IMAGEM: Fabiane de Paula/SVM
Camilo Santana: voto em Lula é resposta à violência de Bolsonaro Ao Poder360, ex-governador do Ceará e senador eleito do PT cita combate à abstenção e preocupação com “estímulo ao ódio”.
O ex-governador do Ceará e senador eleito Camilo Santana (PT) afirmou, em entrevista ao Poder360, que votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no 2º turno equivale a dar uma resposta à “onda de ódio, terrorismo e violência” do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Mais um petista a ressaltar o combate à abstenção eleitoral no próximo domingo (30.out.2022), Camilo citou a preocupação com casos de assédio eleitoral de empresários a funcionários, fake news sobre Lula e ataques violentos a atos de campanha do PT.
“[Apoiadores de Bolsonaro estão] criando situações constrangedoras para reverter essa situação do eleitor que vota no presidente Lula, não só no Nordeste brasileiro, mas em todo o país”, disse o ex-governador.
“Mas eu acredito que a população brasileira é inteligente [e] vai dar uma resposta a toda essa onda de ódio, de terrorismo, de violência”, acrescentou.
Para o senador eleito, a reação do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) com disparos de fuzil e granadas contra agentes da Polícia Federal e um ataque a tiros a uma caravana liderada pela governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), são fruto do “estímulo a violência e ao ódio” que ele vê como “característica” de Bolsonaro.
Camilo afirmou que, na reta final da campanha do 2º turno, a estratégia de aliados de Lula no Nordeste é ampliar ao máximo a votação do ex-presidente na região.
No Ceará, os principais alvos são os 8% somados que Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) tiveram no 1º turno. Lula teve 65,9%, e a meta é levá-lo aos 75%.
“A outra estratégia também tem sido a presença forte na região Sudeste, na região Sul, principalmente São Paulo e Minas Gerais, tentando ampliar e reverter a votação nos 2 principais colégios eleitorais brasileiros”, disse o ex-governador. Em São Paulo, Bolsonaro foi o candidato.
NOVO GOVERNO LULA
Se o candidato do PT vencer a eleição, Camilo afirmou que uma das prioridades será mudar a regra do teto de gastos para deixar investimentos públicos e o dinheiro para saúde e educação fora do mecanismo que limita o aumento de despesas à inflação.
O ex-governador do Ceará disse que o atual formato das emendas de relator, que vem sendo chamado de “orçamento secreto”, é uma “vergonha”.
“Como governador, fui a alguns ministérios e não tinha recurso. Para ter recurso para aquela obra, para aquele convênio do Estado, precisaria ir lá no deputado pedir para ele liberar [uma emenda de relator] para aquele ministério”, declarou. “Isso é uma prática totalmente ultrapassada.”
Ele reconheceu, contudo, que o próximo presidente precisará ter “muita habilidade” para dialogar com o Congresso para “garantir o fim do orçamento secreto e viabilizar muitos investimentos de obras importantes”.
FONTE: PODER360