cidade-ilhabela.jpg

IMAGEM: PETROBRAS/FATOS E DADOS

 

A Petrobras vem aumentando o volume de gás carbônico capturado nos campos do pré-sal e reinjetado em reservatórios, em uma iniciativa pioneira em águas ultraprofundas para reduzir as emissões por barril de óleo produzido, disse a petroleira em comunicado.

O programa de captura, uso e armazenamento geológico de CO2 (CCUS, na sigla em inglês) da estatal levou à reinjeção de 6,7 milhões de toneladas de gás carbônico entre janeiro e setembro deste ano, equivalente a quase todo o volume reinjetado em 2020.

A tecnologia de CCUS envolve a separação do CO2 contido no gás natural e a posterior reinjeção de volta ao reservatório de onde saiu, onde fica armazenado.

A Petrobras já reinjetou 28,1 milhões de toneladas de CO2 nos reservatórios desde 2008, quando a iniciativa começou a ser implementada. Até 2025, a meta é atingir o volume acumulado de 40 milhões de toneladas.

De acordo com a Petrobras, seu programa de CCUS é o maior do mundo em operação, sendo responsável por 19% da capacidade anual total desse tipo de projeto, com base no relatório Global Status of CCS 2021.

"O programa tem nos permitido aumentar a eficiência da produção e, com isso, reduzir a emissão de CO2 por barril produzido”, afirmou o gerente executivo de Águas Ultra Profundas da Petrobras, Luiz Carlos Higa, em nota.

A companhia destacou que a solução evita emissões ao mesmo tempo em que promove um aumento na quantidade de óleo que pode ser extraído do reservatório.

"O domínio da tecnologia de CCUS-EOR é uma alavanca para reduzir as emissões de vários setores e um elemento de competitividade para a Petrobras”, explicou a gerente executiva de Mudança Climática da Petrobras, Viviana Coelho.

Atualmente, nove plataformas já possuem a tecnologia de CCUS para recuperação avançada de petróleo (EOR). Esse número será ampliado com a entrada em operação de novas unidades equipadas com a tecnologia, disse a estatal.

 

FONTE: REUTERS

Petrobras assina contrato com a Aguila Energia e Participações para a venda da participação no bloco exploratório na Bacia do Potiguar - Adriano Ishibashi/Framephoto/Estadão Conteúdo

IMAGEM: Adriano Ishibashi/Framephoto/Estadão Conteúdo

 

Petrobras assinou nesta segunda-feira contrato com a Aguila Energia e Participações para a venda da participação no bloco exploratório terrestre POT-T-794, na Bacia do Potiguar, em conjunto com a Sonangol, conforme informou a petroleira em comunicado.

O valor da venda foi de 750 mil dólares, sendo 150 mil dólares pagos nesta data e 600 mil dólares a serem pagos no fechamento da transação.

“A Petrobras segue concentrando cada vez mais os seus recursos em ativos de águas profundas e ultra-profundas, onde tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos, produzindo óleo de melhor qualidade e com menores emissões de gases de efeito estufa”, disse a empresa em nota.

Os valores estão sujeitos a aprovação da reguladora ANP.

 

FONTE: REUTERS

 

PIS/PASEP começa a partir do próximo mês e você pode receber R$ 1,2 mil (Imagem FDR)

IMAGEM: FDR

10,6 milhões de beneficiários e herdeiros têm cotas do PIS/Pasep na Caixa

Brasileiros que trabalharam com carteira assinada no período de 1971 a 4 de outubro de 1988 podem ter cotas do PIS para sacar na Caixa. Herdeiros de trabalhadores que tiveram emprego formal neste período também podem ter dinheiro para receber.

No país, 10,6 milhões de beneficiários ainda têm cotas do PIS/Pasep, o que soma um total de R$ 23,5 bilhões esquecidos, segundo dados de novembro fornecidos pela Caixa, os últimos disponíveis.

Todos os trabalhadores que têm dinheiro esquecido podem sacar a cota pelo aplicativo FGTS, independentemente da idade. O dinheiro pode ser sacado por beneficiários que ainda não retiraram a cota do Pasep no Banco do Brasil (para quem era servidor público no período) ou do PIS na Caixa Econômica Federal, e que tiveram os valores transferidos ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). 

Se o beneficiário morreu, o saldo pode ser retirado pelos herdeiros (veja abaixo os documentos exigidos). Segundo a Caixa, foram sacados R$ 350,2 milhões por 244,8 mil trabalhadores ou herdeiros desde a migração do PIS/Pasep para o FGTS até novembro de 2021.​

As cotas são um benefício do antigo fundo PIS/Pasep, que foi incorporado pelo FGTS. O dinheiro existe porque até 1988 os empregadores fizeram contribuições recebidas pelo Fundo de Participação PIS/Pasep, que distribuía valores aos empregados na forma de cotas proporcionais ao salário e tempo de serviço.

Pelo aplicativo oficial do FGTS, disponível nas principais lojas de apps, o trabalhador pode sacar a cota e conferir o valor exato que tem para receber. A retirada das cotas pode ser feita até 1º de junho de 2025, conforme a medida provisória 946/2020.

Outros canais disponíveis para fazer a consulta são o site FGTS, o internet banking da Caixa ou pessoalmente nas agências da Caixa, com a apresentação de um documento de identificação com foto.

