FPSO Guanabara, já no campo de Mero

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A Petrobras informa que o navio-plataforma "Guanabara" chegou ao campo de Mero, localizado no Bloco de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. A plataforma, do tipo FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo), será o primeiro sistema definitivo a operar em Mero, terceiro maior campo do pré-sal (atrás apenas de Búzios e Tupi).

Na locação, a unidade será conectada aos poços, equipamentos submarinos e fará testes finais nos próximos meses, antes de iniciar a produção, prevista para o primeiro semestre deste ano. O FPSO "Guanabara" foi convertido e integrado no estaleiro DSIC, em Dalian – China. Após a sua saída da China, efetuou uma parada de cerca de 2 meses no estaleiro Drydocks World Dubai (DDWD), em Dubai, onde foram realizadas atividades de comissionamento.

Com capacidade de produzir até 180 mil barris de petróleo por dia (bpd) e processar 12 milhões de m3 de gás, o FPSO Guanabara será o primeiro de uma série de quatro plataformas definitivas programadas para o campo de Mero no horizonte do nosso Plano Estratégico 2022-2026. A unidade será instalada a mais de 150 km da costa, em profundidade d´água que chega a 1.930 metros, equivalente a quatro vezes a altura do Morro do Pão de Açúcar.

A plataforma tem altura de 172 metros, equivalente a 4,6 estátuas do Cristo Redentor e comprimento de 332 metros, ou três campos de futebol. Além disso, tem capacidade de geração de energia de 100 megawatts, suficiente para abastecer uma cidade de 330 mil habitantes.

“O desenvolvimento do campo de Mero será decisivo para mantermos o ritmo acelerado da produção do pré-sal. Além disso, reflete nossa estratégia de focar em ativos em águas profundas, que combinam reservas substanciais, elevada produtividade e resiliência mesmo em cenários de baixos preços do petróleo. Mero consagra ainda o trabalho integrado com nossos parceiros e fornecedores, além de impulsionar soluções inovadoras e sustentáveis, que ampliaram os limites tecnológicos da indústria mundial de petróleo”, disse o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges.

Uma dessas soluções inovadoras no desenvolvimento da produção deste campo é uma tecnologia inédita, focada na redução de emissões de gases de efeito estufa e aumento da produtividade e eficiência do projeto: o HISEP®, equipamento que irá remover ainda no leito submarino o excesso de gás rico em CO2 presente em Mero. A tecnologia é patente da Petrobras, com potencial para ampliar a produção e a eficiência do campo, além de reduzir custos e emissões de gases. A previsão é que o HISEP® entre em operação conectado à terceira plataforma definitiva programada para o campo de Mero.

O Consórcio de Libra é operado pela Petrobras (40%), em parceria com a Shell Brasil (20%), TotalEnergies (20%), CNPC (10%) e CNOOC Limited (10%), tendo como gestora a Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA).

 

FONTE: PORTOSeNAVIOS

reforma-trabalhista

IMAGEM: SEAAC

Desembargadora, juíza e ex-ministro avaliam necessidade de rever a lei que entrou em vigor em 2017: ‘Promessas que não se cumpriram’. Modelo espanhol pode ser exemplo

A Lei 13.467, da “reforma” trabalhista, precisa ser revista com urgência, porque piorou as condições de trabalho e a qualidade de emprego no país. Desde 2017, predominou a criação de postos de trabalho precários, aprofundando a desigualdade. Essas foram algumas da avaliações apresentadas durante debate transmitido neste sábado (29) pela TVT., sob organização do grupo jurídico Prerrogativas, com apoio da Associação Juízes para a Democracia (AJD) e da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD). As recentes mudanças na legislação trabalhista da Espanha, a partir de um acordo nacional, também são vistas como um possível exemplo a ser analisado.

Para a desembargadora aposentada e pesquisadora Magda Biavaschi, o “golpe institucional” de 2016 levou à “disrupção de todas as relações sociais”. No caso trabalhista, houve um processo “de desconstrução de um sistema público de proteção social, que foi duramente constituído, com muita luta”. E que prosseguiu, já no atual governo, com o “ato simbólico” de extinção do Ministério do Trabalho. A pasta foi recriada recentemente, mas para acomodar aliados do governo.

Teto de gastos e reformas

Para a pesquisadora, o golpe foi fundamentado em um programa cujos princípios s alinham a tendências “exacerbadas” do capitalismo. “Sobretudo, a mercantilização de todas as relações e a concentração do poder, da riqueza, nas mãos de muitos poucos”, comentou. “Isso se inicia com a Emenda 95 e se expressa logo a seguir com as reformas liberalizantes”, acrescenta Magda, referindo-se ao chamado “teto de gastos” e às reformas trabalhista (ainda no governo Temer), previdenciária (no atual governo) e mesmo a administrativa, que aparentemente foi derrotada.

A ideia central, prossegue, está na desconstrução do sistema público de proteção social. “Que inclui tanto as normas trabalhistas e os direitos sociais, mas também as instituições públicas que operam no mundo do trabalho: a Justiça do Trabalho, os sistemas de fiscalização, o Ministério do Trabalho e as organizações sindicais.” Tudo isso demonstra, diz, a supremacia do privado sobre o público. Um regresso à barbárie, resume.

