IMAGEM: MarineTraffic / Gianluca Balloni (Boracay com o nome anterior)

O Boracay, um petroleiro de 18 anos ligado à Rússia, apreendido por comandos franceses ao largo de Brest esta semana, foi localizado no local de até nove incidentes com drones no norte da Europa, de acordo com uma análise do Daily Telegraph sobre o rastreamento AIS. O jornal relata que a embarcação estava a uma distância de ataque de Copenhague, Kiel e vários aeroportos dinamarqueses quando misteriosos enxames de drones forçaram o fechamento de suas operações no final de setembro.

Construído em 2007, o Boracay passou por quatro proprietários registrados, cinco nomes e sete bandeiras nos últimos três anos, de acordo com dados da Windward, uma empresa de análise marítima.

O capitão do navio será julgado na França em fevereiro, anunciaram promotores franceses. As autoridades francesas abriram uma investigação preliminar sobre a tripulação por "recusa em cooperar" e "falta de justificativa da nacionalidade da embarcação".

O julgamento do capitão está marcado para 23 de fevereiro em Brest, onde ele poderá receber até um ano de prisão e uma multa de € 150.000 (US$ 176.000).

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky foi o primeiro a acusar a Rússia de usar petroleiros-sombra para "lançar e controlar drones sobre cidades europeias", um alerta que parece cada vez mais presciente.

Além disso, a tripulação a bordo de certos petroleiros-sombra está começando a causar preocupação, com um piloto dinamarquês declarando à revista Foreign Policy esta semana: "Estamos vendo pessoal uniformizado usando o uniforme camuflado da Marinha Russa". Os oficiais uniformizados não aparecem nas listas oficiais da tripulação.

Vladimir Putin, falando ontem no Clube Valdai em Sochi, respondeu com escárnio. "Não farei mais isso — para a França, Dinamarca, Copenhague, Lisboa — onde quer que eles possam chegar", sorriu, antes de descartar as acusações como táticas de intimidação da OTAN para aumentar os orçamentos de defesa. Condenando o embarque francês no Boracay, ele se irritou: "Isso é pirataria. O petroleiro foi apreendido em águas neutras sem justificativa. O que você faz com piratas? Você os destrói."

Em Copenhague, os líderes europeus adotaram um tom bem diferente. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, declarou: "Precisamos acabar com essas ilusões. Não, isso é guerra. Um novo tipo de guerra, muito complicado, mas é guerra". Ele afirmou que a Polônia já havia abatido drones em seus próprios céus e alertou que incidentes aconteciam "quase todos os dias" em torno de infraestruturas críticas.

No mesmo dia, guardas de fronteira poloneses revelaram ter interceptado um navio de pesca russo realizando "manobras suspeitas" a apenas 300 metros de um gasoduto do Mar Báltico, perto de Władysławowo. Após receber ordens por rádio para deixar a zona de exclusão, o navio partiu — mas o encontro aprofundou os temores de uma investigação deliberada das linhas vitais de energia da OTAN.

O presidente francês, Emmanuel Macron, foi igualmente direto: "Uma parcela muito significativa do financiamento de guerra da Rússia vem desses petroleiros da frota paralela. Cortá-los não é uma opção, é uma necessidade", disse ele. Macron afirmou que entre “30 a 40%” do esforço de guerra da Rússia é financiado por meio de operações da frota paralela.

FONTE: SPLASH247.COM

IMAGEM: LEONARDO PEPI/MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) informou que faltam algumas etapas para que a Hidrovia do Rio Madeira possa entrar no leilão de concessão dos serviços hidroviários, previstos para três hidrovias da Amazônia, que também inclui as do Tapajós e Tocantins. Conforme nota da pasta à CENARIUM, o Madeira está em estágio mais avançado, com o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), elaborado pela Infra S.A., já concluído. A previsão de publicação dos editais dos leilões ficou para 2026.

“As próximas etapas previstas são a realização da Consulta Pública, a análise do projeto pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a publicação do edital e, por fim, a realização do leilão para delegação dos serviços hidroviários”, informou o MPor.