SAQUE DAS COTAS POR HERDEIROS

Se o titular das cotas do PIS/Pasep morreu, o saldo será liberado aos dependentes/sucessores. A Caixa detalhou a lista de documentos que precisam ser apresentados. Veja a seguir:

▪ Certidão de óbito e certidão ou declaração de dependentes (beneficiários) habilitados à pensão por morte emitida pelo INSS, na qual conste nome completo do dependente, data de nascimento e grau de parentesco ou relação de dependência com o participante falecido; ou

▪ Certidão de óbito e certidão ou declaração de dependentes (beneficiários) habilitados à pensão por morte emitida pela entidade empregadora, para os casos de servidores públicos, na qual conste o nome completo do dependente, data de nascimento e grau de parentesco ou relação de dependência com o participante falecido; ou

▪ Alvará judicial designando os beneficiários do saque. Caso o alvará não faça menção ao falecimento do participante deve ser apresentada a certidão de óbito; ou

▪ Escritura pública de inventário, podendo ser apresentado formal de partilha dos autos de processo judicial de inventário/arrolamento ou escritura pública de partilha extrajudicial lavrada pelo tabelião do cartório de notas; ou

▪ Se não houver dependentes habilitados à pensão por morte, deverá ser apresentada autorização de saque subscrita por todos os sucessores, declarando não haver outros dependentes ou sucessores conhecidos, e certidão de óbito e original e cópia de documento de identificação oficial de cada um dos dependentes ou sucessores

ABONO DO PIS

Um benefício aguardado para 2022 é o abono salarial do PIS/Pasep, de até um salário mínimo para quem trabalhou com carteira assinada ou como funcionário público em 2020. Antes, o PIS era liberado tradicionalmente seguindo um calendário de depósitos de julho de um ano a junho do ano seguinte. Em 2022, o abono passará a ser pago a partir de janeiro a dezembro, com base nas informações prestadas pelos empregadores no ano anterior.

Ainda não há, entretanto, data para a liberação do primeiro lote e o calendário precisa ser aprovado pelo Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador).

A mudança no sistema de pagamentos consta da resolução do Codefat 896, de 23 de março de 2021, que estabelece que o abono será pago de acordo com calendário anual, a ser aprovado pelo conselho em janeiro de 2022.

Terá direito ao abono salarial em 2022 o trabalhador de empresa privada inscrito no PIS há pelo menos cinco anos e que tenha trabalhado com carteira assinada por pelo menos 30 dias no ano-base de 2020. Para ter direito, a remuneração mensal média precisa ser de até dois salários mínimos. O empregador precisa estar devidamente inscrito no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas) e ter informado os dados do funcionário corretamente na Rais (Relação Anual de Informações Sociais). O valor do abono salarial é de, no máximo, um salário mínimo vigente na data do pagamento.

 

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

Lavar bem as mãos é um os cuidados que as pessoas devem tomar para evitar a contaminação.

IMAGEM: Unicef/Reto Albertalli

O ambiente corporativo agora é... diferente, para dizer o mínimo. As maiores lições que aprendemos sobre o mundo do trabalho em 2021 são dolorosas de um lado, mas animadoras de outro.

Se há uma frase que ouvimos constantemente nos últimos dois anos, é esta: "O trabalho nunca será igual novamente". Com 2022 batendo à nossa porta, quem teria imaginado que ainda estaríamos tentando descobrir o que isso significa?

O ano de 2021 nos mostrou, acima de tudo, que a volta ao "normal" no mundo corporativo é um objetivo em constante transformação.

Examinamos aqui temas que permearam o mundo do trabalho ao longo de 2021 e que permanecerão no próximo ano - e, talvez, nos anos seguintes.

1. O gênio do trabalho flexível saiu da lâmpada

Não levou muito tempo para que funcionários que puderam fazer trabalho remoto percebessem como esse modelo pode ser benéfico. Mas, em 2020, as mudanças nos ambientes de trabalho ficaram sujeitas à pandemia e os empregados enfrentaram dificuldades para saber quais dessas mudanças iriam permanecer.

Um ano depois, não importa mais o que era considerado temporário. Os trabalhadores agora vivem em um mundo com semanas de trabalho com estruturas diferentes, comunicação assincrônica e, para alguns, trabalho remoto permanente. Agora, é improvável que os empregadores venham a revogar as mudanças impostas pela pandemia (independentemente de quais fossem os seus planos iniciais).

Muitas empresas estão concedendo aos seus funcionários muito mais liberdade de decidir onde eles irão trabalhar. Outras, como a Unilever da Nova Zelândia - e até países inteiros, como a Islândia -, estão experimentando semanas de trabalho de quatro dias.

Cada vez mais países e empresas privadas estão desenvolvendo programas experimentais. Espera-se que a Espanha introduza sua semana de trabalho piloto de 32 horas em 2022.

Essas mudanças e experiências são boas para os trabalhadores. Muitos deles relatam melhor equilíbrio entre o trabalho e a vida privada com sistemas de trabalho mais flexíveis - embora o dia de trabalho médio global tenha ficado mais longo durante a pandemia.

Existem trabalhadores que afirmam que irão pedir demissão se os empregadores os convocarem para trabalhar no escritório de forma permanente. Além disso, nos países onde há mais vagas de emprego que pessoas dispostas a preenchê-las, os trabalhadores têm no momento um poder superdimensionado que pode pressionar as empresas a manter esses sistemas indefinidamente.

É claro que existe a possibilidade de que alguns desses novos sistemas de trabalho não sejam mantidos, particularmente se o mercado de trabalho ficar mais restrito e os funcionários tiverem menos voz do que têm atualmente. Mas um número surpreendente de empresas já se comprometeu com novas práticas de trabalho para atender aos desejos dos trabalhadores - um sinal de que é cada vez mais improvável que o gênio volte para dentro da lâmpada.

2. Empregadores estão mudando para atender os desejos dos trabalhadores

Em 2021, uma expressão que virou notícia é "A Grande Renúncia". O êxodo em massa de trabalhadores e a redistribuição da mão de obra foram mais extensamente documentados nos Estados Unidos, onde os trabalhadores continuam a abandonar o mercado de trabalho, batendo recordes a cada mês.

Mas tendências similares começam a surgir no Reino Unido, onde os trabalhadores cada vez mais relatam seu desejo de mudar de emprego ou estão mesmo tentando a sorte. Já em outros países, os dados sobre o fenômeno variam, mas, na Austrália, por exemplo, há mais trabalhadores mudando de empregos do que pedindo demissão em massa.

