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O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) apontou em maio menor disposição para contratar ao recuar pelo terceiro mês seguido, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, registrou queda de 2,5 pontos no mês e foi a 101,1 pontos em maio, na terceira queda seguida do indicador, algo que não acontecia desde o início de 2015.

“Os últimos dados divulgados da economia brasileira surpreenderam negativamente. Com isso, está sendo revisada para baixo a taxa de crescimento do país, o que impacta diretamente a contratação. Neste cenário, o IAEmp reflete a percepção de que tanto a situação dos negócios quanto a disposição de contratar tendem a ser menores nos próximos meses”, explicou em nota o economista da FGV/Ibre Fernando de Holanda Barbosa Filho.

O resultado de maio do IAEmp teve como principal influência as quedas nos indicadores que medem a situação dos negócios nos seis meses seguintes nos setores de Serviços e da Indústria de Transformação.

A pesquisa Focus realizada semanalmente pelo Banco Central com uma centena de economistas vem registrando repetidamente recuos nas estimativas para o crescimento da economia neste ano, em especial nas últimas semanas, após a greve dos caminhoneiros que afetou o abastecimento no país. O levantamento mais recente aponta que a expectativa é de uma expansão do Produto Interno Bruto deste ano de 2,18 por cento.

A FGV informou ainda que o Indicador Coincidente de Emprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, avançou 2,3 pontos em maio e chegou a 96,5 pontos.

“O menor otimismo quanto ao crescimento da economia no ano de 2018 já está afetando a percepção dos trabalhadores quanto à melhora do mercado de trabalho. O ICD mostra que os trabalhadores continuam reticentes com relação ao futuro”, completou Barbosa Filho.

No trimestre encerrado em abril, a taxa de desemprego recuou a 12,9 por cento, mas esse movimento aconteceu com as pessoas desistindo de procurar uma recolocação diante da instabilidade da economia e das incertezas políticas. As perspectivas são de mais deterioração no curto prazo, mesmo que pontual, devido à greve dos caminhoneiros, que entrou em seu nono dia.

FONTE: REUTERS

 

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A Anamatra, com outras entidades, como os representantes do Ministério Público do Trabalho, de auditores fiscais do Trabalho e de advogados trabalhistas entregaram, nesta segunda-feira (4), em Genebra (Suíça), durante a 107ª Conferência Internacional da OIT, nota em defesa das normas internacionais, das instituições públicas e do acesso à Justiça.

 

O documento, entregue ao integrante do Departamento de Normas Internacionais do Trabalho da OIT Horacio Guido, rechaça as manifestações dos representantes do governo e do patronato brasileiros, seja em plenário, seja no documento denominado Information Supllied by Governments on the Application of Ratified Conventions (defesa do governo), porquanto em contrariedade com os números oficiais divulgados no Brasil, no tema do desemprego e da desafiliação social, assim como com as previsões das normativas internacionais com as quais as instituições se comprometeram.

Alerta da Anamatra
A Anamatra participa do evento como observadora, por intermédio de sua vice-presidente, Noemia Porto, e da diretora de Cidadania e Direitos Humanos, Luciana Conforti. O teor da nota também foi objeto de documento alerta, de autoria da Anamatra, entregue pelas magistradas durante a Conferência. Acesse as versões do documento em português e inglês.

A presidente da Associação Latino Americana de Advogados Trabalhistas (Alal), Luiza Fernanda Gomes Duque, em seu pronunciamento, também referiu o problema de acesso à justiça que consta na carta aberta divulgada pela Anamatra.

FONTE:DIAP

oit conferencia internacional 107

Após ter sido incluído em lista de países sob suspeita de descumprir normas internacionais de proteção aos trabalhadores, o governo brasileiro acusou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) de fazer "jogo político" e de desconhecimento sobre a legislação brasileira. A dita "Reforma" Trabalhista do governo Temer é objeto de análise durante a 107ª Conferência Internacional do Trabalho da organização, que começou na última segunda-feira (5), em Genebra, na Suíça.

O procurador-geral do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ronaldo Fleury, acompanhou os debates e lamentou a manifestação do governo brasileiro. "Lamentamos que algumas manifestações durante os debates tenham sido de ataque ao Comitê de Peritos e à própria OIT. Como representantes de instituição que tem por missão a promoção dos direitos fundamentais no mundo do trabalho, defendemos que os mecanismos de supervisão de normas internacionais devem ser respeitados, independente das circunstâncias", disse o procurador-geral.

O representante internacional dos trabalhadores, Marc Leemans, também lamentou a posição do governo brasileiro. O representante dos trabalhadores brasileiros, Antonio Lisboa, lembrou que o MPT alertou o Congresso Nacional e o governo federal que a reforma trabalhista violava a Constituição Federal e normas internacionais ratificadas pelo Brasil.

Já a representante internacional dos empregadores, Sonia Regenborgen, defendeu a necessidade de ampliar o prazo de análise dos impactos das alterações da legislação trabalhista no Brasil. O Brasil recebeu apoio de apenas 9 países – entre eles Rússia, Paraguai e China. Nenhum país da União Europeia se manifestou a favor.

Durante a abertura da conferência, o ministro do Trabalho, Helton Yomura, declarou que a nova lei, chamada pelo governo de "modernização trabalhista", permite maior flexibilidade na gestão do tempo do trabalhador e mais equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

No início desse ano, o Comitê de Peritos da OIT pediu ao governo brasileiro a revisão dos pontos da reforma trabalhista que permitem a prevalência de negociações coletivas sobre a lei. O Comitê confirmou o entendimento de que a reforma trabalhista viola a Convenção nº 98, sobre direito de sindicalização e de negociação coletiva, ratificada pelo Brasil.

Foi pedida ainda a revisão da possibilidade de contratos individuais de trabalho estabelecerem condições menos favoráveis do que o previsto na lei. A reforma trabalhista estabelece a possibilidade do negociado prevalecer sobre o legislado, inclusive para redução de direitos. Prevê também a livre negociação entre empregador e empregado com diploma de nível superior e que receba salário igual ou superior a duas vezes o teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). As conclusões da comissão sobre o caso brasileiro devem ser divulgadas nesta quinta-feira (7).