No dia 28 de agosto deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou o Decreto 12.600, que incluiu as três hidrovias da Amazônia no Programa Nacional de Desestatização (PND) que, segundo o ministério, são consideradas fundamentais para o escoamento da produção nacional e para a integração logística da Região Norte. Em 20 de maio deste ano, o Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) aprovou resolução que recomendava ao governo federal a inclusão das hidrovias no programa.

De acordo com a nota, a inserção no PND “permite avançar nos estudos técnicos e ambientais que poderão subsidiar futuras concessões de serviços hidroviários, com foco em dragagens, derrocamentos, balizamentos, sinalização, gestão de tráfego, segurança da navegação e monitoramento ambiental”.

“As três hidrovias foram priorizadas no Plano Geral de Outorgas (PGO Hidroviário 2023), aprovado pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), em razão de seu papel estratégico para a matriz logística nacional e para o escoamento de grãos, combustíveis e cargas gerais do Arco Norte e da Zona Franca de Manaus (ZFM)”, explicou o ministério.

A Hidrovia do Rio Madeira, considera a navegação entre Porto Velho, no Estado de Rondônia, até a foz com o Rio Amazonas, no município de Itacoatiara, no Estado do Amazonas, em um trecho de 1.075 quilômetros.

A Hidrovia do Rio Tocantins, abrange a navegação entre o município de Belém, no Estado do Pará, e o município de Peixe, localizado no Estado do Tocantins, em um trecho de 1.731 quilômetros. A Hidrovia do Rio Tapajós, por sua vez, considera a navegação entre o município de Itaituba, no Pará, até sua a foz com Rio Amazonas, no município de Santarém, também no Pará, percorrendo um trecho de 250 quilômetros.

O estudo elaborado pela Infra S.A. previa para 2025 o leilão de concessão. Agora, o MPor trabalha para que os editais sejam publicanos em 2026. De acordo com o EVTEA do Madeira, a estimativa de investimentos até o quarto ano é de R$ 109 milhões, para obras de dragagem, de sinalização, de gestão ambiental e do tráfego e a realização de estudos hidrográficos.

Ainda segundo o documento, a receita bruta global, que representa o valor estimado do contrato, é de aproximadamente R$ 697,791 milhões. O aporte e as contraprestações base (pré-leilão), realizadas pelo Poder Público, são estimadas em R$ 561.354.537,00, que devem ser viabilizados com recursos da Conta de Desenvolvimento da Navegação (CDN).

O anúncio da inclusão das três hidrovias no PND motivou pedido de informações pela Comissão de Infraestrutura e realização de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos (CDH), ambas do Senado. Também levou ao protesto de várias entidades representativas dos povos tradicionais, indígenas e quilombolas, que criticam uma decisão tomada sem consulta àqueles que moram às margens desses rios, com suas tradições e costumes ligados ao uso dos recursos naturais e da água. O MPor garante que todas as etapas de escuta ainda serão realizadas.

Demais estudos em fase de elaboração

Sobre as hidrovias do Tocantins e do Tapajós, a nota do ministério acrescenta que se encontram em fase de estruturação, com EVTEAs em elaboração pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

“Hoje, os documentos de referência são os EVTEAs em desenvolvimento e os termos de referência do licenciamento ambiental, conduzidos junto aos órgãos competentes. O processo prevê ampla análise dos impactos socioambientais”, explicou.

O MPor apontou, ainda, que cada hidrovia passará por licenciamento específico junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e demais órgãos competentes, com consultas e audiências públicas a comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas, em conformidade com a Convenção 169 da OIT, que exige a consulta livre e informada dos povos tradicionais.

“Será garantido o uso tradicional das hidrovias, com gratuidade para embarcações de passageiros, mistas e de pequeno porte não comercial, além da gestão das Infraestruturas Portuárias Públicas de Pequeno Porte (IP4), beneficiando diretamente comunidades locais”, ressaltou o MPor.

O ministério fez questão de esclarecer que o modelo de concessão em preparação não se confunde com privatização. “Trata-se da delegação de serviços, com preservação do uso comunitário e fortalecimento da segurança da navegação. O Ministério de Portos e Aeroportos, a Antaq, o BNDES e a Infra S.A. seguem trabalhando de forma coordenada para estruturar projetos sustentáveis, transparentes e compatíveis com os interesses regionais e nacionais”, concluiu a nota da pasta.