Nos lugares em que os trabalhadores estão pedindo demissão, planejando demitir-se ou transferindo-se para outros cargos, os empregadores estão mais pressionados a oferecer melhores regalias para atrair e manter os funcionários talentosos.

E houve mudanças nos anseios dos trabalhadores: eles relatam pedidos de benefícios mais personalizados, acesso a serviços de saúde mental, assistência no cuidado com os filhos, auxílio para trabalho em casa e flexibilidade geral em seus sistemas de trabalho. Nos Estados Unidos, também cresceram os pedidos de melhores planos de saúde e cobertura de tratamentos para engravidar.

Muitas empresas avançaram a fim de atender a esses anseios, enquanto outras anunciaram planos para isso. No verão do hemisfério norte, empresas importantes como LinkedIn e a Nike concederam férias coletivas aos seus funcionários, para que eles tivessem dias ou semanas suficientes para recuperar sua saúde mental - um movimento sem precedentes em uma sociedade capitalista, movida pela produtividade.

Mas existem ainda alguns redutos que não reconhecem ou reagem necessariamente aos novos pedidos de diferentes regalias e sistemas de trabalho. Certos setores, como o financeiro e o de consultoria, estão forçando a situação para retornar ao nível de negócios habitual de antes da pandemia.

Algumas dessas empresas adotaram medidas menos ortodoxas durante a pandemia - como o grupo financeiro Jefferies, que presenteou seus funcionários com bicicletas ergométricas da marca Peloton, e o grupo Goldman Sachs, que aumentou os pacotes de pagamento básico para os bancários de nível júnior - mas os líderes de algumas empresas já estão convocando seus funcionários para que retornem às mesas de trabalho. Os empregadores estão mudando para atender os desejos dos trabalhadores - ou a maioria deles.

3. O crescimento da desigualdade entre os trabalhadores

Os benefícios que muitos trabalhadores conquistaram em 2021 e o crescimento da sua influência no mercado de trabalho não foram para todos. A pandemia expôs - e criou - mais desigualdades.

Para os trabalhadores da linha de frente e de serviços, o retorno ao trabalho em um mundo ainda incerto e caótico não foi uma opção. Muitos estão sofrendo as consequências do mau comportamento dos clientes - e estão sob enorme pressão, já que, em alguns países, as empresas estão operando com poucos funcionários em meio à falta de mão de obra em setores como os de hotéis e transportes, que ainda não se recuperaram totalmente devido à pandemia.

Também chama a atenção o fato de que o acesso ao trabalho remoto de forma eficiente e confortável não é igual para todos os trabalhadores do conhecimento - aqueles que usam principalmente seu saber, informações e inteligência para desenvolver seus trabalhos.

Recursos básicos como internet confiável de alta velocidade não estão disponíveis para todos, nem o espaço para trabalhar com conforto e silêncio. Os trabalhadores mais jovens que estão entrando agora no mercado de trabalho costumam dispor de espaços muito apertados - uma das razões por que eles pedem para voltar ao escritório, pelo menos alguns dias por semana.

As desigualdades que afetam as mulheres trabalhadoras também vieram à tona. Como ocorreu em 2020, a quantidade de mulheres no mercado de trabalho caiu desproporcionalmente neste ano. Só nos Estados Unidos, até setembro de 2021, centenas de milhares de mulheres perderam seus empregos.

Embora haja alguns sinais de retomada dos empregos das mulheres em certos setores, o crescimento ainda não atingiu o mesmo nível dos homens. Além disso, o desemprego das mulheres negras supera o das mulheres brancas - nos Estados Unidos, ele é quase o dobro.

Existe também o receio de que as mulheres que retomam suas carreiras possam ser deixadas para trás por colegas homens que trabalham no escritório com frequência, devido à cultura do comparecimento presencial e da proximidade - o que pode ampliar a distância entre os gêneros.

4. O alto custo do desequilíbrio entre trabalho e vida privada

Alguns trabalhadores vêm relatando melhor equilíbrio entre o trabalho e a vida privada no último ano - principalmente, devido ao trabalho remoto e flexível. Mas este nem sempre é o caso.

Sem o transporte diário nem portas divisórias no escritório, muitos trabalhadores estão tendo mais dificuldades de traçar linhas claras entre a vida pessoal e a profissional. Eles passam o tempo todo de olho no telefone, respondendo mensagens logo ao acordar e enviando e-mails até tarde da noite.

O problema existente antes da pandemia - de estar fisicamente presente no escritório como trunfo para a produtividade - encontrou seu caminho no mundo digital. Em muitas situações, não está claro se os chefes realmente esperam que seus funcionários permaneçam online por todo o tempo ou se a pressão vem dos próprios trabalhadores.

Fato é que os dias de trabalho se estenderam e a desconexão parece impossível, independentemente de qual seja a causa.

Não é surpresa que o burnout e as horas extras sem pagamento tenham se generalizado, especialmente entre certos grupos como os gerentes de nível médio e as mulheres. Em vários países, muitas empresas estão operando com o mínimo de funcionários em meio à falta de mão de obra, o que vem causando imensa pressão sobre os trabalhadores que permaneceram nas empresas durante a Grande Renúncia.

Algumas empresas estão tentando abordar as questões de equilíbrio entre o trabalho e a vida privada e incentivando os funcionários a se afastar dos seus telefones, mas ainda é culturalmente difícil para muitos evitar a sobrecarga. Por isso, se o trabalho remoto permanecer - como parece que irá acontecer para muitos -, não há garantia de que os trabalhadores acionarão o botão de desligar.

Reduzir as desigualdades é o primeiro passo para as mudanças, mas não está claro o que pode e o que irá ser feito, tanto individual quanto sistemicamente - ainda mais nas condições atuais, em que as coisas ainda estão se desenrolando.

5. Estamos longe de ser perfeitamente híbridos

Em 2021, esperava-se que o mundo corporativo adotasse o trabalho híbrido com força total.

