoraja as importações de baixo custo.

O acordo, que facilitaria ao Mercosul acesso ao mercado de 450 milhões de consumidores da UE, foi congelado pelo bloco desde que suas negociações foram concluídas, em meados de 2019. Para vigorar, o texto precisaria ser aprovado pelo Parlamento Europeu, pelo Conselho (que reúne os 27 líderes) e pelos Legislativos nacionais (e regionais, no caso da Bélgica, por exemplo).

Mas cresceu na opinião pública europeia a convicção de que o governo Jair Bolsonaro promove um desmonte das políticas ambientais brasileiras.

Grandes fundos retiraram investimentos de projetos brasileiros associados ao desmatamento e grandes varejistas passaram a se preocupar com a sustentabilidade dos produtos que importam.

Em julho, dez entidades ambientais pediram ao governo francês que deixasse de importar alimentos brasileiros. Como o acirramento da oposição política, a Comissão decidiu esperar momento mais favorável para iniciar a tramitação do acordo.

O governo e os produtores brasileiros têm tentado desfazer a imagem negativa do Brasil, em reuniões promovidas nas embaixadas, em visitas de integrantes de ministérios à Europa e em campanhas publicitárias.

O Ministério da Agricultura afirma que os critérios de segurança de agrotóxicos usados pelo Brasil são mais rígidos do que os de outros países. Se usasse a classificação internacional, conhecida como Sistema GHS, "o índice de pesticidas classificados como extremamente tóxicos no Brasil passaria de 34% para cerca de 14%".

Segundo o órgão, os produtos brasileiros são constantemente testados para contaminação e, "quando há resíduos, estão muito abaixo do que é permitido pelos códigos internacionais".

O ministério também defende a sustentabilidade da carne brasileira: em seu site, a foto principal mostra mostra bois em um pasto verdejante, sobre texto que descreve técnicas de produção sustentável.

Na reunião contra a crise do clima que começa neste domingo, a COP-26, o governo tentará emplacar a imagem de um Brasil comprometido com o ambiente.

Por enquanto, ao menos, o contra-ataque da narrativa brasileira não tem sido suficiente para mudar posições europeias contra o tratado entre os blocos.

"Nós nos oporemos de forma inequívoca ao acordo comercial atualmente em discussão com os países do Mercosul, uma vez que este acordo não incluirá, em sua condicionalidade, todas as medidas-espelho destinadas a proteger os padrões de saúde e meio ambiente exigidos pelos países", escrevem os eurodeputados no Le Monde.

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 

Navio transporta GNL

IMAGEM: REUTERS/Issei Kato/File Photo

 

A tarifa para fretar um navio de GNL no Pacífico subiu para o maior nível em nove meses na semana passada

A demanda por gás natural liquefeito é tão grande que não há navios suficientes para transportar o combustível na Ásia, o que complica ainda mais o déficit global de energia que tende a piorar no inverno do hemisfério norte.

A tarifa para fretar um navio de GNL no Pacífico subiu para o maior nível em nove meses na semana passada, já que mais navios estão sendo usados para exportações de terminais dos Estados Unidos para a Ásia, o que aumenta o tempo de viagem e os torna indisponíveis para novos pedidos. Ao mesmo tempo, armadores têm posicionado navios excedentes no Atlântico, reduzindo a quantidade de embarcações disponíveis na Ásia. Com isso, conseguem flexibilidade para enviar cargas dos EUA para a região onde houver mais demanda.

“As taxas de afretamento à vista aumentaram de forma constante desde o fim de setembro, e nossa expectativa é de que isso continue à medida que entrarmos na temporada de comércio de inverno”, disse Fraser Carson, analista de gás e GNL da Wood Mackenzie. “As cargas de GNL dos EUA serão necessárias para pronta entrega na Europa e na Ásia durante o inverno, e até que ponto serão atrasadas ou reencaminhadas terá um papel importante sobre o quanto as taxas de afretamento subirão e por quanto tempo.”

Ásia e Europa estão competindo por um volume cada vez menor de cargas de GNL à vista em meio à reposição de estoques de empresas de energia antes do inverno. Como as cargas spot de GNL são comercializadas com base na entrega, os crescentes custos de transporte tornarão o combustível ainda mais caro.