FONTE: REVISTA CENARIUM

IMAGEM: Rafael Catarcione/Prefeitura do Rio

O Complexo Lagunar da Zona Sudoeste do Rio, que abrange Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Recreio dos Bandeirantes, vai ganhar um novo sistema de transporte público aquaviário: o Lagunar Marítima. O sistema de barcos contará com cinco terminais, seis estações, oito linhas e será integrado ao transporte municipal, adotando a mesma tarifa já cobrada em outros modais: atualmente em R$ 4,70. A expectativa é que o novo modal transporte 85 mil pessoas por dia, além de oferecer mais qualidade de vida, novas alternativas de deslocamento e melhora no tráfego nas principais vias da região, como as avenidas das Américas e Ayrton Senna.

Por meio de uma Parceria Pública-Privada (PPP), realizada pela Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), o Consórcio Lagunar Marítimo venceu a licitação do projeto de concessão. O contrato, assinado no último dia 17 e com validade de 25 anos, prevê a implantação, operação e manutenção do novo sistema, com investimento mínimo do consórcio de R$ 101,6 milhões, que pode ser ampliado.

Com o contrato já assinado, o Consórcio Lagunar Marítimo tem até 30 dias para apresentar o cronograma de trabalho, e até 36 meses para construir cinco terminais obrigatórios: Gardênia Azul, Jardim Oceânico/Metrô, Linha Amarela, Muzema e Rio das Pedras; e seis estações/píeres: Arroio Pavuna, Barra Shopping, Bosque Marapendi, Parque Olímpico, Salvador Allende e Vila Militar.

Ao todo serão oito linhas obrigatórias: expressa Rio das Pedras x Linha Amarela; expressa Rio das Pedras x Jardim Oceânico; expressa Rio das Pedras x Barra Shopping; expressa Muzema/Jardim Oceânico; Linha Amarela x Muzema x Metrô; expressa Bosque Marapendi x Jardim Oceânico; Circular Lagoa de Jacarepaguá; e expressa Gardênia x Jardim Oceânico. A expectativa é que as obras tenham início no primeiro semestre de 2027, passando as etapas de apresentação do plano de implementação, dos projetos básico e executivo e da obtenção de licenças.

Além dessas construções obrigatórias, ficará a cargo do consórcio propor outras linhas, terminais e estações por meio da apresentação do Plano de Implantação Operacional.

As embarcações

O consórcio deverá seguir as especificações definidas pela Prefeitura do Rio para compor a frota de embarcações. Os barcos podem ter capacidade para 42 a 120 passageiros. A frota deverá ter identificação visual externa da linha; atender as especificações de manutenção da Autoridade Marítima; sistema de alarme, combate a incêndio e de navegação por instrumentos.

A cabine de passageiros deverá ser protegida de chuva e vento, além de ter assentos novos e estofados. As saídas de emergências precisarão estar sinalizadas, assim como os barcos deverão ter iluminação para navegação noturna e acessibilidade. No início da operação, as embarcações deverão ter no máximo cinco anos de fabricação. O consórcio deverá ter uma frota reserva equivalente a 10% da frota operante.

A Iguá Saneamento, concessionária de água e esgoto da região de influência do programa, tem a obrigação contratual de investir R$ 250 milhões em desassoreamento e despoluição do complexo lagunar até agosto de 2026. O projeto de dragagem já foi licenciado pelo Inea, órgão ambiental do Governo do Estado, e aprovado em agosto de 2023.

Atividade de barcos local

O novo transporte público municipal irá funcionar paralelamente à atividade já realizada há décadas por barqueiros da região. O edital prevê a continuidade dos barcos, que não irão atuar nas rotas do transporte público municipal, nem irão concorrer com o aquaviário municipal em valor da passagem.

Atualmente, os barcos locais não possuem pontos fixos e atendem moradores das ilhas da Gigoia, Primeira e demais existentes no entorno.