Funcionários e empregadores esperavam voltar a se reunir pessoalmente de alguma forma e assim concretizar um novo avanço. Diversas empresas até investiram em novos designs para seus escritórios, muitas vezes eliminando conjuntos de mesas e acrescentando mais espaços colaborativos e cabines de isolamento - tudo para atender aos pedidos dos trabalhadores, agora que o escritório assumiu novos propósitos.

Mas nós ainda não atingimos um padrão híbrido estável. O retorno ao escritório tem ocorrido de forma fragmentada; algumas empresas trouxeram os trabalhadores de volta em período parcial, mas essas políticas apresentam ampla variação entre os países, as indústrias e os empregadores. Elas não têm sido consistentes devido à flutuação natural contínua da pandemia.

Essa situação apresenta desafios. Em primeiro lugar, muitos funcionários ainda são mantidos no limbo, sem saber como o ambiente híbrido funcionará - ou não - para eles. É um tipo de incerteza que vem prejudicando os trabalhadores, emocionalmente e em sua logística, há cerca de dois anos.

Além disso, sem o trabalho híbrido em ação, os empregadores não possuem os dados necessários para compreender os sucessos e fracassos das suas estratégias.

Por mais que continuemos a especular sobre o que funcionará ou não para o trabalho híbrido, estamos fazendo exatamente isso: especulando. Nem os trabalhadores, nem as empresas, têm ainda a experiência real necessária, o que significa que o ambiente híbrido que estamos promovendo como o futuro do local de trabalho é, em grande parte, uma obra em andamento.

6. Voo cego para o futuro próximo

Sabemos agora que provavelmente não teremos estabilidade no trabalho e na vida privada por algum tempo. À medida que surgem novas variantes de covid-19, é impossível - ou quase absurdo - traçar planos sólidos para o futuro.

Mudanças circunstanciais vêm pressionando empresas - incluindo a Google, que chegou a ter planos concretos de trazer os trabalhadores de volta ao escritório - a reverter o curso e anunciar diretrizes totalmente diferentes. Além disso, mesmo se a vida se estabilizar um pouco mais, ainda estamos debatendo a implementação de novas políticas, como trabalho remoto e híbrido, que são essencialmente experiências cujos efeitos e resultados ainda são desconhecidos.

Olhando para 2022 à nossa frente, parece que a mudança será uma constante, seja com relação às políticas das grandes empresas ou aos detalhes do dia-a-dia. Estamos muito longe de idealizar o "normal", mas esperamos ter em breve mais respostas do que perguntas.

 

FONTE: BBC Worklife

desemprego_medo_carteira_assinada_brasil

IMAGEM: (Jornal Brasil em Folhas/Flickr)

Dados divulgados pelo IBGE são referentes ao trimestre encerrado em outubro de 2021

taxa de desemprego no Brasil recuou para 12,1% no trimestre encerrado em outubro de 2021. Mesmo com a queda, o país ainda registrou 12,9 milhões de desempregados no período.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No trimestre anterior, finalizado em julho de 2021, a taxa de desemprego estava em 13,7%. Entre agosto e outubro de 2020, era de 14,6%. 

Pelas estatísticas oficiais, uma pessoa está desempregada quando não tem trabalho e segue à procura de novas oportunidades profissionais. O levantamento do IBGE considera tanto o setor formal quanto o informal.

A taxa de desocupação estimada pelo instituto (12,1%) ficou abaixo das expectativas do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam indicador de 12,3% no trimestre encerrado em outubro de 2021.

No período, a população ocupada com algum tipo de trabalho chegou a 94 milhões de pessoas no país. O crescimento foi de 3,6% (3,3 milhões) frente ao trimestre anterior e de 10,2% (8,7 milhões) ante o mesmo intervalo de 2020.

"Essa queda na taxa de desocupação está relacionada ao crescimento da ocupação, como já vinha acontecendo nos meses anteriores. O aumento no número de ocupados ocorreu em seis dos dez grupamentos de atividades, a exemplo do comércio, da indústria e dos serviços de alojamento e alimentação", afirmou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

O desemprego em patamar ainda elevado preocupa analistas, especialmente em um contexto de inflação alta, como é o caso atual.

Em conjunto, as dificuldades no mercado de trabalho e a escalada dos preços afetam o consumo das famílias, um dos motores do crescimento do país.

Não à toa, as previsões para o desempenho da atividade econômica em 2022 vêm sendo revisadas para baixo.

Analistas do mercado financeiro passaram a projetar crescimento inferior a 0,5% para o PIB (Produto Interno Bruto) do próximo ano, conforme o boletim Focus, divulgado pelo BC (Banco Central) na segunda-feira (27). A estimativa é de avanço de 0,42%.

Segundo analistas, a fragilidade da economia como um todo coloca em xeque a incipiente melhora do mercado de trabalho.​

 

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 

e33bc5e7-9afb-4db1-a5bb-ff23f2a9df18.jpeg

IMAGEM: EBC

País ainda tem 3,6 milhões a mais de desempregados que antes da pandemia; para 2022, retomada ainda será lenta, segundo especialistas

A pandemia fez o Brasil fechar 11,3 milhões de postos de trabalho num país que já tinha 12 milhões de pessoas sem emprego em março de 2020, antes de o coronavírus se espalhar por aqui, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2021, mesmo com um cenário tenebroso de infecção no primeiro semestre, as coisas melhoraram levemente – graças à vacinação e à retomada das atividades que ela proporcionou. A quantidade de ocupados se elevou para 90,2 milhões em setembro (após cair para 82,5 milhões um ano mais cedo). Mas, mesmo assim, ainda temos 3,6 milhões de vagas a menos que antes da pandemia.

Vai ter vaga para toda essa gente em 2022?

“Não. Com a inflação aumentando, a massa de rendimentos caindo, a indústria produzindo menos, o comércio vendendo menos. Então, no ano que vem, sem uma retomada da economia, dificilmente recuperaremos todas essas vagas perdidas”, afirma Hélio Zylberstajn, professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP).