As taxas de frete de GNL da bacia do Pacífico são negociadas a US$ 203.500 por dia, a maior cotação em nove meses, de acordo com dados da Spark Commodities. Alguns armadores chegaram a pedir de US$ 220.000 a US$ 275.000 por dia, quase ultrapassando o recorde de US$ 231.500 do início do ano, de acordo com tradings e corretores, que pediram anonimato.

A taxa de frete à vista para alugar um navio no Pacífico mostra um prêmio em relação ao Atlântico há mais de cinco dias, uma ocorrência atípica vista pela última vez durante o inverno de 2018, quando o clima frio impulsionou as compras de gás spot da Ásia acima da capacidade de transporte, de acordo com Wood Mackenzie.

Normalmente, as taxas de frete da bacia do Pacífico são entre de US$ 5.000 e US$ 15.000 por dia mais baratas do que as tarifas do Atlântico, mas esse desconto foi revertido e agora equivale a um prêmio de US$ 60.500 por dia, segundo dados da Spark Commodities. A viagem de duas semanas da Austrália para a China leva cerca de metade do tempo de quando os navios saem dos Estados Unidos, com duração de quatro a cinco semanas.

“A demanda chinesa tem sido muito forte, e a China vai se tornar o maior importador mundial de GNL este ano”, disse Laura Page, analista sênior de GNL da Kpler. “Como resultado, a Ásia agora precisa comprar mais cargas do Atlântico.”

As taxas de frete poderiam voltar a subir no final do ano, quando as temperaturas caírem e a demanda por aquecimento aumentar, especialmente porque empresas australianas elevam a produção, o que pode exigir mais capacidade de transporte. A Woodside Petroleum disse que pretende vender mais cargas à vista para aproveitar a alta dos preços do gás.

 

FONTES: BLOOMBERG/INFOMONEY 

A cúpula  maior, voltada para cima, abriga o Plenário da Câmara dos Deputados.

IMAGEM: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

 

Entre as propostas na pauta também estão a criação de subsídio ao botijão de gás e o índice para reajuste de aluguéis

A Câmara dos Deputados poderá analisar nesta semana a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 23/21. Aprovada na quinta-feira (21) por uma comissão especial, a PEC dos Precatórios chegará ao Plenário na forma do substitutivo do relator, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), à versão do Poder Executivo.

O substitutivo limita o pagamento de precatórios, prevê descontos e reajusta os saldos remanescentes pela taxa Selic. Muda, ainda, o cálculo do teto de gastos públicos. Com isso, a ideia é criar folga orçamentária até 2022 para auxílio de R$ 400 mensais a 17 milhões de famílias em situação de vulnerabilidade.

Para deputados contrários à PEC, o texto tem motivação eleitoral e desequilibra as contas públicas. Significa ainda calote em dívidas do governo reconhecidas pela Justiça e desvio de recursos cuja alocação preferencial seria na educação.

Outras propostas

A pauta do Plenário traz outros itens relacionados aos impactos econômicos da pandemia de Covid-19. Entre eles está o Projeto de Lei (PL) 1374/21, do deputado Carlos Zarattini (PT-SP) e outros, que cria subsídio no botijão de gás destinado a famílias de baixa renda e retorna à Câmara após alterações feitas pelo Senado.

O benefício será equivalente a, no mínimo, 50% da média do preço nacional de referência do botijão de 13 quilos, sendo pago preferencialmente à mulher responsável pela família. Em relação à versão aprovada pelos deputados em setembro, os senadores excluíram alterações na Lei do Pré-Sal.

Já o PL 1026/21 limita o reajuste dos contratos de aluguel ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Atualmente, a Lei de Locações determina que o indexador será definido entre as partes. O Índice Geral de Preços e Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é tradicionalmente mais usado.

No entanto, a desvalorização do real e o custo de matérias-primas na pandemia impactou o IGP-M e estimulou negociações entre locadores e locatários. O IPCA acumulado nos últimos 12 meses até setembro é de 10,25%, enquanto o IGP-M atingiu 24,86%. Em 2020, o IGP-M acumulou alta de 23,14%, ante 4,52% do IPCA.