FONTE: PREFEITURA DO RJ

 

IMAGEM: POLITIZE

Número de pessoas em busca de trabalho também atinge mínima (6,08 milhões)

Taxa divulgada pelo IBGE vem em linha com as projeções do mercado financeiro

A taxa de desemprego do Brasil ficou em 5,6% no trimestre até agosto, repetindo a mínima da série histórica iniciada em 2012, apontam dados divulgados nesta terça (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O mesmo patamar já havia sido alcançado no trimestre encerrado em julho deste ano. O novo resultado veio em linha com a mediana das projeções do mercado financeiro, que também era de 5,6%, conforme a agência Bloomberg.

Segundo o IBGE, o mercado de trabalho ainda mostra força no país, mas é possível que esteja em um período de acomodação em meio aos juros altos.

O desemprego estava em 6,2% no trimestre até maio, que serve de base de comparação para os dados divulgados nesta terça. Isso porque o IBGE evita o confronto direto entre intervalos com meses repetidos, como é o caso dos finalizados em julho e agosto.

De acordo com o instituto, o número de desempregados recuou a 6,08 milhões no trimestre mais recente. Com o resultado, o contingente renovou o menor patamar da série histórica depois de quase 12 anos.

A mínima anterior (6,10 milhões) havia sido alcançada nos três meses encerrados em dezembro de 2013.

A população desempregada é formada por pessoas de 14 anos ou mais que estão sem trabalho e que seguem em busca de oportunidades.

Os dados do IBGE integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). O levantamento investiga tanto o setor formal quanto o informal, que inclui os populares bicos.

A população ocupada com algum tipo de trabalho foi estimada em 102,42 milhões até agosto. Isso indica um avanço de 0,5% ante o trimestre finalizado em maio (101,86 milhões).

O contingente, contudo, não conseguiu renovar a máxima da série. O maior número foi de 102,44 milhões até julho.

A renda mensal do trabalho da população ocupada foi estimada em R$ 3.488, em média, no trimestre até agosto.

O valor ficou dentro da margem de estabilidade da pesquisa na comparação com o período até maio (R$ 3.457), conforme o IBGE.

William Kratochwill, analista da pesquisa do instituto, disse que o mercado de trabalho pode estar em um momento de acomodação, mas ainda se mostra resistente aos impactos dos juros altos.

"Pode ser que esteja em um momento de calmaria para tomar as decisões corretas do segundo semestre", afirmou. "De fato, estamos em uma certa estabilidade, mas ele está favorável ao trabalhador."

O emprego vem em uma trajetória de recuperação após a pandemia. Segundo analistas, o movimento refletiu o desempenho aquecido da economia em meio a medidas de estímulo do governo federal, além de mudanças demográficas e impactos da tecnologia.

A geração de vagas de trabalho e renda serve de incentivo para o consumo. A demanda constantemente aquecida, por outro lado, pode pressionar a inflação.

Para conter o ritmo de aumento dos preços, o BC (Banco Central) promoveu um choque na taxa básica de juros, a Selic, que está em 15% ao ano. Os juros altos tendem a desacelerar a economia –sinais disso já apareceram no PIB (Produto Interno Bruto).

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

IMAGEM: CASA CIVIL/BANCO DE IMAGENS

O relatório de AIR acerca do tema será apresentado no dia 6 de outubro e as contribuições podem ser enviadas até 23 deste mês
 

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) promove, na próxima segunda-feira (6), às 14h30, Webinário Técnico para tratar do afretamento por tempo na navegação marítima, com ênfase sobre a cabotagem. 

O encontro, que acontece no contexto da Tomada de Subsídios SRG Nº 2/2025-ANTAQ, será transmitido pelo Youtube. Dúvidas sobre o relatório podem ser enviadas ao vivo pelo aplicativo de mensagens WhatsApp pelo número (61) 2029-6515.

O objetivo é obter contribuições, subsídios e sugestões referentes ao relatório de Análise de Impacto Regulatório (AIR) preliminar desse tema, que está incluído na Agenda Regulatória 2025/2028. As contribuições podem ser enviadas até o dia 23 de outubro de 2025.

Sobre o relatório 

O relatório apontou algumas soluções, com foco no segmento de transporte de granéis sólidos e neogranéis, como vincular o afretamento a uma carga específica, ampliar prescrições, regulamentar o bloqueio parcial, estabelecer período máximo para o afretamento por tempo, e ampliar a duração e a antecedência da circularização em relação ao embarque.

