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Pesquisa do IBGE indica a perda de rendimento do trabalhador na comparação entre 2022 e 2021. Desemprego chega ao menor nível desde 2016, com 12 milhões de desocupados.
Informalidade emperra crescimento econômico
A renda média do trabalhador brasileiro ficou em R$ 2.489 no trimestre encerrado em janeiro de 2022, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população desocupada está em 12 milhões de pessoas.
O valor apurado pela pesquisa nos meses de novembro, dezembro e janeiro de 2022 representa queda de 1,1% em relação ao trimestre encerrado em outubro, e de 9,7% frente ao trimestre finalizado em janeiro de 2021. Nenhuma categoria apresentou alta no rendimento durante a realização do levantamento.
Na indústria, houve queda de 4,1% na renda — ou menos R$ 102 no bolso do trabalhador —, mesmo com alta na ocupação de empregos com carteira. Também houve diminuição no setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais: queda de 2,1%, ou menos R$ 76.
A pesquisa também indica que a população desalentada, isto é, aqueles que desistiram de procurar emprego, ficou em 4,8 milhões de pessoas. É uma redução de 6,3% (menos 322 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 18,7% (menos 1,1 milhão de pessoas) na comparação anual.
A Pnad Contínua mostrou que a taxa de desocupação caiu para 11,2% no trimestre encerrado em janeiro, recuo de 0,9 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior, encerrado em outubro. É a menor taxa para o período desde 2016, quando registrou 9,6%.
Em números, significa dizer que 12 milhões de pessoas continuam a procurar uma nova oportunidade de trabalho. Trata-se de uma redução de 6,6%, ou 858 mil pessoas a menos na fila dos desempregados na evolução dos trimestres terminados em outubro e janeiro, respectivamente.
No confronto com o mesmo período do ano anterior (novembro, dezembro e janeiro de 2021), a queda no percentual de desocupados é de 18,3%, o que representa 2,7 milhões de pessoas a menos em busca de trabalho.
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE