A queda da atividade no Brasil adiciona mais uma complicação à economia argentina na "guerra" contra os preços

De acordo com as últimas medições, a atividade no Brasil registrou sua maior queda em dez meses em janeiro. A estagnação da atividade do principal parceiro da Argentina acrescenta outro fator de preocupação para a economia local devido à balança comercial, já que uma queda nas exportações significa um possível déficit na balança.

“Em meio a esse contexto de instabilidade em que as eleições de outubro colaboram, espera-se que haja uma moderação no comércio bilateral entre os dois países. Mas, ao mesmo tempo, como a Argentina deve crescer um pouco mais, o déficit com o Brasil deve se tornar mais negativo este ano. É claro que o governo, por meio do controle das importações, pode moderar isso. Mas a realidade é que a dinâmica sem controles mostraria uma deterioração do resultado comercial da Argentina neste ano.

Isso acrescenta outro ponto negativo ao problema nevrálgico da economia argentina: o aumento do custo de vida. O Governo anunciou que vai fixar preços de referência para três produtos da cesta básica: pão, macarrão e farinha, em valores de fevereiro. Além disso, eles vão pedir à indústria e aos supermercados que reduzam os preços de alguns produtos, que em apenas duas semanas tiveram alta de mais de 20%. Esta terça-feira vão começar as reuniões "empresa a empresa".

Para que a indústria e o comércio cumpram os preços de referência, o Governo vai subsidiar a farinha. A tonelada foi vendida em fevereiro por US$ 24.000, e atualmente está sendo negociada a US$ 35.000, devido ao aumento internacional do preço do trigo, em decorrência da guerra na Ucrânia, que levou essa commodity a ser comercializada de US$ 300 para mais de $ 400.

Por outro lado, esta semana serão anunciadas medidas para chegar com um cabaz de cerca de 60 produtos a empresas próximas e que trabalham numa empresa nacional de comercialização de produtos hortícolas. Por ora, está descartada a redução de impostos e analisados ​​os preços dos insumos disseminados.

A outra medida confirmada será o lançamento nesta semana de uma linha de crédito para a indústria de moagem no valor de US$ 8 bilhões a uma taxa subsidiada, para que as usinas possam agilizar a compra de trigo para a produção de farinha.

De todos os setores sindicais, políticos, sociais e através da coligação governamental, esperam-se para os próximos dias momentos de tensão máxima, medidas mais contundentes e originais do que estas, que já foram aplicadas na maioria dos casos pela ex-secretária de Comércio Interior, Paula espanhol, com poucos ou nenhum resultado.

FONTE: ESTADO DE ALERTA