A participação social permitirá o aprimoramento dos fundamentos que subsidiarão o aperfeiçoamento dos instrumentos regulatórios relacionados ao afretamento por tempo na navegação de cabotagem. Além disso, a atualização é necessária para que os procedimentos de afretamento estejam alinhados aos aperfeiçoamentos trazidos pela Lei 14.301/2022, BR do Mar.

Também será realizado um webinário ao vivo para a apresentação técnica do relatório de AIR. A data será divulgada em breve. O encontro será transmitido pelo canal da ANTAQ no Youtube.

A Tomada de Subsídios SRG nº 2/2025-ANTAQ é voltada exclusivamente para a navegação de cabotagem. Ela integra a abordagem do tema 2.1 da Agenda Regulatória da Antaq 2025/2028 — Afretamento por tempo na navegação marítima, que também contempla a navegação de apoio marítimo. Entretanto, para esse último segmento, está sendo elaborado um relatório de AIR específico, que em breve, será submetido à participação social.

Contribuições

As contribuições poderão ser dirigidas à ANTAQ até as 23h59 do dia 23 de outubro de 2025. Os envios devem ser realizados exclusivamente pelo formulário eletrônico disponível no site da autarquia. Para o envio de imagens digitais, tais como mapas, plantas e fotos devem ser encaminhados para o e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

FONTE: ANTAQ

 

O Sindicato Nacional dos Marinheiros e Moços de Máquinas em Transportes Marítimos e Fluviais (Sindfogo) comemorou 122 anos de fundação no dia 26/09, com uma missa de ação de graças, no Centro do Rio de Janeiro.

Diretores do Sindfogo e representantes de entidades sindicais coirmãs se reuniram para homenagear marinheiros e moços de máquinas por sua contribuição para o desenvolvimento econômico do Brasil e por sua luta em defesa de melhores condições laborais ao longo de mais de um século.

"Celebrar mais um ano de existência é um privilégio,mas celebrar 122 anos de história e luta é um marco que nos enche de orgulho e nos inspira a seguir em frente. Nossa história é feita pelas mãos e vozes de cada trabalhador e trabalhadora que ao longo de mais de um século confiaram em nossa luta por melhores condições de trabalho e vida digna , o apoio e a confiança de cada um de vocês são nosso maior combustível . Desta forma agradecemos por mais um ano de existência e também pela presença de todos nesse momento tão especial!"

Diretoria

 

IMAGEM: DIEGO BARAVELLI/MINFRA


Um quinto das indústrias consideraria usar transporte marítimo, mas desafios geográficos e rotas limitadas

Um quinto das indústrias brasileiras que não usam a cabotagem — o transporte marítimo entre os portos de um mesmo país — lançaria mão dessa modalidade logística se “houvesse condições adequadas”, que será divulgada nesta quarta-feira.

A sondagem entrevistou 195 empresas industriais. Dessas, somente 29% usam a cabotagem para escoar suas cargas em um país que tem uma das maiores costas marítimas do mundo.

O impacto da cabotagem na logística nacional

Em julho, o governo federal editou um decreto que regulamenta a “BR do Mar”, programa lançado em 2022 para impulsionar a cabotagem.

Segundo a CNI, a movimentação entre os portos nacionais responde por 11% da matriz de transportes do Brasil. E essa fatia é concentrada na logística do petróleo e de combustíveis, que responde por 75% da cabotagem no país.

A avaliação da CNI é de que o Brasil tem potencial para usar mais a cabotagem. Em geral, essa modalidade logística se destaca pelo custo mais baixo que o rodoviário, por exemplo e maior segurança em relação a roubos e desvios de carga.

Quanto mais carga, mais vantajoso é o custo do navio. Por isso, na estimativa da CNI, “um melhor equilíbrio na matriz de transportes do país” poderia levar a uma redução de 13% no custo logístico das empresas.

Obstáculos ao uso da cabotagem

Conforme a sondagem da CNI, ao responderem sobre os impeditivos, as indústrias que não usam a a cabotagem citaram com maior frequência (45% dessa parcela de entrevistados) a incompatibilidade geográfica (45%).