A pauta completa do Plenário inclui ainda propostas remanescentes da semana passada – como o PL 1133/21, do Senado, que prorroga a suspensão das obrigações de beneficiários do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) por mais um ano, a partir de janeiro – e a ratificação de cinco acordos internacionais.

A primeira sessão deliberativa da semana foi convocada para terça-feira (26), às 13h55.

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Río Paraguay

IMAGEM: EPA/BBC

No Pantanal, rio Paraguai chega a 1 cm da seca recorde

É segundo nível mais baixo em 121 anos de registro; 

Principal curso d'água do Pantanal, o rio Paraguai registrou o segundo menor nível em 121 anos de medição, na cidade de Ladário (MS). A seca histórica praticamente inviabilizou a navegação de grandes embarcações, que escoam minério e outros produtos da região.

No último dia 16, a estação de Ladário, a 426 km a oeste de Campo Grande, marcou -60 cm. Desde 1900, o nível do rio Paraguai só esteve mais seco em setembro de 1964, quando chegou a -61 cm. A informação é do Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste, da Marinha.

Os valores negativos das medições se devem ao fato de a primeira régua instalada em Ladário, há 121 anos, acabar fora da água em períodos de nível baixo. Na época, estimou-se que o nível não desceria mais do que aquele valor, mas isso aconteceu já alguns anos depois, em 1910.

"São quase três anos sem o transbordamento do rio Paraguai, o evento clássico da região", afirma o pesquisador Marcelo Henriques, do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), órgão do governo federal responsável pelo monitoramento da vazão dos rios. 

Com o início do período de chuvas neste mês, o SGB projeta uma tendência de estabilização seguida de elevação do nível da água na maioria das estações de medição ao longo das próximas semanas. Nesta sexta-feira (22), o nível do rio Paraguai estava um pouco mais alto em Ladário, -55 cm.

Há incertezas, no entanto, sobre o volume de chuvas para os próximos meses. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), órgão do governo americano, estima que há 87% de chances de que o fenômeno La Niña (resfriamento das águas do Pacífico) continue entre dezembro e fevereiro de 2022.

Para o Brasil, isso deve significar mais chuvas no Norte e menos precipitação no Sul. O impacto no Centro-Oeste é mais imprevisível. Em nota à imprensa, o governo de Mato Grosso do Sul avalia que choverá menos apenas no sul do estado, ou seja, não afetaria o Pantanal.

O rio Paraguai nasce perto de Diamantino, a 180 km ao norte de Cuiabá, uma área de intensa atividade agropecuária, o que pressiona as nascentes. Ao todo, possui uma extensão de 2.621 km. Sua bacia inclui também BolíviaParaguai Argentina . 

No final de agosto, a Folha cruzou o Paraguai em Barra do Bugres (167 km de Cuiabá). O nível estava tão baixo que as pessoas cruzavam a pé, com a água abaixo da cintura, até uma ilha de areia no meio do leito. Moradores disseram que nunca haviam visto o rio com tão pouca água naquele trecho.

A partir de Cáceres (MT), já no Pantanal, o rio funciona como hidrovia, com vários terminais portuários, incluindo o da empresa Vale, em Corumbá (MS), usado para embarcar minérios, principalmente de ferro. Sem o rio, a BR-262 passou a receber mais fluxo de caminhões. A mineradora informou ter suspendido as operações no rio Paraguai e que está transportando apenas por meio rodoviário.

Para a Bolívia, a situação é ainda mais dramática, já que o rio Paraguai é o único acesso soberano do país ao mar. Desde o início de setembro, o canal Tamengo, que liga os terminais portuários ao rio, na região de Corumbá, está inoperável para embarcações de transporte fluvial.

Segundo o especialista em Logística Fluvial Enrique Notta, da empresa multinacional InterBarge, a seca do rio Paraguai interrompeu uma trajetória de crescimento do uso do rio Paraguai iniciado em 2010, ano da inauguração da rodovia que liga essa região fronteiriça ao restante da Bolívia.

Desde 2010 até 2019, o fluxo passou de 750 mil toneladas para 2,1 milhões de toneladas no lado boliviano, principalmente derivados de soja e cimento. Em 2020, com o início da atual estiagem, houve uma redução de 50%, de acordo com Notta.

