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Protagonistas da "reforma" trabalhista, que se tornou a Lei 13.467, o ex-ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira e o relator do projeto, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), não conseguiram se reeleger. Deputado pelo PTB gaúcho, Nogueira recebeu 62.119 votos, enquanto Marinho teve 59.961.

A reportagem é da Rede Brasil Atual.

Empossado no Ministério do Trabalho em maio de 2016, Nogueira apresentou o projeto que chamou de "modernização" das relações trabalhistas. Ele deixou o cargo no final do ano passado, para preparar sua campanha à reeleição.

A pasta ficou meses sem um titular, porque a escolhida por Michel Temer, a também deputada Cristiane Brasil, filha do presidente do PTB, Roberto Jefferson, não conseguiu assumir por impedimentos judiciais. Foi um caso inédito de "desnomeação". O interino Helton Yomura foi efetivado – e posteriormente afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de fraude. Em julho, foi nomeado Caio Vieira de Mello.

Em outubro de 2017, pouco antes de deixar o ministério, Nogueira, em audiência na Câmara, chegou a afirmar que a reforma permitiria a criação de 2 milhões de empregos nos próximos dois anos – até agora, nada permite avalizar essa projeção. Ele também falou de uma medida provisória do governo para "corrigir" alguns itens da lei. A MP chegou a ser enviada ao Congresso, mas nunca foi discutida e perdeu a validade.

Quando recebeu a relatoria, Marinho multiplicou o número de artigos da CLT, desfigurando o texto original.

Na segunda-feira 8, Nogueira postou mensagem em rede social, dizendo ter "62.119 motivos" para agradecer. "Tenho certeza que cumpri minha missão pensando num Brasil melhor para próximas gerações, o reconhecimento certamente virá no futuro", escreveu.

Já Marinho, com boa parte da campanha financiada por empresários, defensores da nova lei trabalhista, disse que "as reformas e a modernização de nosso país já começaram e precisam continuar". Para completar, declarou apoio ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno.

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Com o advento da lei 13.467/17, conhecida como Reforma Trabalhista, criou-se a possibilidade de realização de acordo extrajudicial, cujo procedimento é previsto nos artigos 855-B e seguintes da CLT.

Basicamente, as partes podem fazer o acordo fora do juízo e apresentar a petição para homologação.

No âmbito do TRT da 2ª região, após a distribuição do acordo no PJ-e, a vara envia os autos para o Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (“Cejusc”), responsável pela homologação, ou não do acordo. Os juízes dos Cejuscs-JT-2 seguem algumas diretrizes para o julgamento dessas petições, dentre as quais se destaca a seguinte:

  • A quitação envolvendo sujeito estranho ao processo ou relação jurídica não deduzida em juízo somente é possível no caso de autocomposição judicial em processo contencioso.
  • A quitação deve ser limitada aos direitos (verbas) especificados na petição de acordo. 


Na prática, muitos acordos que previam a quitação ampla do contrato de trabalho foram simplesmente rejeitados pelos juízes dos Cejuscs-JT-2, por conta da referida diretriz.

Nos autos do processo 1000016-55.2018.5.02.0088, a sentença homologou parcialmente o acordo, restringindo a quitação, que ficou “limitada aos direitos (verbas) especificados na petição inicial.”

As partes entenderam por bem submeter o tema ao TRT da 2ª região, que reformou a sentença para o fim de reconhecer como válida a transação inicialmente formulada pelas partes e, portanto, tornar válida a quitação do contrato de trabalho prevista.

De acordo com o escritório, Gasparini, De Cresci e Nogueira de Lima Advogados, que representou os interesses da reclamada, trata-se de uma decisão importante, pois as restrições impostas pelas diretrizes da Cejuscs-JT-2 não possuem fundamento legal e acabam por desestimular o acordo extrajudicial. Os advogados Ricardo Christophe Freire, André Rodrigues Schioser e Paula Boschesi Barros atuaram na causa pela empresa.

Fonte: Migalhas

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O avanço da indústria 4.0 levará a transformações profundas no mercado de trabalho, diminuindo os postos em atividades repetitivas e que podem ser automatizadas.

Profissionais fazendo trabalhos manuais, encaixotando ou montando produtos ou coletando dados manualmente serão cada vez mais raros. Em seu lugar, estarão robôs, sensores e tecnologias baseadas em inteligência artificial.

Especialistas e executivos preveem o surgimento de novos empregos no lugar dos que serão perdidos, muitos deles  relacionados à tecnologia e com novas exigências de qualificação profissional.

Ganharão espaço novas ocupações, como técnico em impressão 3D, mecânico de veículos híbridos, analista de internet das coisas, especialista em segurança de dados, especialista em rastreabilidade de alimentos, diz Rafael Lucchesi, diretor-geral do Senai.

A amostra faz parte de lista de 30 novas profissões criadas pelas transformações tecnológicas que foram identificadas pelo Senai para orientar o currículo oferecido aos alunos. A instituição recebe 2,3 milhões de matrículas por ano. 

"Acompanhamos em todos os 28 setores da indústria de que maneira se dá o deslocamento da fronteira tecnológica. Assim, não preciso esperar uma mudança para atualizar o que estou fazendo na escola."

O tamanho e o tempo em que acontecerá a transformação no Brasil podem variar dependendo de fatores como custo da mão de obra  (quanto menor, menos incentivo para substituí-la) e capacidade de investimento das empresas, diz Ana Karina Dias, sócia da consultoria McKinsey. 

Segundo ela, 5% de todas as profissões devem deixar de existir como resultado da adoção de tecnologias de automação. Entre 60% e 80% serão afetadas em decorrência dela.

Para o Brasil, a consultoria espera que 15,7 milhões de postos de trabalho sejam afetados até 2030.

Dias diz acreditar que, com o crescimento econômico resultante da automação e do ganho de produtividade, haverá mais demanda por novos serviços, permitindo a renovação do mercado de trabalho. Porém ainda não há clareza de quais serão as novas atividades.

"Isso é uma pergunta de ouro. Ninguém tem certeza. O que se tem mais clareza é que, aumentando a produtividade, haverá mais oferta de serviços, com mais coleta de dados, maior necessidade de interpretação deles."