“Foram mencionadas ainda a indisponibilidade de rotas (39%), o maior tempo de trânsito (15%) e a distância da origem do transporte até o porto (15%)”, diz uma nota divulgada pela CNI.

Já entre os 29% do total de entrevistados que usaram a cabotagem, o motivo mais citado como razão por que adotam a modalidade logística foi a redução de custos, mencionada por 79% dessa parcela. O segundo motivo mais citado foi a segurança no transporte (21%).

FONTE: EXAME

 


O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) destacou, no Boletim Boas Práticas em Negociações publicado em agosto passado, uma cláusula conquistada pelo Sindmar em acordos coletivos de trabalho (ACT).

“Considerando que a transição para uma economia verde e mais sustentável traz grandes desafios para que os trabalhadores do setor marítimo estejam totalmente inseridos nesses novos tempos, os armadores representados pelas Empresas acordantes se comprometem a adotar iniciativas efetivas para uma transição justa marítima, a informar e esclarecer à entidade sindical acordante sobre seus planos de transição para garantir que nenhum trabalhador ficará para trás na transição ecológica”.

O texto acima busca garantir estabilidade no emprego para marítimos durante o processo de mudança das empresas de navegação em relação à utilização de combustíveis mais limpos nas embarcações.

Desta forma, os armadores se comprometem a prover a capacitação necessária para que os trabalhadores do setor se adaptem às novas tecnologias que serão adotadas com o objetivo de reduzir as emissões de gases do efeito estufa resultantes do uso do bunker oil.

“Essa cláusula também foi apresentada internacionalmente, juntamente com outras existentes em nosso ACT, como referência para acordos coletivos aos sindicatos marítimos e portuários presentes na Maritime Round Table, realizada pela ITF em Limassol, no Chipre, este mês”, ressaltou o presidente do Sindmar e da Conttmaf, Carlos Augusto Müller, sobre evento promovido pela Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes.

O Boletim Boas Práticas em Negociações pode ser acessado na página do DIEESE:
https://www.dieese.org.br/boletimboaspraticas/2025/boletimBoasPraticas11_meioAmbiente.html

IMAGEM: CIAGA/DIVULGAÇÃO
 

Na segunda-feira (29), o CIAGA enviou um comunicado ao Sindmar para informar sobre a reabertura das inscrições para os cursos EBCP-5, EESS-1, EOPN-5, ECIA-3 e EARP-4.

De acordo com a Divisão de Inscrição do CIAGA, esta relação pode ser encontrada no site da instituição, no Quadro de Avisos, e os dados referentes a ela no Anexo A do PREPOM-Aquaviários 1º e 2º semestre/2025.

“No caso de discordância entre ambos, prevalece o estabelecido no Anexo A do PREPOM”, diz trecho da nota encaminhada ao Sindmar. O comunicado diz, ainda, que as informações também estão disponíveis para consulta no site da DPC, nos links abaixo:

https://www.marinha.mil.br/dpc/cursos-prepom

https://www.marinha.mil.br/dpc/sites/www.marinha.mil.br.dpc/files/2025-07/PREPOM202515072025.pdf

A representação sindical ressalta que esta é uma oportunidade para que oficiais e eletricistas que não possuem o tempo de embarque necessário para revalidar certificado se atualizem em relação a estes cursos.

ORIENTAÇÕES DA DIVISÃO DE INSCRIÇÃO:

O candidato poderá realizar a inscrição comparecendo à Divisão de Inscrição do CIAGA, enviando a documentação por meio de uma Capitania, Delegacia ou Agência mais próxima de sua residência ou enviar cópia autenticada da documentação pelo Correio, observando-se os procedimentos a seguir:

a) INSCRIÇÃO REALIZADA NA DIVISÃO DE INSCRIÇÃO DO CIAGA: o candidato deverá comparecer no guichê do Setor de Atendimento e apresentar/entregar as cópias autenticadas ou os originais e as cópias simples dos documentos constantes no PREPOM-Aquaviários/2025, para que os militares do setor autentiquem as cópias simples.