Neste ano, a tendência de queda continuou, com uma redução de 20% em relação a 2020. Assim como no Brasil, o escoamento passou a ser feito por meio rodoviário.

Para o especialista boliviano, uma das soluções passa pela dragagem de trechos mais críticos do canal Tamengo e do rio Paraguai. "Contra a natureza, somos apenas seres humanos, mas podemos realizar certas obras que nos ajudem a mitigar esse impacto negativo para toda a região."

 

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 

IMAGEM: AMATRA 1

 

Um empregador não viola o princípio da isonomia ao manter profissionais em jornadas com cargas horárias diferentes — desde que os contratos de trabalho em questão sejam oriundos de relações jurídicas distintas, a exemplo de casos que envolvem sucessão de empresas.

Com base nesse entendimento, a 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região reformou sentença que havia condenado a Claro a pagar horas extras a um ex-funcionário da Net, empresa de TV por assinatura que foi incorporada pela operadora. A decisão foi unânime.

Contratado pela Net em 1997, o profissional alegou que cumpria jornada de 44 horas semanais, das 8h às 17h48, além de uma hora de intervalo — expediente que foi mantido a partir de 2018, ano da incorporação à Claro.

Ao ser transferido, porém, viu que os novos colegas cumpriam carga horária menor, com jornadas de segunda a sexta, das 8h às 17h. Insatisfeito, alegou estar sendo submetido a tratamento diferenciado e requereu o pagamento de horas extras pelos 48 minutos diários de diferença entre as jornadas.

A empresa afirmou que eventuais diferenças na jornada cumprida por empregado de companhia incorporada configuram direito personalíssimo, não podendo ser estendido ao autor por falta de amparo jurídico.

O caso seguiu para a 58ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, que levou em conta o princípio da norma mais benéfica para condenar a operadora ao pagamento das horas excedentes a partir da incorporação. A empresa recorreu.

Ao chegar ao TRT-1, a questão ganhou outro rumo. Relator do acórdão, o desembargador Rildo Albuquerque Mousinho de Brito afirmou ser "incontroverso" que o empregado de fato cumpriu jornada de 44 horas semanais, mas disse não haver motivo para aplicação de isonomia, uma vez que os profissionais são oriundos de empresas diferentes, atuando sob situações jurídicas distintas.

"Não há violação ao princípio da isonomia e tampouco distinção ilícita na prática de cargas horárias diversas, não havendo óbice à submissão do promovente à carga horária de 44h semanais", afirmou o desembargador, que também vetou pagamento de tickets-refeição relativos a férias cobrados pelo empregado.

 

FONTE: REVISTA CONSULTOR JURÍDICO/CONJUR

IMAGEM: Daniel Teixeira – Estadão/Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, responsável pelo desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro da Marinha  

A renovação da frota é uma parceria entre o Brasil e a França. O primeiro motor deve entrar em operação até o fim deste ano

No interior de São Paulo, a Marinha prepara os testes do primeiro motor brasileiro movido a energia nuclear, que será instalado em um submarino. A tecnologia foi totalmente desenvolvida no Brasil e faz parte do projeto de renovação da frota de submarinos do país.

É no Centro Tecnológico da Marinha em Iperó, a 125 quilômetros da capital paulista, que está sendo montado o primeiro motor de submarino brasileiro movido a energia nuclear. Trata-se de uma técnica dominada por apenas seis países no mundo: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França, China e Índia. No Brasil, foi concebida de forma inédita.

Tudo é desenvolvido com muito sigilo. O comandante Luís Cláudio Farina, diretor do Centro Industrial Nuclear de Aramar, explica que é para que se tenha a segurança do projeto e do conhecimento gerado. “O objetivo é que esse conhecimento permaneça na marinha e não seja desviado para outros projetos que não sejam pacíficos como o nosso”, diz.

O jornalismo da Record TV teve acesso à preparação do laboratório de geração nucleoelétrica. É um gigante de aço, igual ao submarino nuclear. Tudo é feito em tamanho real, para que os engenheiros possam simular a operação do reator e fazer as modificações necessárias antes da instalação definitiva.