Para a especialista, o desafio que as empresas já possuem hoje para contratar profissionais qualificados, mesmo com o desemprego alto, vai se acentuar caso não se ampliem os investimentos em qualificação.

Segundo ela, para os profissionais, a busca por conhecimento deve ir além das informações a respeito de tecnologia.

"Considerando a velocidade com a qual as coisas estão mudando, vai ser mais importante saber se adaptar do que especificamente a profissão que você vai ter."

O desafio já leva faculdades a reverem seus currículos e empresas a investirem em capacitação.

Segundo Allyson Faria, diretor de marketing para a América Latina da Siemens PLM, as companhias precisarão de profissionais com conhecimentos em áreas como inteligência artificial, robótica, engenharia, simulação, nanotecnologia, impressão 3D, big data e internet das coisas.

Ao mesmo tempo, ganham importância habilidades como capacidade de comunicação, de se adaptar a mudanças, de analisar dados e de colaborar.

"A pessoa que está desenvolvendo um novo veículo, avião, tênis, a partir de simulações feitas em software, vai precisar conversar com a engenharia que está na ponta, com o chão de fábrica, com quem cuida do maquinário, quem cuida dos custos."

Ainda é um desafio para empresas encontrarem profissionais prontos para essa nova realidade. Por isso, a opção tem sido investir em formação, diz Celso Placeres, diretor de manufatura da Volkswagen.

Para desenvolver sua produção dos modelos Polo e Virtus  na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, a companhia enviou 36 profissionais para estudarem tecnologias da indústria 4.0 na Europa. Depois, o grupo ficou responsável por transmitir os conhecimentos internamente. 

Também houve troca de informações com o Senai, que ajudou a disseminar os conceitos dentro da companhia, diz  Placeres .

Na empresa surgiram novos postos de trabalho, principalmente de especialistas em digitalização que passaram a estar presentes em várias áreas da companhia, como processos, concessionárias, produto e relação com fornecedores.

"Contratar esses profissionais é bastante complexo. Eles são raros e cada vez mais valorizados. Por isso estamos qualificando nossa mão de obra."

A Mercedes também faz treinamentos dentro da fábrica, inclusive com a criação de linha de montagem automatizada e um simulador de logística dentro de unidade do Senai na fábrica da companhia. 

Fernando Fontes Garcia, vice-presidente de recursos humanos para América Latina da Mercedes,diz que cerca de 2.000 profissionais da empresa participaram de treinamentos relacionados a indústria 4.0 e 1.200 acompanharam palestras sobre o tema —a companhia mantém 5.000 pessoas na produção. 

Nas universidades, a percepção é que atividades práticas devem ganhar importância para permitir aos alunos uma formação mais adequada às necessidades do mercado.

Fernando Madani, coordenador do curso de engenharia de controle e automação do Instituto Mauá de Tecnologia, diz que a faculdade vem buscando mais parcerias com empresas para que estudantes trabalhem em problemas reais. 

A escola conta com 100 laboratórios para uso de equipamentos da indústria 4.0 por alunos, o dobro do número de salas de aula, diz o professor. Eles foram criados a partir de doações ~de empresas ou aquisições com desconto.


O desafio para o profissional do futuro, segundo Madani, é conseguir analisar as muitas informações geradas por sensores e sistemas autônomos para tirar conclusões, propôr novas soluções e criar modos de apresentar os dados que sejam facilmente compreendidos pelo restante da empresa e pelos clientes.

"É mais difícil a pessoa se formar hoje, tem muito mais coisa para ela prestar atenção. É preciso ser mais inovador, pensar em soluções diferentes."


Alexandre Massote, coordenador do curso de engenharia da produção da FEI (Faculdade de Engenharia Industrial) Também destaca a criação de laboratórios em áreas como internet das coisas, robótica e manufatura avançada feito com apoio de empresas, 

A faculdade também está em fase de revisão de seu currículo para dar mais destaque a tecnologias da indústria 4.0 e aumentar o peso das habilidades comportamentais na formação dos alunos, diz.

Entre os planos, segundo o professor, está fomentar que alunos que se especializam em diferentes tecnologias trabalhem em projetos feitos em grupo, como acontecerá no mercado.

"Para formar um engenheiro que conheça a fundo todas as tecnologias teríamos de ter um curso 10 vezes mais longo. Por isso, ganha importância o compartilhamento e a colaboração."

DIRETRIZES

As diretrizes curriculares da graduação em engenharia, que indica as premissas que as universidades devem seguir ao montar seus currículos, estão em processo de revisão pelo CNE (Conselho Nacional de Educação).

A CNI (Confederação Nacional da indústria) ,a partir de um grupo de trabalho para o fortalecimento das engenharias, foi uma das organizações que deu sugestões para o documento, que esteve em consulta pública entre agosto e setembro.

A entidade propôs a valorização de competências como criatividade, trabalho em equipe e empreendedorismo, aumento de atividades práticas e maior participação de profissionais da indústria no ensino, diz Victor Teles, coordenador da FestoDidatics (braço de educação da empresa de automação industrial Festo) e participante do grupo.

"É preciso que a tecnologia não seja o único foco do curso.  Conteúdo ficou mais fácil de ser obtido com o avanço da internet. A grande questão é como pesquisar, como avaliar a informação que estou colhendo e como aplicar ela a prática."


Luiz Roberto Liza Curi, conselheiro do CNE e presidente da comissão que trata do tema, diz que a inovação é um dos fatores de competitividade da economia e a engenharia tem papel de destaque para que o país possa superar os desafios de sua adoção.

FONTE:FOLHA DE S.PAULO

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As urnas mandaram um recado claro da população na votação deste domingo e deixaram fora do rol de eleitos políticos tradicionais, alguns deles com uma longa atuação no Senado.

O atual presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que concorria à reeleição, não angariou votos suficientes apesar da tentativa de se descolar do atual governo e de se aproximar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda forte no Nordeste.

Mais emblemático ainda, Romero Jucá (MDB-RR), líder dos governos no Senado de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), também não conseguiu a reeleição, ficando meros 426 votos atrás do segundo colocado.