Salários menores

Poderemos, entretanto, recuperar parte delas. O problema, como explica Zylberstajn, é que para várias das vagas que estão surgindo agora — e que serão abertas no ano que vem — oferecem salários menores. A massa de rendimentos, ou seja, a renda média dos trabalhadores, vai continuar caindo como já vem caindo drasticamente em 2021. Atualmente, ela é 11,1% menor que no terceiro trimestre de 2020, segundo o IBGE.

A expectativa de Luiz Guilherme Schymura, diretor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) também vai nessa linha.

“O padrão pré-pandemia de expansão do trabalho mais vulnerável parece se reafirmar em 2021, comparando o 3º trimestre deste ano com o de 2019. Não se enxerga no horizonte, infelizmente, um cenário em que o mercado de trabalho passe a criar empregos de qualidade, bem pagos e seguros”, diz em publicação recente, cujo título é “a armadilha da criação de empregos de baixa qualidade e alta vulnerabilidade”.

Esse é um dado que a assistente administrativa Cláudia Mendes, de Campinas, está vendo de perto. Em setembro, ela perdeu o emprego que tinha há 12 anos. “Tenho feito vários processos seletivos online e vejo que os salários estão menores. Coisa de 10%. Ou, às vezes, eles são nominalmente iguais, mas os benefícios são muito poucos. No fim das contas, fica tudo igual, nivelado por baixo”, diz ela.

Esse esmagamento dos rendimentos do trabalhador pode, de alguma maneira, afastar parte das pessoas que estão em busca de um emprego. Embora não seja o caso da maioria, esse conjunto de trabalhadores se recusa a aceitar uma vaga com salário menor.

“É o que a gente observa internacionalmente, nos países que estão mais avançados na recuperação pós-pandemia. Por vários motivos, muitos deles ainda não bem conhecidos, uma parte dos desempregados deixa de procurar emprego. Isso pode acontecer aqui também no ano que vem”, diz Natalie Victal, economista da Garde Asset Management.

De certa forma, é o que está acontecendo com Cláudia. Em sua busca por uma nova vaga, ela vem recusando essas oportunidades com salários menores.  “Coloquei uma data limite no ano que vem: se não achar nada melhor até lá, aí mudo de estratégia”, afirma ela.

Essa desistência – mesmo que temporária – de alguns candidatos, mais uma esperada recuperação do setor de serviços – que é tradicionalmente o que mais emprega, em comparação com a indústria e a agricultura – podem fazer os índices de desemprego em 2022 ficarem menos ruins.

O setor de bares e restaurante, por exemplo, já vem apresentando uma leve recuperação. Durante os meses de quarentena, em que esse tipo de comércio precisou fechar, operar só com entregas ou horários reduzidos, foram demitidos 1,2 milhão de trabalhadores de um total de 6 milhões de empregados. Mas desde a reabertura – com a imunização se expandindo – a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) calcula que 600 mil postos de trabalho serão recuperados até o fim de 2021. No ano que vem.

Mas, como disse Zylberstajn, dificilmente criaremos novas vagas. Será uma recuperação em parte do que já foi perdido. “O Brasil vem repelindo investimentos em vez de atrair”, diz Zylberstajn. A ameaça ao teto de gastos e a crise energética são os dois fatores que mais assustam os investidores, que tiram ou acabam deixando de investir seus dólares aqui. Em 2021, o investimento estrangeiro no Brasil atingiu pior patamar dos últimos 12 anos, com uma fuga superior a US$ 24 bilhões, segundo dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), ligada às Nações Unidas, divulgados em agosto.

E isso faz o real desvalorizar. Com o dólar mais caro, sobe o preço dos combustíveis, há mais inflação, menos vendas – o que deixa a recuperação da economia bem mais lenta.

A esperança fica por conta de um arrefecimento na crise hídrica, com chuvas acima da média no início do ano. Com isso, as bandeiras tarifárias devem ser menos drásticas. Contas de luz menores podem estimular a atividade econômica, principalmente – como já citamos – o setor de serviços: cabeleireiros, lojas, restaurantes, etc.

FONTE: CNN

Soldado recebe vacina na Polônia

IMAGEM: EPA

 

"Esta decisão foi tomada devido ao atual estado epidemiológico, ou seja, o aumento das infecções e a circulação de novas variantes preocupantes", informou o ministério

O Equador declarou obrigatória a vacinação contra Covid-19 devido ao aumento das infecções causadas pela variante ômicron, anunciou o Ministério da Saúde do país sul-americano.

"Esta decisão foi tomada devido ao atual estado epidemiológico, ou seja, o aumento das infecções e a circulação de novas variantes preocupantes", informou o ministério em nota na quinta-feira (23/12).

O estatuto começará "de forma imediata", disse Rafael Castillo, porta-voz do governo, à BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC, acrescentando que a ordem é destinada a toda pessoa com mais de cinco anos, embora haja uma "ênfase" na população com mais de 12 anos.

O ministério afirmou ter as reservas necessárias para imunizar toda a população — e que a regulamentação se deve ao fato de a nova variante se propagar mais rapidamente do que suas predecessoras.

Como parte da diretriz, o governo vai exigir que os estabelecimentos que oferecem serviços não essenciais à população, como restaurantes, cinemas e supermercados, solicitem o cartão de vacinação.

O cartão de vacinação não será solicitado em postos de saúde, escolas e locais de trabalho.

Pessoas que apresentem qualquer condição médica ou contra-indicação não precisarão ser vacinadas.

Funcionários do ministério disseram à BBC News Mundo que a supervisão e as sanções pelo não cumprimento da ordem recairão sobre os governos regionais.

Segundo o ministério, a Lei Orgânica da Saúde permite que a vacinação seja declarada como um requisito para "determinadas doenças, nos termos e condições que a realidade epidemiológica nacional e local exigir".