 

Rede Brasil Atual

 

 

nova agenda

O documento, parte de ação conjunta das centrais sindicais (CTB, CSB, CUT, Nova Central, Força Sindical, UGT e Intersindical) em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), contém 20 pontos sobre os desafios do Brasil de hoje, sobretudo após a agenda regressiva implementada por Michel Temer em 2 anos de gestão ilegítima. No portal Rádio Peão Brasil

O secretário-geral da Força Sindical João Carlos Gonçalves, Juruna, ressalta que o momento exige reflexão e atitude dos dirigentes sindicais com relação às mudanças nas relações de trabalho, nas formas de produção e comércio, e no financiamento sindical.

“Voltamos 20 anos em 2 e o objetivo do documento é apresentar as propostas da classe trabalhadora para a próxima etapa da luta. Com esse documento, o Fórum das Centrais ratifica que não aceitará nenhum projeto que não esteja comprometido com um projeto de país que tenha como centro a retomada do crescimento, com geração de emprego, valorização do trabalho e distribuição de renda”, ressaltou Adilson Araújo, presidente da CTB.

Ele indicou que o documento também será lançado no Congresso Nacional. “Faremos um corpo a corpo com os parlamentares em torno desta nova agenda”, emendou.

Francisco Pereira de Souza Filho, Secretário de Organização e Políticas Sindicais da UGT destaca que o momento é propício para que os trabalhadores reafirmem a posição diante dos teus interesses. “Estamos em ano eleitoral e o movimento sindical precisa apresentar uma pauta que contenha as principais reivindicações dos trabalhadores. A pergunta que fica é, como o próximo governo vai encarar a questão do financiamento sindical? E consequentemente as relações trabalhistas, já que os sindicatos são mediadores nas negociações entre os trabalhadores e patrões para garantir os direitos já existentes e conquistar ganhos reais”.

O lançamento da “Agenda prioritária da Classe Trabalhadora 2018” vai começar às 10 horas, na sede do Sindicado dos Químicos de São Paulo, na Rua Tamandaré, 348, na Liberdade.

FONTE:DIAP

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Magistrado diz que Congresso não poderia retirar caráter compulsório da cobrança

O juiz Volnei Mayer, da Vara do Trabalho de Estância Velha (RS), condenou a cidade de Dois Irmãos a pagar a contribuição sindical ao sindicato dos servidores públicos ligados àquele município. Na decisão, o magistrado sustenta que a contribuição é um tributo e, por isso, o Congresso Nacional não poderia retirar o caráter compulsório da cobrança, “sob pena de criar um tributo facultativo – já que não revogou a lei – o que caracteriza um absurdo jurídico”. (clique aqui para ler a íntegra da decisão)

Mayer sustenta, ainda, que é necessário conceder uma liminar à entidade por ser “crível” garantir ao sindicato sua fonte de custeio. “A supressão poderá trazer prejuízos irreparáveis, porquanto a contribuição tem destinação assistencial que se desenvolve pela atuação sindical”, diz.

Segundo o magistrado, com o fim do tributo, filhos de trabalhadores poderão ficar sem creche, sem serviços médicos, dentários, farmacêuticos, atividades de lazer, prestação de serviços jurídicos, entre outros serviços.

Destaca, também, que a unicidade sindical está prevista na Constituição. “Com efeito, se houvesse pluralidade sindical haveria a possibilidade de escolha por parte dos trabalhadores de um sindicato com condições financeiras ou com condições de manter a defesa e os interesses da categoria profissional. Na unicidade, não há opção. A representação é compulsória”, alega.

Na ação, o sindicato, representado pelo escritório Britto e Lemmertz Advogados Associados, alegou que o não pagamento do imposto poderia causar danos irreversíveis à entidade. “A não concessão da tutela resultaria no esvaziamento da principal fonte de custeio da entidade sindical e todo o sistema de representação, causando danos extremos ao funcionamento do sindicato e, por conseguinte, à prestação da assistência aos trabalhadores, que são, ao mesmo tempo, contribuintes e usuários do serviço prestado pelo sindicato”, sustentou.

FONTE:JOTA

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Depois da crise política produzida pelos 10 dias de paralisação dos caminhoneiros, o plenário da Câmara dos Deputados agendou para votação o projeto de lei que regulamenta o transporte rodoviário de cargas no País (PL 4.860/16). A matéria está na pauta de votações a partir desta terça-feira (5), cuja sessão deliberativa começa às 14 horas.

O projeto de lei, da deputada Christiane de Souza Yared (PR-PR), conta com substitutivo do deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) aprovado pela comissão especial sobre o tema.

No texto, são estabelecidas as formas de contratação dos transportadores (autônomos, de cooperativa ou empresa), regras para a segurança nas estradas e normas para a contratação de seguros em caso de acidentes, perda de mercadoria e até furtos e assaltos.

O substitutivo cria o vale-pedágio, mecanismo de pagamento automatizado que será obrigatório. Torna ainda obrigatória a inspeção de segurança veicular de todos os veículos de carga, com maior frequência quanto mais velho o veículo.

Cadastro Positivo
Há outras proposições na pauta. Mas de relevante apenas o projeto que obriga o consumidor a aderir ao Cadastro Positivo. O texto-base do Projeto de Lei Complementar (PLP) 441/17 foi aprovado no último dia 9, na forma do substitutivo do relator, deputado Walter Ihoshi (PSD-SP).

Os 2 principais destaques apresentados ao projeto, do PT e do PSol, pretendem manter o cadastro positivo como uma opção do consumidor e evitar o envio de informações financeiras aos gestores de banco de dados sem quebra de sigilo bancário.

Sessões solenes
Nesta semana a Câmara dos Deputados realiza 2 sessões de homenagens. A 1ª vai ser para o fundador do Socialismo Científico, Karl Marx. A 2ª vai homenagear a Revolta da Balaiada.