Também não conseguiu ficar entre os dois mais votados eu seu Estado, e deve ficar fora do Senado, assim como Roberto Requião, tradicional político do MDB do Paraná. Enquanto Beto Richa (PSDB), que deixou o governo Paraná após dois mandatos para concorrer ao Senado, ficou em sexto lugar na disputa.

Edison Lobão (MDB-MA), ligado à poderosa família Sarney, amargou o quarto lugar na disputa pelas duas vagas do Estado. No Rio Grande do Norte, o senador Garibaldi Alves (MDB) também não se reelegeu.

Em Minas Gerais, a surpresa foi com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que liderava a disputa, mas acabou em quarto lugar.

Mesmo destino teve o atual líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ) não se reelegeu, ficando em quarto mais votado no Rio de Janeiro. No Acre, Jorge Viana (PT-AC), senador há duas legislaturas, também ficará fora do Congresso.

Em outro campo político, o senador Magno Malta (PR-ES), que chegou a ser cotado para vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República, também perdeu a reeleição, assim como o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), na quarta colocação de votos.

Em compensação, alguns candidatos obtiveram votação expressiva. Esse é o caso de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que obteve mais de 4 milhões de votos, o equivalente a mais de 31 por cento dos votos.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), acumulou quase 38 por cento dos votos em seu Estado, enquanto Cid Gomes (PDT) conquistou mais de 41 por cento do eleitorado no Ceará.

FONTE:REUTERS

 

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Para autor de "Sapiens", certas funções não devem ser preservadas com a automação

A ficção científica está repleta de histórias sobre uma inteligência artificial que desenvolve consciência e parte para a destruição da humanidade. 

Na verdade, a ameaça é muito menos dramática, mas igualmente assustadora, de acordo com o historiador Yuval Noah Harari, que prevê desordenamento na força de trabalho, nos governos mundiais e na nossa vida emocional.

Harari criou uma base mundial de fãs com “Sapiens: Uma Breve História da Humanidade”, em 2001. O best-seller questionava a interpretação convencional sobre a origem das espécies.

Em 2017 ele seguiu esse trabalho como “Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã”. Em “21 Lessons for the 21st Century” [21 lições para o século 21], publicado em setembro, o pesquisador israelense oferece conselhos sobre como enfrentar as questões mais prementes do amanhã, da tecnologia da informação ao terrorismo.

Harari, 43, fala sobre quem deve sair ganhando e quem deve sair perdendo com a revolução da automação, sobre como a inteligência artificial poderia ajudar ditaduras a superar as democracias e sobre a ascensão de máquinas que demonstrarão mais simpatia do que os seres humanos.

*
Não valerá a pena salvar a maioria dos empregos
“A revolução da automação fará com que muitos empregos desapareçam. A questão é se poderemos sustentar as vidas das pessoas e seu desenvolvimento espiritual e emocional sem esses empregos.
Muitos empregos —talvez até a maioria— que existem hoje não merecem ser defendidos.

O que precisamos proteger são os humanos. 

No sistema político e econômico atual, se você quer que suas necessidades básicas sejam atendidas e, para muitas pessoas, se você deseja que sua vida tenha significado e propósito, é preciso ter um emprego. 

Se fôssemos capazes de atingir esses outros objetivos sem um emprego, então seria desnecessário proteger muitos dos empregos existentes. Muitos empregos são difíceis demais, tediosos demais, insatisfatórios demais.

As pessoas os têm porque precisam, não porque seu sonho seja realmente trabalhar como caixa ou dirigir caminhões. 

Se você puder ser libertado dessas horas de trabalho, talvez seja capaz de desenvolver seu potencial humano de maneira muito mais plena. Nesse sentido, você estará se tornando mais humano.”
 
A automação pode aumentar a desigualdade mundial
“As pessoas que falam em renda básica universal em geral querem dizer renda básica nacional. Acreditam que tributaremos o Google e o Facebook na Califórnia para sustentar mineiros de carvão na Pensilvânia e taxistas desempregados em Nova York. 

O problema verdadeiramente grande surgirá em lugares como Honduras ou Bangladesh. Você realmente acredita que o governo tributará as empresas e usará o dinheiro para desempregados em Bangladesh ou Honduras? 

Parece muito, muito improvável. E esse é o verdadeiro problema do desemprego. A revolução da automação tende a enriquecer algumas áreas e a destruir completamente a economias de outras.”

A inteligência artificial centralizará o poder
“A democracia processa informação de maneira distribuída. Distribui informações e o poder de tomar decisões a muitas instituições, organizações e indivíduos. Ditaduras concentram toda a informação e poder em um só lugar

Dada a tecnologia do século 20, isso era muito ineficiente. Ninguém era capaz de processar as informações em velocidade suficiente para a tomada de boas decisões, e essa é uma das principais razões para que a economia da União Soviética em geral fosse muito inferior à dos Estados Unidos. 

A inteligência artificial e o aprendizado de máquina podem conduzir o pêndulo na direção dos sistemas centralizados. Pense na revolução da genética. Os EUA talvez não sejam autorizados a criar um banco de dados médicos com informações sobre todos os seus cidadãos, por razões de privacidade e direitos humanos. 

Não seria um empecilho para a China, que pode criar um banco de dados genético nacional e incluir nele todos os seus registros médicos, educacionais e tudo mais sobre o povo do país. Isso poderia permitir grandes avanços na pesquisa genética.”

Nós nos adaptaremos a robôs simpáticos
“Quando você entra em um consultório, o médico não sabe como você se sente. Ele talvez tenha acabado de brigar com sua mulher e não esteja nem aí para você. 

Mas o médico de inteligência artificial monitorará o paciente por meio de sensores biométricos e saberá melhor até do que a pessoa se ela está incomodada, com medo ou irritada. 

O computador não tem mulher ou marido. Seu foco é dirigido 100% ao paciente, e o computador reage a este da melhor maneira possível, ou ao menos da melhor maneira que as teorias científicas atuais apontam.

Nós nos acostumaremos a essas máquinas maravilhosamente simpáticas. Nós nos tornaremos muito menos tolerantes com os seres humanos que não compreendem como nos sentimos —e tampouco ligam para nós.”

A vigilância não será completamente ruim
“Um cenário é que sensores biométricos de inteligência artificial sejam usados para vigiar as pessoas a serviço do governo e que o governo monitore aquilo que você pensa, faz e sente e o puna ou restrinja por qualquer coisa que contrarie a política ou as metas do governo. 