Projeto à base de falácias

Para a juíza Ana Paula Alvarenga Martins (Tribunal Regional do Trabalho – TRT da 15ª Região, em Campinas-SP), a reforma trabalhista não foi um projeto isolado. “É um projeto de destruição. Das instituições públicas, do Direito do Trabalho. É um projeto que foi elaborado a partir de falácias, de falsas premissas, promessas que não se cumpriram”, afirmou a magistrada, que também é professora e integra o Comitê para a Erradicação do Trabalho Escravo Contemporâneo e do Tráfico de Pessoas, da Discriminação de Gênero, Raça, Etnia e Promoção de Igualdade do TRT.

Ela lembra que a Lei 13.467 já está em vigor há mais de quatro anos e nenhuma das promessas feitas por seus defensores, como o crescimento do emprego, foi cumprida. “E não seriam mesmo, porque se fundamentaram em argumentos falaciosos sem qualquer tipo de comprovação científica no âmbito econômico e mesmo jurídico”, afirma Ana Paula.

A juíza defende que a atual lei deve ser substituída por uma legislação “realmente protetiva”, que cumpra sua função social e promova redução da desigualdade. E este é um período propício para o debate, quando os argumentos dos favoráveis àquela reforma devem ser “desmascarados”, defendeu. Para ela, as mudanças não produziram nenhum reflexo positivo no mundo do trabalho e promoveu retorno a condições “extremamente precárias” de contratação. Emprego, sustentou, “se cria a partir de crescimento econômico”.

País “devastado”

Para Miguel Rossetto, ex-ministro nos governos Lula e Dilma (Desenvolvimento Agrário, Secretaria-Geral da Presidência e Trabalho/Previdência), o momento é de debate político “sobre o país que nós queremos”, em contraponto ao atual projeto, de “devastação” em todas as áreas. “Acho que o Lula acerta quando, com a sua liderança, com sua autoridade, traz o tema do trabalho para o centro do debate político do país”, afirma.

Assim, também é importante notar o que acontece agora na Espanha. “Foi um dos países na Europa que mais avançou nessa desregulamentação do trabalho.” Sem conseguir crescimento econômico e do trabalho, acrescenta, apontando o que julgar ser o fim de um ciclo neoliberal no mundo do trabalho. E agora o país conseguiu construir uma maioria política que expressa, segundo Rossetto, “a recusa da maioria da sociedade a essa agenda”.

As mudanças na Espanha abrangem temas como contratos temporários, aposentadorias, salário mínimo, cita o ex-ministro. “Há todo um movimento de reposição da importância do trabalho para uma estratégia de desenvolvimento. Esse é um debate político que a gente tem que refazer.” Segundo ele, a sociedade brasileira tem como marcas a informalidade e a rotatividade no trabalho, salários baixos e uma “concentração de renda brutal”.

 

FONTE: REDE BRASIL ATUAL

Imagem aérea mostra praia coberta com óleo na costa do Peru em 17 de janeiro de 2022 — Foto: Cris BOURONCLE / AFP

IMAGEM:  CRIS BOURONCLE / AFP

 

O governo do Peru ordenou nesta segunda-feira (31) à empresa espanhola Repsol que suspendesse o carregamento e descarregamento de hidrocarbonetos em navios, 16 dias após o derramamento de quase 12 mil barris de petróleo bruto no mar, anunciou o ministro do Meio Ambiente, Rubén Ramírez.

Em coletiva de imprensa, ele especificou que a operadora não poderá retomar essas atividades "até que sejam fornecidas garantias técnicas de que não ocorrerá nenhum outro dano no mar peruano".

O vazamento de 15 de janeiro, descrito como um "desastre ecológico" pelo governo peruano, aconteceu quando o navio-tanque "Mare Doricum", de bandeira italiana, estava descarregando na refinaria La Pampilla em Ventanilla, 30 km ao norte de Lima, de propriedade da Repsol. A empresa atribuiu o evento à erupção vulcânica em Tonga.

A mancha negra de óleo foi arrastada pelas correntes marítimas ao norte a até 140 km da refinaria, segundo o Ministério Público, causando a morte de um número indeterminado de peixes, aves e mamíferos marinhos. Além disso, deixou centenas de pescadores impossibilitados de trabalhar.

Na sexta-feira, a justiça peruana proibiu quatro diretores da petroleira Repsol (um espanhol e três peruanos) de deixar o país por 18 meses e ordenou a "apreensão" da embarcação envolvida, que permanece ancorada a 10 km do porto de Callao.

"A empresa não apresentou ações claras de limpeza nem remediação diante do que já aconteceu", disse o ministro Ramírez. "A Repsol não deu a certeza de que é capaz de enfrentar um novo vazamento", acrescentou.

Centenas de pessoas estão trabalhando arduamente na limpeza de cerca de vinte praias na costa central do Peru após o vazamento. Entre eles estão funcionários contratados pela Repsol, militares e voluntários.

A petrolífera destacou nesta segunda-feira em um comunicado que "usa a mais avançada tecnologia de satélite e ferramentas de inteligência artificial para monitorar o andamento dos trabalhos de limpeza" na costa peruana.