No centro tecnológico, equipamentos também vão monitorar a radioatividade, que é nociva ao corpo humano. Por isso, esses testes de segurança são fundamentais.

“Seria inadmissível que os testes de desempenho, em condições adversas, fossem processados no mar, porque, se algo der errado, é a vida dos tripulantes que estão lá naquela situação”, diz o comandante Salvador Ramos, vice-diretor do Centro Tecnológico da Marinha.

“Todas as situações de emergência serão testadas e validadas para, depois, termos a planta instalada no submarino, já sabendo como ela se comporta e a nossa capacidade de controlar essa planta nuclear”.

Antes o projeto esbarrava em uma limitação: nenhum país fornece combustível nuclear para essa finalidade. A dificuldade foi superada pelo Centro Nuclear Industrial da Marinha, que hoje domina o enriquecimento de urânio.

Parte da fábrica está em construção e, até 2025, deve entrar em pleno funcionamento. A tecnologia será instalada no último dos cinco submarinos que estão sendo construídos na região metropolitana do Rio.

A renovação da frota é uma parceria entre o Brasil e a França. O primeiro motor deve entrar em operação até o fim deste ano. As entregas vão até 2034.

Em um submarino tradicional, as baterias são carregadas por geradores movidos a diesel, mas a autonomia é de até 45 dias. Já com a energia nuclear, são sete anos. O processo de enriquecimento do urânio é todo desenvolvido no Centro Tecnológico. São 48 megawatts de potência. Isso significa que um reator nuclear de submarino poderia iluminar uma cidade de 20 mil habitantes.

Os submarinos ajudam a garantir a segurança de toda a costa brasileira. Pela chamada “Amazônia Azul” passam 95% do comércio exterior do brasil e a maior parte do petróleo (93%) e gás natural (75%) consumidos no país.

Os engenheiros acreditam que, em um futuro próximo, a tecnologia dos reatores nucleares possa ser utilizada em outras áreas. Tornar a água do mar potável e levar energia elétrica a áreas remotas já estão no radar.

 

FONTE: Poder Naval / Record TV – Pedro Paulo Filho

Um homem segura uma carteira de trabalho. À frente, há um laptop

IMAGEM: GILSON ABREU/AEN

Proposta tem o objetivo de manter a redução dos custos de contratação de trabalhadores por empresas

Por articulação do governo, o projeto que estende até 2026 a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores tem encontrado barreiras para avançar no Congresso.

A proposta está parada há um mês na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, onde o relator, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), que é aliado do Palácio do Planalto, chegou a apresentar o voto e depois recuou.

Sem o parecer dele, o projeto não foi votado no início de outubro. Desde então, a proposta não retornou à pauta da comissão. 

Outra via para avançar com a medida na Câmara seria levá-la direto para o plenário.

Um dos principais defensores da desoneração, o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) conseguiu o apoio parlamentar para que a Câmara decida se o projeto poderá sair da CCJ e ser analisado no plenário.

No entanto, a estratégia foi praticamente descartada por falta de endosso do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e pela articulação do governo contra a proposta, apesar de o cenário ter melhorado um pouco nos últimos dias, segundo Goergen.

"Os setores estiveram com o [ministro da Casa Civil] Ciro Nogueira, estiveram com o [presidente da Câmara] Arthur [Lira], por iniciativa deles próprios, sem nenhuma pressão parlamentar. Eles saíram das reuniões com a clareza de que o tema precisa avançar".

O deputado diz que Lira pediu aos técnicos da Câmara para fazerem um estudo de viabilidade orçamentária. "De alguma forma o governo se comprometeu mais, e o Arthur também avançou".

A proposta tem o objetivo de manter a redução dos custos de contratação de trabalhadores por empresas dos 17 setores. O incentivo está previsto para terminar em dezembro de 2021.

O Ministério da Economia é contra a prorrogação da medida.

Aliados do governo tentam impedir o avanço da proposta, e, em troca, defendem que o Congresso busque uma solução para conseguir viabilizar uma promessa do ministro Paulo Guedes (Economia): uma desoneração da folha para todos os setores da economia e de forma permanente. Essa é a mesma posição de Lira.