b) INSCRIÇÃO REALIZADA POR MEIO DE UMA CAPITANIA (CP), DELEGACIA (DL) OU AGÊNCIA (AG): o candidato deverá comparecer no Grupo de Atendimento ao Público (GAP) da CP, DL ou AG mais próxima da residência e apresentar/entregar as cópias autenticadas ou os originais e as cópias simples dos documentos constantes no PREPOM-Aquaviários/2025, para que os militares dessas Organizações Militares autentiquem as cópias simples e encaminhem a documentação ao CIAGA.

c) INSCRIÇÃO REALIZADA POR MEIO DOS CORREIOS: o candidato poderá enviar as cópias dos documentos constantes no PREPOM-Aquaviários/2025, autenticadaseem envelope único, para o seguinte endereço:

CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE GRAÇA ARANHA
Divisão de Inscrição
Av. Brasil, nº 9.020 – Olaria – Rio de Janeiro/RJ
CEP: 21030-001

Para a contagem do tempo de embarque para inscrição e classificação no curso, a seguinte documentação deverá ser apresentada:

a) Cópia autenticada ou cópia simples com apresentação da original da Folha de rosto com a Etiqueta de dados pessoais e das Folhas de registro de embarque da CIR, para autenticação da cópia simples pelo militares do CIAGA ou das CP/DL/AG. Ressalta-se que as cópias da folha de rosto e das folhas de registro de embarque da CIR deverão apresentar a numeração pontilhada da CIR visível; e

b) Atestado de embarque de Aquaviários (Anexo 1-S da NORMAM-101), devidamente preenchido e assinado pelo representante legal da empresa habilitado para assinar o documento. O nome de quem assina o documento deverá ser informado pela empresa a DPC, conforme contido no subitem 1.26.2 (Instruções especiais) da NORMAM-101.

Releva destacar que os períodos ilegíveis e rasurados na CIR e os períodos divergentes nos dois documentos (CIR e Anexo 1-S) não serão considerados para o cômputo do tempo de embarque para cumprimento de requisito e classificação nos cursos.

FONTE: SINDMAR

Nesta terça-feira (23), o Fórum da Construção Naval se reuniu com o vice-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Cavaliere, para discutir propostas para a retomada da indústria no município.

Um dos principais assuntos abordados durante a reunião foi a situação do estaleiro Inhaúma, que atualmente tem a sua função desviada, sendo utilizado por uma empresa das Filipinas, a qual tem a intenção de transformar o local em uma área de contêiner.

“O Estaleiro Inhaúma é um ativo de interesse público para o Rio de Janeiro, pois tem o maior dique da região. É importante que a prefeitura ajude a resgatar as suas funções originais e, obviamente, a sua vocação para a construção naval, que são de maior interesse para a sociedade”, explica Carlos Müller, presidente da Conttmaf.

Outra demanda apresentada pelo Fórum foi a inclusão da Marinha Mercante e da construção naval na política pública do Rio de Janeiro, já que o governo do Estado não tem projetos de desenvolvimento para a economia e nem interage com o setor privado de forma efetiva.

O Rio de Janeiro já foi o berço da indústria naval no Brasil, mas atualmente carece de uma política de estado e está ficando para trás em relação a outros entes da federação neste setor.

Além disso, o Fórum propôs o estabelecimento de um diálogo social mais efetivo com o governo e com possíveis lideranças visando o compromisso, nas próximas eleições, com o desenvolvimento da economia local, a soberania nacional e a geração de empregos.

Participam do Fórum os dirigentes sindicais Carlos Augusto Müller (Presidente da Conttmaf e do Sindmar), Paulo Sérgio Farias (CTB), Alessandro de Souza Trindade (CUT), João Batista da Costa (Sindmetal), Edson Rocha (CNM/Sindimetal-Niterói) e Joacir Pedro (FUP).

Também integram o grupo representantes de entidades de defesa de trabalhadores como Miguel Moraes (Associação dos Aposentados Metal) e Luiz Sérgio da Nóbrega (CRT-RJ), e a deputada Verônica Lima (Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Naval do Estado do Rio de Janeiro).

IMAGEM: IMAGEM APENAS PARA FINS DE REPRESENTAÇÃO

Sindicatos marítimos do mundo estão em ação para proteger a gente do mar. O ISU-Lanibra se apresenta como um sindicato, porém não passa de um esquema de exploração e não se responsabiliza quando os trabalhadores mais precisam, deixando-os sem salários, sem comunicação e até mesmo abandonados.