Karl Marx
Na quarta-feira (6), a partir das 11 horas, o plenário da Casa realiza sessão solene para homenagear os 200 anos de Karl Marx (1818-1883). Vai ser no Plenário Ulysses Guimarães.

Marx foi um filósofo, sociólogo, jornalista e revolucionário socialista. Nascido na Prússia passou grande parte de sua vida em Londres, no Reino Unido. A obra de Marx em economia estabeleceu a base para muito do entendimento atual sobre o trabalho e sua relação com o capital, além do pensamento econômico posterior. Publicou vários livros durante sua vida, sendo O Manifesto Comunista (1848) e O Capital (1867-1894) os mais proeminentes.

Revolta da Balaiada
Na quinta-feira (7), a partir das 9 horas, a Câmara faz homenagem aos 180 Anos da Revolta da Balaiada. Vai plenário Ulysses Guimarães.

A Balaiada foi 1 luta popular que aconteceu na província do Maranhão durante os anos de 1838 e 1841.

A revolta surgiu como um levante social por melhores condições de vida e contou com a participação de vaqueiros, escravos e outros desfavorecidos. O nome dessa luta popular originou-se dos “balaios”, nome dos cestos fabricados na região.

Eleições 2018
O PSDB vai lançar, na Câmara dos Deputados, na terça-feira (5), no Salão Verde, o manifesto Polo Democrático, cujo objetivo é articular o lançamento de candidatura única para evitar a fragmentação do “centro”.

Assinam o manifesto, entre outros, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e o ministro das Relações Exteriores, senador licenciado Aloysio Nunes Ferreira (PSDB).

O manifesto foi elaborado a 4 mãos. Pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra do PSDB, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), o deputado Marcos Pestana (PSDB-MG) e o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). O texto elenca o que chama “17 ideias iniciais” para alimentar o debate:

1) a defesa intransigente da liberdade e da democracia como caminho para a construção do futuro do país 2)  a luta contra todas as formas de corrupção

3) prioridade absoluta para a transformação inadiável de nosso sistema educacional

4) a busca incansável do equilíbrio fiscal, sem o que não se sustentarão os atuais baixos patamares de inflação e da taxa de juros

5) a reconstrução de nossa Federação, com uma radical descentralização, fortalecendo o poder local e regional num país de dimensões continentais

6) a mudança estrutural de nosso sistema tributário tornando-o mais simples, justo, desburocratizado e eficiente

7) reformar nosso sistema previdenciário injusto e insustentável. Precisamos de um sistema único que elimine privilégios e assegure o equilíbrio atuarial

8) incentivo radical à promoção da ciência e tecnologia

9) combate a todas as formas de autoritarismo e populismo. A demagogia e atitudes hostis à vida democrática devem definitivamente ser afastadas do cenário nacional

10) defesa de um alinhamento internacional que resgate, as melhores tradições do Itamaraty, com uma política externa que privilegie os verdadeiros interesses nacionais

11) Uma postura firme no setor de segurança pública baseada no princípio de tolerância zero com o crime organizado

12) aprofundar o esforço de qualificação do Sistema Único de Saúde

13) adotar soluções criativas e eficazes na moradia e no saneamento, aprendendo com a experiência acumulada pelo “Minha Casa, minha vida”

14) empreender esforços para a concretização de uma profunda reforma política que aproxime a representação política das bases da sociedade

15) defesa de uma perspectiva de desenvolvimento sustentável

16) fortalecimento da administração pública, com a modernização de suas estruturas

17) o combate sem tréguas à miséria, à pobreza e às desigualdades sociais e regionais, graças à elevação da produtividade e à melhoria da distribuição de renda

CÂMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÃO ESPECIAL

Torna permanente o Fundeb (PEC 15/15)
Colegiado realiza, na terça-feira (5), às 14h30, audiência pública para discussão da proposta de substitutivo à PEC 15/15 (análise do texto e sugestões para o seu aprimoramento). Foram convidados o chefe da Assessoria Especial do Ministro da Fazenda, Marcos Mendes; e o secretário de Planejamento e Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Júlio Alexandre Menezes da Silva. Vai ser no plenário 9.


COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Reajustes abusivos dos planos de saúde 
Colegiado realiza, na terça-feira (5), a partir das 14h30, audiência pública para debater os reajustes abusivos dos planos de saúde. Foram convidados, entre outros, o diretor-presidente substituto da Agência Nacional de Saúde (ANS), Leandro Fonseca da Silva; o subprocurador-geral da República e coordenador da 3ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (MPF), José Elaeres Marques Teixeira; e a assessora executiva da Diretoria de Programas Especiais da Fundação Procon/SP, Karla de França. Vai ser no plenário 8.


COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS

Violações de direitos humanos
Colegiado reúne-se, em audiência pública, na terça-feira (5), a partir das 10 horas, para debater violações de direitos humanos sofridas pelo advogado e ex-consultor Rodrigo Tacla Duran. Foi convidado o advogado Rodrigo Tacla Duran, que falará por videoconferência. Vai ser no plenário 9.


COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

Violência do Estado contra jovens pobres e negros
Na terça-feira (5), a partir das 14h30, o colegiado realiza audiência pública para debater a violência do Estado contra jovens pobres e negros, à luz do documentário Nossos Mortos têm Voz. Foram convidados, entre outros, os representantes da Rede de Mães e Familiares Vítimas da Violência do Estado na Baixada Fluminense, Luciene Silva; do Fórum Grita Baixada, Adriano Araújo; e da produtora Quiprocó Filmes, Fernando Sousa. Evento interativo pelo e-Democracia. Em plenário a definir.

Hospitais universitários
Às 9h30, de quarta-feira (6), o colegiado realiza audiência pública para debater a crise dos hospitais universitários após a Lei 12.550/11. Foram convidados, entre outros, os ministros da Educação, Rossieli Soares; e da Saúde, Gilberto Occhi; e o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Cléber de Melo Morais. Vai ser no Auditório Nereu Ramos.