A estratégia do governo é deixar que o Congresso assuma a liderança da articulação pela aprovação de um novo imposto digital —nos moldes da extinta CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira)— que substituiria os tributos sobre a contratação de mão de obra.

Essa troca de encargos é desejada por Guedes, mas, após diversos entraves para apresentar a proposta desde o início do governo, a equipe dele tem adotado uma postura diferente —deixando o Congresso assumir a linha de frente do plano de desonerar a folha de pagamento de todos os setores.

"A nossa ideia é a de que, se não conseguirmos contemplar todos os setores, possamos prorrogar a desoneração dos 17 setores inicialmente, encontrar espaço orçamentário para tanto e, mais adiante, desoneramos a folha de pagamento dos empregadores em nosso país. Essa é uma das medidas mais aptas a de fato gerar trabalho e emprego em nosso país", afirmou Freitas.

Segundo ele, se o benefício aos 17 setores não for prorrogado, mais de 3 milhões de empregos serão perdidos.

Se passar pela Câmara, a proposta seguirá para o Senado, que precisa dar o aval ao texto. "O prazo está apertado. Precisamos aprovar isso com urgência, mas está difícil conseguir abrir caminho para as votações", disse Goergen. A intenção do deputado era tentar votar o projeto na comissão nesta semana.

Ao se posicionar contra a desoneração da folha dos 17 setores, a equipe econômica diz que a medida representa um custo de R$ 8,3 bilhões por ano, caso o benefício seja prorrogado. Isso não está previsto no projeto de Orçamento de 2022.

Além disso, o formato atual da proposta não prevê uma medida que compense as perdas aos cofres públicos. Isso, segundo membros do governo e técnicos do Congresso, contraria regras orçamentárias. Portanto, o plano é sugerir ao Palácio do Planalto que vete o projeto caso ele seja aprovado ainda neste ano.

Caberia então ao Congresso derrubar eventual veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para manter a política de redução do custo de mão de obra para os setores que mais empregam no país.

Goergen afirma que o ambiente de outros projetos aos quais o governo tem vinculado a questão da desoneração —o Imposto de Renda, pendente de votação no Senado, e a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos precatórios— "e mais o que aconteceu no próprio Ministério [com a debandada na equipe de Paulo Guedes]" preocupa.

desoneração da folha, adotada no governo petista, permite que empresas possam contribuir com um percentual que varia de 1% a 4,5% sobre o faturamento bruto, em vez de 20% sobre a remuneração dos funcionários para a Previdência Social (contribuição patronal).

Isso representa uma diminuição no custo de contratação de mão de obra. Por outro lado, significa menos dinheiro nos cofres públicos.

Atualmente, a medida beneficia companhias de call center, o ramo da informática, com desenvolvimento de sistemas, processamento de dados e criação de jogos eletrônicos, além de empresas de comunicação, companhias que atuam no transporte rodoviário coletivo de passageiros e empresas de construção civil e de obras de infraestrutura.

Representantes desses segmentos e deputados que articulam a prorrogação da medida até dezembro de 2026 argumentam que a retirada do benefício elevaria os custos das empresas, o que colocaria empregos em risco num momento em que o país tenta se recuperar da crise provocada pela Covid-19.

Recentemente, Lira chegou a dizer que o Congresso estudava alternativas para tratar da desoneração permanente da folha de pagamentos, mas não deu detalhes.

Goergen diz que essa discussão passaria pelo novo imposto. "Quando eu fui sondar, não tinha apoio. Eu acho que o atual governo não resolve esse tema definitivamente, porque não fez uma reforma tributária adequada."

DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO

Segmentos beneficiados atualmente

  • Calçados
  • Call center
  • Comunicação
  • Confecção/vestuário
  • Construção civil
  • Empresas de construção e obras de infraestrutura
  • Couro
  • Fabricação de veículos e carrocerias
  • Máquinas e equipamentos
  • Proteína animal
  • Têxtil
  • Tecnologia da informação (TI)
  • Tecnologia de comunicação
  • Projeto de circuitos integrados
  • Transporte metroferroviário de passageiros
  • Transporte rodoviário coletivo
  • Transporte rodoviário de cargas

O que é a medida?