 

FONTE: JORNAL ESTADO DE MINAS

vacinar Planos de saúde podem cobrar mais de quem não se vacinou contra a Covid-19? licença compulsória vacina

IMAGEM: UNSPLASH

Regra exige afastamento por de 5 a 10 dias; saiba como denunciar risco à saúde

Quando chegou à confecção em que trabalha, no último sábado (22), Mariana ouviu de um superior que deveria manter distância de uma colega. A mulher, disse ele, está com Covid-19, confirmado por um teste rápido de farmácia feito dias antes.

Afastada durante a semana, quando a lotação do espaço é maior, a funcionária contaminada pelo coronavírus foi chamada a repor a produção no fim de semana. A decisão temerária da confecção resultou em pelo menos mais três infecções pelo vírus confirmadas e outros quatro casos suspeitos.

"Estou desde sexta-feira com dor no corpo, náusea e quase sem voz. Soube na segunda que mais quatro pessoas estão com suspeita de Covid e estão trabalhando. Ainda não sei o que fazer", diz Mariana. Ela, como outros trabalhadores citados nesta reportagem, pediu para ter o nome preservado, pois ainda é funcionária da empresa.

A nova onda de contaminações por Covid-19 impulsionada pela variante ômicron vêm deixando desfalcadas empresas em diversos setores. Com a gravidade menor das infecções, o tempo de isolamento caiu de 14 dias para 10 dias, mas a obrigação de afastar todos aqueles que estejam contaminados ou com suspeita de contaminação continua valendo. 

A regra é essa, mas o que trabalhadores de diversos setores relatam são pressões para evitar atestados, para antecipar retornos e até para continuar trabalhando, mesmo contaminados, uma vez que os quadros são mais leves.

Além disso, patrões se recusam a pagar pelos testes, segundo os empregados. 

"Estamos cercados de casos positivos. O que importa é que, independentemente de não haver tantas internações ou óbitos, a primeira obrigação do empregador é cumprir a lei", diz o procurador-geral do trabalho José de Lima Ramos Pereira. "A relação trabalhista tem direitos e obrigações do empregador, e uma delas é manter o ambiente saudável e seguro."

ONDE DENUNCIAR

  1. No Ministério Público do Trabalho

    Entre no site www.mpt.mp.br, procure o link “Denuncie” e escolha o estado; quanto mais informações fornecer, maiores as chances de os procuradores iniciarem uma apuração

  2. Ao Sistema Federal de Inspeção do Trabalho

    Entre no site denuncia.sit.trabalho.gov.br/home; para denúncias de trabalho escravo, não é necessário se identificar, para outros casos, é necessário usar o acesso ao sistema gov.br; denúncias de trabalho escravo devem ser feitas em ipe.sit.trabalho.gov.br

  3. Nos sindicatos

    Mesmo que não seja sindicalizado, o trabalhador pode procurar a entidade que representa sua categoria para buscar orientação e denunciar irregularidades

Na fábrica em que Regina trabalhava –ela pediu demissão–, foi o dono da empresa quem apareceu para trabalhar com Covid-19. Dias depois, quatro pessoas manifestaram sintomas e foram afastadas pelo médico do trabalho. Aqueles que, dias depois, descobriram resultados negativos em seus testes, tiveram os dias de afastamento descontados.

QUAIS OS DIREITOS DO TRABALHADOR NA PANDEMIA

NA TERÇA (25), O GOVERNO JAIR BOLSONARO (PL) FORMALIZOU A ATUALIZAÇÃO DAS PORTARIAS 19 E 20, QUE ESTABELECEM UM CONJUNTO DE MEDIDAS PARA PREVENÇÃO, CONTROLE E MITIGAÇÃO DOS RISCOS DE TRANSMISSÃO. A MUDANÇA CENTRAL FOI A REDUÇÃO NO TEMPO DE ISOLAMENTO OBRIGATÓRIO E A POSSIBILIDADE DE OS FUNCIONÁRIOS RETORNAREM ANTES AO TRABALHO.

Na volta antecipada, o afastamento ainda precisa ser de pelo menos sete dias para os casos assintomáticos. Enquanto cumpre a quarentena, o trabalhador continua recebendo a remuneração e não pode ter os dias descontados.

O chefe do Ministério Público do Trabalho diz que o descumprimento das medidas de segurança no enfrentamento à crise sanitária tem sido tratado com prioridade pelos procuradores do trabalho.

As empresas podem ser responsabilizadas judicialmente na esfera cível pela exposição dos trabalhadores ao risco.

TIRE SUAS DÚVIDAS

  • Trabalho com uma pessoa diagnosticada com Covid na segunda-feira. Estive com ela na sexta. Como fica a minha situação?

    Você é considerado um caso suspeito e deve ser afastado por dez dias, contados a partir do dia seguinte ao contato com a colega contaminada

  • Fui afastada por ter tido contato com alguém contaminado, mas não tive sintomas. Meu chefe quer que eu volte ao trabalho. Quando devo retornar?

    A empresa pode solicitar que você passe por teste a partir do 5º dia de contato e deve pagar pelo exame. Do contrário, se você não tiver sintomas, pode retornar no 11º dia, depois de cumprir dez dias de isolamento, contados a partir do dia seguinte ao contato suspeito

  • Estou com febre e sintomas respiratórios. Devo trabalhar na empresa ou aguardar para fazer o teste de Covid?