Memórias Trabalhistas
Na quarta-feira (6), às 16 horas, o colegiado faz o Lançamento da publicação Memórias Trabalhistas - Luís Carlos Prestes. Vai ser no Salão Verde.


COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Reajustes abusivos dos planos de saúde 
Colegiado temático realiza, na terça-feira (5), às 14h30, audiência pública para debater os reajustes abusivos dos planos de saúde. Foram convidados, entre outros, o diretor-presidente substituto da Agência Nacional de Saúde (ANS), Leandro Fonseca da Silva; o subprocurador-geral da República e coordenador da 3ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (MPF), José Elaeres Marques Teixeira; e a assessora executiva da Diretoria de Programas Especiais da Fundação Procon/SP, Karla de França. Vai ser no plenário 8.


COMISSÕES DE CULTURA, DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS, DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA, DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA E DE EDUCAÇÃO

15º Seminário LGBT do Congresso Nacional
Colegiados temáticos, em conjunto, realizam, na quarta-feira (6), a partir das 8h30, o 15º Seminário LGBT do Congresso Nacional: O tempo de nossas vidas – saúde, bem-estar, envelhecimento. Vai ser no Auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados. Acompanhe a programação completa do evento.


COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

30 anos do SUS
Colegiado temático realiza, na quarta-feira (6), a partir das 9h30, seminário para celebrar e debater os 30 anos do SUS. Evento interativo pelo e-Democracia. Vai ser no plenário 7.


CONGRESSO NACIONAL

COMISSÕES MISTAS

Serão instaladas 5 colegiados para analisar MP

Na quarta-feira (6), a partir das 14h30, serão instaladas 5 comissões mistas para analisar medidas provisórias editadas recentemente pelo presidente da República, Michel Temer (MDB). Entre elas está a que extinguiu o Fundo Soberano e as que foram editadas como parte do acordo para dar fim à greve dos caminhoneiros. Serão eleitos os respectivos presidentes e indicados os relatores. Todas as reuniões ocorrerão na sala 6 da Ala Nilo Coelho do Senado Federal.

Fundo Soberano
Às 14h40 está prevista a instalação da comissão mista da MP 830/18, que extinguiu o Fundo Soberano do Brasil (FSB) e o seu conselho deliberativo. Criado em 2008 como uma reserva financeira para o país enfrentar crises econômicas, o fundo tinha, até o final de 2017, um patrimônio de R$ 26 bilhões. Os recursos do fundo serão usados para o pagamento da dívida pública federal. Leia mais

MP dos caminhoneiros
Às 14h50 será a vez da comissão mista da MP 831/18 que, com as MP 832 e 833 de 2018, foram editadas por Temer após o acordo do governo federal com os caminhoneiros para dar fim à greve iniciada no dia 21 de maio. Além das MP, o Executivo anunciou a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel por 60 dias. A redução do preço do combustível é um dos pontos principais da pauta dos grevistas.

A 831 reserva 30% do frete contratado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para cooperativas de transporte autônomo, sindicatos e associações de autônomos. Os transportadores serão contratados sem licitação. O preço do frete não poderá exceder o praticado pela Conab. Além disso, o contratado deve atender aos requisitos estabelecidos pela companhia, que é vinculada ao Ministério da Agricultura.

A Conab utiliza as transportadoras para movimentar grãos e garantir o abastecimento de todas as regiões.

Em seguida, às 15h, vai ser instalada a comissão mista para analisar a MP 832/18, que instituiu a Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, para promover condições razoáveis à contratação por fretes no território nacional.

Segundo o texto, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicará duas tabelas por ano (dias 20 de janeiro e 20 de julho) com os preços mínimos dos fretes por quilômetro rodado, levando em conta o tipo de carga e, prioritariamente, os custos do óleo diesel e dos pedágios.

Por fim, às 15h10, a comissão mista da MP 833/18 vai ser instalada. Essa proposta alterou a Lei dos Motoristas (Lei 13.103/15) para estender para as rodovias estaduais, distritais e municipais a dispensa de pagamento de pedágio do eixo suspenso de caminhões, uma das principais reivindicações dos grevistas. Atualmente, o benefício é válido somente para as rodovias federais, conforme a lei e o Decreto 8.433/15.

Segundo a MP, o caminhoneiro que circular com os eixos indevidamente suspensos, para não pagar o pedágio, poderá receber multa de natureza grave. Leia mais


SENADO FEDERAL

Local de recolhimento de ISS de app de transporte no plenário

Nesta 1ª semana de junho, depois da grande turbulência que marcou o final do mês de maio, com a paralisação dos caminhoneiros, a pauta do plenário do Senado tem 2 proposições. A mais relevante é a que trata do PLS 493/17 - Complementar, que muda a forma de cobrança do Imposto sobre Serviços (ISS) para empresas de transporte privado de passageiros, como Uber, Cabify, 99 Pop e similares. A proposta está na pauta desta terça-feira (5) e tramita em regime de urgência. O relator, senador Armando Monteiro (PTB-PE), apresentou relatório favorável ao projeto, com substitutivo.

De autoria do senador Airton Sandoval (MDB-SP), o projeto altera a dinâmica do recolhimento do ISS, de competência dos municípios. Conforme a proposição, o tributo será cobrado pelo município do local do embarque do usuário e não onde está sediada a empresa de tecnologia, como ocorre atualmente. O autor da proposta alega que a intenção é distribuir mais equitativamente entre os municípios o produto da arrecadação desse imposto.


COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS

Spread bancário
Os spreads bancários — diferença entre o que os bancos pagam na captação de recursos e o que cobram por um negócio — serão assunto de audiência pública no colegiado nesta terça-feira (5), às 14h30. O debate será o 3º na CAE com o tema “Inovação e Competição: Novos caminhos para redução dos spreads bancários”.

Para a audiência, foram convidados o diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Ribeiro Damaso; e o secretário de Promoção da Produtividade e Advocacia da Concorrência do Ministério da Fazenda, João Manoel Pinho de Mello. A conselheira do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt completa a lista de debatedores.

A audiência acontece no plenário 19 da Ala Senador Alexandre Costa.