Empresas com alto custo de mão de obra ficam desobrigadas de pagar contribuição previdenciária patronal (20% sobre a folha de salários dos empregados). Em troca, pagam uma alíquota (que varia de 1% a 4,5%) sobre o faturamento, reduzindo os encargos sobre contratação de funcionários.

Quando encerraria?

A medida foi postergada para esses 17 setores até o fim de 2021.

Qual o custo?

O governo abriria mão de arrecadar R$ 8,3 bilhões por ano, caso o benefício seja prorrogado para os 17 setores. Essa perda de receita não está prevista na proposta de Orçamento de 2022.

Fonte: Receita Federal

 

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 
 
 

Brasilien Rio de Janeiro Petrobas Firmensitz

IMAGEM: CARL DE SOUZA/AFP/GETTY IMAGES

 

O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta segunda-feira, em entrevista para uma rádio de Mato Grosso do Sul, que a privatização da Petrobras "entrou no radar" do governo, mas disse que não é um processo imediato.

"Isso entrou no nosso radar. Mas privatizar qualquer empresa não é como alguns pensam, que é pegar a empresa botar na prateleira e amanhã quem der mais leva embora. É uma complicação enorme. Ainda mais quando se fala em combustível. Se você tirar do monopólio do Estado, que existe, e botar no monopólio de uma pessoa particular, fica a mesma coisa ou talvez até pior", disse Bolsonaro à rádio Caçula, de Três Lagoas (MS).

Essa é pelo menos a segunda vez que o presidente levanta a possibilidade de privatização da petroleira, um tema que estava nos planos do ministro da Economia, Paulo Guedes, mas não tinha sido analisado por Bolsonaro até agora. O aumento dos combustíveis, no entanto, levou Bolsonaro a falar nesse assunto.

Bolsonaro já disse neste mês que "tem vontade" de privatizar a Petrobras e acrescentou que avaliará com a equipe econômica o que pode fazer a este respeito.

A Petrobras tem sido alvo de discussão política à medida que os custos de energia ajudaram a levar a inflação ao consumidor no país a dois dígitos, prejudicando a popularidade do Bolsonaro antes da eleição presidencial do próximo ano.

Bolsonaro já se opôs anteriormente à privatização da Petrobras, por considerar a empresa "estratégica" para os interesses nacionais do Brasil. No entanto, mesmo com seu apoio, alguns participantes do mercado acreditam que um processo de privatização seria difícil, já que precisa haver mudança na legislação a ser aprovada pelo Congresso Nacional.

O presidente reclamou ainda na entrevista das críticas que tem recebido por conta da inflação em alta no país, mas reafirmou que não vai interferir em preços.

FONTE: REUTERS

 

Economia, Moeda, Real,Dinheiro, Calculadora

IMAGEM: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

 

Aumento ficou 1,9 ponto percentual menor que o índice

O reajuste médio dos salários obtidos nas negociações em setembro ficou 1,9 ponto percentual abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado dos últimos 12 meses: 10,4%. 

Essa foi a maior perda dos últimos 12 meses, de acordo com dados do boletim mensal da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Salariômetro-Mercado de Trabalho e Negociações Coletivas.

Segundo o boletim, divulgado hoje (22) em São Paulo, somente 9,5% das negociações resultaram em ganhos reais, acima do INPC. Já a proporção de reajustes abaixo do INPC foi de 67%, enquanto as que conseguiram aumentos iguais ao índice somam 23,5%.

O setor de comércio atacadista e varejista realizou 26 negociações e não obteve sucesso em nenhuma delas. Indústrias de alimentos tiveram 13 negociações com reajuste mediano real de -0,9%. Entre as organizações não governamentais também houve 13 negociações sem avanços nos salários. 

Gráficas e editoras conseguiram reajuste mediano real de 0,1% em duas negociações. O percentual foi o mesmo para o setor de artefatos de borracha que participou de cinco rodadas de entendimentos.

Os estados onde o êxito foi maior são dois: Amapá (1,7% de sucesso na única negociação ocorrida) e Minas Gerais (1,1% entre três negociações).

 

FONTE: AGÊNCIA BRASIL