"Nos baseamos nas leis para tomar estas medidas", afirmou a ministra da Saúde, Ximena Garzón.

"É porque queremos proteger a saúde de todos os equatorianos".

A ministra disse ainda que estão avaliando dados sobre o possível contágio comunitário da variante ômicron no país.

Até terça-feira (21/12), 12,4 milhões de pessoas haviam recebido doses completas da vacina no Equador, o que representa 77,2% de seus 16 milhões de habitantes. Os equatorianos têm quatro vacinas disponíveis: Astrazeneca, Cansino, Pfizer e Sinovac.

Uma média de 510 casos diários foram notificados no Equador nos últimos sete dias, de acordo com a agência de notícias Reuters. O número é 22% superior às infecções registradas em maio, mês com a média mais alta de casos diários.

Também houve um aumento na taxa de ocupação de leitos nos centros de saúde. Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), o percentual varia entre 24% e 77% de ocupação, informou o ministério.

Desde o início da pandemia, o Equador registrou 537.032 casos de Covid-19 e 33.597 mortes.

Antes da vacinação, o Equador enfrentou uma das piores ondas de covid na América Latina.

Em 2020, foi o segundo país com maior número de mortes depois do Brasil, embora sua população seja menos de um décimo da brasileira.

Pela televisão, o mundo viu imagens chocantes de pessoas mortas nas ruas, diante da saturação de casas funerárias e hospitais.

Também houve famílias que foram informadas erroneamente sobre supostos parentes mortos.

Vacinação, a prioridade do presidente Lasso

Análise de Matías Zibell, colaboradora da BBC News Mundo no Equador

A campanha de vacinação tem sido o principal êxito do governo do presidente Guillermo Lasso, que assumiu o poder em 24 de maio de 2021 e reverteu nos primeiros meses de mandato o fornecimento insuficiente de vacinas por parte do governo anterior.

O presidente, em seus seis meses no cargo, teve que enfrentar uma grave crise de segurança, motins carcerários com centenas de mortos, protestos sociais e um constante embate com a Assembleia Nacional, mas poucos questionaram o trabalho realizado no combate à covid-19.

Inclusive na área da saúde, houve reclamações sobre a falta de medicamentos para pacientes com doenças crônicas e graves, enquanto o fornecimento de doses para aliviar a pandemia não parava.

A vacinação obrigatória será vista por alguns como parte do bom trabalho do governo, mas a medida não estará isenta de controvérsia em um país que fecha o ano com um clima social rarefeito e um presidente que já não tem a popularidade dos primeiros meses .

FONTE: BBC

 

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia,Previdência Social

IMAGEM: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

Segurado tem até 31 de dezembro para conseguir condições mais vantajosas

As regras da aposentadoria do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) vão mudar a partir do dia 1º de janeiro de 2022. O gatilho nas condições mínimas para ter o benefício ocorre ano a ano desde que a emenda constitucional 103, que instituiu a reforma da Previdência, começou a valer, em novembro de 2019.

As alterações são em três das regras de transição aplicadas a quem já estava no mercado de trabalho: por pontos, por idade mínima e na idade da mulher para ter a aposentadoria por idade. As regras que exigem pedágio de 50% ou 100% do tempo que faltava para ter o benefício na data de publicação da reforma não sofrem alteração.

As medidas também não afetam os profissionais que passaram a integrar o mercado de trabalho a partir de novembro de 2019, sejam eles celetistas ou autônomos que contribuem com a Previdência. Nesses casos, eles só se aposentam com idade mínima de 65 anos, para os homens, e 62 anos, para as mulheres. O tempo mínimo de contribuição é de 15 anos. 

Para o trabalhador com carteira assinada, que pede a aposentadoria diretamente ao instituto por meio do aplicativo ousite Meu INSS, um dos principais impactos é na idade mínima das mulheres para ter o benefício por idade. A exigência, a partir de 1º de janeiro é de 61 anos e seis meses. Até 31 de dezembro deste ano, consegue a aposentadoria a segurada que tiver 61 anos.

Antes da reforma, no entanto, as mulheres se aposentavam com 60 anos. No caso dos homens, a idade mínima não mudou. Eles já se aposentavam aos 65 anos e essa continua sendo a exigência para ter o benefício.

Na regra de transição por pontos, a partir de 1º de janeiro, consegue a aposentadoria por tempo de contribuição quem atingir, na soma da idade com o tempo de contribuição ao INSS, 89 pontos, no caso das mulheres, ou 99 pontos para os homens. É preciso ter, no mínimo 30 anos de pagamentos ao instituto, para as mulheres, e 35 anos, no caso dos homens. Até 31 de dezembro deste ano, a pontuação mínima é 88/98.

Para quem vai pedir a aposentadoria pela regra de transição da idade mínima, a exigência é ter 62 anos e seis meses de idade, no caso dos homens, e 57 anos e seis meses para as mulheres a partir de 1º janeiro de 2022. São necessários 30 anos de contribuições ao INSS, para as mulheres, e 35 anos, para os homens. Neste ano, a idade mínima exigida é de 62 anos e 57 anos, respectivamente.

Professores do setor privado se aposentam com cinco anos a menos. No pedágio de 100%, a idade exigida é de 55 anos, para os homens, e de 52 anos, para as mulheres. É preciso trabalhar pelo dobro do tempo que faltava para o benefício na data de entrada em vigor da reforma.

Na rega de transição por pontos, há mudança entre um ano e outro. Até 31 de dezembro de 2021, a pontuação mínima exigida é de 83/93 para mulheres e homens, respectivamente. A partir de 1º de janeiro de 2022, sobe para 84/94.

EXIGÊNCIAS NÃO MUDAM EM TRÊS SITUAÇÕES

O trabalhador que vai pedir a aposentadoria pelas regras dos pedágios de 50% ou 100% e quem tem direito ao benefício especial tem regras de transição que não se alteram com o passar dos anos. No caso dos segurados que estavam a até dois anos da aposentadoria por tempo de contribuição no início da reforma da Previdência, é possível entrar no pedágio de 50%, no qual é preciso trabalhar por mais metade do tempo que faltava para ter o benefício em 13 de novembro de 2019.