FONTE DIAP

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O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) apresentou, na última segunda-feira (4), parecer favorável ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) 195/15, do deputado Betinho Gomes (PSDB-PE), que altera o Código Civil para dispor sobre a estipulação do prazo do contrato de prestação de serviço entre empresas — terceirizados — que poderá ser superior a 4 anos.

O texto do projeto altera o Código Civil (Lei 10.406/02) sob a justificativa de que, como não existe entre empresas pessoalidade nem subordinação, não se justifica estipular a limitação de 4 anos para a duração do contrato como consta atualmente no Código Civil.

Em junho de 2016, o projeto havia entrado na pauta do plenário. Mas, na ocasião, requerimento de adiamento de discussão do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) retirou a matéria da agenda de votações.

O relator, senador Ricardo Ferraço, apresentou voto favorável ao PLC 195, com a rejeição do PLC 30/15, e dos PLS 87/10, 447/11 e 339/16.

No parecer, Ferraço julga ter havido perda de objeto dos projetos supracitados. Com posições mais ou menos favoráveis à terceirização, “os projetos versam sobre assunto já longamente debatido e decidido pelo Congresso Nacional com a aprovação da Lei 13.429, de 31 de março de 2017, que ampliou a terceirização para as atividades-fim da empresa; e da Lei 13.467, de 13 de julho de 2017, que trata da chamada Reforma trabalhista.”

Na prática, o relator inviabiliza, em seu parecer, qualquer revisão na questão da terceirização e ainda aumenta o prazo de validade do contrato de prestação de serviços pelos terceirizados.

Tramitação
O parecer está pronto para votação na Comissão de Assuntos Econômicos. Caso seja aprovado nessa, decisão mais provável, a matéria segue para apreciação da Comissão de Constituição de Justiça.

FONTE:DIAP

 

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A taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,9% no trimestre encerrado em abril deste ano. O dado é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta terça-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro.
Segundo o IBGE, no trimestre encerrado em janeiro, a taxa havia ficado em 12,2%. Em abril de 2017, ela foi de 13,6%.
O contingente de desempregados, isto é, pessoas que procuram emprego e não conseguem, chegou a 13,4 milhões no trimestre encerrado em abril deste ano. Isto representa um aumento de 5,7% em relação aos 12,7 milhões de desocupados registrados no trimestre encerrado em janeiro.
Na comparação com abril de 2017, no entanto, houve uma queda de 4,5% na massa de desempregados, já que naquele período havia 14 milhões de desocupados no país.
A população ocupada chegou a 90,7 milhões no trimestre encerrado em abril deste ano, 1,1% menor do que no trimestre encerrado em janeiro (91,7 milhões), mas 1,7% acima do trimestre encerrado em abril do ano passado (89,2 milhões).
O número de empregados com carteira de trabalho assinada, que ficou em 32,7 milhões, apresentou queda de 1,7% em ambas comparações temporais. Já os trabalhadores sem carteira (10,9 milhões de pessoas) mantiveram-se estáveis em relação a janeiro, mas cresceram 6,3% em relação a abril do ano passado.
Os trabalhadores por conta própria (23 milhões de pessoas) também mostraram o mesmo comportamento: permaneceram estáveis em relação a janeiro e cresceram 3,4% na comparação com abril do ano passado.
Quedas em três setores da economia
Nenhum dos dez grupamentos de atividades pesquisadas teve aumento na população ocupada de janeiro para abril. Foram observadas quedas nos segmentos da Construção (-2,7%), Serviços Domésticos (-2,7%) e Comércio (-2,5%). Os demais setores ficaram estáveis.
Na comparação com abril do ano passado, houve geração de postos de trabalho apenas nos segmentos de Outros Serviços (9,1%) e Administração Pública (3,8%).

O rendimento médio real habitual ficou em R$ 2.182 no trimestre encerrado em abril deste ano, relativamente estável em relação a janeiro deste ano e a abril do ano passado. A massa de rendimento real habitual (R$ 193 bilhões) também ficou estável em ambas comparações temporais.

Fonte: Agência Brasil

 

 

Dados oficiais demonstram queda de 88% na arrecadação de sindicatos e redução de 46% em ações trabalhistas.
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Por Cristiane Sampaio*

Em vigor desde o final do ano passado, a reforma trabalhista trouxe um acúmulo de prejuízos para o trabalhador. Após seis meses de vigência, a nova legislação provocou mudanças em diferentes frentes, como, por exemplo, na fragilização das entidades que representam a classe trabalhadora.

E o problema começa na saúde financeira: com o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical, a arrecadação média dos sindicatos caiu 88% nos quatro primeiros meses do ano se comparada ao mesmo período de 2017. O dado é do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Diante da nova realidade, muitas entidades passaram a reavaliar alguns serviços. No Sindicato dos Empregados no Comércio no Distrito Federal (Sindicom-DF), por exemplo, a mudança levou a uma queda de 50% na arrecadação e também no número de filiados.

Segundo a secretária-geral da entidade, Geralda Godinho de Sales, a redução levou a um inevitável enxugamento dos gastos. Uma das medidas adotadas foi o fechamento do setor de Medicina do Trabalho, responsável pelo acompanhamento de processos admissionais e demissionais no que se refere à saúde do trabalhador.

A necessidade de corte também levou ao fechamento recente de duas subsedes do sindicato localizadas em cidades-satélite, que concentram boa parte da população de baixa renda.

“O pessoal que mora mais na periferia é o mais prejudicado porque não está tendo uma assistência mais próxima dele. Quem lucrou? O patrão, o mau patrão. Isso é um prejuízo grande”, avalia.

Entre outras coisas, a reforma trabalhista trouxe mudanças como: predominância do negociado sobre o legislado; flexibilização da jornada; permissão para que grávidas e lactantes trabalhem em locais insalubres; alteração do tempo mínimo de horário de almoço, que passou de uma hora para 30 minutos; e possibilidade de o empregado pagar os custos de ações judiciais perdidas na Justiça do Trabalho.