    Você pode continuar trabalhando se sua atividade permitir o home office, mas deve comunicar a empresa. As portarias 19 e 20 preveem que, a partir do dia seguinte ao surgimento dos sintomas, o trabalhador deve se afastar do trabalho presencial por pelo menos dez dias. Independentemente do resultado do teste, se for realizado, é possível voltar às atividades no 8º dia, mas somente se estiver sem febre e sem antitérmico há mais de 24 horas e os sintomas respiratórios estiverem leves

  • Fui afastada como caso suspeito e não tive sintomas. Meu chefe quer que eu faça um teste para retornar ao trabalho. Quem paga pelo exame?

    O teste de Covid-19 para retorno antecipado ao trabalho é uma obrigação do empregador. Já o teste diagnóstico de iniciativa do empregado, deverá ser pago por ele, pelo plano de saúde (quando há pedido médico) ou, para quem buscou um posto de saúde, pelo SUS

  • Descobri que estou com Covid-19. Quantos dias deve durar minha licença médica?

    Receberei por esses dias mesmo que não vá ao médico? A licença dura dez dias, contados a partir do dia seguinte dos sintomas ou do teste com resultado positivo. Se for ao médico, caberá a ele, com base no seu quadro, definir quanto tempo você ficará afastado. Porém, se o quadro for leve, a licença durará entre sete e dez dias, e não pode haver desconto de salário pelos dias de afastamento

COMO DENUNCIAR RISCO À SAÚDE

Ele também recomenda que os trabalhadores denunciem os casos de violação de direito. A formalização das reclamações pode ser feita por qualquer pessoa que tenha conhecimento do assunto e não precisa obrigatoriamente partir de um funcionário da empresa.

"No mundo perfeito, o trabalhador comunica a contaminação ou a suspeita ao RH ou ao departamento médico, manifesta o desejo de fazer o home-office, nos casos em que isso é possível. No mundo real, esse trabalhador fica sob risco de ser dispensado", afirma.

Além do próprio MPT, as denúncias podem ser feitas à fiscalização trabalhista, hoje novamente ligada ao Ministério do Trabalho e Emprego, e nos sindicatos de trabalhadores dos setores.

Para o advogado trabalhista Luiz Guilherme Migliora, do Veirano, a atualização das portarias foi um avanço em relação à norma anterior, que previa 14 dias de afastamento. Com o alto percentual de adultos vacinados, o período agudo de contaminação tem sido menor, gerando uma onda de casos mais leves e de ciclos menores.

Mesmo que seja por menos tempo, a empresa ainda é obrigada a afastar o trabalhador nas três situações previstas pelas portarias do governo: com suspeita de Covid-19, com a contaminação confirmada por teste ou que tiveram contato com alguém com a doença (e que, portanto, são enquadradas como casos suspeitos).

"A empresa fica sujeita à fiscalização e pode ser multada, mas o mais grave é o risco de contaminar uma outra pessoa e o caso se agravar, o que pode resultar em dano moral coletivo", afirma.

Para Alvaro Furtado, presidente do Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Alimentos), a atualização das portarias traz insegurança jurídica para as empresas. Ele considera que o tempo de afastamento deveria ser decidido caso a caso, por um médico.

"Dez dias parece um parâmetro aleatório. As empresas não têm condições de definir isso. Além disso, a portaria não trata de vacinação, exigência essa assegurada até pelo Supremo Tribunal Federal", afirma.

O dirigente do sindicato patronal afirma que as empresas tentam equilibrar o cumprimento dos protocolos com a viabilidade dos negócios, e admite que, no dia a dia, podem ocorrer desvios. "Mas não é essa nova recomendação."

Segundo o advogado do Veirano, o tempo de afastamento previsto nas licenças médicas é superior ao que foi definido na portaria. Se o médico definir um prazo maior ou menor de afastamento para um trabalhador, esse é o intervalo a ser seguido.

 

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 

 
 
 

Uber anuncia seleção com 160 vagas de emprego para trabalho no Brasil

IMAGEM: FDR

São Paulo liderou criação de vagas em 2021; veja cidades que mais abriram e fecharam postos formais no ano

Capital paulista gerou 336.836 vagas – mais de 4 vezes o número de vagas da capital fluminense, 81.389.

Brasil fechou 2021 com 2,73 milhões de vagas formais a mais, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (31) pelo Ministério do Trabalho. E a cidade de São Paulo liderou – com folga – o ranking das cidades que mais criaram postos de trabalho.

A liderança não surpreende, já que a cidade é a mais populosa do país. Mas a distância para o Rio de Janeiro, segundo colocado, foi grande: a capital paulista gerou 336.836 vagas – mais de 4 vezes o número de vagas da capital fluminense, 81.389.

Entre as 50 cidades que mais criaram vagas no ano passado, 20 são capitais, incluindo as nove primeiras posições. A 'não capital' mais bem posicionada na lista é Barueri, na Grande São Paulo, em 10º lugar.