No Brasil, a Petrobras deu um passo correto, com “phase out” de navios de conveniência que não tenham acordo ITF como condição mínima para proteger marítimos que trabalham fora de seus países, após campanha da Conttmaf.

O Sindmar está engajado com os principais sindicatos marítimos do mundo na denúncia e no combate a essa prática criminosa contra os trabalhadores, para defender direitos, proteger vidas e impedir que padrões que já são mínimos sejam desrespeitados.

A Conttmaf e a FNTTAA também estão atuando e apoiando a iniciativa. Junte-se a nós! Envie uma carta ao governo da Eslovênia e peça medidas contra o falso sindicato ISU-Lanibra por meio do link a seguir:
https://isu.exposed/take-action/send-message/

Estamos defendendo boas condições no trabalho marítimo!

IMAGEM: FRENTE PARLAMENTAR DA MINERAÇÃO SUSTENTÁVEL

A UNCTAD alerta que o transporte marítimo está entrando em um período de crescimento frágil e incerteza crescente

De acordo com a Revisão do Transporte Marítimo 2025, divulgada ontem pela ONU Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), o transporte marítimo global está entrando em um período de crescimento frágil, custos crescentes e incerteza crescente.

Após um crescimento sólido no ano passado, o comércio marítimo deverá estagnar em 2025, com volumes subindo apenas 0,5%. O redirecionamento de longa distância causado por tensões geopolíticas manteve os navios mais movimentados no ano passado, com um crescimento recorde de quase 6% em toneladas-milhas.

Tensões políticas, novas tarifas, mudanças nos padrões comerciais e rotas marítimas reconfiguradas estão remodelando a geografia do comércio marítimo, afirmou a UNCTAD.

O resultado é mais redirecionamentos, escalas em portos omitidas, viagens mais longas e, por fim, custos mais altos. O transporte marítimo de energia também está em transição: os volumes de carvão e petróleo estão sob pressão dos esforços de descarbonização, enquanto o comércio de gás continua a se expandir.

Minerais críticos — essenciais para baterias, energia renovável e a economia digital como um todo — estão se tornando uma nova fonte de tensão no comércio global, com a competição para garantir suprimentos e agregar valor internamente, afirmou a UNCTAD, com o volume desses negócios marítimos aumentando drasticamente.

As tarifas de frete tornaram-se mais voláteis, afirmou a UNCTAD, com interrupções como a crise do Mar Vermelho em 2024, impulsionando um aumento naquele ano, enquanto as tensões geopolíticas em curso em 2025 levantam preocupações sobre potenciais transbordamentos que poderiam interromper a atividade de navegação no Estreito de Ormuz.

“Os custos de conformidade ambiental, incluindo a precificação de emissões, estão redefinindo a economia do transporte marítimo”, afirmou a UNCTAD, acrescentando que os altos custos persistentes do transporte correm o risco de atingir os países em desenvolvimento com mais força, especialmente os pequenos Estados insulares em desenvolvimento e os países menos desenvolvidos.

Os portos estão sob pressão devido a interrupções, levando a congestionamentos e tempos de espera mais longos, com a UNCTAD instando os governos a implementar compromissos globais de facilitação e automação do comércio e a expandir as parcerias público-privadas nas operações portuárias. À medida que a digitalização avança, a segurança cibernética surge como uma prioridade crítica.

As emissões de gases de efeito estufa (GEE) do transporte marítimo aumentaram 5% em 2024, mostram dados da UNCTAD. Apenas 8% da tonelagem da frota mundial está equipada para usar combustíveis alternativos, de acordo com a UNCTAD, e as taxas de reciclagem de navios permanecem baixas.

“As transições que temos pela frente – rumo a zero carbono, a sistemas digitais, a novas rotas comerciais – devem ser transições justas”, afirmou a secretária-geral da UNCTAD, Rebeca Grynspan. “Elas devem empoderar, não excluir. Devem construir resiliência, não aprofundar a vulnerabilidade.”

FONTE: SPLASH247.COM