A mesma tecnologia poderia ser usada para vigiar o governo em seu serviço às pessoas, para garantir que todos os funcionários públicos estejam fazendo o que deveriam.

Você poderia vigiar a você mesmo, em seu próprio benefício. Todas as informações e compreensão sobre o que acontece dentro de você, em seu cérebro, poderiam ser usadas para permitir que você conhecesse suas fraquezas de uma maneira que não era possível no passado.”

FONTE:FOLHA DE S.PAULO

 

 

Guerra China-EUA penaliza transporte marítimo

O transporte marítimo de mercadorias está na rota do crescimento, mas a escalada de uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China é uma ameaça, avisa a UNCTAD.

Os dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento indicam que o sector cresceu 4% em 2017, a maior subida em cinco anos, e que em 2018 o aumento da actividade deverá ser da mesma ordem de grandeza. A guerra comercial e consequente aumento do proteccionismo chega numa altura de equilíbrio entre oferta e procura que permitiu às companhias subirem os preços dos fretes e, assim, aumentarem a rentabilidade.

Com baste neste cenário, as previsões da UNCTAD é que haja um crescimento médio de 3,8% nos volumes até 2023.

No que diz respeito à oferta, após cinco anos de quebra, a tonelagem global aumentou 3,3% em 2017. A Alemanha é o país com mais navios porta-contentores em propriedade, com 20% de quota no início de 2018, embora Grécia, China e Canadá também se destaquem.

Quanto à actividade de construção naval, China, Coreia do Sul e Japão representam mais de 90%. No que se refere aos desmantelamentos de navios, 79% ocorrem no Sul da Ásia, principalmente na Índia, Bangladesh e Paquistão.

Top 10 concentram 70% da capacidade

Por outro lado, em 2018 as 15 maiores linhas de contentores representam 70,3% da capacidade mundial, depois de algumas fusões e aquisições terem sido concluídas.

Aliás, contas feitas, as dez maiores companhias quase atingem, só por si, 70% da capacidade global. As alianças dominam as grandes rotas Este-Oeste, com 93% da capacidade instalada.

Em relação à actividade portuária, expandiu-se de forma significativa em 2017, após dois anos em que enfraqueceu. A UNCTAD estima que 752 milhões de TEU tenham sido movimentados em portos em todo o mundo no ano passado.

FONTE:TRANSPORTES & NEGÓCIOS

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Os acionistas da Petrobras vão votar nesta quinta-feira, 4, a proposta da diretoria de criação de um comitê de auditoria estatutário que servirá a um conglomerado de empresas do grupo. Com mais esse, chegará a sete o número de comitês de assessoramento do conselho de administração da empresa.

Na Assembleia Geral Extraordinária (AGE), prevista para começar às 15h, também deve ser fixada a remuneração dos membros desse comitê, que não fará parte do montante global de administradores, já aprovado em assembleia. A remuneração do presidente será de 40% da remuneração média da diretoria executiva da estatal e a dos demais membros, de 30%.

O novo comitê atuará nas seguintes empresas da petrolífera: 5.283 participações; Baixada Santista Energia; Breitner Energética; Breitener Tambaqui; Breitener Jaraqui; Petrobras Negócios Eletrônicos; Liquigás; Petrobras Logística de Gás; Eólica Mangue Seco 2; Petrobras Biocombustível; Petrobras Logística de Exploração e Produção; Petrobras Comercializadora de Energia; Termocaé Comercializadora de Energia; Termomacaé; Araucária Nitrogenados; PDET Offshore; Termobahia e Transportadora Associada de Gás (TAG).

Além da criação do comitê de auditoria do conglomerado e a alteração no estatuto para incluí-lo, os acionistas ainda votarão a inserção de dois novos membros ao conselho de administração da controladora – o presidente Ivan Monteiro e Durval José Soledade Santos, que ocupou assento no conselho de maio de 2016 a maio de 2018.

FONTE:ISTO É DINHEIRO

 

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Das 54 cadeiras em disputa para o Senado Federal, foram eleitos 47 novos senadores, o que corresponde a renovação de 87%. Apenas 8 dos atuais senadores conseguiram se reeleger.

O PSL e a Rede registraram maior crescimento no Senado, com a ocupação de 4 novas cadeiras cada. O PSD ganhou 2 e poderá obter outra, a partir de 2019, caso o senador Antonio Anastasia (PSDB) seja eleito para o governo de Minas Gerais.

O MDB foi o partido que mais perdeu cadeiras, 7 no total. Na sequência aparece o PT, que perdeu 3, o PSDB e o PSB, que perderam 2 cada.

O Senado será fragmentado na próxima legislatura: passa de 17 para 22 partidos com representação na Casa.

As maiores bancadas continuarão sendo do MDB (11) e do PSDB (8), sendo que o PSD (7) passará a ser a 3ª maior bancada, superando PT e PP, com 6 cada, dividindo a 4ª posição.

Nomes de peso no Senado, como o atual presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB-CE), além de Romero Jucá (MDB-RR), Cassio Cunha Lima (PSDB-PB), Edison Lobão (MDB-MA), Garibaldi Alves Filho (MDB-RN), Jorge Viana (PT-AC), Magno Malta (PR-ES), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Cristovam Buarque (PPS-DF), não foram reeleitos para a Casa.

Mulher
O Senado Federal terá 7 senadoras na próxima legislatura. Foram eleitas Daniella Ribeiro (PP-PB), Eliziane Gama (PPS-MA), Dra. Zenaide Maia (PHS-RN), Juíza Selma Arruda (PSL-MT), Mara Gabrilli (PSDB-SP), Leila do Vôlei (PSB-DF), e Soraya Thronicke (PSL-MS).

Em relação à bancada atual (13 senadoras), houve redução de 6 representantes das mulheres na futura composição do Senado Federal.

Veja, na sequência, tabela com os índices de reeleição e renovação, desde 1994, como ficaram as bancadas partidárias, e a composição da Casa para a Legislatura 2019-2027.