Na outra ponta, Sertânia, em Pernambuco, liderou o fechamento de postos formais no ano passado, com 1.659 vagas a menos. Entre as dez cidades que mais perderam vagas, apenas o estado de São Paulo aparece tem mais de uma na lista: Louveira e São Lourenço da Serra.

Veja abaixo as 50 cidades que mais criaram – e as que mais fecharam – postos de trabalho formais em 2021.

 

Cidades que mais abriram postos formais em 2021 — Foto: Economia g1

Cidades que mais fecharam postos de trabalho formais em 2021 — Foto: Economia g1

FONTE: G1

Foto divulgada pela Marinha do Peru revelando sinais de um derramamento de óleo na costa de Callao, no Peru, enquanto trabalhavam em um oleoduto submarino na refinaria da empresa espanhola Repsol, em 25 de janeiro de 2022

IMAGEM: MARINHA DO PERU/AFP

Medida tem validade para os próximos 18 meses e busca garantir que executivos testemunhem nas investigações

A Justiça do Peru determinou que os diretores da Repsol estão impedidos de sair do país pelos próximos 18 meses para que possam responder às investigações sobre o derrame de 6 mil barris de petróleo na refinariea de La Pampilla, no dia 15 de janeiro. 

A decisão atende a um pedido do Ministério Público e atinge o diretor executivo da Repsol Peru, Jaime Fernández–Cuesta, e os diretores Renzo Tejada, Gisela Posadas e José Reyes. Todos são acusados do delito de contaminação ambiental após o derrame na região de Ventanilla, localizada em Lima, capital peruana. 

"Estamos diante de um dos maiores ecocídios nas nossas costas. O governo assume o papel de sancionar os responsáveis pelos danos que afetam tragicamente a flora, fauna e as comunidades postas em risco e privadas do seu sustento cotidiano", declarou o presidente Pedro Castillo. 

O chefe de Estado visitou a região no dia 20 de janeiro e assinou um decreto que estabelece a emergência climática como um assunto de interesse nacional. O governo também assegurou que irá revisar o contrato com a transnacional petroleira.

Desde a última segunda-feira (24), um grupo de especialistas da ONU está no Peru para analisar os danos causados pelo derrame de petróleo cru. 

O desastre, que já afetou cerca de um milhão de metros quadrados de mar e causou danos significativos aos ecossistemas da região, continua a não ter sua causa revelada.

Em relatório preliminar, a empresa espanhola Repsol reconheceu que não foi capaz de calcular a real magnitude do acidente, ao mesmo tempo em que enfatizou assumir as consequências do desastre. 

FONTE: BRASIL DE FATO

IMAGEM: Valter Campanato/Agência Brasil

PEC altera idade de ingresso no mercado, hoje a partir dos 16; bolsonaristas defendem mudança e ministros veem retrocesso

Deputados federais devem retomar a partir da semana que vem, na volta do recesso de fim de ano, debates sobre a redução da idade para que uma pessoa possa começar a trabalhar formalmente, de 16 para 14 anos. A proposta causa reações na Justiça do Trabalho e no MPT (Ministério Público do Trabalho).

A discussão terá como palco o principal colegiado da Casa. O tema é discutido na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), comandada pela bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) no ano passado.

A expectativa era que ela fosse substituída por Vitor Hugo (PSL-GO). A formalização do União Brasil —fusão de PSL e DEM—, porém, levanta dúvidas sobre a nova presidência, em especial pela perspectiva de migração de bolsonaristas para o PL, partido de Jair Bolsonaro.

 

Ainda que não seja Vitor Hugo o eleito na CCJ, a tendência é que o nome indicado esteja alinhado com temas considerados liberais e, por isso, não deve colocar entraves para pautar a proposta.

A mudança consta de PEC (proposta de emenda à Constituição) apresentada em 2011. A ideia é atualizar a redação do artigo 7º da Constituição. Ao texto já foram apensadas mais seis propostas.

 

Em 1988, o constituinte proibiu "qualquer trabalho a menores de 14 anos, salvo na condição de aprendiz". Em 1998, houve elevação e ficou vedado "qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos".

A PEC 18, por sua vez, afirma que é proibido "qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz ou sob o regime de tempo parcial, a partir de 14 anos". O regime parcial é o alvo das críticas.

O relator, deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), aliado de Bolsonaro, já deu parecer favorável à admissibilidade da PEC e das propostas anexadas. No ano passado, houve pedido de vista, mas o prazo terminou. Isso significa que a proposta pode ser pautada e votada no retorno das comissões.

"[A PEC] coloca o Brasil em igualdade com diversos países mais desenvolvidos ou de mesmo estágio de desenvolvimento", afirmou Martins à Folha.

"O jovem continua a ter compromisso com o estudo e não podendo exercer atividades insalubres. Entendo que é importante para dar segurança jurídica e evitar que jovens que necessitam trabalhar acabem exercendo atividades à margem da lei, como é comum vermos nos semáforos de grandes cidades", disse.

[A PEC] coloca o Brasil em igualdade com diversos países mais desenvolvidos ou de mesmo estágio de desenvolvimento

Paulo Eduardo Martins (PSC-PR)

deputado federal e relator da PEC na CCJ

Martins não está só. Seu colega de CCJ, o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), afirmou que é preciso mais flexibilização. "O modelo de menor aprendiz é engessado demais, obrigando os mais jovens a aceitar empregos informais", disse.