A reforma também regulamentou novas modalidades de trabalho, como o home office (trabalho remoto) e o trabalho intermitente, em que a atividade ocorre esporadicamente e o empregado é remunerado apenas pelas horas trabalhadas e nada mais.

Outra mudança é a permissão para que os feriados sejam trocados por folgas em outras datas. A secretária do Sindicom-DF destaca que a novidade resultou, por exemplo, em escala normal de trabalho no comércio de Brasília no último Dia do Trabalhador.

“O empregado não tem mais o direito de ficar em casa, de usufruir do 1º de Maio. Foi uma perda muito grande”, afirma.

A dirigente ressalta ainda que o tempo de fechamento de convenções coletivas ficou mais elástico, passando de cerca de dois meses para sete meses. A mudança no Sindicom-DF faz parte de uma realidade nacional.

Segundo levantamento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que reúne 3.800 sindicatos em todo o país, no primeiro trimestre deste ano, houve queda de 29% no registro de acordos coletivos na comparação com o mesmo período do ano passado. O número de convenções coletivas apresentou queda ainda maior, com 48%.

O secretário nacional de Assuntos Jurídicos da entidade, Valeir Ertle, aponta que a reforma emponderou ainda mais os patrões e prejudicou a sustentação dos direitos da classe trabalhadora.

“Hoje está muito difícil de negociar. As empresas estão fazendo de tudo, estão querendo que os sindicatos incluam cláusulas nas convenções que precarizam as relações de trabalho. Por isso muitos sindicatos estão lutando e não estão fechando as negociações coletivas. É uma briga entre Capital e Trabalho”, analisa.

Outro efeito da nova legislação é a queda no ajuizamento de ações trabalhistas em todo o país. Segundo dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST), foi registrada redução média de 46% entre dezembro do ano passado e março deste ano.

O economista Clóvis Scherer, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), aponta que o dado pode estar associado ao fato de a reforma ter desobrigado os empregadores de homologarem as rescisões de contrato junto aos sindicatos.

“Nós imaginamos que a maioria das próprias empresas tenha passado a fazer homologação nas suas instalações, portanto, longe do olhar analítico e de proteção que o sindicato normalmente dá num momento como esse”, afirma.

Sem a assistência sindical, o trabalhador fica mais vulnerável à negativa de direitos. Foi o que ocorreu, por exemplo, com a vendedora Gabriela Sobreira. Demitida em maio deste ano depois de atuar durante nove meses numa loja, ela foi demitida sem aviso prévio e recebeu apenas 20% do valor da rescisão a que tinha direito.

O processo de homologação não passou pelo sindicato, cuja convenção coletiva de trabalho exige o acompanhamento do processo por parte da entidade.

“Eles falaram que não iriam me pagar e que, se eu quisesse, entrasse na Justiça. Estou arrasada. Eu fico de mãos atadas porque não tenho nenhuma segurança”, desabafa.

Por conta de situações como essa, a Organização Internacional do Trabalhou (OIT) incluiu recentemente o Brasil na lista de 24 casos que serão avaliados pelo organismo por suspeita de violações de convenções trabalhistas.

Fonte: Brasil de Fato

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Falta de planejamento e de investimentos em ferrovias e hidrovias deixou Brasil refém

A greve dos caminhoneiros expôs o nó da infraestrutura de transporte brasileira. Em poucos dias, o país enfrentou sinais de caos com desabastecimento, disparada de preços, falta de transporte público, e o governo tornou-se refém da categoria. Reflexo da elevada participação das rodovias na matriz de transporte e de um conjunto de erros — históricos e recentes — que impedem outros modais, como ferrovias e hidrovias, de avançarem. Apenas 32% das mercadorias no país circulam por trem ou embarcação. Falta de planejamento de longo prazo, baixo investimento público no setor, bem como modelos de concessão que despertam pouco interesse junto à iniciativa privada são algumas das razões que explicam por que 66% das mercadorias são transportadas por caminhões no Brasil. Em países de dimensão territorial semelhante, como China e Estados Unidos, esse percentual é de 32% e 43%, respectivamente, segundo dados do instituto Ilos.
A histórica concentração rodoviária não assegurou ganhos expressivos de produtividade ou qualidade. São apenas 211 mil quilômetros de vias pavimentadas, um terço da extensão da rede na Alemanha, que tem território muito menor que o brasileiro. A comparação com países emergentes não deixa o Brasil melhor na foto. A China é cortada por mais de 4 milhões de quilômetros de rodovias. Já na Índia, que tem menos da metade do tamanho do Brasil, as estradas asfaltadas se espalham por mais de 1,5 milhão de quilômetros. A situação se repete nos outros modais: a malha ferroviária brasileira se estende por 29 mil quilômetros, enquanto a chinesa alcança 121 mil quilômetros e a indiana, 68 mil quilômetros. Nos EUA, a diferença é maior: são 225 mil quilômetros de ferrovias.