Para o segurado que optar pelo pedágio de 100%, a aposentadoria é concedida a quem trabalhar pelo dobro do tempo que faltava para atingir o tempo mínimo de contribuição, de 30 anos para as mulheres e de 35 anos para os homens, em novembro de 2019. Também é exigida idade mínima de 57 anos para as mulheres e 60 anos para os homens.

Segurados que trabalham todo o tempo em condições prejudiciais à saúde conseguem a aposentadoria especial. Para quem já estava no mercado de trabalho na data de início da reforma, há exigência de pontuação mínima.

Atividades de baixo risco garantem a aposentadora quando o segurado somar, na idade e no tempo de contribuição, 86 pontos. É preciso ter 25 anos em atividade especial de baixo risco. Para risco médio, são 76 pontos (20 anos em atividade especial de médio risco) e para risco alto, 66 (15 anos de trabalho em atividade especial de alto risco).

SERVIDORES TÊM REGRAS DIFERENTES

Os servidores públicos federais também têm regras de transição na aposentadoria se já estavam contratados em novembro de 2019. Na primeira delas é o pedágio de 100%, que exige idade mínima de 57 anos, para as mulheres e 60 anos, é preciso trabalhar pelo dobro do tempo que faltava para os 35 anos de pagamento, no caso dos homens, e 30 anos, no das mulheres. A exigência, no entanto, é ter 20 anos no serviço público e cinco anos no cargo em se der a aposentadoria.

Na segunda regra de transição, há exigência de idade mínima e pontos. Em 2021, a idade mínima exigida das mulheres é 56 anos, e a pontuação mínima é de 88 pontos. Para os homens, é preciso ter idade mínima de 61 anos neste ano, com pontuação mínima de 98. Em 2022, a idade é de 57 e 62, respectivamente, com 89/99 de pontuação.

PEDIDO PODE SER FEITO COM DATA RETROATIVA

Quem não conseguir reunir os documentos para pedir a aposentadoria até o dia 31 de dezembro pode fazer a solicitação ao INSS em 2022, e conseguir o benefício com data retroativa à do pedido. Para isso, na hora de fazer a solicitação, o segurado deve escolher a opção indicando que o servidor do INSS pode mudar de data para uma em que o trabalhador completou a melhor condição ou a condição mínima.

Se não escolher essa possibilidade, terá de fazer a reafirmação da DER (Data de Entrada do Requerimento), que é um pedido para mudar o dia da solicitação para data mais vantajosa ao segurado. A única diferença está ligada aos valores atrasados a serem pagos. Quem muda a DER para data retroativa tem os atrasados a partir do dia do pedido, não da data da mudança. Quem escolhe data futura tem atrasados a partir desse dia em que conquista o melhor benefício.

 

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

Log-in Logística

IMAGEM: LOG-IN/DIVULGAÇÃO

 

A empresa Log-In Logística aceitou a oferta da MSC para comprar 67% da empresa por cerca de 500 milhões de dólares. 

Foi em Setembro passado que a MSC avançou com uma oferta de compra de entre 62% e 67% da Log-In Internacional, num investimento máximo de cerca de 500 milhões de dólares.

Agora, a companhia brasileira aceitou a oferta, com isso permitindo à MSC reforçar a sua presença na América Latina e em particular no mercado brasileiro.

A Long-In opera com uma frota de sete porta-conteineres de 1 700/2 800 TEU e tem mais dois encomendados. No ano passado, transportou mais de 370 mil TEU. Além disso, detém um terminal portuário multipurpose em Vila Velha, no estado de Espírito Santo, e oferece serviços logísticos, de armazenagem e distribuição no Brasil e no Mercosul, apoiados numa rede de terminais próprios.

De acordo com a Alphaliner, a Log-In Logística (51.ª no ranking mundial) opera uma capacidade de 15 462 TEU que, somados aos 4 256 172 TEU da MSC lhe permitem superar a Maersk com os seus 4 264 074 TEU.

 

FONTE: TRANSPORTES&NEGÓCIOS

 

IMAGEM: (Shutterstock)


Estudo também prevê que, com o forte ritmo de crescimento dos EUA, a China deve demorar mais alguns anos para chegar à posição de maior potência econômica global

 

O Brasil seguirá como 11ª maior economia do mundo em 2022. A previsão consta do relatório anual publicado neste domingo pelo britânico Centro de Pesquisa para Economia e Negócios (CEBR, na sigla em inglês).

consultoria estima ainda que o país só deve voltar ao grupo das 10 maiores economias na próxima década. O estudo também prevê que, com o forte ritmo de crescimento dos Estados Unidos, a China deve demorar mais alguns anos para chegar à posição de maior potência econômica global, o que deve ser alcançado em 2030.

O estudo analisa anualmente as perspectivas das economias globais, e compara a riqueza dos países em dólar. No relatório divulgado neste domingo em Londres, os economistas trabalham com a previsão de crescimento brasileiro em 1% em 2022 – estimativa otimista na comparação com mercado financeiro, que prevê metade do ritmo, com apenas 0,5%.

Os economistas britânicos destacam que a economia brasileira passa por um período de dificuldades, com diversos problemas que prejudicam o crescimento. Entre ele, destacam especialmente a inflação. Com a expectativa de alta dos preços de 10% em 2021, o CEBR destaca que esta é a terceira maior inflação do G20, atrás apenas da Argentina e Turquia.

“Além dos problemas nas cadeias de produção e altos preços da energia, a fraqueza da moeda do Brasil é um fator adicional de pressão na inflação. O real perdeu cerca de um quarto do valor desde o começo da pandemia, em 2020”.