Ana Maria Villa Real Ferreira Ramos, procuradora do trabalho e coordenadora do CoordInfância (Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente), do MPT, faz críticas a discursos alinhados aos de Martins e Kataguiri.

Segundo ela, além de um viés ideológico, interesses econômicos estão por trás da PEC. "Tem uma pauta econômica muito forte, que é exatamente o esvaziamento da aprendizagem profissional, que está no olho do furacão. Hoje os empresários precisam cumprir uma cota de aprendizes. Dizem que onera a empresa."

O modelo de menor aprendiz é engessado demais, obrigando os mais jovens a aceitar empregos informais

Kim Kataguiri (DEM-SP)

deputado federal

Para a procuradora, a PEC é ainda racista e classista. "O trabalho infantil no Brasil tem cor. Segundo dados do IBGE de 2019, 66% dos trabalhadores e das trabalhadoras infantis são negros ou pardos. E classista porque a esmagadora maioria vem de famílias pobres e comunidades periféricas", afirmou.

A disputa é longa. Desde que foi apresentada, a PEC, em vaivém, já recebeu pareceres contrários e a favor. Ao lado de Martins e Kataguiri, por exemplo, está Paulo Maluf (PP-SP), que admitiu a proposta em 2011 e 2014.

Em 2016, o então deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) deu parecer contrário. Segundo ele, o texto fere cláusula pétrea, que não pode ser mudada, e a proteção à criança e ao adolescente.

Gomes afirmou ainda que a proposta vai de encontro ao princípio da proibição de retrocesso social e, em 2019, foi seguido pelo deputado João Roma (Republicanos-BA), hoje ministro da Cidadania de Bolsonaro.

Esse é o ponto mais atacado por Martins no mais recente parecer. Segundo ele, "a doutrina da proibição do retrocesso nos parece um desserviço à causa democrática".

A ministra Kátia Magalhães Arruda, do TST (Tribunal Superior do Trabalho) e coordenadora nacional do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho, vê, sim, prejuízos.

"O retrocesso social fica evidente, sobretudo porque as convenções internacionais falam em garantir o ensino básico e aumentar, não diminuir, o período de dedicação integral à educação", disse Arruda à Folha.

O retrocesso social fica evidente, sobretudo porque as convenções internacionais falam em garantir o ensino básico e aumentar, não diminuir, o período de dedicação integral à educação

Kátia Magalhães Arruda

ministra do TST

A evasão escolar preocupa, sobretudo em contexto de Covid. Pesquisa Datafolha, feita para o C6 Bank, mostrou que, em 2020, 8,4% dos estudantes com idade de 6 a 34 anos matriculados antes da pandemia afirmaram que abandonaram a escola. O percentual representa cerca de 4 milhões de alunos.

"É estranho que alguns parlamentares, espero que poucos, estejam gastando mais energia em expor os jovens ao trabalho do que em debater normas eficazes de educação e cultura que os insiram em uma formação técnica e humana de qualidade com o objetivo de garantir direitos básicos", afirmou Arruda.

Já na oposição, a avaliação é que a PEC precariza a força de trabalho. A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), autora de um voto em separado, disse que há uma tentativa de diminuir salários.

"E em relação à juventude [a ideia] é tirar os adolescentes da escola e colocar em um trabalho de forma superexplorada, precária e praticamente sem direitos trabalhistas", criticou. "É uma matéria escandalosa."

No Brasil, números oficiais mostram impactos do trabalho infantil.

Segundo dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), do Ministério da Saúde, de 2007 a 2020 houve 28.898 acidentes graves com crianças e adolescentes de 5 a 17 anos. Foram 51.418 agravos à saúde.

Tem uma pauta econômica muito forte, que é exatamente o esvaziamento da aprendizagem profissional, que está no olho do furacão. Hoje os empresários precisam cumprir uma cota de aprendizes. Dizem que onera a empresa

Ana Maria Villa Real Ferreira Ramos

procuradora do trabalho

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) afirmou, em voto em separado, que nas PECs "estão afrontadas a proteção e a dignidade asseguradas pela própria Constituição Federal para os adolescentes".

Há afronta também a normas de direito internacional, de acordo com o ministro Lelio Bentes Corrêa, do TST, ex-integrante da comissão de peritos da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e ex-coordenador da comissão hoje comandada por Arruda. O Brasil é signatário da convenção 138 da OIT.

"O que essa convenção diz é que a idade mínima não pode ser inferior à data de conclusão do ensino obrigatório [o ensino médio no Brasil, ou seja, 17 anos] e em qualquer caso não pode ser inferior a 15 anos", afirmou.

Segundo Corrêa, a convenção permite exceções. No entanto, deve haver o compromisso de elevação progressiva da idade. "No caso da convenção da OIT, não se admite tergiversação. É daqui só para frente."