ÍNDICE DE RECANDIDATURAS DESDE 1994

ANO DA ELEIÇÃO

CADEIRAS NO SENADO

CANDIDATOS À REELEIÇÃO

RECANDI-DATURA

REELEITOS

REELEIÇÃO

NOVOS

RENOVAÇÃO EM RELAÇÃO AS VAGAS EM DISPUTA

RENOVAÇÃO EM RELAÇÃO A COMPOSIÇÃO DA CASA

1994

54

20

37,03%

9

57,93%

45

83,3%

55,56%

1998

27

10

37,03%

5

50,00%

22

81,5%

27,16%

2002

54

33

61,11%

14

42,42%

40

74,1%

49,38%

2006

27

13

48,14%

7

53,85%

20

74,1%

24,69%

2010

54

29

53,70%

17

58,62%

37

68,5%

45,68%

2014

27

10

37,03%

5

50,00%

22

81,5%

27,16%

2018

54

32

59,25%

8

25,00%

47

87,04%

58,02%

BANCADAS PARTIDÁRIAS

PARTIDO

BANCADA ATUAL

COM MANDATO ATÉ 2019

COM MANDATO ATÉ 2023

BANCADA ELEITA EM 2018

REELEITOS

NOVOS

GANHA E PERDE

FUTURA BANCADA (2019)

MDB

18

14

4

7

3

4

-7

11

PSDB

12

8

4

4

0

4

-4

8

PT

9

7

2

4

2

2

-3

6

PP

6

5

1

5

1

4

0

6

PSD

5

2

3

4

1

3

2

7

DEM

5

2

3

4

0

4

2

7

PODE

5

1

4

1

0

1

0

5

PR

4

3

1

1

0

1

-2

2

PSB

3

3

0

2

0

2

-1

2

PDT

3

1

2

2

0

2

1

4

PRB

2

2

0

1

0

1

-1

1

PTB

2

2

0

2

0

2

0

2

PPS

1

1

0

2

0

2

1

2

PCdoB

1

1

0

0

0

0

-1

0

Rede

1

1

0

5

1

4

4

5

PTC

1

0

1

0

0

0

0

1

PROS

1

1

0

1

0

1

0

1

S/PART.