 
— O problema da infraestrutura de transportes no Brasil é que ela é desequilibrada, os investimentos são de má qualidade e não há integração entre os modais. Temos que investir mais e melhor — afirma Claudio Frischtak, da consultoria Inter.B.
Uma das razões apontadas pelos especialistas para que a China faça vultosos aportes em infraestrutura é sua capacidade de poupança, situação bem distinta da brasileira, que convive com restrições orçamentárias. O investimento público em transporte no Brasil chegou próximo a 2% do PIB (patamar apontado como ideal) em meados da década de 1970. Desde então, seguiu ladeira abaixo até cair para 0,16% do PIB no ano passado. Paralelamente, as tentativas de mobilizar a iniciativa privada não foram suficientes para superar as deficiências.
— Não temos nem investimento público nem modelos de concessões claros e seguros para atrair o capital privado. Precisamos de planejamento de longo prazo — diz Maurício Lima, do Ilos.
FOCO NO CALENDÁRIO ELEITORAL
A disparidade entre dados oficiais e de mercado dá uma dimensão de quão frágil é o planejamento estratégico do setor. A Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), que reúne gigantes do setor como Vale, Rumo e MRS, costuma usar em suas apresentações dados do Ministério dos Transportes que apontam a parcela das ferrovias no transporte de cargas no Brasil em 25%. Já a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), órgão estatal, após recente revisão metodológica, diz que o percentual é de 15%, enquanto o Ilos trabalha com 20%.
Foi nesse vácuo de planejamento e de investimento que as rodovias foram crescendo. Elas são menos complexas e mais baratas que as ferrovias ou hidrovias e conseguem ser concluídas em menos tempo. Como os governos se pautam pelo calendário eleitoral, dizem especialistas, a descontinuidade impera num setor cujos projetos precisam de tempo para maturar. Não faltaram programas de concessões: Avançar, PACs, PIL 1 e 2, Crescer. A cada mandato, novas concessões eram previstas, mas pouco saía do papel. O resultado é que, na área de ferrovias, por exemplo, a malha em operação hoje é menor do que a que existia antes do processo de privatização da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA), estatal que operava ferrovias brasileiras até 1996.
— Naquela época, a estatal que cuidava das ferrovias estava quebrada. O governo queria se livrar de um estorvo financeiro. Os contratos tinham falhas, que reconhecemos hoje. Por exemplo, não havia obrigatoriedade de expansão da malha nem de investimento. As únicas metas eram de produção (capacidade de transporte) e de segurança (redução de acidentes) — lembra Fernando Paes, diretor executivo da ANTF.
Mais recentemente, no governo de Dilma Rousseff, houve uma tentativa de alterar o modelo de concessão. O usuário da ferrovia pagaria um pedágio ao governo pelo uso da via de acordo com o volume de carga transportado, e o governo pagaria à concessionária pela capacidade ofertada na rede. A ideia era quebrar o modelo verticalizado que vigorava no Brasil, em que o usuário da ferrovia é também o dono da concessão. Mas houve uma chiadeira do setor e a proposta não foi à frente. Assim, no balanço de quase seis anos de mandato, nenhuma linha férrea foi concedida à iniciativa privada, nas contas de Paes. O governo chegou a tentar construir dois trechos de ferrovias para posterior licitação, mas faltou dinheiro no meio do caminho e o projeto foi abortado.
Agora, o governo de Michel Temer tenta renovar antecipadamente cinco contratos de concessão, que vencerão entre 2026 e 2028, mediante novos investimentos. As discussões se arrastam desde a gestão Dilma, mas a expectativa, segundo Paes, é que ao menos quatro desses contratos sejam renovados por mais 30 anos em 2018. Eles incluem duas ferrovias da Vale, a MRS e a malha paulista da Rumo.
SETOR FERROVIÁRIO PAGARÁ MAIS IMPOSTO
O modelo verticalizado das ferrovias brasileiras, típico de países que são grandes produtores de commodities, como EUA e Austrália, pode ser um limitador para a expansão do modal, na avaliação de Maurício Lima, da Ilos. Isso porque o dono da concessão pode não ter interesse em ampliar a oferta de vagões na linha, pois isso poderia comprometer o tráfego do seu produto. Como nas rodovias não há esse empecilho e caminhões são bem mais baratos que locomotivas, o volume de carga transportado nas estradas aumenta sem garantia de que esse crescimento seja acompanhado de investimento em melhorias nas vias.
— O modelo rodoviário é muito pulverizado. São quase 700 mil autônomos e mais de 150 mil empresas de transporte. Qualquer um pode entrar. O problema é que não há investimento na infraestrutura para suportar o crescimento da demanda — avalia Lima.
Essa característica do sistema rodoviário reforça a opção política histórica do Brasil pelas rodovias, desde o governo de Juscelino Kubitschek, nos anos 1950. Isso acabou criando um ambiente para o desenvolvimento de negócios que orbitam em torno do modelo, desde fábricas de veículos e autopeças a postos de gasolina. Eles representam grupos de interesses, diz Frischtak, que fazem pressão sobre o governo para que a concorrência de outros modais não avance.
Um claro exemplo foi a manutenção da desoneração da folha de pagamento para o setor rodoviário, uma das reivindicações do caminhoneiros grevistas. O segmento de ferrovias deixará de contar com a benesse, ao lado de tantos outros setores econômicos. O tratamento diferenciado entre os modais tem vários outros capítulos recentes, que ajudam a manter o desequilíbrio da matriz dos transportes. Na época em que o governo pressionava a Petrobras para não reajustar alguns derivados do petróleo, como diesel e gasolina, não havia qualquer tentativa de controle sobre o preço do bunker, combustível dos navios. Após a crise global de 2008, o BNDES também passou a financiar a aquisição de caminhões com crédito barato, sob alegação de que isso dinamizaria a economia.
— A frota aumentou, elevando a oferta de transporte nas rodovias. Enquanto a economia estava em expansão e o preço do diesel estava sob controle, a capacidade adicional se ajustou à demanda. A recessão, aliada à liberação dos preços do diesel e ao excesso de capacidade foi uma combinação explosiva, que culminou na greve dos caminhoneiros. Foram erros de política econômica que levaram à situação atual — afirma Frischtak.

Carlos da Silva Campos Neto, especialista em infraestrutura do Ipea, pondera que, quando os caminhoneiros cruzam os braços, isso provoca transtornos em qualquer país, pois as rodovias exercem papel fundamental na rede de transportes, conectando as malhas ferroviária, dutoviária ou hidroviária. Além disso, são mais competitivas que os modais concorrentes em distâncias abaixo de 400 quilômetros. A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) também frisa que, quando se trata de qualidade, é preciso separar as rodovias concedidas das operadas pelo Estado e cita um estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) que mostra que as 19 melhores rodovias brasileiras estão sob concessão.

Fonte: O Globo

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Sete entidades de trabalhadores também querem definição de nova forma de financiamento

Asfixiadas pela reforma trabalhista, sete centrais sindicais lançam nesta quarta (6) uma agenda comum a ser apresentada a todos os pré-candidatos à Presidência da República e ao Congresso.