 

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 

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IMAGEM: SINDESTADO-RJ

 

É indevida a incidência da contribuição previdenciária patronal (CPP) sobre gastos efetuados com menores assistidos. Dessa forma, a 3ª Vara Federal de Santo André (SP) autorizou a Volkswagen a excluir valores de remuneração a aprendizes da base de cálculo da CPP, da contribuição para financiamento de benefícios decorrentes de riscos ambientais do trabalho (RAT) e das contribuições devidas a terceiras entidades.

A sentença ainda reconheceu o direito da montadora à compensação dos valores recolhidos indevidamente nos últimos cinco anos, corrigidos pela taxa Selic.

O juiz José Denilson Branco fundamentou a decisão no artigo 4º do Decreto-lei 2.318/1986. O parágrafo 4º do dispositivo prevê que, em relação aos gastos com os menores, "as empresas não estão sujeitas a encargos previdenciários de qualquer natureza".

"É de suma importância essa decisão, pois possibilitará aos empregadores darem oportunidades aos jovens aprendizes sem onerar muito suas folhas de pagamento", analisa Marcello Papa, líder de Direito Trabalhista e Previdenciário da LacLaw Consultoria Tributária.

Para o especialista, "por se tratar de um papel destinado aos entes federativos, os empregadores não poderiam ser prejudicados e, então, a decisão de reconhecer a não incidência das contribuições previdenciárias sobre os valores pagos aos aprendizes condiz com a aplicação da Constituição".

 

FONTE: REVISTA CONSULTOR JURÍDICO/CONJUR

De Stock: Porto de Los Angeles

IMAGEM: PORTO DE LOS ANGELES/STOCK

 

O Porto de Los Angeles e o Porto de Xangai se comprometeram a criar um corredor de transporte verde em uma das rotas de transporte de contêineres mais movimentadas do mundo. Com a C40 Cities – uma rede de prefeitos de quase 100 cidades ao redor do mundo colaborando para fornecer as ações necessárias para enfrentar a crise climática – os parceiros trabalharão para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, com baixo carbono, ultrabaixo carbono e zero - navios movidos a carbono até a década de 2020 e, até 2030, começar a fazer a transição para navios movidos a carbono zero.

Os dois portos e parceiros da indústria - AP Moller - Maersk, CMA CGM, Shanghai International Ports Group, COSCO Shipping Lines, Aspen Institute's Shipping Decarbonisation Initiative, facilitadores de Cargo Owners for Zero Emission Vessels (coZEV) e o Centro de Cooperação de Tecnologia Marítima-Ásia – apresentará um plano de implementação para o corredor verde até o final de 2022. O plano incluirá resultados, marcos e funções para a parceria. 

Além de reduzir as emissões de GEE dos navios no corredor, os parceiros reduzirão as emissões da cadeia de suprimentos das operações portuárias para melhorar a qualidade do ar nos portos de Xangai e Los Angeles e comunidades adjacentes. 

A indústria naval global é responsável por 3% das emissões globais de GEE. O estabelecimento de corredores de transporte verdes é uma maneira de permitir a adoção antecipada de soluções de descarbonização de longo prazo para o transporte marítimo internacional, especialmente ao longo das principais rotas.

Na COP26, a cúpula climática das Nações Unidas em Glasgow em novembro de 2021, 22 nações assinaram a Declaração de Clydebank, prometendo trabalhar juntas para apoiar o desenvolvimento de corredores de transporte verdes. Na época, a China não era um dos signatários originais. 

Comentando as notícias de Glasgow na época, Nick Brown, CEO da sociedade de classificação britânica Lloyd's Register, disse ao Splash: novos combustíveis poderiam ter o maior impacto inicial. Corredores verdes são essenciais para apoiar a viabilidade do pioneiro.”

FONTE: SPLASH 247

 

População caminha no centro de Duque de Caxias, primeiro município do Rio de Janeiro a flexibilizar o uso de máscara.

IMAGEM: TOMAZ SILVA/AGÊNCIA BRASIL

No trimestre móvel anterior, de julho a setembro, a taxa havia sido de 12,6%; apesar da queda, rendimento atinge menor valor da série iniciada em 2012

taxa de desemprego recuou para 11,6% no trimestre que foi de setembro a novembro, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No trimestre móvel anterior, de julho a setembro, a taxa havia sido de 12,6%.

O número de desempregados diminuiu 10,6% nesse período, o que equivale a 1,5 milhão de pessoas a menos nesse grupo, que totaliza agora 12,4 milhões.

Em relação ao mesmo período de 2020, a queda é de 14,5% (2,1 milhões a menos em busca de trabalho).

Já na comparação com o trimestre encerrado em agosto, o número de pessoas ocupadas aumentou 3,5%, o que corresponde a 3,2 milhões de pessoas a mais no mercado de trabalho, diz o IBGE.

O nível de ocupação, que corresponde ao percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, avançou 1,7 ponto percentual de um trimestre móvel para o outro, a 55,1%.

Os números indicam uma trajetória de recuperação do mercado de trabalho nos últimos trimestres, destaca o instituto, mas também refletem a “sazonalidade dos meses do fim de ano, período em que as atividades relacionadas principalmente a comércio e serviços tendem a aumentar as contratações”, diz a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, em nota.

O comércio foi o grande responsável por esse avanço, destaca o estudo. O setor absorveu 719 mil pessoas a mais nos três meses até novembro em relação ao período anterior, uma alta de 4,1%.