1

0

1

0

0

0

0

1

PV

1

0

1

0

0

0

0

1

PSL

0

0

0

4

0

4

4

4

SD

0

0

0

1

0

1

1

1

PSC

0

0

0

1

0

1

1

1

PSOL

0

0

0

0

0

0

0

0

PHS

0

0

0

2

0

2

2

2

PRP

0

0

0

1

0

1

1

1

Total

81

54

27

0

8

46

81

81

senado2019

Senadopartidos

SENADORES REELEITOS

CANDIDATO

UF

PARTIDO

MANDATO

REELEIÇÃO/NOVO

Petecão

AC

PSD

2019-2027

Reeleição

Renan

AL

MDB

2019-2027

Reeleição

Eduardo Braga

AM

MDB

2019-2027

Reeleição

Randolfe

AP

REDE

2019-2027

Reeleição

Jader Barbalho

PA

MDB

2019-2027

Reeleição

Humberto Costa

PE

PT

2019-2027

Reeleição

Ciro Nogueira

PI

PP

2019-2027

Reeleição

Paulo Paim

RS

PT

2019-2027

Reeleição


SENADORES/AS NOVOS/AS

CANDIDATO

UF

PARTIDO

MANDATO

REELEIÇÃO/NOVO

Márcio Bittar

AC

MDB

2019-2027

Novo

Rodrigo Cunha

AL

PSDB

2019-2027

Novo

Plinio Valerio

AM

PSDB

2019-2027

Novo

Lucas Barreto

AP

PTB

2019-2027

Novo

Jaques Wagner

BA

PT

2019-2027

Novo

Angelo Coronel

BA

PSD

2019-2027

Novo

Cid Gomes

CE

PDT

2019-2027

Novo

Eduardo Girão

CE

PROS

2019-2027

Novo

Leila do Vôlei

DF

PSB

2019-2027

Nova

Izalci

DF

PSDB

2019-2027

Novo

Fabiano Contarato

ES

REDE

2019-2027

Novo

Marcos do Val

ES

PPS

2019-2027

Novo

Vanderlan

GO

PP

2019-2027

Novo

Jorge Kajuru

GO

PRP

2019-2027

Novo

Weverton

MA

PDT

2019-2027

Novo

Eliziane Gama

MA

PPS

2019-2027

Nova

Rodrigo Pacheco

MG

DEM

2019-2027

Novo

Jornalista Carlos Viana

MG

PHS

2019-2027

Novo

Nelsinho Trad

MS

PTB

2019-2027

Novo

Soraya Thronicke

MS

PSL

2019-2027

Novo

Juiza Selma Arruda

MT

PSL

2019-2027

Nova

Jayme Campos

MT

DEM

2019-2027

Novo

Zequinha Marinho

PA

PSC

2019-2027

Novo

Veneziano

PB

PSB

2019-2027

Novo

Daniella Ribeiro

PB

PP

2019-2027

Nova

Jarbas

PE

MDB

2019-2027

Novo

Marcelo Castro

PI

MDB

2019-2027

Novo

Professor Oriovisto Guimaraes

PR

PODE

2019-2027

Novo

Flavio Arns

PR

REDE

2019-2027

Novo

Flávio Bolsonaro

RJ

PSL

2019-2027

Novo

Arolde de Oliveira

RJ

PSD

2019-2027

Novo

Capitão Styvenson

RN

REDE

2019-2027

Novo

Drª Zenaide Maia

RN

PHS

2019-2027

Nova

Marcos Rogério

RO

DEM

2019-2027

Novo

Confucio Moura

RO

MDB

2019-2027

Novo

Chico Rodrigues

RR

DEM

2019-2027

Novo

Mecias de Jesus

RR

PRB

2019-2027

Novo

Luis Carlos Heinze

RS

PP

2019-2027

Novo

Esperidião Amin

SC

PP

2019-2027

Novo

Jorginho Mello

SC

PR

2019-2027

Novo

Delegado Alessandro Vieira

SE

REDE

2019-2027

Novo

Rogerio Carvalho Santos

SE

PT

2019-2027

Novo

Major Olimpio

SP

PSL

2019-2027

Novo

Mara Gabrilli

SP

PSDB

2019-2027

Nova

Eduardo Gomes

TO

SD

2019-2027

Novo

Irajá

TO

PSD

2019-2027

Novo

SENADORES/AS NÃO REELEITOS/AS

CANDIDATO

UF

PARTIDO

MANDATO

REELEIÇÃO/NOVO

Jorge Viana

AC

PT

2011-2019

Não reeleito

Givago Tenório

AL

PP

2011-2019

Não foi candidato, o titular, senador Benedito de Lira (PP) não foi reeleito

Vanessa Grazziotin

AM

PCdoB

2011-2019

Não reeleita

João Capiberibe

AP

PSB

2011-2019

2º turno ao governo

Lídice da Mata

BA

PSB

2011-2019

Deputada Federal

Roberto Muniz

BA

PP

2011-2019

Não foi candidato

Eunício Oliveira

CE

MDB

2011-2019

Não reeleito

José Pimentel

CE

PT

2011-2019

Não foi candidato

Cristovam Buarque

DF

PPS

2011-2019

Não reeleito

Hélio José

DF

PROS

2011-2019

Deputado Distrital, não eleito para o cargo

Magno Malta

ES

PR

2011-2019

Não reeleito

Ricardo Ferraço

ES

PSDB

2011-2019

Não reeleito

Ione Guimarães

GO

PTB

2011-2019

Não foi candidato

Wilder Morais

GO

DEM

2011-2019

Não reeleito

Edison Lobão

MA

MDB

2011-2019

Não reeleito

João Alberto Souza

MA

MDB

2011-2019

Não foi candidato

Aécio Neves

MG

PSDB

2011-2019

Deputado Federal

Zeze Perrella

MG

MDB

2011-2019

Não foi candidato

Pedro Chaves

MS

PRB

2011-2019

Não reeleito

Waldemir Moka

MS

MDB

2011-2019

Não reeleito

Cidinho Santos

MT

PR

2011-2019

Não foi candidato

José Medeiros

MT

PODE

2011-2019

Deputado Federal

Flexa Ribeiro

PA

PSDB

2011-2019

Não reeleito

Cássio Cunha Lima

PB

PSDB

2011-2019

Não reeleito

Raimundo Lira

PB

PSD

2011-2019

Não foi candidato

Armando Monteiro

PE

PTB

2011-2019

Governo, não eleito

Regina Sousa

PI

PT

2011-2019

Vice-Governadora

Gleisi Hoffmann

PR

PT

2011-2019

Deputada Federal

Roberto Requião

PR

MDB

2011-2019

Não reeleito

Eduardo Lopes

RJ

PRB

2011-2019

Não reeleito

Lindbergh Farias

RJ

PT

2011-2019

Não reeleito

Garibaldi Alves Filho

RN

MDB

2011-2019

Não reeleito

José Agripino

RN

DEM

2011-2019

Deputado Federal

Reditario Cassol

RO

PP

2011-2019

Não é candidato, o titular, senador Ivo Cassol (PP), também não é candidato

Valdir Raupp

RO

MDB

2011-2019

Não reeleito

Ângela Portela

RR

PDT

2011-2019

Não reeleito

Romero Jucá

RR

MDB

2011-2019

Não reeleito

Ana Amélia

RS

PP

2011-2019

Vice-presidente, não eleita

Dalirio Beber

SC

PSDB

2011-2019

Não foi candidato

Paulo Bauer

SC

PSDB

2011-2019

Não reeleito

Antonio Carlos Valadares

SE

PSB

2011-2019

Não reeleito

Eduardo Amorim

SE

PSDB

2011-2019

Governo, não eleito

Airton Sandoval

SP

MDB

2011-2019

Não foi candidato

Marta Suplicy

SP

MDB

2011-2019

Não foi candidata

Ataídes Oliveira

TO

PSDB

2011-2019

Não reeleito

Vicentinho Alves

TO

PR

2011-2019

Não reeleito

 

FONTE:DIAP

 

Resultado de imagem para DESEMPREGO E INFORMALIDADE

Em todo o país o aumento do desemprego está relacionado ao aumento do trabalho informal e redução de direitos

 

Pernambuco tem se destacado em um indicador de retrocesso: em 2018, foi o terceiro estado com pior saldo de geração de empregos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ficando atrás apenas de Alagoas e Rio Grande do Sul. Nem mesmo jovens têm conseguido uma melhor inserção no mercado de trabalho, já que um estudo do IBGE aponta que 32% da população desempregada são jovens na faixa etária de 18 a 24 anos. Se emprego com carteira assinada está cada vez mais difícil, por outro lado, o trabalho informal cresce desde 2017.

O Brasil vem diminuindo o número de pessoas empregadas com carteira assinada desde 2012, mas após o golpe de 2016 e com grande parte dos direitos retirados após a reforma trabalhista, o desemprego cresceu e muitas pessoas buscam garantir a renda das suas famílias “por conta própria”. Ao passo em que desemprego cresce, crescem também os “bicos” ou trabalhos autônomos para garantir a sobrevivência desses trabalhadores.

A questão é que direitos como férias remuneradas, licença maternidade e décimo terceiro deixam de ser realidade para trabalhadores informais. Um dos fatores que pode acentuar a diferença de contratações com carteira assinada e o trabalho informal é a terceirização irrestrita, que desobriga instituições públicas a fazer concursos para seleção de novos funcionários e acarreta em redução salarial, rotatividade e mais acidentes de trabalho, como aponta um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em nota técnica divulgada com base em dados de 2014 e dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).

Wellington dos Santos é recifense, mas vive em Petrolina. Depois de trabalhar por mais de 10 anos em empresas de calçados com a carteira assinada, ele agora trabalha como prestador de serviços de uma ótica. A principal diferença para Wellington entre as duas modalidades de trabalho é a segurança em relação à aposentadoria que o emprego com carteira assinada dá. Além disso, a irregularidade na contribuição à previdência pode adiar ou até mesmo impedir o acesso a vários benefícios.