Os analistas lembram ainda que o quadro econômico brasileiro conta com a incerteza adicional gerada pelas eleições. “A disputa para a presidência pode causar instabilidade política adicional”, diz o documento.

Por outro lado, os economistas britânicos reconhecem que a elevada taxa de vacinação entre os brasileiros mostra que o país poderá mostrar mais resiliência às possíveis novas variantes da Covid-19. Além disso, notam que eventual melhora do mercado de commodities internacionais – como petróleo, minerais ou alimentos – pode ajudar a economia brasileira no curto prazo.

Para o futuro, o tom do documento não é muito otimista. “Para os próximos 15 anos, as projeções do CEBR indicam que o Brasil terá uma modesta melhora no ranking das maiores economias do mundo, ao subir do 11º lugar em 2021 para o 9º posto em 2036”.

EUA x China
O estudo também atualiza as previsões para as duas maiores economias do mundo: Estados Unidos e China. O documento destaca que, apesar de os EUA terem o maior número de vítimas da pandemia, a economia norte-americana ganha força, especialmente após o grande plano de investimentos anunciado pelo presidente Joe Biden com cifras na casa do trilhão de dólares.

Com esses novos investimentos, os EUA devem crescer 4% em 2022 e há condições para que o ritmo do PIB siga na casa de 2% ao ano a partir de 2024. As novas variantes da Covid podem ser um risco para a concretização desse cenário, diz o texto.

Ao mesmo tempo, o CEBR acredita que a China vai gradualmente perder força no crescimento. A velocidade anual de expansão do PIB da China deve passar do patamar de 5,7% entre os anos de 2020 e 2025 para 4,7% nos cinco anos seguintes, e desacelera ainda mais para 3,8% entre 2030 e 2035.

Essa desaceleração da China é causada por uma série de fatores, como restrições ao mercado imobiliário, a limitação do poder das grandes empresas de tecnologia do país e a indicação de Pequim de que priorizará estabilidade econômica nos próximos anos.

Mesmo com a desaceleração chinesa, o país asiático está próximo de tomar dos EUA o posto de maior potência econômica global. “O crescimento mais rápido norte-americano significa que a China deve passar os EUA e se tornar a maior economia do mundo em 2030 ao invés de 2028 as nós prevíamos no ano passado. Mesmo assim, continua sendo três anos antes da nossa previsão feita antes da pandemia”, diz o documento.

FONTE: CNN

Maiores economias mundiais

Países20062011201620212022202620312036
EUA 1 1 1 1 1 1 2 2
China 4 2 2 2 2 2 1 1
Japão 2 3 3 3 3 3 4 5
Alemanha 3 4 4 4 4 4 5 4
Reino Unido 5 6 5 5 5 6 6 6
França 6 5 6 6 7 7 7 7
Índia 14 10 7 7 6 5 3 3
Itália 7 8 8 8 8 8 10 13
Canadá 8 11 10 9 9 9 9 11
Coreia do Sul 12 14 11 10 10 11 11 12
Brasil 10 7 9 11 11 10 8 9
Rússia 11 9 12 12 12 13 13 10
Austrália 14 12 13 13 13 12 12 14
Espanha 9 13 14 14 14 14 15 15
México 13 15 15 15 15 16 16 16
Indonésia 21 17 16 16 16 15 14 8
Irã 30 21 26 17 17 17 34 35
Holanda 16 16 18 18 18 19 17 18
Arábia Saudita 23 20 20 19 19 22 18 17
Suíça 18 19 19 20 20 21 20 23
fonte: CEBR

wifc-photo-pregnant-woman-covid-scaled

IMAGEM: WOMEN&INFANTS

 

O texto agora deverá ser aprovado pela Câmara. A lei atual, que versa sobre o trabalho das gestantes, não contempla situação na qual a atividade não pode ser feita a distância pela gestante.

O plenário do Senado aprovou projeto que garante o pagamento de salário-maternidade às trabalhadoras grávidas que não puderem fazer trabalho a distância. Trata-se do 2.058/21, que disciplina o trabalho das gestantes não imunizadas contra o coronavírus. Agora, o texto retorna à Câmara dos Deputados e está pronto para ser votado no plenário da Casa.

O texto modifica a lei 14.151/21, que prevê o afastamento de empregadas gestantes das atividades presenciais durante a pandemia. A norma determina que elas deverão ficar à disposição do empregador por meio de teletrabalho, recebendo normalmente o salário.

O projeto disciplina o trabalho das gestantes (entre elas empregadas domésticas) não imunizadas contra o coronavírus, quando a atividade não puder ser feita a distância, situação não abarcada hoje pela lei.

Nesses casos, o texto afirma que a gravidez será considerada de risco até a imunização e a gestante terá direito ao salário-maternidade desde o início do afastamento até 120 dias após o parto. O empregador ficará dispensado de pagar o salário. Se retornar ao trabalho presencial antes do fim da gravidez, o empregador voltará a pagar o salário.

Ajuste

Foi acolhida, como ajuste de redação, alteração constante de emenda da senadora Zenaide Maia, lida em plenário pela senadora Nilda Gondim e defendida ao longo da tramitação por outras integrantes da bancada feminina.

Pela emenda, o retorno das lactantes ao trabalho observará critérios e condições definidos pelo ministério da Saúde, ouvido o Ministério da Previdência Social e do Trabalho. O texto original da emenda mencionava como órgão a ser ouvido o Conselho Nacional de Saúde.

FONTE: MIGALHAS

https://www.migalhas.com.br/quentes/357150/senado-aprova-salario-maternidade-a-trabalhadora-gravida-na-pandemia

News

IMAGEM: UNCTAD/©moofushi

 

É com sentimento de gratidão por todos que estiveram conosco neste ano, que desejamos um Natal abençoado com muita paz e harmonia.

 
Que 2022 nos renove com saúde e determinação para continuarmos vencendo juntos os desafios!

 

Boas Festas!

FNTTAA - Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários e  Afins | LinkedIn