A indústria também contribuiu, com crescimento de 3,7% nas contratações no período, o que representa um acréscimo de 439 mil pessoas.

Já o segmento de alojamento e alimentação, destacado pelo IBGE como um dos mais prejudicados desde o início da pandemia de Covid-19, mostrou alta de 9,3% no contingente de trabalhadores, ou 438 mil empregados a mais.

Carteira assinada avança

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado aumentou 4% no período (acréscimo de 1,3 milhão de pessoas), seguindo tendência dos trimestres anteriores.

“No setor privado, os segmentos de comércio, indústria, saúde e educação e de tecnologia da informação e comunicação foram os que mais expandiram a sua ocupação com trabalhadores com carteira assinada”, diz a pesquisadora.

O número de pessoas empregadas sem carteira no setor privado também subiu, com aumento de 7,4% (adição de 838 mil pessoas). Frente ao mesmo período do ano anterior, o aumento foi de 18,7%.

O número de trabalhadores por conta própria também cresceu: o aumento foi de 588 mil pessoas (2,3%) em relação ao último trimestre e de 3,2 milhões (14,3%) frente ao trimestre encerrado em novembro de 2020. Na categoria dos trabalhadores domésticos, o aumento na ocupação foi de 6,0% frente ao trimestre anterior e de 22,5% em relação ao mesmo trimestre de 2020.

Rendimento menor

Apesar do aumento no contingente de trabalhadores, a pesquisa mostra que as pessoas estão ganhando menos. O estudo destaca que, mesmo com a massa de rendimento real habitual estável em R$ 227 bilhões, o rendimento real habitual caiu 4,5% frente ao trimestre anterior, para R$ 2.444, o menor já registrado pela série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

Na comparação anual, a queda é de 11,4%.

“Isso significa que, apesar de haver um aumento expressivo na ocupação, as pessoas que estão sendo inseridas no mercado de trabalho ganham menos. Além disso, há o efeito inflacionário, que influencia na queda do rendimento real recebido pelos trabalhadores”, explica Beringuy.

Enquanto isso, a taxa de informalidade se manteve estável na comparação com o trimestre móvel anterior, em 40,6%, apesar do aumento no número de trabalhadores informais.

A especialista destaca que, do crescimento de 3,2 milhões de trabalhadores no número de pessoas ocupadas, 43% vieram do trabalho informal.

FONTE: CNN

IMAGEM: VOZ DAS COMUNIDADES

 

Segundo os dados do Caged, o país abriu mais de 2,7 milhões de vagas de emprego formal em 2021

O Brasil perdeu 265.811 vagas de emprego com carteira assinada no mês de dezembro, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta segunda-feira (31). Ao todo, foram 1.437.910 admissões e 1.703.721 demissões.

Divulgado pelo Ministério do Trabalho e da Previdência, os dados apontam ainda que o país registrou a geração de 2.730.597 vagas de emprego formal no ano de 2021. O saldo no ano foi de 20.699.802 admissões e 17.969.205 demissões.

O número do mês passado foi uma queda em relação ao de novembro, quando o Brasil registrou a criação de 324.112 vagas de emprego formal. Ele também foi superior ao esperado pelo mercado, que projetava perda de 162 mil vagas.

FONTE: CNN

Plenário do Senado durante reunião preparatória destinada à eleição do presidente do Senado Federal para o segundo biênio da 56º Legislatura.

A eleição ocorre de forma presencial, seguindo as medidas de segurança contra a covid-19, e obedecendo

IMAGEM: MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO

 

Um projeto de lei que tramita na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado que implementar um sistema de incentivos fiscais para empresas que contratarem pessoas acima de 60 anos. 

De autoria do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), o Projeto de Lei 4.890/19 permite à empresa deduzir um salário mínimo da contribuição à seguridade social a cada seis meses de trabalho do funcionário. Além disso, também terá o direito de deduzir da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) os salários que pagar ao funcionário com mais de 60 anos. O prazo do benefício será de 5 anos.   

O projeto está na CAE do Senado desde o último dia 7 de dezembro e, caso seja aprovado, vai direto para a Câmara dos Deputados, sem precisar passar pelo plenário da casa.

No parecer que deu na aprovação do projeto na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) da casa, o senador Flavio Arns (Rede-PR) reforçou que com a aprovação da reforma da previdência em 2019 e o aumento da idade mínima da aposentadoria para 65 para homens e 62 para mulheres, é preciso garantir mecanismos que assegurem a empregabilidade nessa faixa etária.

Já o parecer do senador Telmário Mota (Pros-RR) na CAE cita a Organização Internacional do Trabalho (OIT) para justificar a necessidade de aprovação do projeto.

“As mudanças demográficas que afetam – em maior ou menor grau – todo o planeta tornam mais que justa, necessária, uma mudança de paradigma no tocante aos trabalhadores de mais idade. A reposição de mão de obra tende a ocorrer em taxa mais lenta e, nesse quadro, a OIT alerta que a contínua discriminação dos trabalhadores mais experientes não pode continuar, sob pena de se desperdiçar sua capacidade de trabalho”, disse o senador.

 

FONTE: ISTOÉDINHEIRO