Maria José nasceu em Caruaru, mas mora desde criança em Petrolina. Para ajudar na renda da família, Maria começou a trabalhar aos 10 anos pintando unhas. Com o tempo, ela aperfeiçoou a técnica e hoje, além de manicure, é depiladora. Um dos motivos para pedir demissão do salão de beleza onde trabalhava eram as cobranças da proprietária do negócio, que ameaçou descontar o valor do aluguel do estabelecimento do aluguel de todas as funcionárias. Com o desentendimento gerado pela proposta, Maria passou a atender em casa, mas consegue ver as diferenças do trabalho. “Aqui eu faço meu próprio horário, o que é bom e ruim, pois quando estou doente não consigo trabalhar. Além disso, se quiser tirar férias tenho que trabalhar praticamente o dobro antes para conseguir juntar dinheiro. Tenho mais autonomia, mas isso tem um preço”.

Em Pernambuco a taxa de desemprego é de 17,6%, a segunda maior do país. No Brasil, o índice de profissionais liberais é de 60%. O índice acaba se tornando um indicador social e econômico quando comparamos a economia brasileira durante a crise com países mais estáveis economicamente. Nas economias mais ricas, o índice de trabalho informal é expressivamente mais baixo, ficando por volta de 18,3%. Ou seja, quanto mais um país passa por dificuldades econômicas, maior é o nível de informalidade e precarização dos postos de trabalho. “Eu vejo que as pessoas estão migrando para a informalidade por falta de emprego. O golpe, a falta de oportunidades tudo isso faz migrar para a informalidade, não é uma escolha”, reforça Wellington. Dessa forma, uma das possíveis solução para o fantasma do desemprego que vem assombrando brasileiros e brasileiras está incluso num pacote maior de medidas como o fortalecimento da educação, o investimento em políticas públicas para combater o aumento do nível de pobreza e diversas outras iniciativas do Estado para retirar o brasil da crise política, econômica e social.

Brasil de Fato

Resultado de imagem para ELEIÇÃO

  • Nordeste 

Alagoas: com 77,67% dos votos, Renan Filho é reeleito em Alagoas, ao vencer Josan Leinte(PSL), que somou pouco mais de 10%

Bahia: com 75, 86%, Rui Costa(PT) manteve o favoritismo do partido no estado e derrotou Zé Ronaldo(DEM) que teve 21,82%

Ceará: Camilo(PT) é reeleito com 79, 10% dos votos contra apenas 11,82% do tucano General Teophilo(PSDB).

Paraíba: João(PSB), com 58% dos votos, desbancou Lucélio Cartaxo(PV)no primeiro turno, escolhido escolhido por 23% dos votos.

Pernambuco: com 50,28% dos votos contra 36,24%, Paulo Câmara(PSB) Armando Monteiro(PTB)

Piauí: Wellington Dias(PT), com 55% dos votos, conseguiu a reeleição após derrotar Dr. Pessoa(SD), que obteve 20,83% das votações:

Rio Grande do Norte: com 45,86% dos votos, Fátima Bezerra(PT) enfrentará Carlos Eduardo(PDT), que somou 32,65% dos votos.

Maranhão: escolhido por 59% dos votos, Flávio Dino(PCdoB) derrotou Roseana Sarney, que teve 29,31%, conquistando a reeleição.

  • Centro Oeste

Distrito Federal: Ibaneis (PMDB), com 41,97%, e Rodrigo Rollember, com 13,94%, disputam o segundo turno.

Goiás: Ronaldo Caiado(DEM), com 59% derrotou Daniel Vilela(MDB), que somou apenas 16% dos votos.

Mato Grosso: Mauro Mendes (DEM) foi eleito 58% dos votos contra apenas 19% de Wellington Fagundes(PR).

Mato Grosso do Sul: com 44,61% Reinaldo Azambuja(PSDB) enfrentará juiz Odilon(PDT), que teve 31,62% dos votos, no segundo turno.

  • Sudeste

Minas Gerais: com 42,73 % , Romeu Zema (NOVO) disputará o governo de Minas Gerais contra Antonio Anastasia(PSDB),que ficou em segundo lugar com 29%. 

Espírito Santo: Renato Casagrande(PSB) foi eleito com 55,49% dos votos, vencendo Manato(PSL), que ficou em segundo lugar com 27%.

  • Norte

Acre: Gladson Cameli(PP), com 53,69 %, venceu o petista Marcus Alexandre, que teve 34% dos votos. 

Amapá: praticamente empatados, Waldez(PDT) encerrou o primeiro turno com 33% dos votos e disputará o segundo turno com Capi(PSB), que obteve 30%.

Amazonas: com 33%, Wilson Lima(PSC) disputará o segundo turno com Amazonino  Mendes (PDT), que somou 32%.

  • Sul 

Paraná: com 59%, Ratinho Junior foi eleito neste domingo, com 59% dos votos e derrotou Cida Borghetti(PP), que obteve apenas 15%.

Rio Grande do Sul: Eduardo Leite (PSDB), com 35,90%, disputará o segundo turno contra José Ivo Sartori (MDB).

 

Mudanças nas alíquotas e volta da tributação sobre lucros e dividendos estão entre propostas

Os quatro candidatos à Presidência mais bem colocados nas pesquisas prometem rever a cobrança do IR (Imposto de Renda).

As equipes de Jair Bolsonaro (PSL), Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) dizem que os lucros e dividendos pagos a empresários e acionistas deverão voltar a pagar IR.

A cobrança foi extinta em 1995, no governo FHC. Na época, tributaristas defenderam a isenção para evitar bitributação —as empresas já pagam o imposto, o que dispensaria os donos da obrigação.

Agora, 23 anos depois, o consenso vai na direção oposta. Os quatro candidatos, que vão da direita à esquerda, querem que as empresas paguem menos IR, repassando a carga tributária aos donos.

Bolsonaro e Haddad têm outra convergência: prometem isentar o IR de contribuintes com renda de até cinco salários mínimos (R$ 4.700). Hoje, é isento quem ganha menos de dois salários (R$ 1.904).

Os economistas de Haddad dizem que vão criar novas alíquotas de IR acima do atual teto de 27,5%, com o intuito de taxar quem tem renda mais alta.

Já a campanha de Bolsonaro estuda cobrar a mesma alíquota de IR de todos: 20% (pessoas físicas) e 15% (empresas), o que eliminaria a tabela progressiva e também o regime que beneficia os que optam pela "pejotização" para fugir do imposto.