A iniciativa, assinada por CUT, CTB, Intersindical, UGT, Força Sindical, CSB e NCST inclui a distribuição de 11 milhões de panfletos aos trabalhadores.

Com 22 itens, a carta de compromissos será levada no dia 13 ao Congresso. Depois, apresentada individualmente aos candidatos. 

Entre as propostas, estão a revogação de medidas do governo Temer como a reforma trabalhista e o teto dos gastos, a retomada de obras de infraestrutura, a possibilidade de fixação de contribuição sindical em assembleias e a definição da jornada de trabalho em 40 horas semanais.

Dirigentes sindicais lembram que, de 2002 a 2010, as centrais apoiaram a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ex-presidente Dilma Rousseff na corrida pelo Planalto.

Na reeleição de Dilma e no processo de impeachment da ex-presidente, essas entidades se distanciaram. Mas se aproximaram após as reformas implementadas pelo governo Temer.

Reunidas novamente, as centrais estudam até a convocação de uma greve geral após a Copa do Mundo.

Presidente da Intersindical, Edson Carneiro Índio afirma que a ideia é que o documento paute as mobilizações. Segundo ele, a intensidade das mobilizações dependerá do clima nacional após a Copa.

"Essa é uma plataforma a ser apresentada aos candidatos", diz Índio, que é filiado ao PSOL.

Filiado ao PSD e apoiador da candidatura do tucano João Dória ao governo de São Paulo, o presidente da UGT, Ricardo Patah, afirma que a atuação conjunta das centrais permite maior mobilização e visibilidade às centrais. "A desagregação só nos traz prejuízos", disse Patah.

A falta de recursos pesou para a reunificação das centrais sindicais. Com o fim da contribuição sindical, as centrais perderam sua principal fonte de financiamento

Hoje, além de contestar a decisão na Justiça, reivindicam a regulamentação de cobrança de contribuição assistencial desde que aprovada em assembleia.

O segundo item da agenda prevê o incentivo a negociações coletivas e estímulo à "cooperação sindical entre os trabalhadores, inclusive com o financiamento solidário e democraticamente definido em assembleia".

Em sua apresentação, a agenda prega o entendimento.

"As adversidades do presente e as incertezas do futuro não devem provocar a interdição do debate e do diálogo ou produzir intolerância, pois nessa situação podemos ser conduzidos a tragédias econômicas, sociais e políticas, contexto no qual todos perdem", diz o texto.

Ligada ao PT, a CUT endossa o documento, que pretende "mobilizar os trabalhadores para seu protagonismo propositivo". 

"O tempo presente é tomado por iniciativas para romper o diálogo e a negociação e para desmontar o sistema de proteção social e trabalhista, criado por meio de árduas lutas dos trabalhadores".

FONTE:FOLHA DE S.PAULO

 

 

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O candidato que conseguir dar alento aos 27,7 milhões de pessoas que estão desempregadas ou desistiram de procurar emprego terá grandes chances de vencer a eleição

Depois de 13 anos de queda, a taxa de mortalidade infantil voltou a crescer no Brasil. Em 2016, dado mais recente disponível, a morte de crianças entre um mês e quatro anos avançou 11%, segundo dados brutos do Ministério da Saúde, consolidados pelo Observatório da Criança e do Adolescente, mantido pela Fundação Abrinq. Na época, o índice chegou a 12,7 mortes em cada mil nascidos – antes era 12,4. Esse recuo pode ser explicado pelo encolhimento de programas especializados em assistência à saúde da mãe e ao aleitamento materno, bem como ao aumento de casos de desnutrição. Esse dado, no entanto, é apenas mais uma estatística entre tantas outras que mostram piora em diversas áreas, principalmente aquelas com apelo social.

O número de brasileiros vivendo com renda inferior a um quarto do salário mínimo por mês, o equivalente a R$ 220, em 2016, cresceu 53% na comparação com 2014, quando teve início a crise econômica no País. Naquela época, o levantamento do IBGE mostrou que havia 16,2 milhões em situação de extrema pobreza. Dois anos depois, o contingente de miseráveis aumentou para 24,8 milhões. Pior: cerca de 50 milhões de brasileiros, o equivalente a 25,4% da população, vivem na linha de pobreza e têm renda familiar equivalente a R$ 387,07, segundo dados da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no fim do ano passado.

Não podemos esquecer, evidentemente, da taxa de desemprego, que atingiu 13,1% no trimestre encerrado em março de 2018, maior nível desde maio do ano passado. Isso significa que 13,7 milhões de pessoas estão desempregadas no País, segundo o IBGE, por meio da pesquisa Pnad Contínua. Um dado divulgado na semana passada coloca cores ainda mais vivas nessa tragédia brasileira. A taxa de subutilização da força de trabalho, que inclui os desempregados, pessoas que gostariam de trabalhar e aqueles que desistiram de buscar emprego, bateu recorde no primeiro trimestre deste ano. Ao todo, são 27,7 milhões de pessoas, o maior contingente desde o início da série histórica, em 2012, segundo o IBGE.

Todas essas estatísticas mostram um contingente gigantesco dos atingidos pela crise econômica que começou a partir de 2015, com reflexos nos indicadores sociais. É verdade que o Brasil conseguiu sair da recessão com um crescimento de 1% em 2017. É também verdade que a inflação está abaixo do centro da meta de 4,5%. Mas, infelizmente, nossa fotografia ainda é terrível. A cinco meses da eleição presidencial, segurança e ética surgem como os principais temas dos candidatos preferidos do mercado.

Na pauta, ainda, estão as reformas da previdência e tributária. É claro que esses assuntos são importantes e devem ser debatidos com toda a sociedade, na busca de soluções negociadas por todos os lados envolvidos. É evidente também que o próximo presidente terá de reforçar sua agenda social. Quem conseguir dialogar e dar alento a esses milhões de miseráveis e excluídos do sistema, seja de esquerda, de direita ou de centro, estará muito mais perto de subir a rampa do Palácio do Planalto em janeiro de 2019.

FONTE: ISTO É DINHEIRO