O que dizem os candidatos: 

JAIR BOLSONARO, 63 (PSL)

Imposto de Renda
Unificar alíquota de IR das empresas em 15%; fixar alíquota máxima para pessoa física em 20%, mantendo as alíquotas mais baixas (de 7,5% a 15%); isentar o IR de contribuintes com renda de até cinco salários mínimos

Simplificação
1) criação de um imposto único sobre transações financeiras em substituição a todos os tributos federais, até mesmo contribuições para a Previdência Social;
2) criação de um IVA (Imposto sobre Valor Agregado), unificando apenas os tributos federais, como PIS/Cofins, Cide e IPI

Lucros e dividendos
Taxar em 20%

Desonerações
Rever desonerações

FERNANDO HADDAD, 55 (PT)

Imposto de Renda
Isentar o IR de contribuintes com renda de até cinco mínimos e criar alíquotas mais altas para os mais ricos; aumentar taxação de grandes heranças

Simplificação
Criar IVA, unificando tributos federais, estaduais e municipais sobre consumo, como PIS/Cofins, ICMS e ISS

Lucros e dividendos
Taxar lucros e dividendos

Desonerações
Não fala em acabar com desonerações, mas em reduzir impostos sobre investimentos verdes

CIRO GOMES, 60 (PDT)

Imposto de Renda
Redução do IR das empresas; aumentar a taxação de grandes heranças

Simplificação
Criar IVA, unificando tributos federais, estaduais e municipais sobre consumo, como PIS/Cofins, ICMS e ISS

Lucros e dividendos
Taxar lucros e dividendos

Desonerações
Redução, inicial, de 15%

GERALDO ALCKMIN, 65 (PSDB)

Imposto de Renda
Reduzir a alíquota máxima das empresas, hoje de 34% (bancos pagam adicional que eleva alíquota a 48%)

Simplificação
Criar IVA, unificando tributos federais, estaduais e municipais sobre consumo, como PIS/Cofins, ICMS e ISS

Lucros e dividendos
Taxar lucros e dividendos

Desonerações
Rever e reduzir desonerações


Se levadas adiante, as mudanças propostas pelos candidatos prometem reformar o principal imposto do país, responsável por arrecadar 6,18% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2016 (R$ 393 bilhões), valor que é dividido entre União, estados e municípios.

Porém, para avançar, as propostas dependem da aprovação do Legislativo, o que não é tarefa simples.
Há mais de um ano o governo Michel Temer tenta sem sucesso aprovar o IR sobre fundos de investimentos exclusivos, que atendem a investidores do topo da pirâmide de renda. O tema está travado no Congresso.

O governo tentou corrigir, sem sucesso, incentivos à chamada pejotização em 2003 e 2008, e houve forte resistência.

Eliminar a escala de alíquotas do IR, como propõe Bolsonaro, requer o apoio da maioria qualificada dos parlamentares (três quintos), por se tratar de emenda à Constituição.

Especialista em tributação, o economista Bernard Appy, do CCIF (Centro de Cidadania Fiscal), afirma que a reforma do IR é uma das agendas mais importantes a serem enfrentadas quando o assunto é arrecadação de impostos.

"Há distorções tão grandes no IR que é possível fazer mudanças que aumentem a distribuição de renda e, ao mesmo tempo, gerem eficiência", afirma o economista.

O acúmulo de exceções e regimes especiais criados ao longo dos anos produziu o que ele chama de "dupla não tributação".

Ou seja, nem a empresa nem o empresário pagam imposto, fazendo com que os demais arquem com a diferença.

Essa é uma das razões que fizeram com que o IR pago pelas empresas do chamado lucro real seja um dos mais altos do mundo, em média de 34%, o que retira competitividade.

Alckmin, Bolsonaro e Ciro propõem reduzir a taxação de empresas, seguindo a onda global. Nos EUA, a alíquota foi reduzida para 20%. Haddad não faz referência ao tema.

O pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) Fernando Gaiger afirma, contudo, que é preciso ter cuidado ao recalibrar o IR da empresa para o empresário, para não afetar a capacidade de consumo das famílias.

"Deve-se levar em consideração a importância do consumo da classe média no atual momento econômico de lenta recuperação", diz.

IMPOSTO ÚNICO

Os quatro candidatos propõem unificação de impostos.

Todos estudam a criação de um IVA (Imposto sobre Valor Agregado), cuja principal proposta em discussão foi desenvolvida pelo CCIF. Trata-se de unificar cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS), ao longo de dez anos.

Se colocado em prática, isso ajudaria a eliminar as diferenças entre as muitas legislações estaduais e municipais, reduzindo a guerra e complexidade tributária.

A proposta está parada há anos no Congresso.

Na campanha de Bolsonaro, uma alternativa ao IVA está em análise —a substituição de todos os impostos federais, até mesmo os que irrigam a Previdência, pela taxação sobre movimentações financeiras, nos moldes da CPMF.

Muitos economistas viram nessa proposta uma benesse aos mais ricos, uma vez que cobraria a CPMF de todos e reduziria alíquota do IR no andar de cima para 20%.

O economista Carlos Góes, doutorando na Universidade da Califórnia, apresentou cálculos que vão na contramão. Ele não tem relação com a campanha de Bolsonaro.

Góes concluiu que, se taxados os lucros e eliminadas as isenções que beneficiam grupos ricos, como descontos com pagamentos de saúde e educação privadas, o imposto pago pelos que têm renda mais alta aumentaria.

"O sistema tributário se torna mais progressivo, porque os ricos se beneficiam desproporcionalmente mais de isenções e de deduções", afirma.

Para Gaiger, a alíquota única de IR beneficia os mais ricos. "Se a busca é simplificação, o melhor a fazer é o IVA", diz.

Appy e Gaiger afirmam que a única promessa que não poderá ser cumprida, independentemente do partido do eleito, é a redução de impostos, porque não há folga financeira no caixa do governo para isso neste momento que permita corte de tributos.

"Quem prometer reduzir impostos e, ao mesmo tempo, fazer o ajuste fiscal está claramente mentindo para o eleitor", afirmou Appy.

"Se o próximo presidente conseguir fazer o ajuste fiscal sem aumentar a carga tributária, já será um gol de placa", diz o economista.

FONTE:FOLHA DE S.PAULO